STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

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Paulo J.
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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por Paulo J. » 30 Dez 2017 02:09

kempe escreveu:
29 Dez 2017 21:44
E ja estão preparando o episodio X,XI e XII, sem os Skywalker.
Deveriam mudar de nome o filme. :fuyou_2:
Provavel nem aparecer jedis, acho que sera um episodio dos ursinhos carinhosos do espaço, homens emos e mulheres lideres. :evil:
O importante é representatividade. Teve até um gago no filme e uma protagonista gordinha, rs.
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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por Paulo J. » 30 Dez 2017 08:13

café c/ leite escreveu:
30 Dez 2017 03:10
Isso é algo que me incomoda desde o Force Awakens, o fato de 30 anos depois da Guerra Civil a dinâmica da Galáxia não ter mudado, segue a mesma luta por poder exceto que o que antes era o Império e Aliança Rebelde agora é a Primeira Ordem e Nova República.

Eu esperava um mundo em paz com pequenas rixas servindo como plot para os filmes, isso daria peso aos feitos dos personagens da primeira trilogia e se comunicaria com a realidade do século 21, acho que seria um mundo mais interessante de se explorar, as brigas dos personagens da Força seriam menos políticas e mais interpessoais.
E nem restaurou os jedis ou pelo menos deixou um substituto(Rey é autodidata) como fez o Kenobi.Como vi num comentário na internet, a Rebelião tem sido uma máquina de triturar carne e a criança no final do filme é só a próxima numa fila sem fim.
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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por JackmAtAll » 30 Dez 2017 08:47

Background político é ridículo é um dos piores de todas trilogias.

Nova ordem surge faz meia dúzia de coisas tem um exército gigantesco do nada e toda cena tem um gadget da morte novo. Fora que explodiu a starkilller entuchada de soldados e armas mas do nada eles ainda tem de monte.

Não mostraram como raios eles estão nesse nível e quem apoia , rebeldes eram o governo mas do nada só tem 400 pessoas e só naves velhas.

O império era gigante e tinha tanto poder porque era o governo logo a fonte de grana eram todos.
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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por Cizor » 30 Dez 2017 09:46

Esse clipe eh mais emocionante que o filme inteiro.

phpBB [video]
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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por JackmAtAll » 30 Dez 2017 09:49

Foda foi a morte do Luke, morreu de ensolação em cima daquela pedra kkkk

Olha ai o recado, não usar protetor solar = conhecer a força pessoalmente
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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por Aquaman » 30 Dez 2017 10:24

No vídeo compilado ai deu pra ver que o Mark ficou full pistola com a situação toda, infelizmente já era não tem mais o que fazer. Agora mais um filme pra fechar essa bosta de arco e só rebootando tudo de novo...o que mata é que esse besta vai continuar a frente do projeto e vai continuar a fazer cagada.
O melhor momento para plantar uma árvore foi há 20 anos, o segundo melhor é agora.

Moicano wants MONEY!

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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por Paulo J. » 30 Dez 2017 12:21

Pior que a Disney já deu uma enrabada nele(isso é um negócio de bilhões de dólares, Mark é uma pecinha nisso) e ele teve que pedi desculpas por falar demais:https://www.google.com.br/amp/s/br.ign. ... di%3famp=1
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Mensagem por Batman » 30 Dez 2017 20:03

Starkiller é mais poderoso depois de treinar e nem é canon

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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por Batman » 30 Dez 2017 20:09

faça um ranking de privilegio e compare com ranking de quem fez mais merda no filme pra quem foi mais heroi que você vai entender pq o enredo tem problema com isso de minorias

quase ngm ta reclamanda das vaginas e quantidade de melanina, estao reclmaanod de seus atos que claramente atropelam a história para impor uma agenda

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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por Batman » 30 Dez 2017 20:11

você morre na discussão quando usa UE como argumento sendo q a Disney tirou da canone em favor da nova que estão produzindo

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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por Paulo J. » 30 Dez 2017 22:00

Luke nunca foi "ninguém", ele era aquele que desconhecia sua origem nobre. A história dele é a clássica jornada do herói. Ele é o arquétipo do herói. Ele é o filho de Saturno. Ele é o mítico rei Arthur com a sua excalibur. Ele é aquele que não pode fugir do seu destino mitico, mesmo sendo um fazendeiro.Ele fez mais que "matar o cara mal", ele trouxe o pai de volta para a luz se oferecendo em sacrifício. Ele não é uma Mary Sue sem história alguma por trás feita para agradar fãs da Hanna Montana. Aqui tem um texto muito bom sobre "esse personagem de um filme infantil":http://www.sgi.org.br/pt/filmes/mitolog ... -do-heroi/


Mitologia e Guerra nas Estrelas: a Jornada do Herói
Publicado porGiordano Cimadon

Tópicosanakin skywalker, arquétipos, Carl Gustav Jung, darth vader, george lucas, guerra nas estrelas, jornada do herói, Joseph Campbell, luke skywalker, mitologia, star wars

