Forças armadas - Quadro complementar - Vale a pena?

[LAWYER]

A realidade nua e crua é que o Brasil, nas atuais circunstâncias, simplesmente te obriga a ser funcionário público.

Eu tomaria um pouco de cuidado com isso... Eu sei, não se iludam, vejo diariamente a demanda de jovens pelo emprego, pelo “vencer na vida”, essa angústia diária da falta de oportunidades conjugada com a necessidade da sobrevivência.

Mas pensem, jovens, pensem.... O que te faz feliz?

Tenho idade pra ser pai de 90% aqui, talvez avô de uns 30% hehehe.... Estou chegando ao final de uma vida no serviço público (se o Temer deixar e se eu não chutar tudo nessa retinha final e dar o pé). Tenho um salário no topo da cadeia alimentar do serviço público. Eu e meus colegas, mas.... e daí? O que te faz feliz?

Vou trabalhar praticamente empurrado pela minha esposa, porque chega uma hora que ir fazer o que você não gosta, ou não gosta mais, torna-se “organicamente” insuportável. Meus colegas com altos salários vivem as mesmas agruras: depressão, assédio moral, falta de condições adequadas para o serviço, falta de reconhecimento, ausência total de perspectivas, alcoolismo, problemas diversos de saúde.... a lista é longa!

Ah Lawyer, vsf! Reclamando de barriga cheia! Falar é fácil quando se tem um bom salário! É tudo o que eu queria, blá-blá-blá......

Mas meus amigos, volto a perguntar, o que te faz feliz? Feliz de verdade. Com aquela alegria genuína, em que as horas voam e que quando acaba você fica triste???

Pensem meus amigos, pensem, olhem pra dentro de vocês... A vida é uma só e passa rápido. Às vezes pode virar um fardo insuportável dentro dessa escolha que, ao lado da escolha da companheira/companheiro, ter ou não filhos, são as escolhas mais duradouras pelas quais passamos.

Cuidado com essa história do bom salário. O serviço público é o maior reservatório de deprimidos que eu conheço. Claro que há exceções. Se é isso mesmo o que querem, então abracem e invistam. Invistam inclusive na sua trajetória pessoal dentro do serviço público, a fim de construir uma biografia. Se é pra entrar, que seja pra explodir a porra toda: façam mestrado, doutorado, escrevam livros, artigos científicos, sejam palestrantes convidados, aqueles caras que todo mundo abaixa a orelha pra ouvir, mas... não façam isso pela segurança e pelo salário porque isso não é o suficiente, isso afunda o cara depois de alguns anos...

Eu estou me segurando pelas pontas, muito em função da família, de minha esposa achar que eu estou vivendo uma espécie de “síndrome” da meia-idade, que não posso jogar tudo pro alto etc... mas vejo minha felicidade em coisas muito mais simples, muito mesmo... Já nem sei mais o que é esse “tudo” que ela fala. Tá mais pra nada!

Pensem queridos, pensem... Talvez o que você goste seja pescar. Seja um pescador profissional então porra! Vá para o mar rapaz, pescar atuns, lagostas, sardinhas o que for.

Se o seu negócio é natureza e ar livre, como você irá trabalhar 8 horas em um prédio do INSS porra? Tú vai morrer rapaz! Vai ter que pensar em ser fiscal do Ibama, no mínimo...

São só exemplos, jovens, mas examinem-se. Ninguém pode fazer isso por vocês. Não transformem suas vidas em masmorras, porque liberdade não tem preço!

Uma coisa importante que vejo: Se você nunca fez uma grande viagem sozinho, NÃO tome uma decisão definitiva sobre sua vida! Faça uma viagem sozinho cara! Pra bem longe, de carro, de carona, a pé, de bicicleta, de barco, trabalhando num navio.... Vá, mesmo que seja sem dinheiro, se vira porra, trabalhe no caminho, venda pulseirinha na praça.... Vá ver o mundo, nem que seja dentro do Brasil, mas saia de casa e veja a porra do mundo com seus próprios olhos, por um mês, dois, seis meses, um ano. Isso muda vidas! Isso te dá uma compreensão de você mesmo, que vocês jamais terão dentro de casa, com pai, mãe, namorada enchendo o saco... Saia de casa por um tempo!

