Rap nacional
- Lobo Branco
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Re: Rap nacional
Apesar de ouvir de boa, também não sou muito fã dessa onda de “trappers”, mumble raps e afins. Não só pela merda na lírica, como também pelos flows espaçados, excesso de ad-libs e beats enjoados.
Pelo menos pra mim, os princípios do rap são: lírica (não necessariamente rap de “mensagem”), instrumental (subjetivo) e a capacidade do mc de “cuspir palavras” em cima do beat.
Ex (todos lançados há pouco tempo):
Pelo menos pra mim, os princípios do rap são: lírica (não necessariamente rap de “mensagem”), instrumental (subjetivo) e a capacidade do mc de “cuspir palavras” em cima do beat.
Ex (todos lançados há pouco tempo):
Re: Rap nacional
Mas aí não é rap!He1nz escreveu: ↑19 Fev 2018 17:19Achei que esse papo de "musica boa é musica das antigas" se restringia aos grupinhos do metal que so ouvem iron maiden e metallica e todo resto é lixo... fala serio galera, como o proprio mano brown falou o rap está em constante evolução, antes so tinhamos grupos do mesmo estilo " facção central, racionais, rzo, entre outros) hoje o negocio mudou, e tem musica pra atender a todos.
Gosto dos mais criticos como Emicida, até os mais descontraidos como Cacife clandestino e até uns mais romanticos como projota e 3030.
Eu ouvi tanto racionais, mvbill rzo e facção central durante minha infancia/adolescencia que hoje não curto mais ir em um show desse estilo, prefiro algo mais light e me divirto bastante. Fazer musica boa não é apenas fazer critica a sociedade como racionais sempre fez, como o proprio projota já falou em uma musica "JÁ QUE É RAP, VAMOS POR A CULPA NO SISTEMA". Existe rap bom que não segue a mesma linha de racionais e cia como Felipe Ret por exemplo. Mas isso é so a minha opnião, valeu !
O samba que não é "de raiz" é pagode.
O sertanejo que não é "de raiz" é sertanejo universitário.
Pq o rap que não é "raiz" tem que ser rap?
Esses caras aí são todos pop, rapper eles não são não.
Facção, RZO (das antigas), Racionais (das antigas), Sabotage, GOG, Realidade Cruel, Faces do Suburbio etc, não fazem o mesmo som que esses caras de hoje, não é o mesmo estilo.
Tião Carreiro é do mesmo estilo do Luan Santana?
Cartola é do mesmo estilo do Thiaguinho?
Sepultura é do mesmo estilo do NX Zero?
Então esses caras novos não são do mesmo estilo dos antigos.
"Não espere o futuro mudar sua vida, porque o futuro será a consequência do presente."
Re: Rap nacional
rap de mamster invez de gangster
- Kabeça Grande BJJ
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Re: Rap nacional
Chegou num ponto que eu queria: Sabota.Leeo escreveu: ↑20 Fev 2018 14:14Mas aí não é rap!
O samba que não é "de raiz" é pagode.
O sertanejo que não é "de raiz" é sertanejo universitário.
Pq o rap que não é "raiz" tem que ser rap?
Esses caras aí são todos pop, rapper eles não são não.
Facção, RZO (das antigas), Racionais (das antigas), Sabotage, GOG, Realidade Cruel, Faces do Suburbio etc, não fazem o mesmo som que esses caras de hoje, não é o mesmo estilo.
Tião Carreiro é do mesmo estilo do Luan Santana?
Cartola é do mesmo estilo do Thiaguinho?
Sepultura é do mesmo estilo do NX Zero?
Então esses caras novos não são do mesmo estilo dos antigos.
O Maestro do Canão morreu com um CD lançado apenas, não considero a trilha do Invasor como exatamente um álbum da discografia do Maurinho. Discografia curta demais.
Vou ser crucificado pelo que vou escrever, mas não tivesse tomado 4 tiros o Sabota hj estaria sendo taxado de moderno demais, até de pop.
o cara foi um meteoro. Já tinha atuado em dois filmes, acertado a prosódia dos diálogos de um, inclusive. Era presença em Altas Horas, era já ouvido por playboys e tava começando a experimentar musicalmente.
Tu falou do RZO e colocou das antigas entre parênteses. Hoje, não tenho dúvidas que fariam o mesmo com o Sabota. RZO começou a flertar com outros ares quando o Helião e o Sandrão começaram a andar com o Chorão.