Ela começa como uma simples narrativa da luta do bem contra o mal, mas acaba se convertendo num dos maiores fenômenos culturais de todos os tempos. Composta por seis capítulos que a formam em um autêntico épico universal, Guerra nas Estrelas se transformou numa saga que narra um dos temas mais relevantes presentes em toda literatura, mitologia e tradições religiosas mundiais.
Muito semelhante à uma escritura sagrada dos dias atuais, a obra cinematográfica de George Lucas atualizou os antigos arquétipos presentes nas obras simbólicas das mais importantes tradições antigas e apresentou velhos mitos repaginados para as novas gerações. Não há dúvida que o filme rompeu os limites da comunicação da mensagem universal presente nos grandes clássicos da antiguidade.
Ainda na década de 1970, Guerra nas Estrelas inaugura o fenômeno da criação do mito moderno, exibido nas grandes telas do cinema e carregado de sons, imagens e efeitos especiais.
Naquela época, a sociedade passava por difíceis e profundas transformações sociais e políticas, e o indivíduo experimentava uma crise de identidade, uma vez que os antigos valores haviam sido virados de cabeça para baixo.
O ciclo de Guerra nas Estrelas reapresenta de maneira impactante o cerne mitológico que compreende a existência do bem e do mal, bem como a missão de um herói que é levado à enfrentar este mal e vencê-lo.
Os mitos sempre foram ferramentas de grande importância para que o ser humano pudesse compreender o funcionamento do universo, e não apenas o grande universo que se manifesta em seu exterior, mas também do seu próprio universo interior.
Por isso, um de seus temas centrais é a jornada do herói, presente em todos os seis filmes de Guerra nas Estrelas. A conexão entre a saga da família Skywalker e a mitologia começa com o famoso historiador e mitólogo Joseph Campbell, o autor do livro O Herói de Mil Faces, que foi usado por George Lucas na construção de sua obra.
Veja a Série Completa:
Mitologia e Guerra nas Estrelas: Parte 1
Mitologia e Guerra nas Estrelas: Parte 2
Mitologia e Guerra nas Estrelas: Parte 3
Mitologia e Guerra nas Estrelas: Parte 4
Mitologia e Guerra nas Estrelas: Parte 5
Mitologia e Guerra nas Estrelas: Parte 6
Mitologia e Guerra nas Estrelas: Parte 7
De acordo com Campbell, o mito é uma metáfora para a experiência da vida. Ele teve seu trabalho influenciado por Carl Gustav Jung, o psicólogo suíço que deu origem à Psicologia Analítica e às teorias dos arquétipos do inconsciente. George Lucas estudou a obra de Campbell e acabou usando em seus filmes a temática da Jornada do Herói, uma das formas mitológicas apresentadas em O Herói de Mil Faces.
Esta jornada é o fundamento da maioria dos grandes mitos presentes em todas as civilizações, e consiste numa caminhada iniciática que leva o personagem principal à uma transformação onde uma identidade adolescente que antecede a vida sexual é trocada por outra, a identidade adulta já familiarizada com a sexualidade e os demais desafios apresentados pela existência humana.
Ao longo de Guerra nas Estrelas, a Jornada do Herói é percorrida por dois personagens, Anakin Skywalker e seu filho Luke Skywalker. Os dois recebem um chamado para a aventura, e nenhum deles espera ser um herói. Os dois são atraídas para a luta entre o bem e o mal, e então precisam decidir de qual lado irão ficar. A jornada de Anakin acaba se tornando uma tragédia, quando ele é levado pelo medo e pela ambição à se juntar ao lado negro da Força, enquanto a jornada de Luke se converte em uma busca pela redenção de seu pai.
No início, Luke é uma pessoa comum, que vive uma vida tranquila e aborrecedora. Ele é inocente e inseguro, assim como os heróis de outras mitologias, antigos como o rei Arthur ou mais modernos, como Dorothy Gale, de o Mágico de Oz, ou mesmo o pequeno mago Harry Potter. Estes personagens provocam a simpatia dos espectadores, pois compartilham das mesmas inseguranças e dos mesmos medos de todo ser humano.
Mas logo o herói é convocado para uma aventura quando um dos robôs comprados por seu tio reproduz a mensagem de uma princesa pedindo socorro. Esta convocação tira Luke do conforto e de perto daquilo que lhe é familiar. Ao procurar Obi-Wan Kenobi ele se dirige para o desconhecido e o desafiador, e o conhecimento de vida que possuía até então já não será mais suficiente.
Logo o velho Ben o convida para seguir viagem com ele até Alderaan, e assim ingressar definitivamente na luta do bem contra o mal. Luke hesita, da mesma forma como o grego Ulisses ou o hebreu Moisés não desejavam encarar aquilo que parecia ser muito maior do que eles próprios. Mas a vida o arrasta para a jornada, e quando seus tios são assassinados perlas forças imperiais, ele decide seguir em frente.
Para chegar à Alderaan, é preciso encontrar transporte em Mos Eisley, que Obi-Wan descreve como sendo “uma colmeia miserável de escória e vilania.” Na cantina de Mos Eisley, um lugar bizarro e perigoso, Luke enfrenta a etapa da Travessia do Umbral, o momento em que todo herói, à maneira da pequena Dorothy, sente que não está mais no Kansas.
Depois de realizar esta travessia, Luke começa a enfrentar uma série de desafios para provar seu valor. Todo herói mitológico cumpre este requisito, e podemos ver como Hércules realiza seus doze trabalhos, ou como o salvador gnóstico Neo, do filme Matrix, segue as instruções de Morpheus para se livrar dos Agentes, ou os Arcontes dos Aeons da mitologia gnóstica.
Luke enfrenta as tropas imperiais ainda no porto de Mos Eisley, quando embarca na lendária Milleniun Falcon com Han Solo e Chewbacca. Em seguida ele resgata a princesa, ajuda a destruir a Estrela da Morte, enfrenta o Império da batalha de Hoth, na qual é parcialmente derrota mas consegue se reerguer, e resgata Han Solo e seus amigos ao derrotar o poderoso Jabba.
Contudo, seu maior desafio ainda está por vir, e será revelado quando encontrar seu próprio pai. A luta entre pai e filho é um tema fundamental da Jornada do Herói, e pode ser encontrado em vários mitos gregos. O próprio Zeus só chegou a ser o pai dos deuses quando derrotou Cronos, seu pai, quem por sua vez havia chegado ao poder depois de derrotar Urano, seu pai.
A temática do conflito entre Luke e seu pai, Darth Vader, pode ser encontrado também na Bíblia, onde existe a noção de que os erros cometidos pelo pai são transmitidos para os filhos e as gerações seguintes. Há sempre uma marca deixada pelos antepassados e o herói não pode simplesmente escapar de seus efeitos.
Em uma batalha contada no quinto filme da série, o Ataque dos Clones, o pai de Luke é ferido por um golpe de sabre de luz do Conde Dooku. Seu braço é arrancado e uma prótese é colocada em seu lugar. Anakin, já convertido em Darth Vader, transmite sua cicatriz para seu filho, arrancando a mão de Luke quando os dois duelam na Cidade das Nuvens acima de Bespin, lar de Lando Calrissian.
A maldição é transmitida definitivamente logo após a mão ser arrancada pelo sabre de luz vermelha de Darth Vader, quando este conta à Luke que é seu pai. Neste momento Luke se dá conta que faz parte de uma família e pode decidir não perpetuar os erros de seu pai. Este é o ponto central em torno do qual giram os demais elementos mitológicos de Guerra nas Estrelas.
Todo drama mitológico narra uma grande batalha, na qual o herói recebe uma grande ferida. Esta será determinante ao longo de toda a sua jornada. Ela é a marca da maturidade do personagem central, que aprendeu sobre as dificuldades da vida adulta. Suas dores são grandes, mas maior ainda é a sabedoria que ela oferece ao herói, quem sempre se recordará dela nem que seja em sua própria carne.
Editado pela última vez por Paulo J. em 30 Dez 2017 23:13, em um total de 1 vez.
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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por XYXYX » 30 Dez 2017 22:03

