História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

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Elton
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Elton » 20 Dez 2014 14:22

"Elton poderia falar mais a respeito da luta de jiu jitsu entre Kimura e Waldemar? Nunca tinha ouvido falar nada a respeito. tipo local, foto.
e fiquei curioso. O Kimura chegou a falar sobre ela em seu livro?ou apenas a de vale-tudo?"

Mano, nem tem muito que falar, foi até o terceiro tempo, mas pra diversão do Kimura, quando enjoou finalizou logo, tipo a luta com o Hélio, queria "nocautear" com quedas, como não conseguiu, partiu pra finalizar.
Kimura fez outras lutas, lutou com o Leão de Portugal, aquele que perdeu pro
Carlson nas regras do Catch, ele tinha uma trupe que rodou o Brasil nessa época fazendo desafios e se apresentando em Shows...tem muita coisa que eu conto no livro sobre essa segunda visita de Kimura ao Brasil.




"parabens pelo seu trabalho é incrivel."

Valeu mano, o pessoal começou a ver que não tem essa de anti Gracie, anti Luta Livre, é só história sendo pesquisada e contada, não tem essa de herói ou vilão...

Elton
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Elton » 20 Dez 2014 14:29

Velho, queria até postar algo aqui, mas é ruim demais colar uma imagem aqui, estou bem perdido, mas pelo menos a galera esta entendendo...

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Hall
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Hall » 20 Dez 2014 14:52

Gardenal_JJ escreveu:
Vc tem aí o relato do kimura referente sua luta contra o Waldemar no VT?

Se n tiver eu pesquiso e tento encontrar no finado, pq lembro mt bem o q tinha sido escrito e o kimura la dizia ser leigo em qqr luta d trocacao q fosse (n citava chutes, se fosse especialista em kyokushin chutaria muito), tb n fala de lesao alguma.

As derrotas do euclides vc sabe pra qm foi? No finado um tal de observador falava incansavelmente q essa lenda era invicta.

Abracos!
Gardenal,

Essa primeira luta tb nunca ouvi falar.

Quanto a lutar lesionado o Kimura fala no seu livro.

Azulzinho escreveu:
Em novembro de 1951, Eu fundei a Kokusai Pro Wrestling Association. Depois de eu voltar dos EUA fazendo lutas de pro wrestling, fiz shows de pro wrestling pelo Japão. Nesses dias, Rikidozan também começou uma nova organização chamada Japan Pro Wrestling Association. Então, a mídia de massa começou a falar sobre uma luta Kimura vs Rikidozan. Eu encontrei com Rikidozan e perguntei sua opinião. Ele disse, "essa é uma boa idéia. Nós poderemos conseguir uma fortuna. Vamos fazer!" A primeira luta seria um empate. O vencedor da segunda seria determinado pelo vencedor de um pedra-papel-tesoura. Depois da segunda luta, repetiríams o processo. Nos chegamos a um acordo sobre essa decisão. Quanto ao conteúdo da luta, Rikidozan deixaria eu arremessá-lo, e eu o deixaria me acertar com um golpe de faca da mão. Nós então trocaríamos golpes e arremessos. Porém, quando a luta começou, Rikidozan foi tomado pela ganância do dinheiro e fama. Ele perdeu a cabeça e se tornou um homem louco. quando eu vi ele erguendo a mão, abri meus braços para receber o golpe. Ele desferiu o golpe, mas não no meu peito, e sim no pescoço com toda a força. Eu cai no chão. Ele então me chutou. As artérias do pescoço são tão vulneraveis que não precisaria ser Rikidozan para me causar um knock down. Um colegial poderia infligir um knock down dessa forma. Eu não poderia perdoar essa traição. Aquela noite, recebi um telefonema informando-me que vários yakuza estavam a caminho de Tóquio para matar Rikidozan.