Aí tu vê, Cantando pro Santo é um clássico. Parceria entre Sabota e Chorão...
Na trilha do invasor o Sabota começou a flertar até com eletro. Aracnídeo, em parceria com o Insitituto, tem elementos de eletro na track. Em nada lembra o rap oldschool.
Não tenho dúvidas que o Sabota estaria experimentando o trap. Acho que, inclusive, teria feito uns lovesongs estilo 3030, mas com uma pegada mais favela - que era dele.
O que quero dizer é que a gente tem que separar o que é novo, o que é experimental e o que é ruim mesmo.
Novo nem tudo é ruim. Bloco 7 faz um som que lembra mais o rap bandidão, mas po, entraram numas de tretinhas com o Damassaclan - mais especificamente Costa Gold - e se a gnt critica a molecada do Costa por isso, não pode passar um pano pra BK e Bril, pois estão no mesmo rolo.
Haikaiss é relativamente novo, mas não vejo tão som playba assim. Tem umas ideias legais em algumas tracks, são apenas garotos que fumam um e viram todos os gorós em outras, mas no geral vejo como muito mais interessante e consistente que Costa Gold, que é da mesma banca. O Qualy é um poeta, faz versos bons de vdd.
Na tudubom records o mão lee e o ret fazem sons irados, mesmo o ret hj só falando de si mesmo.
O Criolo anda experimentando pra caramba, tem trampo q foge do rap totalmente, estilo o Brown fugiu no Boogie Naipe.
Já Costa Gold acho ruim mesmo. O Nog até tem flow, mas para aí. E salva uns beats do Lotto tbm. Só.
Colocar todos no mesmo balaio é foda.
O rap evoluiu, a música evoluiu, tudo evoluiu. Era natural q isso acontecesse. Só queria ver como o cara mais inovador do começo dos anos 2000 seria visto hj, não tivesse morrido na crocodilagem. Algo me diz que muita gente que trata o Sabota como vanguarda o trataria diferente.
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Re: Rap nacional
Eu já não concordo que o Sabota iria ser 'tirado', muito pelo contrario. O problema da galera de hoje é o conteudo que eles cantam, o Sabota estava na TV, no cinema, aonde fosse ele representava a favela, igual o Bill faz. Já dançou até na dança dos famosos e não é tirado. Problema dessa molecada nova são as letras nada a ver, não levam a essencia do rap.
Uso sempre como exemplo Guind'art 121, cantava um som do caralho e caiu na moda de fazer som bosta, mudou o estilo e o conteudo (coisa que o Sabota não fazia), hoje não consigo mais ouvir lançamentos dele, tá zoado demais.
Sabotage tem um trap lançado nesse CD póstumo, Mosquito o nome da música, eu odeio trap mas esse dele é do caralho. Som em spoiler.
Eu tbm não gosto de colocar todos no mesmo barco, mas uma galera faz um som merda pra caralho.
Uso sempre como exemplo Guind'art 121, cantava um som do caralho e caiu na moda de fazer som bosta, mudou o estilo e o conteudo (coisa que o Sabota não fazia), hoje não consigo mais ouvir lançamentos dele, tá zoado demais.
Sabotage tem um trap lançado nesse CD póstumo, Mosquito o nome da música, eu odeio trap mas esse dele é do caralho. Som em spoiler.
Spoiler:
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Re: Rap nacional
Se transformou seria mais exato do q evoluiu já q grande parte do público considera q essa transformação foi pra piorKabeça Grande BJJ escreveu: ↑20 Fev 2018 14:44
O rap evoluiu, a música evoluiu, tudo evoluiu. Era natural q isso acontecesse. Só queria ver como o cara mais inovador do começo dos anos 2000 seria visto hj, não tivesse morrido na crocodilagem. Algo me diz que muita gente que trata o Sabota como vanguarda o trataria diferente.
Não existe trabalho ruim, o ruim é ter que trabalhar (Seu Madruga).
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Re: Rap nacional
Tirado não. Pra tirar o Sabota teriam que fazer melhor, aí... bem, aí qs ngm ia poder falar.sawadee-krap escreveu: ↑20 Fev 2018 15:03Eu já não concordo que o Sabota iria ser 'tirado', muito pelo contrario. O problema da galera de hoje é o conteudo que eles cantam, o Sabota estava na TV, no cinema, aonde fosse ele representava a favela, igual o Bill faz. Já dançou até na dança dos famosos e não é tirado. Problema dessa molecada nova são as letras nada a ver, não levam a essencia do rap.