VagabondMusashi escreveu:
30 Dez 2017 18:03
Sobre Luke

Luke não é ninguém. Ele é o perfeito everyman. Ele sou e, ele é você. Olhando pro horizonte, sonhando com o futuro. Ele é todo garoto que já quis ser soldado, astronauta. No IV, ele não era filho do Jesus da galáxia nem um supergênio. Ele era um garoto, que por acaso se viu na guerra e munido de uma mística obsoleta que lhe foi passada por um velho eremita que ainda usava espadas, conseguiu salvar o dia.

A maior parte das críticas vem de fãs que sentem que o filme não fez jus ao mito. Pessoas que sentem que seus heróis foram diminuídos, emasculados, literalmente desvirtuados: despidos de suas qualidades e virtude. Isso primariamente com Luke Skywalker. Eu entendo. Esse tipo de anticlímax geralmente deixa um sabor amargo na boca e vai contra a estrutura narrativa da maioria dos filmes cujo protagonista é um qualquer-homem evoluído ao status de super-homem. Eu lembro desse gosto amargo porque lembro na infância quando assistia a seriados japoneses cuja estrutura narrativa era muito diferente da ocidental. Kamen Rider Black passa a série toda tentando converter o irmão, Nobuhiko, pro lado do bem mas no fim o irmão se reconcilia com o fato de que seu verdadeiro eu é Shadowmoon e Kamen Rider precisa matá-lo. Os órfãos Flashman jamais encontram seus pais e precisam sair da terra no final da série, sem que seu arco principal seja satisfeito. Em vários seriados, um herói tem uma epifania seguida de um acesso sentimental de valentia mas é indignamente assassinado ali mesmo sem glória ou significância. Até mesmo o vilão: Macgaren chora para Satan Goss, implora ao seu "papai" pela força para vencer Jaspion. Até eu fiquei com pena dele quando criança.

Isso acontece em Battle Royale, Evangelion, Dragonball Z, Cavaleiros do Zodíaco e tantos outros. Todos estes anticlímax foram devastadores pra meu lado criança que gostava de acreditar que o bem sempre vence e que, quando a música atinge um crescendo e o herói faz seu discurso de superação, ele certamente vai revelar todo o seu potencial e arrasar o inimigo de uma maneira super cool. Afinal, foi assim com O Grande Dragão Branco, Karate Kid, Power Rangers, e basicamente todo o resto que acompanhei na mídia ocidental. É o arco Jesus, que permeia toda nossa cultura: a pequena derrota, a pequena vitória, a grande derrota e por fim a vitória completa. Você pode ver este arco em todo filme de everyman que existe.

Este arco é o lugar comum e traz profunda satisfação para quem segue um personagem everyman, pois o sucesso dele é seu próprio. Não é o mesmo do que acompanhar de fora um personagem inscrutável como o Coringa.

Digo isso porque creio que o filme deixou um gosto amargo na maioria das pessoas não pela estrutura, não pela cinematografia ( excelente), nem sequer pela trama, mas sim porque não seguiu este arco com O quintessencial everyman do século 20: Luke Skywalker. No universo estendido, Luke é quase um deus. Todos os jogos e literatura o tratam como um super-herói, com poderes inimagináveis. É isso o que se espera dele, afinal é isso o que se espera do protagonista de qualquer série. Mas não foi isso o que o episódio 8 fez.