Descumpem o post gigante. Não há intenção nenhuma de magoar quem quer que seja. Mas eu gostaria demais que vocês todos fossem FELIZES e isso passa necessariamente pela escolha do trabalho e por reflexão profunda. Pensem longe meus amigos, pensem longe...

Do velho amigo aqui,

Lawyer

[H.Wolowitz]

Post foda, mexeu com minhas perspectivas de universitário em início de curso

[Anônimo]

Eu tomaria um pouco de cuidado com isso... Eu sei, não se iludam, vejo diariamente a demanda de jovens pelo emprego, pelo “vencer na vida”, essa angústia diária da falta de oportunidades conjugada com a necessidade da sobrevivência.

Mas pensem, jovens, pensem.... O que te faz feliz?


Vou trabalhar praticamente empurrado pela minha esposa, porque chega uma hora que ir fazer o que você não gosta, ou não gosta mais, torna-se “organicamente” insuportável. Meus colegas com altos salários vivem as mesmas agruras: depressão, assédio moral, falta de condições adequadas para o serviço, falta de reconhecimento, ausência total de perspectivas, alcoolismo, problemas diversos de saúde.... a lista é longa!

Ah Lawyer, vsf! Reclamando de barriga cheia! Falar é fácil quando se tem um bom salário! É tudo o que eu queria, blá-blá-blá......

Mas meus amigos, volto a perguntar, o que te faz feliz? Feliz de verdade. Com aquela alegria genuína, em que as horas voam e que quando acaba você fica triste???


Cuidado com essa história do bom salário. O serviço público é o maior reservatório de deprimidos que eu conheço. Claro que há exceções. Se é isso mesmo o que querem, então abracem e invistam. Invistam inclusive na sua trajetória pessoal dentro do serviço público, a fim de construir uma biografia. Se é pra entrar, que seja pra explodir a porra toda: façam mestrado, doutorado, escrevam livros, artigos científicos, sejam palestrantes convidados, aqueles caras que todo mundo abaixa a orelha pra ouvir, mas... não façam isso pela segurança e pelo salário porque isso não é o suficiente, isso afunda o cara depois de alguns anos...

Eu estou me segurando pelas pontas, muito em função da família, de minha esposa achar que eu estou vivendo uma espécie de “síndrome” da meia-idade, que não posso jogar tudo pro alto etc... mas vejo minha felicidade em coisas muito mais simples, muito mesmo... Já nem sei mais o que é esse “tudo” que ela fala. Tá mais pra nada!

Pensem queridos, pensem... Talvez o que você goste seja pescar. Seja um pescador profissional então porra! Vá para o mar rapaz, pescar atuns, lagostas, sardinhas o que for.

Se o seu negócio é natureza e ar livre, como você irá trabalhar 8 horas em um prédio do INSS porra? Tú vai morrer rapaz! Vai ter que pensar em ser fiscal do Ibama, no mínimo...

São só exemplos, jovens, mas examinem-se. Ninguém pode fazer isso por vocês. Não transformem suas vidas em masmorras, porque liberdade não tem preço!

Uma coisa importante que vejo: Se você nunca fez uma grande viagem sozinho, NÃO tome uma decisão definitiva sobre sua vida! Faça uma viagem sozinho cara! Pra bem longe, de carro, de carona, a pé, de bicicleta, de barco, trabalhando num navio.... Vá, mesmo que seja sem dinheiro, se vira porra, trabalhe no caminho, venda pulseirinha na praça.... Vá ver o mundo, nem que seja dentro do Brasil, mas saia de casa e veja a porra do mundo com seus próprios olhos, por um mês, dois, seis meses, um ano. Isso muda vidas! Isso te dá uma compreensão de você mesmo, que vocês jamais terão dentro de casa, com pai, mãe, namorada enchendo o saco... Saia de casa por um tempo!

Descumpem o post gigante. Não há intenção nenhuma de magoar quem quer que seja. Mas eu gostaria demais que vocês todos fossem FELIZES e isso passa necessariamente pela escolha do trabalho e por reflexão profunda. Pensem longe meus amigos, pensem longe...