Uso sempre como exemplo Guind'art 121, cantava um som do caralho e caiu na moda de fazer som bosta, mudou o estilo e o conteudo (coisa que o Sabota não fazia), hoje não consigo mais ouvir lançamentos dele, tá zoado demais.
Sabotage tem um trap lançado nesse CD póstumo, Mosquito o nome da música, eu odeio trap mas esse dele é do caralho. Som em spoiler.
Spoiler:
Eu tbm não gosto de colocar todos no mesmo barco, mas uma galera faz um som merda pra caralho.
Mas ia ser questionado. Isso ia, não tem jeito.
Sobre as letras concordo. Mas hj o que seria a essência do rap pra ser cantada? Apenas crime? Pergunta mesmo.
Sobre o trap do sabota, bem, ele tinha apenas a letra gravada, o som que puseram em cima não foi base de criação dele. Poderia ser boom bap. Aliás, teve gente que criticou o póstumo do Sabota por ter fugido da essência do que o Sabota era (papo q é viagem, pra mim). É disso q to falando, ele experimentar hoje, seria questionado.
Tem muita gente que só pensa em criticar o que é novo (e sem crise, eu me enquadro nisso em outros estilos, como rock nacional por exemplo hehehe).
Mas vivo, ele mesmo estaria tentando trap. Ctz.
P/S> Bill foi muito criticado já. Mas bota criticado nisso. E discordo dessas críticas, inclusive.
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Re: Rap nacional
Sim, bem observado.kyo_spirit escreveu: ↑20 Fev 2018 15:05Se transformou seria mais exato do q evoluiu já q grande parte do público considera q essa transformação foi pra pior
Em certos pontos até nem transformado, já que houve uma ruptura.
Tem som que vc não imagina nem fodendo tocando no Espaço Rap da 105 nos anos 90.
Já sobre o que o público acha, é comum em vários setores da vida as gerações antigas achar as novas mais bostas.
No rap é que demorou isso, a geração de 90 (RZO, por exemplo) idolatrava a geração de 80 (DJ Hum e Thaíde). Talvez naquela época por não haver ruptura e sim evolução msm, como vc observou.
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Re: Rap nacional
Eu não iria julgar o cara, assim como não julgo o Racionais e o RZO, mas o novo deles não é rap.Kabeça Grande BJJ escreveu: ↑20 Fev 2018 14:44Chegou num ponto que eu queria: Sabota.
O Maestro do Canão morreu com um CD lançado apenas, não considero a trilha do Invasor como exatamente um álbum da discografia do Maurinho. Discografia curta demais.
Vou ser crucificado pelo que vou escrever, mas não tivesse tomado 4 tiros o Sabota hj estaria sendo taxado de moderno demais, até de pop.
o cara foi um meteoro. Já tinha atuado em dois filmes, acertado a prosódia dos diálogos de um, inclusive. Era presença em Altas Horas, era já ouvido por playboys e tava começando a experimentar musicalmente.
Tu falou do RZO e colocou das antigas entre parênteses. Hoje, não tenho dúvidas que fariam o mesmo com o Sabota. RZO começou a flertar com outros ares quando o Helião e o Sandrão começaram a andar com o Chorão.
Aí tu vê, Cantando pro Santo é um clássico. Parceria entre Sabota e Chorão...
Na trilha do invasor o Sabota começou a flertar até com eletro. Aracnídeo, em parceria com o Insitituto, tem elementos de eletro na track. Em nada lembra o rap oldschool.
Não tenho dúvidas que o Sabota estaria experimentando o trap. Acho que, inclusive, teria feito uns lovesongs estilo 3030, mas com uma pegada mais favela - que era dele.
O que quero dizer é que a gente tem que separar o que é novo, o que é experimental e o que é ruim mesmo.
Novo nem tudo é ruim. Bloco 7 faz um som que lembra mais o rap bandidão, mas po, entraram numas de tretinhas com o Damassaclan - mais especificamente Costa Gold - e se a gnt critica a molecada do Costa por isso, não pode passar um pano pra BK e Bril, pois estão no mesmo rolo.
Haikaiss é relativamente novo, mas não vejo tão som playba assim. Tem umas ideias legais em algumas tracks, são apenas garotos que fumam um e viram todos os gorós em outras, mas no geral vejo como muito mais interessante e consistente que Costa Gold, que é da mesma banca. O Qualy é um poeta, faz versos bons de vdd.
Na tudubom records o mão lee e o ret fazem sons irados, mesmo o ret hj só falando de si mesmo.