No episódio 8 , Luke não é um semideus. Ele é um jedi velho, cínico, cansado. Pra muitos, isto é difícil de engolir, mas pra mim não foi, por dois motivos: um, olhei ao redor e vi que na minha vida os planos jamais vão como queremos. Os pequenos sucessos se misturam com tragédias. O primo talentoso morreu de drogas, o tio mais querido cometeu suicídio, seu pai traiu sua mãe, o presidente roubou o país.... seus heróis vão caindo um por um. Segundo, porque eu não gosto do arquetípico everyman/Jesus, isso já está batido demais. Eu entendo que muitos gostariam que Luke terminasse seu arco de tal maneira, pois começamos a acompanhar a estória quando éramos crianças e portanto é com olhos de criança que vemos o filme, mas eu não faço questão e não preciso disso. Entendo perfeitamente como muitos precisam. Entendo perfeitamente como muitos querem ver Luke ser o onisciente e perfeitamente sábio super-herói, capaz de vencer Kylo Ren e qualquer um sem o menor esforço e tendo atingido a plenitude após uma vida de acerto seguido de acerto. Isso é muito satisfatório.

Mas eu não desgosto do amargo não, e só lembro de Kamen Rider até hoje e não de Spielvan, Goggle 5, e dos outros. Eu lembro dos tristes, lembro de Flashman e Kamen Rider. Lembro quando Jiban morreu, lembro quando ao final de Cybercops Jupiter volta para seu futuro destruído ao lado de Tomoko pra lutar uma guerra já perdida. Isso é o que me marca.

Eu achei muito corajoso da parte de Rian Johnson colocar amargura e subverter as expectativas dos fãs da maior franquia midiática de todos os tempos. Eu achei realista. Luke deixou de ser Jesus pra ser humano igual ao meu pai, meus ídolos com falhas e fracassos, medos e inseguranças. Foi amargo na vida também.

Eu -entendo- como alguns não podem gostar. Acho que o amargor foi demais pra muitos. Daí não é difícil racionalizar este sentimento, alegando que Luke morreu de insolação, ou que não faz sentido uma coisa ou outra. Se o personagem é complexo, então tudo faz sentido pois ele não nos pertence e não é obrigado a agir como desejamos. Também lembro como me senti desapontado ao ver Yoda lutar com o sabre de luz. Eu não achei cool, achei supérfluo e bobo. Achei fanservice do pior tipo. Eu não sou de sentar e tentar determinar quem é mais poderoso do que quem e por quê, eu não viajo no consciente coletivo do cânon e não busco reforçá-lo ou criticá-lo com os outros. Não achei necessário ele lutar, mas como muita gente queria ver o quão forte ele seria, ganharam essa alegria.

O filme desapontou muita gente neste sentido, e eu entendo perfeitamente. Mas eu gostei do amargor. Apreciei a fraqueza de Luke, assim como sua decisão no final, e principalmente a cena da morte dele. Yoda morreu na cama e Obi-Wan se desfez em pleno ar, todos por escolha própria.

Mas estou pronto a argumentar de que isto não foi ruim, apenas amargo, e não só foi coerente como o amargor me agradou. Não é preciso que haja acordo nisso.

O lado social

Muita gente criticou as prequelas por quão irreal foi a guerra. Ao final da guerra, a celebração em vários planetas não mostrou nada devastado. Os horrores da guerra nos povos da galáxia jamais se manifestaram. A rebelião , até onde vimos, foram algumas batalhas no espaço em bases do Império ou planetas insólitos onde só havia rebeldes.

Mostrar os outros atores nisso foi uma boa idéia. Fazê-lo como foi feito não foi uma boa idéia. Estética terráquea não funcionou, o arco não foi engajante. Acho que sobre isso há consenso.

O lado racial

Quem tiver problema com a presença de negros, gordos, gagos, mulheres, como algo "excepcional" ou "irreal" é tapado e preconceituoso. Pessoas "diversas" ou "incomuns" estão entre nós e em todos os lugares e posições do mundo. Pra mim tanto faz, e se tanto fizesse pra todos, então não haveria problema nenhum. Que as pessoas se incomodem com isso, pra mim é a prova maior de que diversidade deliberada é necessária ainda.

O humor

Para alguns o filme teve humor demais. Concordo que destoou algumas vezes, mas me diverti bastante.

Rey e Kylo

Gosto da Rey. Gosto de que ela não seja ninguém. Voltamos a estaca zero. Já chega de Jesus da galáxia. O filme é sobre gente comum. No final o garoto olhando pras estrelas também não é ninguém. Somos todos ninguém. Luke não era ninguém no IV. Ótimo.

Poe

Teve um arco. Foi de piloto esquentadinho a lider da Rebelião. Achei excelente.

Seria Rey uma Mary Sue?

Não. Ela não vence Luke, ele tropeça e flutua. Não, ela não conseguiria vencê-lo, a julgar pelo duelo dele com Kylo. Ela só venceu Kylo no sabre porque ele tinha tomado um tiro de bowcaster e sido ferido por Finn. O poder dela com a Força não é nada demais. Luke treinou com Yoda por menos tempo do que ela treinou com Luke, e Luke não treinou nada com Obi-Wan. Anakin pilotava os pods sozinho. E se quiser entrar no universo expandido então há mil exemplos de gente mais poderosa do que ela sem tentar nada. Starkiller, por exemplo.

O poder dela é um pouco acima do esperado de alguém sensitivo. Já que ela vai protagonizar a série, isto é mais do que justo!



------------

Para todo ponto há um contraponto. O filme vai gerar reações em pessoas de acordo com suas espectativas. Eu creio sinceramente que o filme vai envelhecer muito bem, e ganhar status com o passar do tempo como um dos mais maduros e interessantes da série. É só minha opinião.