Do velho amigo aqui,

Lawyer

Cara, eu passo por isso. Nos últimos anos, a coisa piorou. Pô, vou fazer 45 anos em agosto e estou há quase 11 anos no serviço público. Ainda tenho pelo menos mais 20 anos aqui e mesmo que a reforma não me obriguei a trabalhar até os 65 anos, para atingir os 35 anos de contribuição, terei que trabalhar até os 62. A minha filha vai fazer 12 anos. Daqui a uns 5 ou 6 anos, quando ela entrar na universidade, vou decidir se continuo no serviço público ou não. Isso aqui é uma gaiola de ouro, como bem disse um colega meu. O que mais tem aqui é gente deprimida e com várias frustrações. Vejo pessoas que inventam mil desculpas para faltar ao trabalho, mas no fundo, não é apenas por malandragem. Chega um estágio em que vir ao trabalho é quase que uma tortura. Com o passar dos anos, as pessoas desenvolvem diversos problemas de saúde, principalmente psicológicos. Tem um cara mais velho que há 10 anos eu escutei ele falando em se aposentar. Quando deu a data para pedir a aposentadoria, ele viu que a renda cairia muito, e está aqui até hoje. Não quero viver assim.

[Leeo]

Eu tomaria um pouco de cuidado com isso... Eu sei, não se iludam, vejo diariamente a demanda de jovens pelo emprego, pelo “vencer na vida”, essa angústia diária da falta de oportunidades conjugada com a necessidade da sobrevivência.

Mas pensem, jovens, pensem.... O que te faz feliz?

Tenho idade pra ser pai de 90% aqui, talvez avô de uns 30% hehehe.... Estou chegando ao final de uma vida no serviço público (se o Temer deixar e se eu não chutar tudo nessa retinha final e dar o pé). Tenho um salário no topo da cadeia alimentar do serviço público. Eu e meus colegas, mas.... e daí? O que te faz feliz?

Vou trabalhar praticamente empurrado pela minha esposa, porque chega uma hora que ir fazer o que você não gosta, ou não gosta mais, torna-se “organicamente” insuportável. Meus colegas com altos salários vivem as mesmas agruras: depressão, assédio moral, falta de condições adequadas para o serviço, falta de reconhecimento, ausência total de perspectivas, alcoolismo, problemas diversos de saúde.... a lista é longa!

Ah Lawyer, vsf! Reclamando de barriga cheia! Falar é fácil quando se tem um bom salário! É tudo o que eu queria, blá-blá-blá......

Mas meus amigos, volto a perguntar, o que te faz feliz? Feliz de verdade. Com aquela alegria genuína, em que as horas voam e que quando acaba você fica triste???

Pensem meus amigos, pensem, olhem pra dentro de vocês... A vida é uma só e passa rápido. Às vezes pode virar um fardo insuportável dentro dessa escolha que, ao lado da escolha da companheira/companheiro, ter ou não filhos, são as escolhas mais duradouras pelas quais passamos.

Cuidado com essa história do bom salário. O serviço público é o maior reservatório de deprimidos que eu conheço. Claro que há exceções. Se é isso mesmo o que querem, então abracem e invistam. Invistam inclusive na sua trajetória pessoal dentro do serviço público, a fim de construir uma biografia. Se é pra entrar, que seja pra explodir a porra toda: façam mestrado, doutorado, escrevam livros, artigos científicos, sejam palestrantes convidados, aqueles caras que todo mundo abaixa a orelha pra ouvir, mas... não façam isso pela segurança e pelo salário porque isso não é o suficiente, isso afunda o cara depois de alguns anos...

Eu estou me segurando pelas pontas, muito em função da família, de minha esposa achar que eu estou vivendo uma espécie de “síndrome” da meia-idade, que não posso jogar tudo pro alto etc... mas vejo minha felicidade em coisas muito mais simples, muito mesmo... Já nem sei mais o que é esse “tudo” que ela fala. Tá mais pra nada!

Pensem queridos, pensem... Talvez o que você goste seja pescar. Seja um pescador profissional então porra! Vá para o mar rapaz, pescar atuns, lagostas, sardinhas o que for.

Se o seu negócio é natureza e ar livre, como você irá trabalhar 8 horas em um prédio do INSS porra? Tú vai morrer rapaz! Vai ter que pensar em ser fiscal do Ibama, no mínimo...

