No dia da favela, dez motivos incríveis para amar
Enviado: 02 Nov 2015 13:31
No dia da favela, veja dez motivos incríveis para amar esse universo mágico
No dia 4 de novembro é comemorado o dia da favela. Em São Paulo, 11% da população vive em favelas. Já no Rio de Janeiro, são 22%. Se as favelas fossem um estado da federação, este seria o quinto mais rico do Brasil, com movimento de 63 bilhões de reais ao ano. Se engana quem pensa que quem mora na favela está insatisfeito: 94% das pessoas que vivem em favelas se dizem felizes.
Veja mais dez coisas incríveis sobre favelas:
1. Primeira favela foi formada por soldados da Guerra de Canudos
Ironicamente, a origem do nome favela remonta à Guerra de Canudos, que aconteceu em 1897. O povoado de Canudos, no sertão da Bahia, desafiou o governo federal ao se apresentar como alternativa para escravos libertos e sertanejos que sofriam com a seca. A comunidade foi construída perto de um morro chamado Favela, batizado com este nome por causa de uma planta abundante na região chamada assim.
Alguns soldados que dizimaram o povoado, ao voltar à então capital federal, sem receber o soldo prometido e sem condições financeiras, acabaram se instalando em barracos provisórios no Morro da Providência. Este local recebeu então o nome de Morro da Favela, por semelhança. Hordas de escravos recém-libertados alavancaram ainda mais essas ocupações em locais considerados de pouco valor imobiliário.
2. Uma escritora vinda da favela chegou a vender mais do que Jorge Amado
Carolina Maria de Jesus vendeu mais de 1 milhão de exemplares. Suas obras, com uma visão poética do seu cotidiano na Favela do Canindé, foram traduzidas em 14 idiomas, para mais de 50 países.
3. Sarau de poesia do subúrbio acontece toda terça no Bixiga
Sob a batuta do ativista Alessandro Buzo, toda terça-feira, das 20h às 22h, na Livraria Suburbano Convicto (rua Treze de Maio, 70) tem sarau de literatura marginal. Entrada franca.
4. Um dos bairros mais nobres de São Paulo era uma favela
A Chácara Klabin, um dos metros quadrados mais caros da cidade, chegou a abrigar a Favela do Vergueiro por mais de 20 anos, então a maior favela paulistana, desocupada em 1967.
5. Francesa quis lançar livro de escritores da favela brasileiros para incentivar escritores de lá
A editora francesa Anacaona Editions lançou em 2011 o livro "Je Suis Favela" (Eu Sou Favela), uma antologia de textos literários de nove escritores brasileiros, entre eles, Marçal Aquino, Alessandro Buzo e Sacolinha. Paula Salnot, a publisher, se interessou muito pela literatura brasileira que trata de temas sociais e viu em sua tradução uma forma de incentivar algo similar nos subúrbios franceses.
6. Existe o projeto de um game na favela para Facebook na Kickante, para financiamento coletivo
Em As Férias De Lara, a protagonista mora na Favela do Sapo.
7. Já houve Lei Seca na favela
Segundo dissertação de mestrado na USP, do pesquisador Fernão Lopes Ginez de Lara, em 1969, as políticas de desfavelamento passaram a incluir fechamentos deliberados de bares em diversas favelas, em atuações conjuntas entre movimentos desfaveladores, secretarias da Saúde e forças policiais.
8. São Paulo é nenê no quesito favela
Se no Rio de Janeiro as favelas têm mais de 115 anos, como as do Morro da Providência, em São Paulo ainda estão nos 75. As primeiras favelas importantes de São Paulo datam da década de 40. Uma delas, surgida naquela época, existe até hoje, a favela da Vila Prudente.
9. O artista lituano Lasar Segall se interessou pelas favelas
Ele mesmo era vizinho de uma delas, a do Vergueiro. Em 1951, o artista plástico modernista Lasar Segall deu início ao último ciclo de sua obra com "As Erradias, Favelas e Florestas". As favelas já haviam impressionado o artista recém-chegado ao Brasil, que acabou as retratando em várias pinturas e em aquarelas.