Abraço
Eu tenho acompanhado o tópico só lendo, sem postar nada (como faço praticamente no fórum inteiro, aliás), mas nessa tenho que me manifestar. Que excelente leitura. Meus parabéns. Concordo com praticamente tudo o que foi escrito aqui - e com praticamente todos seus posts neste assunto.

Acho que o filme tem qualidades inegáveis e defeitos inegáveis. E também há coisas que foram simplesmente o caminho que os roteiristas decidiram tomar. Considerando o contexto como um todo (como, por exemplo, o interminável desafio de agradar os velhos fãs, mas ao mesmo tempo sendo atrativo para atrair novos fãs), achei excelente a escolha por mostrar esse Luke mais fragilizado e uma Rey filha de ninguém. Sei que muita gente não vai gostar, e eu entendo totalmente, mas eu, particularmente, achei ótimo.

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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por Paulo J. » 31 Dez 2017 02:39

VagabondMusashi escreveu:
30 Dez 2017 18:03
Sobre Luke

Luke não é ninguém. Ele é o perfeito everyman. Ele sou e, ele é você. Olhando pro horizonte, sonhando com o futuro. Ele é todo garoto que já quis ser soldado, astronauta. No IV, ele não era filho do Jesus da galáxia nem um supergênio. Ele era um garoto, que por acaso se viu na guerra e munido de uma mística obsoleta que lhe foi passada por um velho eremita que ainda usava espadas, conseguiu salvar o dia.

Ele não era qualquer um, ele apenas não sabia disso. O herói nunca é realmente qualquer um numa história de jornada do herói(bom, menos para o idiota do Rian que pega a jornada da heroína Rey e transforma numa luta de classes no espaço com começo de romance sadomasoquista). Ele foi chamado a luta pelo destino. Ele de fato tinha conexão com a Força e salvou todo mundo no primeiro filme. O que você chama de mística obsoleta é só toda mitologia de Star Wars influenciada pela mitologia clássica(a Disney querer jogar tudo no lixo para vender filmes rasos e cretinos vai lá, mas um suposto fã nunca aceitaria isso).

A maior parte das críticas vem de fãs que sentem que o filme não fez jus ao mito. Pessoas que sentem que seus heróis foram diminuídos, emasculados, literalmente desvirtuados: despidos de suas qualidades e virtude. Isso primariamente com Luke Skywalker. Eu entendo. Esse tipo de anticlímax geralmente deixa um sabor amargo na boca e vai contra a estrutura narrativa da maioria dos filmes cujo protagonista é um qualquer-homem evoluído ao status de super-homem. Eu lembro desse gosto amargo porque lembro na infância quando assistia a seriados japoneses cuja estrutura narrativa era muito diferente da ocidental. Kamen Rider Black passa a série toda tentando converter o irmão, Nobuhiko, pro lado do bem mas no fim o irmão se reconcilia com o fato de que seu verdadeiro eu é Shadowmoon e Kamen Rider precisa matá-lo. Os órfãos Flashman jamais encontram seus pais e precisam sair da terra no final da série, sem que seu arco principal seja satisfeito. Em vários seriados, um herói tem uma epifania seguida de um acesso sentimental de valentia mas é indignamente assassinado ali mesmo sem glória ou significância. Até mesmo o vilão: Macgaren chora para Satan Goss, implora ao seu "papai" pela força para vencer Jaspion. Até eu fiquei com pena dele quando criança.

E não faz jus mesmo. Você queria que os fãs batessem palmas? Chamassem o diretor de gênio? Os personagens foram diminuídos, emasculados, literalmente desvirtuados. Você resumiu bem. E que papo megalomaníaco é esse de "eu entendo"? Os fãs de Star Wars não precisam da sua condescendência com a opinião deles. Nem a sua, nem da Disney e nem dos críticos submissos dela. Luke nunca foi um personagem "Super-Homem"(mais hipocrisia, já que meteram o pau no Superman do Snyder justamente por não ser perfeitinho, acho que até você também). Luke tinha medo e raiva. Luke foi mutilado em luta contra alguém mais poderoso e treinado.Luke aceitou a morte quando não havia outra alternativa além de ceder ao lado negro. Ele perdeu os pais adotivos, o mentor, o pai verdadeiro. Não pode salvar nenhum deles. Ele é um personagem trágico. Star Wars é influenciado pelos filmes do Akira Kurosawa, diretor esse que sempre destacou ter sido influenciado pela sua educação ocidental dos "clássicos". Star Wars é cheio de mitos ocidentais. Onde isso é inferior a porcaria do Kamen Rider Black? Me mostra a carga de mitologia que essas produções "amargas" tem que supera Star Wars.

Isso acontece em Battle Royale, Evangelion, Dragonball Z, Cavaleiros do Zodíaco e tantos outros. Todos estes anticlímax foram devastadores pra meu lado criança que gostava de acreditar que o bem sempre vence e que, quando a música atinge um crescendo e o herói faz seu discurso de superação, ele certamente vai revelar todo o seu potencial e arrasar o inimigo de uma maneira super cool. Afinal, foi assim com O Grande Dragão Branco, Karate Kid, Power Rangers, e basicamente todo o resto que acompanhei na mídia ocidental. É o arco Jesus, que permeia toda nossa cultura: a pequena derrota, a pequena vitória, a grande derrota e por fim a vitória completa. Você pode ver este arco em todo filme de everyman que existe.