São só exemplos, jovens, mas examinem-se. Ninguém pode fazer isso por vocês. Não transformem suas vidas em masmorras, porque liberdade não tem preço!

Uma coisa importante que vejo: Se você nunca fez uma grande viagem sozinho, NÃO tome uma decisão definitiva sobre sua vida! Faça uma viagem sozinho cara! Pra bem longe, de carro, de carona, a pé, de bicicleta, de barco, trabalhando num navio.... Vá, mesmo que seja sem dinheiro, se vira porra, trabalhe no caminho, venda pulseirinha na praça.... Vá ver o mundo, nem que seja dentro do Brasil, mas saia de casa e veja a porra do mundo com seus próprios olhos, por um mês, dois, seis meses, um ano. Isso muda vidas! Isso te dá uma compreensão de você mesmo, que vocês jamais terão dentro de casa, com pai, mãe, namorada enchendo o saco... Saia de casa por um tempo!

Descumpem o post gigante. Não há intenção nenhuma de magoar quem quer que seja. Mas eu gostaria demais que vocês todos fossem FELIZES e isso passa necessariamente pela escolha do trabalho e por reflexão profunda. Pensem longe meus amigos, pensem longe...

Do velho amigo aqui,

Lawyer

Muito bom!!!

Tô me sentindo meio assim.
Me formei no fim do ano, me efetivaram no emprego, ganho bem perto dos meus amigos que se formaram comigo (os que tem emprego, pq a grande maioria...)
Mas não quero passar o resto da vida sentado dentro de um escritório, mas também não quero perder a oportunidade que tô tendo.

Difícil conciliar tudo...

[PHDookie]

Eu tomaria um pouco de cuidado com isso... Eu sei, não se iludam, vejo diariamente a demanda de jovens pelo emprego, pelo “vencer na vida”, essa angústia diária da falta de oportunidades conjugada com a necessidade da sobrevivência.

Mas pensem, jovens, pensem.... O que te faz feliz?

Tenho idade pra ser pai de 90% aqui, talvez avô de uns 30% hehehe.... Estou chegando ao final de uma vida no serviço público (se o Temer deixar e se eu não chutar tudo nessa retinha final e dar o pé). Tenho um salário no topo da cadeia alimentar do serviço público. Eu e meus colegas, mas.... e daí? O que te faz feliz?

Vou trabalhar praticamente empurrado pela minha esposa, porque chega uma hora que ir fazer o que você não gosta, ou não gosta mais, torna-se “organicamente” insuportável. Meus colegas com altos salários vivem as mesmas agruras: depressão, assédio moral, falta de condições adequadas para o serviço, falta de reconhecimento, ausência total de perspectivas, alcoolismo, problemas diversos de saúde.... a lista é longa!

Ah Lawyer, vsf! Reclamando de barriga cheia! Falar é fácil quando se tem um bom salário! É tudo o que eu queria, blá-blá-blá......

Mas meus amigos, volto a perguntar, o que te faz feliz? Feliz de verdade. Com aquela alegria genuína, em que as horas voam e que quando acaba você fica triste???

Pensem meus amigos, pensem, olhem pra dentro de vocês... A vida é uma só e passa rápido. Às vezes pode virar um fardo insuportável dentro dessa escolha que, ao lado da escolha da companheira/companheiro, ter ou não filhos, são as escolhas mais duradouras pelas quais passamos.

Cuidado com essa história do bom salário. O serviço público é o maior reservatório de deprimidos que eu conheço. Claro que há exceções. Se é isso mesmo o que querem, então abracem e invistam. Invistam inclusive na sua trajetória pessoal dentro do serviço público, a fim de construir uma biografia. Se é pra entrar, que seja pra explodir a porra toda: façam mestrado, doutorado, escrevam livros, artigos científicos, sejam palestrantes convidados, aqueles caras que todo mundo abaixa a orelha pra ouvir, mas... não façam isso pela segurança e pelo salário porque isso não é o suficiente, isso afunda o cara depois de alguns anos...

Eu estou me segurando pelas pontas, muito em função da família, de minha esposa achar que eu estou vivendo uma espécie de “síndrome” da meia-idade, que não posso jogar tudo pro alto etc... mas vejo minha felicidade em coisas muito mais simples, muito mesmo... Já nem sei mais o que é esse “tudo” que ela fala. Tá mais pra nada!