10. Funk, passinho, charme, samba...
São muitas as manifestações artísticas genuinamente brasileiras que vêm do morro. O certo é que não dá para ficar parado com tanta alegria contagiante!
http://br.blastingnews.com/brasil/2015/ ... 33555.html" onclick="window.open(this.href);return false;

No dia 4 de novembro é comemorado o dia da favela. Em São Paulo, 11% da população vive em favelas. Já no Rio de Janeiro, são 22%. Se as favelas fossem um estado da federação, este seria o quinto mais rico do Brasil, com movimento de 63 bilhões de reais ao ano. Se engana quem pensa que quem mora na favela está insatisfeito: 94% das pessoas que vivem em favelas se dizem felizes.
Veja mais dez coisas incríveis sobre favelas:
1. Primeira favela foi formada por soldados da Guerra de Canudos
Ironicamente, a origem do nome favela remonta à Guerra de Canudos, que aconteceu em 1897. O povoado de Canudos, no sertão da Bahia, desafiou o governo federal ao se apresentar como alternativa para escravos libertos e sertanejos que sofriam com a seca. A comunidade foi construída perto de um morro chamado Favela, batizado com este nome por causa de uma planta abundante na região chamada assim.
Alguns soldados que dizimaram o povoado, ao voltar à então capital federal, sem receber o soldo prometido e sem condições financeiras, acabaram se instalando em barracos provisórios no Morro da Providência. Este local recebeu então o nome de Morro da Favela, por semelhança. Hordas de escravos recém-libertados alavancaram ainda mais essas ocupações em locais considerados de pouco valor imobiliário.
2. Uma escritora vinda da favela chegou a vender mais do que Jorge Amado
Carolina Maria de Jesus vendeu mais de 1 milhão de exemplares. Suas obras, com uma visão poética do seu cotidiano na Favela do Canindé, foram traduzidas em 14 idiomas, para mais de 50 países.
3. Sarau de poesia do subúrbio acontece toda terça no Bixiga
Sob a batuta do ativista Alessandro Buzo, toda terça-feira, das 20h às 22h, na Livraria Suburbano Convicto (rua Treze de Maio, 70) tem sarau de literatura marginal. Entrada franca.
4. Um dos bairros mais nobres de São Paulo era uma favela
A Chácara Klabin, um dos metros quadrados mais caros da cidade, chegou a abrigar a Favela do Vergueiro por mais de 20 anos, então a maior favela paulistana, desocupada em 1967.
5. Francesa quis lançar livro de escritores da favela brasileiros para incentivar escritores de lá
A editora francesa Anacaona Editions lançou em 2011 o livro "Je Suis Favela" (Eu Sou Favela), uma antologia de textos literários de nove escritores brasileiros, entre eles, Marçal Aquino, Alessandro Buzo e Sacolinha. Paula Salnot, a publisher, se interessou muito pela literatura brasileira que trata de temas sociais e viu em sua tradução uma forma de incentivar algo similar nos subúrbios franceses.
6. Existe o projeto de um game na favela para Facebook na Kickante, para financiamento coletivo
Em As Férias De Lara, a protagonista mora na Favela do Sapo.
7. Já houve Lei Seca na favela
Segundo dissertação de mestrado na USP, do pesquisador Fernão Lopes Ginez de Lara, em 1969, as políticas de desfavelamento passaram a incluir fechamentos deliberados de bares em diversas favelas, em atuações conjuntas entre movimentos desfaveladores, secretarias da Saúde e forças policiais.
8. São Paulo é nenê no quesito favela
Se no Rio de Janeiro as favelas têm mais de 115 anos, como as do Morro da Providência, em São Paulo ainda estão nos 75. As primeiras favelas importantes de São Paulo datam da década de 40. Uma delas, surgida naquela época, existe até hoje, a favela da Vila Prudente.
9. O artista lituano Lasar Segall se interessou pelas favelas
Ele mesmo era vizinho de uma delas, a do Vergueiro. Em 1951, o artista plástico modernista Lasar Segall deu início ao último ciclo de sua obra com "As Erradias, Favelas e Florestas". As favelas já haviam impressionado o artista recém-chegado ao Brasil, que acabou as retratando em várias pinturas e em aquarelas.
10. Funk, passinho, charme, samba...
São muitas as manifestações artísticas genuinamente brasileiras que vêm do morro. O certo é que não dá para ficar parado com tanta alegria contagiante!
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