PHDookie escreveu: ↑03 Nov 2017 23:17
Obrigado pelo post incrível. foi na maior parte apenas uma brincadeira no meu post. Mas no Brasil não existia índios apenas na Amazônia como em várias outras partes do país ricas em rochas e minerios como no rio e em minas gerais. Penso que não existia uma tribo forte o suficiente para subjugar e unir todas as outras em uma espécie de "império". E pelo que li em alguns livros nossos índios estavam bem atrasados com relação ao uso de metais por exemplo. Esta certo isso??
É, temos que assumir que os índios aqui não dominavam a tecnologia de trabalhar o ferro como as culturas das terras altas. Mas veja que as entradas e bandeiras foram achar metais preciosos no final do século vxii no Brasil com a ajuda dos índios... enquanto que os espanhóis acharam a vontade em seu domínio. Tanto que nem fez questão de brigar pelo Brasil. Acho que pode ser uma questão de oferta.
Os índios aqui utilizavam machados feitos de pedra polida, alguns com rocha de péssima qualidade. Mas era como eles derrubavam árvore... depois com o contato eles adoraram os machados de metal.
Mas se tu ver o modo como eles trabalhavam a pedra é admirável. Temos diversos tipos de machados. Pontas de flechas, etc. com rochas polidas ou lascadas. Mas também temos ídolos de pedra, bem como ornamentos e pingentes pessoais.
Os famosos muiraquitãs, durante muito tempo foram fruto de debate de que seria um artigo não produzido na Amazônia, mas sim importado das terras altas. Acreditava-se que o índio da “cultura de floresta tropical” como se falava, não teria expertise pra fazer esse objeto que era muito cobiçado, entre os índios e entre viajantes. Dizia-se que a rocha, em geral a jadeita, nem teria na Amazônia, somente na Ásia... hoje em dia sabemos até como era feito o furo no pingente pra passar o cordão que amarrava ao pescoço. Foram achados varios bastonetes minúsculos como grafites de lapiseira na região de Santarém , que faziam esses furos. É um fabrico local mas que foi achado até no médio xingu, dentro de urna funerária. Como dizer que não rolava comércio?
Como dizer que não haveria como ter grupos centralizados? Quem faz esse tipo de artesanato são virtuoses, não é o mesmo cara que caça, o cara que guerreia, a mulher que planta e colhe. E se esse grupo não faz isso, alguém alimenta isso. Alguns grupos tinham uma organização mais horizontal, é verdade. Mas qual a real serventia de um estado? Alguém manda o cara derrubar 50 hectares pra fazer alguma coisa, o maluco reúne quem não tiver a fim e procura outro local pra ficar.
As estatuetas em pedra no tapajos São extraordinárias nos seus detalhes.