Pensem queridos, pensem... Talvez o que você goste seja pescar. Seja um pescador profissional então porra! Vá para o mar rapaz, pescar atuns, lagostas, sardinhas o que for.

Se o seu negócio é natureza e ar livre, como você irá trabalhar 8 horas em um prédio do INSS porra? Tú vai morrer rapaz! Vai ter que pensar em ser fiscal do Ibama, no mínimo...

São só exemplos, jovens, mas examinem-se. Ninguém pode fazer isso por vocês. Não transformem suas vidas em masmorras, porque liberdade não tem preço!

Uma coisa importante que vejo: Se você nunca fez uma grande viagem sozinho, NÃO tome uma decisão definitiva sobre sua vida! Faça uma viagem sozinho cara! Pra bem longe, de carro, de carona, a pé, de bicicleta, de barco, trabalhando num navio.... Vá, mesmo que seja sem dinheiro, se vira porra, trabalhe no caminho, venda pulseirinha na praça.... Vá ver o mundo, nem que seja dentro do Brasil, mas saia de casa e veja a porra do mundo com seus próprios olhos, por um mês, dois, seis meses, um ano. Isso muda vidas! Isso te dá uma compreensão de você mesmo, que vocês jamais terão dentro de casa, com pai, mãe, namorada enchendo o saco... Saia de casa por um tempo!

Descumpem o post gigante. Não há intenção nenhuma de magoar quem quer que seja. Mas eu gostaria demais que vocês todos fossem FELIZES e isso passa necessariamente pela escolha do trabalho e por reflexão profunda. Pensem longe meus amigos, pensem longe...

Do velho amigo aqui,

Lawyer

Cara muito obrigado. Meu pai morreu aos 46 quando começou a realizar o sonho dele q era ter uma padaria própria. Jurei não deixar isso acontecer comigo, mas acho q as preocupações do dia a dia estão me levando para o mesmo lugar. Seu post ajudou d+++ vlw mesmo.

[AEGIS]

Eu tomaria um pouco de cuidado com isso... Eu sei, não se iludam, vejo diariamente a demanda de jovens pelo emprego, pelo “vencer na vida”, essa angústia diária da falta de oportunidades conjugada com a necessidade da sobrevivência.

Mas pensem, jovens, pensem.... O que te faz feliz?

Tenho idade pra ser pai de 90% aqui, talvez avô de uns 30% hehehe.... Estou chegando ao final de uma vida no serviço público (se o Temer deixar e se eu não chutar tudo nessa retinha final e dar o pé). Tenho um salário no topo da cadeia alimentar do serviço público. Eu e meus colegas, mas.... e daí? O que te faz feliz?

Vou trabalhar praticamente empurrado pela minha esposa, porque chega uma hora que ir fazer o que você não gosta, ou não gosta mais, torna-se “organicamente” insuportável. Meus colegas com altos salários vivem as mesmas agruras: depressão, assédio moral, falta de condições adequadas para o serviço, falta de reconhecimento, ausência total de perspectivas, alcoolismo, problemas diversos de saúde.... a lista é longa!

Ah Lawyer, vsf! Reclamando de barriga cheia! Falar é fácil quando se tem um bom salário! É tudo o que eu queria, blá-blá-blá......

Mas meus amigos, volto a perguntar, o que te faz feliz? Feliz de verdade. Com aquela alegria genuína, em que as horas voam e que quando acaba você fica triste???

Pensem meus amigos, pensem, olhem pra dentro de vocês... A vida é uma só e passa rápido. Às vezes pode virar um fardo insuportável dentro dessa escolha que, ao lado da escolha da companheira/companheiro, ter ou não filhos, são as escolhas mais duradouras pelas quais passamos.

Cuidado com essa história do bom salário. O serviço público é o maior reservatório de deprimidos que eu conheço. Claro que há exceções. Se é isso mesmo o que querem, então abracem e invistam. Invistam inclusive na sua trajetória pessoal dentro do serviço público, a fim de construir uma biografia. Se é pra entrar, que seja pra explodir a porra toda: façam mestrado, doutorado, escrevam livros, artigos científicos, sejam palestrantes convidados, aqueles caras que todo mundo abaixa a orelha pra ouvir, mas... não façam isso pela segurança e pelo salário porque isso não é o suficiente, isso afunda o cara depois de alguns anos...