O Criolo anda experimentando pra caramba, tem trampo q foge do rap totalmente, estilo o Brown fugiu no Boogie Naipe.
Já Costa Gold acho ruim mesmo. O Nog até tem flow, mas para aí. E salva uns beats do Lotto tbm. Só.
Colocar todos no mesmo balaio é foda.
O rap evoluiu, a música evoluiu, tudo evoluiu. Era natural q isso acontecesse. Só queria ver como o cara mais inovador do começo dos anos 2000 seria visto hj, não tivesse morrido na crocodilagem. Algo me diz que muita gente que trata o Sabota como vanguarda o trataria diferente.
Só comparar o Sobrevivendo no Inferno com o Cores e Valores, não é o mesmo estilo musical.
Agora compara os Direto do Campo de Extermínio/A Marca Funebre/Versos Sangrentos com o A Fantastica Fabrica de Cadáver, claramente é o mesmo estilo musical.
Não to dizendo que o novo é pior ou melhor, só to dizendo que é diferente e NA MINHA OPINIÃO, não é rap.
O rap nacional é marcado pela crítica social/protesto e essas músicas desses caras novos só falam de maconha, beber, cordão de ouro, bmw, comer mulher e curtir.
Se antigamente num álbum de 15 músicas tinha 1 "Estilo cachorro" no meio, hoje em 15 tem 1 "Castelo triste" no meio.
Não tenho nada contra os caras cantarem outras vertentes, eu até curto, como já falei antes.
Gosto muito do Criolo cantando samba e tal, mas ele sabe que tá cantando samba e não rap.
Só não entendo a necessidade de intitular esses novos grupos como rap, sendo que eles não são.
Mas como eu disse, é a minha opinião, não é a verdade absoluta kkkkk
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Re: Rap nacional
ótimo ponto, Leeo. porque a música pode ser boa, mas precisa ficar presa a um estilo?
esses dias falando de 1kilo disse que não achava rap. considero um sampa crew pós moderno que tbm fala de maconha. só love song.
e olha que até escuto sampa crew e 1 kilo, mas rap é diferente mesmo.
to gostando dessas ideias. bem maneiro o papo!
esses dias falando de 1kilo disse que não achava rap. considero um sampa crew pós moderno que tbm fala de maconha. só love song.
e olha que até escuto sampa crew e 1 kilo, mas rap é diferente mesmo.
to gostando dessas ideias. bem maneiro o papo!
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Re: Rap nacional
sabota sempre curtiu vários estilos, da pra notar até nas musicas dele
não duvido que faria trabalhos em outros estilos
não duvido que faria trabalhos em outros estilos
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Re: Rap nacional
Kabeçudo mandou bem no post, não vou quotar pq eh uma biblia
Nessa ultima entrevista do Maestro, logo no começo ele fala um pouco sobre isso:
Esse é o grande problema da guardinha do rap, não aceitam que os caras arrisquem novas vertentes, estilos... pô, boogie naipe é foda.
Tenho ctz que faria.
Nessa ultima entrevista do Maestro, logo no começo ele fala um pouco sobre isso:
Esse é o grande problema da guardinha do rap, não aceitam que os caras arrisquem novas vertentes, estilos... pô, boogie naipe é foda.
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Re: Rap nacional
Por isso botei o tirado entre " ", é pq na hora não me veio outra palavra.Kabeça Grande BJJ escreveu: ↑20 Fev 2018 15:16Tirado não. Pra tirar o Sabota teriam que fazer melhor, aí... bem, aí qs ngm ia poder falar.
Mas ia ser questionado. Isso ia, não tem jeito.
Sobre as letras concordo. Mas hj o que seria a essência do rap pra ser cantada? Apenas crime? Pergunta mesmo.
Sobre o trap do sabota, bem, ele tinha apenas a letra gravada, o som que puseram em cima não foi base de criação dele. Poderia ser boom bap. Aliás, teve gente que criticou o póstumo do Sabota por ter fugido da essência do que o Sabota era (papo q é viagem, pra mim). É disso q to falando, ele experimentar hoje, seria questionado.
Tem muita gente que só pensa em criticar o que é novo (e sem crise, eu me enquadro nisso em outros estilos, como rock nacional por exemplo hehehe).
Mas vivo, ele mesmo estaria tentando trap. Ctz.
P/S> Bill foi muito criticado já. Mas bota criticado nisso. E discordo dessas críticas, inclusive.