E tem algo mais anticlímax que ter a mão amputada pelo próprio pai? De saber que seu pai é um genocida e não um heroico jedi? De terminar a trilogia sozinho olhando fantasmas? Agora você vem e diz que Star Wars é sobre "Jesus"(não que seja ruim, pois é um mito relevante no ocidente e também tem um pouco em Star Wars) e igual ao Grande Dragão Branco(filme de porradaria genérico, mas ainda assim melhor que essa bomba do Rian). Luke ressuscitou por acaso? Ele curou alguém com as mãos(só falta a Rey fazer isso)? Ele aprendeu um golpe foda e venceu todo mundo no final? Ele ficou com a loirinha no final e com o mestre rindo? Bom, isso seria melhor que do nada bater em todo mundo sem treino algum(Rey...) e mostrar os peitorais. Me explica também onde tá essa superioridade oriental desse novo Star Wars. Roteiro ruim? Falta de coerência? Personagens agindo como retardados? Falta de definição moral dos protagonistas? Basta transformar o herói anterior em um maltrapilho fracassado que temos uma "melhoria oriental"? Produções japonesas não tem discurso politicamente correto e tão cagando e andando para as convicções do PETA. Cadê isso? Por último, se Luke era Jesus demais para você, Rey e Kylo são o que? Entidades além da compreensão humana e por isso o roteiro não precisa explicar nada quando eles estão envolvidos?

Este arco é o lugar comum e traz profunda satisfação para quem segue um personagem everyman, pois o sucesso dele é seu próprio. Não é o mesmo do que acompanhar de fora um personagem inscrutável como o Coringa.

Coringa é um personagem plano. Funciona com ele. Mas um vilão que é apenas "mal e caos" é normalmente uma bosta. Vader é muito mais complexo. Palpatine é muito mais complexo. Até o Jabba é mais complexo. Mas então é esse o barato? Sair insatisfeito do cinema? Essa é a nova onda? O motivo da Disney fazer tanto filme ruim ultimamente?

Digo isso porque creio que o filme deixou um gosto amargo na maioria das pessoas não pela estrutura, não pela cinematografia ( excelente), nem sequer pela trama, mas sim porque não seguiu este arco com O quintessencial everyman do século 20: Luke Skywalker. No universo estendido, Luke é quase um deus. Todos os jogos e literatura o tratam como um super-herói, com poderes inimagináveis. É isso o que se espera dele, afinal é isso o que se espera do protagonista de qualquer série. Mas não foi isso o que o episódio 8 fez.

Deixou amargor, pois é um filme ruim. Você acha ruim o Luke ser quase um Deus no universo estendido? Me explica o motivo de você não ficar puto com a Rey ser uma deusa no universo cinematográfico(supostamente o único que vale para a Disney). Do Kylo parar um laser. Do Snoke misturar mentes a distancia que o Professor X nem sonharia. O episódio 8 também fez o Luke projetar sua imagem vários anos-luz de distância. Veja como você tá sendo incoerente. Cadê a critica a esse poder? O filme não é realista? Isso não e "Jesus" demais?

No episódio 8 , Luke não é um semideus. Ele é um jedi velho, cínico, cansado. Pra muitos, isto é difícil de engolir, mas pra mim não foi, por dois motivos: um, olhei ao redor e vi que na minha vida os planos jamais vão como queremos. Os pequenos sucessos se misturam com tragédias. O primo talentoso morreu de drogas, o tio mais querido cometeu suicídio, seu pai traiu sua mãe, o presidente roubou o país.... seus heróis vão caindo um por um. Segundo, porque eu não gosto do arquetípico everyman/Jesus, isso já está batido demais. Eu entendo que muitos gostariam que Luke terminasse seu arco de tal maneira, pois começamos a acompanhar a estória quando éramos crianças e portanto é com olhos de criança que vemos o filme, mas eu não faço questão e não preciso disso. Entendo perfeitamente como muitos precisam. Entendo perfeitamente como muitos querem ver Luke ser o onisciente e perfeitamente sábio super-herói, capaz de vencer Kylo Ren e qualquer um sem o menor esforço e tendo atingido a plenitude após uma vida de acerto seguido de acerto. Isso é muito satisfatório.

Se você engole qualquer coisa vindo da Disney, paciência. Mas vamos lá. Kenobi também era velho, cansado e com muito mais motivos para ser cínico, pois a vida dele de certo modo foi um fracasso, ele viu tudo ruir e passou décadas vivendo como se fosse um fantasma. Porém, Kenobi continuou acreditando que mesmo o filho de alguém como o Anakin(que traiu tudo e todos) poderia escolher fazer o bem. Ele não deu as costas ao Luke. Ele não tinha condições de vencer o Vader pela idade, mas nem por isso deixou de ficar no caminho dele. Han não deu as costas ao Kylo também. Ninguém queria que o Luke fosse o deus dos jedis, você sabe muito bem disso, mas continua repetindo isso. Bastava o mínimo de dignidade com personagem e terem respeitado a personalidade mostrada em três filmes. Foi assim com o Han. É pedir muito? Luke nunca ficaria desesperado por causa do Kylo a ponto de mata-lo dormindo, a cena toda não faz sentido(repetir duas vezes ela não muda isso). Ele nunca trataria um jedi em potencial da forma que tratou a Rey.

Mas eu não desgosto do amargo não, e só lembro de Kamen Rider até hoje e não de Spielvan, Goggle 5, e dos outros. Eu lembro dos tristes, lembro de Flashman e Kamen Rider. Lembro quando Jiban morreu, lembro quando ao final de Cybercops Jupiter volta para seu futuro destruído ao lado de Tomoko pra lutar uma guerra já perdida. Isso é o que me marca.