Eu estou me segurando pelas pontas, muito em função da família, de minha esposa achar que eu estou vivendo uma espécie de “síndrome” da meia-idade, que não posso jogar tudo pro alto etc... mas vejo minha felicidade em coisas muito mais simples, muito mesmo... Já nem sei mais o que é esse “tudo” que ela fala. Tá mais pra nada!

Pensem queridos, pensem... Talvez o que você goste seja pescar. Seja um pescador profissional então porra! Vá para o mar rapaz, pescar atuns, lagostas, sardinhas o que for.

Se o seu negócio é natureza e ar livre, como você irá trabalhar 8 horas em um prédio do INSS porra? Tú vai morrer rapaz! Vai ter que pensar em ser fiscal do Ibama, no mínimo...

São só exemplos, jovens, mas examinem-se. Ninguém pode fazer isso por vocês. Não transformem suas vidas em masmorras, porque liberdade não tem preço!

Uma coisa importante que vejo: Se você nunca fez uma grande viagem sozinho, NÃO tome uma decisão definitiva sobre sua vida! Faça uma viagem sozinho cara! Pra bem longe, de carro, de carona, a pé, de bicicleta, de barco, trabalhando num navio.... Vá, mesmo que seja sem dinheiro, se vira porra, trabalhe no caminho, venda pulseirinha na praça.... Vá ver o mundo, nem que seja dentro do Brasil, mas saia de casa e veja a porra do mundo com seus próprios olhos, por um mês, dois, seis meses, um ano. Isso muda vidas! Isso te dá uma compreensão de você mesmo, que vocês jamais terão dentro de casa, com pai, mãe, namorada enchendo o saco... Saia de casa por um tempo!

Descumpem o post gigante. Não há intenção nenhuma de magoar quem quer que seja. Mas eu gostaria demais que vocês todos fossem FELIZES e isso passa necessariamente pela escolha do trabalho e por reflexão profunda. Pensem longe meus amigos, pensem longe...

Do velho amigo aqui,

Lawyer

Obrigado pelas poderosas palavras mestre!

Sua postagem é muito interessante e é bom ver um pessoal com mais tempo de casa postando. Sempre vejo os posts do Anônimo também. São pessoas mais puxando para o meio-final de carreira, algo que provavelmente eu irei topar um dia. Ainda assim, não sou um novato, tenho uns anos nas costas. Partindo disso vejo que minha escolhas pessoais convergem para a postagem do Lawyer. Quem já acompanhou outros tópicos viu que eu praticamente desisti de ir mais a fundo nesse caminho, que seria a magistratura, justamente por felicidade e qualidade de vida. Ainda, eu que tenho deixa eu ver... 49-11, uns 38 anos de serviço pela frente, um longo caminho. Se chegar lá, não sei se já existirá essa estabilidade e condição de trabalho. A curva é decrescente. Hoje já trabalho que nem um cavalo, se me tornar magistrado será descarregado um caminhão com 5, 7, 10 mil processos em minhas costas, não quero isso. Virtualmente, materialmente falando, tenho quase tudo que preciso (casa, carro, viagem). Felizmente, acho que cheguei a um equilíbrio material e emocional. A verdade é que serviço público é uma "super nova", você entra e dá aquele salto qualitativo gigantesco, porém com o tempo vai desacelerando. Assim, hoje, em minha visão, pelo menos hoje que sou jovem e estou com muita energia para continuar construindo, penso que investir e aprofundar nessa área não vale a pena. Hoje estou semeando outras coisas, vamos ver se sai algo. Ter o próprio negócio ou ser o próprio patrão é algo que tende a acelerar com o tempo, não desacelerar. Também vejo que nessa área as pessoas geralmente estão mais satisfeitas, ao que parece.

Se não bater essa primeira linha penso em algo mais parecido com o que foi postado, buscar palestrar, ensinar, aperfeiçoar e "ser foda" no trabalho. Já que tenho que ficar aqui vou demarcar meu território.