Sobre a essência não falo nem só de crime, pra mim tinha que ser cantado a realidade, conscientizar, etc...
Eu mesmo critiquei bastante o Bill já, até quando foi pra Malhação. Mas ele não perdeu o respeito que tem por onde passa.
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Re: Rap nacional
Entendi @sawadee vlw.
Ah, muito estranhamento tá rolando pq acho que desde o começo o rap nacional teve influência do gringo, mas só no comecinho, bem comecinho e de maneira menos intensa que hj.
Depois, começo de 90 até primeira metade da década de 00, o rap, principalmente o paulistano, se inspirava muito nele mesmo e era fechado, de gueto, de quebrada mesmo. A maioria das bandas tinham pouco do que rolava de rap gringo. Era algo muito próprio, diria apropriado até, e original.
Essa nova geração não. Com menos barreiras tecnológicas e facilidade de informação, os caras nem se baseiam no rap nacional muitas vezes. bebem direto na fonte gringa. e em tudo. O Nog do Costa Gold (carai como to falando desses caras), deu uma entrevista dizendo que nunca foi de ouvir rap nacional. Ele jogava basquete e começou a rimar pq um cara lá no time rimava e o Nog só ouvia rap gringo msm.
Acho q a ruptura de estilo se dá aí: nunca nem ouviu Facção, como vai evoluir o estilo do Eduardo? Não curtia Conexão do Morro, como vai ter influência desses caras?
Aí é um tal de Cypher pra lá, golden era pra cá, grimme pra lá, visual parecido mto mais com os dos rappers gringos do que com os daqui, mesma temática de drogas, sexo, ostentação e auto afirmação etc.
Na real foi como se tivessem criado dois raps. O que deriva do paulistano e dos cariocas da primeira geração (Bill, Marechal - e quinto andar -, Pensador e D2) e o que tem influência dos gringos unicamente.
Nesse balaio ainda tem o 3030 com influência de reggae, rock, com muitos arranjos de violão e indo pra uma pegada também romântica, o Haikaiss misturando tudo isso acima, os manos do nordeste matando um leão por dia pra ter visibilidade e a cena fica mais ou menos como estamos vendo hoje.
Mas ouço com o mesmo prazer o Raio X do Brasil, aquele primeiro disco do Oriente, o Espaço RAP volume 3, o Bonde da Madrugada da Cone e se o Marecha fizesse CD, o dele tbm hahahaha.
Ah, muito estranhamento tá rolando pq acho que desde o começo o rap nacional teve influência do gringo, mas só no comecinho, bem comecinho e de maneira menos intensa que hj.
Depois, começo de 90 até primeira metade da década de 00, o rap, principalmente o paulistano, se inspirava muito nele mesmo e era fechado, de gueto, de quebrada mesmo. A maioria das bandas tinham pouco do que rolava de rap gringo. Era algo muito próprio, diria apropriado até, e original.
Essa nova geração não. Com menos barreiras tecnológicas e facilidade de informação, os caras nem se baseiam no rap nacional muitas vezes. bebem direto na fonte gringa. e em tudo. O Nog do Costa Gold (carai como to falando desses caras), deu uma entrevista dizendo que nunca foi de ouvir rap nacional. Ele jogava basquete e começou a rimar pq um cara lá no time rimava e o Nog só ouvia rap gringo msm.
Acho q a ruptura de estilo se dá aí: nunca nem ouviu Facção, como vai evoluir o estilo do Eduardo? Não curtia Conexão do Morro, como vai ter influência desses caras?
Aí é um tal de Cypher pra lá, golden era pra cá, grimme pra lá, visual parecido mto mais com os dos rappers gringos do que com os daqui, mesma temática de drogas, sexo, ostentação e auto afirmação etc.
Na real foi como se tivessem criado dois raps. O que deriva do paulistano e dos cariocas da primeira geração (Bill, Marechal - e quinto andar -, Pensador e D2) e o que tem influência dos gringos unicamente.
Nesse balaio ainda tem o 3030 com influência de reggae, rock, com muitos arranjos de violão e indo pra uma pegada também romântica, o Haikaiss misturando tudo isso acima, os manos do nordeste matando um leão por dia pra ter visibilidade e a cena fica mais ou menos como estamos vendo hoje.
Mas ouço com o mesmo prazer o Raio X do Brasil, aquele primeiro disco do Oriente, o Espaço RAP volume 3, o Bonde da Madrugada da Cone e se o Marecha fizesse CD, o dele tbm hahahaha.
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