Que tal no próximo matar todo mundo começando com a Rey? Vamos inovar? Caraca, eu to me lixando para essas produções, eu paguei para assistir Star Wars. Eu não paguei para cagarem num clássico do cinema e depois falarem que "é assim no seriado japonês tal e guardei isso no coração por vinte e cinco anos e vou usá-lo para justificar o diretor medíocre do Looper".

Eu achei muito corajoso da parte de Rian Johnson colocar amargura e subverter as expectativas dos fãs da maior franquia midiática de todos os tempos. Eu achei realista. Luke deixou de ser Jesus pra ser humano igual ao meu pai, meus ídolos com falhas e fracassos, medos e inseguranças. Foi amargo na vida também.

Eu achei estupido e a prova da mediocridade dele, muito embora a Disney muito provavelmente tenha dado essa missão: diminuir os personagens antigos e meter personagens rasos politicamente corretos para adolescentes tapados. E onde ele foi Jesus? Em aceitar poder ser sacrificado pelo que acreditava? Tentar ser o salvador? Mas isso já existia antes de Jesus. Ter isso na história de Jesus é que faz o mito ser forte e não o inverso. Jesus virar um maltrapilho isolado numa ilha não vai torna-lo um personagem melhor. Lembrando ainda que o "Jesus" da história era o Anakin, Luke e a Leia eram apenas "esperanças".


Eu -entendo- como alguns não podem gostar. Acho que o amargor foi demais pra muitos. Daí não é difícil racionalizar este sentimento, alegando que Luke morreu de insolação, ou que não faz sentido uma coisa ou outra. Se o personagem é complexo, então tudo faz sentido pois ele não nos pertence e não é obrigado a agir como desejamos. Também lembro como me senti desapontado ao ver Yoda lutar com o sabre de luz. Eu não achei cool, achei supérfluo e bobo. Achei fanservice do pior tipo. Eu não sou de sentar e tentar determinar quem é mais poderoso do que quem e por quê, eu não viajo no consciente coletivo do cânon e não busco reforçá-lo ou criticá-lo com os outros. Não achei necessário ele lutar, mas como muita gente queria ver o quão forte ele seria, ganharam essa alegria.

Mais do mesmo. Você fica repetindo essa ladainha do "amargor" até fazer sentido. A Disney mandou fazer isso? Por definição um personagem não nos pertence e de certo modo, nem ao autor. Isso é tão obvio que alterar o personagem Luke do nada gerou essas criticas, pois ele também não pertence ao Rian. É como pegar um livro clássico qualquer e fazer uma continuação alterando a personalidade do protagonista, pois "assim fica melhor e mais realista". Isso é ridículo, o filme é um continuação de Star Wars, não a versão depressiva do diretor fã de seriado japonês.


O filme desapontou muita gente neste sentido, e eu entendo perfeitamente. Mas eu gostei do amargor. Apreciei a fraqueza de Luke, assim como sua decisão no final, e principalmente a cena da morte dele. Yoda morreu na cama e Obi-Wan se desfez em pleno ar, todos por escolha própria.

Mais do mesmo(teu apelido deveria ser jiló da Disney depois desse texto com tanto amargor). E não acho que ele escolheu se desfazer no ar. As merdas do Poe, da cabelo roxo e da japa de Humanas levaram a isso. E novamente você é contraditório, pois isso não é um final realista de um personagem que não era "Jesus". Ele se projetou como Jesus e depois ascendeu como o próprio, mas o mundo continuou em guerra(algo que Jesus previu).


Mas estou pronto a argumentar de que isto não foi ruim, apenas amargo, e não só foi coerente como o amargor me agradou. Não é preciso que haja acordo nisso.

Mais do mesmo. Só não sei o motivo de falar tanto de amargo. Depressão?


O lado social

Muita gente criticou as prequelas por quão irreal foi a guerra. Ao final da guerra, a celebração em vários planetas não mostrou nada devastado. Os horrores da guerra nos povos da galáxia jamais se manifestaram. A rebelião , até onde vimos, foram algumas batalhas no espaço em bases do Império ou planetas insólitos onde só havia rebeldes.

Não tá amargor o suficiente? Queria algo tipo Tropas Estrelares? Com cidades destruídas e corpos decepados?


Mostrar os outros atores nisso foi uma boa idéia. Fazê-lo como foi feito não foi uma boa idéia. Estética terráquea não funcionou, o arco não foi engajante. Acho que sobre isso há consenso.

Nem você defende mais? Bom, a função daquela baboseira era apenas meter agenda hipócrita da Disney. Para mim "olho que tudo vê" da Phasma foi mais significativo.


O lado racial

Quem tiver problema com a presença de negros, gordos, gagos, mulheres, como algo "excepcional" ou "irreal" é tapado e preconceituoso. Pessoas "diversas" ou "incomuns" estão entre nós e em todos os lugares e posições do mundo. Pra mim tanto faz, e se tanto fizesse pra todos, então não haveria problema nenhum. Que as pessoas se incomodem com isso, pra mim é a prova maior de que diversidade deliberada é necessária ainda.

Argumento pífio. Se você não gosta, você é racista, tapado e preconceituoso? São personagens ruins colocados para fazer agenda. Pode pintar de ouro que isso não vai mudar. E você novamente tá sendo hipócrita. Diz que tanto faz e no final sentencia que tem que ser imposto mesmo? Assim é a Esquerda, no final do ato social tem um totalitarismo para o "bem de todos".


O humor

Para alguns o filme teve humor demais. Concordo que destoou algumas vezes, mas me diverti bastante.

Se eu quisesse paródia de Star Wars, eu baixava Spaceball do Mel Brooks. O filme não é um dos clássicos dele(bem longe disso), mas ainda é mais elaborado que fazer humor como bichinhos peludos e ferro de passar roupa.