[donluiz]

Antes de ter estagiado em forum, mp, magistratura e promotoria eram um sonho, mas muito pela grana e principalmente pelo status, hoje, vejo que é uma merda, no começo é bom, mas depois torna-se rotina. capaz que eu vou ficar enfurnado 5, 6, 7 anos estudando igual um filho da puta pra isso.
Muito mais ser dono do meu negócio, flexibilidade, tranquilidade. tô estressado, vou lá e dou um treino, vou pra casa. Quando isso seria possível no serviço público, com corregedoria no seu rabo? no máximo pegar algumas aulas em uma facul
Também nunca me encarnei naqueles argos menores, de analista, técnico, inss, que é o sonho de muitos dos meus ex-colegas pela estabilidade, bela bosta estabilidade.
Se fosse pra me foder em serviço público pelo menos seria sendo chefe.
mas não, a vida é muito curta pra essa merda.

[Aquaman]

Deixa eu dar meus pitacos aqui tb...
Fiz duas vezes a prova do QCO - Informática... Não chega a ser uma prova muito difícil... mas é bem abrangente em conteúdo e são bem poucas vagas por ano. tipo 4 até 10 por especialidade(então a concorrência bem alta), mas se o cara realmente quer entrar com um ou dois anos de estudo especifico consegue. Tem um site legal que tirar umas boas dúvidas (http://rumoaesfcex.com.br/)

Os Posts do Lawyer, mano do céu... é pra parar o que esta fazendo para ler com calma... sair pra pensar e ler de novo... É froids ter que balancear tudo isso... As vezes vc vai por dinheiro mas não acha a felicidade, as vezes vc acha a felicidade mas não o dinheiro rsrsrsrsrsrs

[Anônimo]

Ontem passei por uma situação inusitada e que envolveu uma colega que está há 11 anos aqui no trabalho. Ela é do tipo que sempre dava um jeito de participar de alguma comissão ou grupo de trabalho que envolvessem trabalhos externos. Era uma forma de passar boa parte do tempo viajando e fingindo que estava trabalhando. Bom, com a verba curta, cortaram um monte dessas viagens inúteis. Junto a isso, ela tretou com uma outra superintendente, o que agravou o corte dessas viagens inúteis e acabou mudando de área. A partir daí, ela que já tinha uns problemas no pé, vira e mexe arrumava uma licença. Reconheço que ela teve problemas médicos, mas sempre dava um jeito de prorrogar as licenças, chegando a ficar UM ANO licenciada. Depois que voltou, vira e mexe tirava outra licença. Além disso, ela faz umas 4 sessões de fisioterapia por semana e essas horas não precisam ser descontadas. Toda vez que tem um tumulto aqui no centro do Rio, ela fica em casa, pois diz que ficou com medo de vir trabalhar, que não passavam os ônibus na rua dela, etc.

Ontem, no final da tarde, desci para cumprir minha hora de almoço. Geralmente trago comida, almoço no trabalho e dou uma caminhada, pois ficar aqui não ajuda no banco de horas. Eu a encontrei no elevador e ela disse que estava indo embora pra casa porque seu computador parou de funcionar. Logo disse que poderia ser algum problema na tomada ou no filtro de linha. Ela pediu para eu ver o problema quando subisse. Porra, a tomada estava praticamente desencaixada no filtro de linha. Das duas uma: ou ela tirou a tomada de propósito e inventou essa desculpa para sair mais cedo ou a tomada saiu, hipótese que acho pouco provável, e ela não se deu ao trabalho de conferir. Isso é uma merda, pois as pessoas estão insatisfeitas, recebem um salário muito acima do que ganhariam no setor privado e não querem largar o osso. Você não precisa ser o indivíduo mais produtivo ou o rei da proatividade, mas inventar toda hora uma desculpa para sair cedo ou faltar é algo que eu abomino. Se imaginarmos que ela tbm tem uns 15 anos de serviço público pela frente, será mais uma década e meia aplicando golpes para sair cedo ou faltar.

[Pinhão]

Foda, tô com essa crise aí também ahahaha..
tento colocar na cabela o lema "Fazer o que não gosta pra poder gastar com o que gosta"

[JackmAtAll]

O Problema, é que somos levados ao mais seguro, apesar do Brasileiro ser o 2º povo que mais empreende ou têm vontade de empreender no mundo... A falta de assessoria técnica, estudo de mercado do próprio empreendedor e nossa economia que passe 5 anos de boa e 7 se reerguendo, leva a todos a querer a ADM Pública como sonho de vida, até maior que a casa própria, por quê? Só vantagens e a única desvantagem é a depressão que o mestre supramencionou... mas na verdade isso é o de menos. É FODA...

Sei não quando vejo esses estudos, não acho brasileiro empreendedor no geral.

Geral pensa no caminho mais fácil para pode ficar de boas, quando vc fala algo como:"Larguei um trabalho ruim para fazer o que gosto" geral estranha.

Acho que mesmo a estrutura do país com aposentadoria contribuida o tempo de trabalho para o governo para ele devolver depois e outras "proteções" como parte da CLT dá faz com que a pessoa pense 5 vezes mais nessas facilidades do que o risco de ir para rua e quebrar a cara sem qualquer amparo, a sociedade meio que é construída para acharmos que esse é o melhor caminho, de fato é o mais seguro.

Acredito que brasileiro acaba empreendendo por necessidade, tipo o cara que perdeu o emprego e começa a fazer salgados em casa para ganhar uma grana, poucos saem da faculdade pensando em ter um startup e ser dono do próprio nariz.

[Anônimo]

O brasileiro empreende por necessidade. O pior é que a maioria só sobrevive se se mantiver na informalidade. Quando tenta regularizar e se depara com a burocracia e a carga tributária, grande parte quebra ou desiste. A maioria quer mesmo é a segurança de um emprego estável, de preferência no setor público. O pior é que isso acomoda pessoas com grande potencial. Uma amiga minha é concursada de nível médio de um hospital federal no Rio. Ela tem esse emprego desde a época em que cursava odontologia. Bom, ela se formou, mas sempre ficou com medo de abrir mão do emprego público. Como a escala era generosa (trabalho de segunda à sexta, dia sim, dia não), ela conciliava os dois, mas nunca se dedicou totalmente ao consultório. Já vi pessoas que ganhavam pouco em alguns cargos públicos, mas sempre tiveram medo de sair e arriscar para ganhar mais no setor privado. No Brasil, os benefícios do setor público são tão grandes, que acaba virando o foco de muitas pessoas. Como disse, o Lawyer, as consequências vêm depois. Você ganha bem, mas é um eterno infeliz. Quando a pessoa tem que mudar de cidade para assumir o concurso, as coisas pioram ainda mais.

[Thief]

Serviço publico é o seguinte : Quem tá fora quer entrar , e quem tá dentro não aguenta mais , porém acaba se acomodando por medo de arriscar. Cuidado , uma vez dentro do "sistema" fica difícil de sair !

[Jimmy_AK]

Li umas duas vezes o post do Lawyer. Excelente!
Eu já até pensei em focar em algo da carreira pública. Mas por enquanto sigo no privado, embora o mercado está difícil para buscar melhorias na carreira, setor de engenharia está ficando cada vez mais saturado.
Quanto essa questão de buscar a felicidade na carreira, penso que é bem complexo, não é simplesmente largar tudo e bora buscar o que a gente quer. Se não tiver uma reserva para segurar um tempo de crise, emergência... aí já viu.

[A.Magno]

Tou no serviço público há pouco tempo, menos de 5 anos, e vejo muito do que falaram aqui, principalmente do pessoal mais antigo. Muitos saturados com o serviço e contando o dias pra se aposentar.
Eu tou de boa. Trabalho diretamente com minha formação, engenharia civil, e gosto do serviço. Já trabalhei na iniciativa privada. É legal, mas as empresas são , em sua maioria, muito safadas. Trabalhava sempre mais que o horário e em algumas épocas trabalhava até domingo e os putos nem pagavam as horas extras direito. Resolvi estudar e sair dessa vida. Os caras querem explorar o profissional.
E ainda vejo muito disso com meus amigos, trabalham muito e as vezes nem o piso da profissão recebem, o que é lei.
Tou bem satisfeito hoje e só saio desse emprego pra um desses concursos que pagam 15k pra mais.