Rey e Kylo

Gosto da Rey. Gosto de que ela não seja ninguém. Voltamos a estaca zero. Já chega de Jesus da galáxia. O filme é sobre gente comum. No final o garoto olhando pras estrelas também não é ninguém. Somos todos ninguém. Luke não era ninguém no IV. Ótimo.

Ela não ter pais importantes, não significa ser "qualquer um". Ela é uma Mary Sue vinda do nada que supera todo mundo. O filme é sobre gente comum? Cadê essa gente comum? Luke nunca foi ninguém, olhar para Estrelas é uma metáfora para o fato de que ele não era dali. O destino dele era outro e tava nas estrelas(obvio, não?). Bom, agora ele é alguém que olha para as tetas de aliens escrotonas.


Poe

Teve um arco. Foi de piloto esquentadinho a lider da Rebelião. Achei excelente.

Então você vai se esbaldar com o Arrow. Tá cheio de Poes ali. Fazendo merda, fazendo discurso, fazendo mais merda, fazendo discurso e nunca sofrendo consequências de nada.

Seria Rey uma Mary Sue?

Obvio. Até agora ninguém teve a cara-de-pau de negar isso.


Não. Ela não vence Luke, ele tropeça e flutua. Não, ela não conseguiria vencê-lo, a julgar pelo duelo dele com Kylo. Ela só venceu Kylo no sabre porque ele tinha tomado um tiro de bowcaster e sido ferido por Finn. O poder dela com a Força não é nada demais. Luke treinou com Yoda por menos tempo do que ela treinou com Luke, e Luke não treinou nada com Obi-Wan. Anakin pilotava os pods sozinho. E se quiser entrar no universo expandido então há mil exemplos de gente mais poderosa do que ela sem tentar nada. Starkiller, por exemplo.

Ela venceu. Espada na mão e Luke no chão. Acabou. Ela também derrotou o Kylo ainda no jogo mental na nave. Ela pilota a Millenium Falcon melhor que o Han. Ela já sabe tudo que precisa saber sem precisa aprender nada. Kylo é inconsistente como personagem até nos poderes. Uma hora ele para um laser, na outra leva pau do Finn. Não é nada demais? A cara de espanto do Luke não conta? Esse velho "Jesus" ou "Van Damme" tava fingindo naquela hora? Ela não treinou como Luke, ele falou algumas frases, mandou levantar umas pedras e só. Luke já tinha algum fundamento quando encontrou o Yoda(cena clássica da caverna de gelo). Anakin mexia com aquilo desde sempre, ele não era um sucadeiro solitário(ele tinha uma mãe decente também). A Disney já deu um foda-se ao universo expandido, não tem sentido usar ele para justificar as cagadas da sua amada corporação. Cada um que fique com a sua cagada.


O poder dela é um pouco acima do esperado de alguém sensitivo. Já que ela vai protagonizar a série, isto é mais do que justo!

Um pouco acima? Meu Deus, você viu outro filme? Mas deixa eu entender isso. Não é justo o Luke ser um Kenobi nesse filme(ou Jesus ou o Van Damme), mas é justo a Mary Sue ser foderosa em tudo sabe lá como? Isso é o que significa ser feministo? Ou você é só acionista da Disney?

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Para todo ponto há um contraponto. O filme vai gerar reações em pessoas de acordo com suas espectativas. Eu creio sinceramente que o filme vai envelhecer muito bem, e ganhar status com o passar do tempo como um dos mais maduros e interessantes da série. É só minha opinião.

O filme não aguentou uma semana. Mas tenta novamente. Escreva outro textão, mas coloque coisas que realmente aconteceram no filme. Ficar em negação, tentar agir como se fosse condescendente com as opiniões contrárias(algo arrogante), querer rebaixar o material original (um clássico do cinema cheio de referencias mitológicas ocidentais ) comparando com piração japonesa(ainda mais que você é o senhor realista) ou com filmes da sessão kickboxer não são bons argumentos. Ah, pare com o amargor também.
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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por jcmora » 31 Dez 2017 15:19

Eu estou com o Vagabond nessa.

A maioria dos fãs da saga,eu incluso, queria um luke muito foda.Senhor da situação e com todas as respostas.
A personificação do jedi way como o Kenobi. Ao virmos um Luke sem esperança nos desapontamos.

Mas provavelmente o Jedi mais poderoso da galáxia que foi o Yoda foi enganado com facilidade pelo Palpatine,saiu na mão e não deu conta do imperador,se exilou,exitou em treinar o Luke pois achava que o Luke iria fracassar.

O Luke se deu conta disso que o legado dos Jedi era de fracasso e como os samurais que se suicidavam foi para ilha para morrer.
Eu escreveria diferente mas entendo este Luke e se é que é possível dizer isso de star wars ficou mais "realista".

A auto projeção achei exagerada e ele pensando em matar o Kylo dormindo também destoou.

Quanto a luta contra a Rey revejam. Luke não se esforçou e desarmou ela com facilidade.Ela não venceria ele.

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Re: STAR WARS VIII | Os Últimos Jedi - SPOILERS A PARTIR DA PÁG 27

Mensagem por Batman » 31 Dez 2017 15:23

VagabondMusashi escreveu:
31 Dez 2017 07:52
Paulo, me deixa de lado nessa. Faz que não é contigo, beleza? Aqui tu tás um saco. Bora se falar nos outros tópicos. Abraço
Spoiler:
acho q ele tbm tá te respondendo mais pra aloprar mesmo shuashu esse filme tá um show de trollação na internet

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