Enm março de 1955, eu fui ao México para fazer lutas de pro wrestling. Oito meses depois, eu fui a França para ensinar Judô durante o dia e fazer Pro Wrestling à noite. Fiz o mesmo em Londres. Depois de passar quase um ano em Paris e Londres, respectivamente, eu fui para a Espanha ensinar Judô e fazer lutas de Pro-Wrestling, e fiquei lá por quatro mêses. Então voltei a Paris para ensinar Judô por uma semana, e voltei ao Japão em janeiro de 1958. Assim que eu cheguei na estação Kumamoto, eu fiquei surpreso de ver 80 ou 90 mulheres bem vestidas alinhadas. Me perguntei se alguma celebridade tinha chegado a cidade. Minha pergunta foi logo resolvida. Sugiyama, vice presidente do "Cabaré Kimura", tinha alinhado as anfitriãs. Antes de eu partir para o México, eu deixei-o administrando o cabaré. Enquanto trabalhava como dono do cabaré, eu contatei promotores de Pro-Wrestling em Londres, França Alemanha e Brasil. O Sr. Takeo Yano no Brasil me respondeu imediatamente. Ele era da prefeitura de Kumamoto, e tambem um graduado da Chinsei Junior High, oito anos antes de mim. Decidi ir ao Brasil novamente.

"Se você se recusar a lutar hoje, a platéia furiosa vai colocar fogo na arena. Se essa arena for queimada, vou fazê-lo ser o responsável pelos danos., o promotor me disse de maneira agressiva. "Não seja ridículo", Yano rapidamente respondeu, e contiou, "o médico disse a ele para não lutar. Ele não está em condições de luta. A luta deve ser adiada". Eu tinha torcido meu joelho esquero quando demonstrava técnicas de Judô no Rio de Janeiro. Mas a arena já estava lotada, mais de 5000 pessoas estavam esperando fora da arena. A hora da luta começar já tinha passado. A platéia estava vaiando. Para o promotor, o dinheiro era mais importante do que minha lesão. Eventualmente, eu e Yano fomos levados a uma sala onde três policiais negros estavam reunidos. Um homem pequeno apareceu por trás dos policiais, e disse a mim, "você é um japonês, Sr.Kimura, não é? Meu pai também é japonês. A um tempo atrás um boxeador não lutou devido a uma lesão. A platéia então ficou tão furiosa que colocou fogo na arena. A arena queimou por inteira. Ninguém sabe quem começou o incêndio. Além disso, o boxeador foi alvejado com uma pistola em sua volta para casa. Foi morto instantaneamente. Ninguém sabe também quem disparou nele. Sr. Kimura, é melhor você lutar esta noite. Mesmo se perder, é melhor do que ser morto por tiros." Ele também disse que era o único japonês na cidade, e todo o resto eram negros.

Agora eu tinha que tomar uma decisão. Meu oponente Waldemar Santana era um homem negro de 25 anos, e era um campeão peso-pesado de boxing. Ele era quarto dan em Judô, e também um campeão de capoeira. Tinha 1,83m, um corpo bem proporcional e físico impressionante. Seu peso era próximo de 100kg. A Bahia, onde a luta aconteceu, é uma cidade portuária onde os escravos negros eram descarregados. Os escravos eram proibidos de portarem armas. Como resultado, muitos estilos de artes marciais foram desenvolvidos por eles, eu escutei. Vale Tudo é um desses estilos marciais. No sul de São Paulo, Pro Wrestling é popular. Mas conforme se avança para o norte, mais popular o Vale Tudo se torna. Hélio Gracie, com quem eu tinha lutado previamente, era um campeão em Vale Tudo. Mas Waldemar Santana desafiou-o no ano passado (Nota: 1957), e depois de duas horas e dez minutos, Hélio levou um chute no abdomên, não pôde se levantar, e foi nocauteado. Então, Waldemar se tornou o novo campeão. No Vale Tudo, nenhuma falta é permitida. Uma falta é desqualificação imediata. Não é permitido calçados. Quando os lutadores são separados, não são permitidos golpes com os punhos, e eles tem que golpear com a mãos abertas. Mas assim que entram em contato, qualquer tipo de golpe é permitido com excessão de golpes na região da virilha. Todo tipo de queda e chaves eram permitidas. Já que golpes a punhos nus eram trocados, receber dois ou três golpes no olho significava fim da luta. Me disseram que havia muitos casos em que um lutador foi acertado no olho com uma cotovelada, e o globo ocular saltava da órbita pela metade, e então carregavam-o para o hospital em uma ambulância. Então, havia sempre duas ambulâncias na entrada da arena.

"Eu não tenho escolha, irei lutar." Eu disse. Então, o promotor abriu um sorriso, tirou um formulário e me disse para assiná-lo. Yano traduziu seu conteúdo, que dizia, "Mesmo se eu morrer nessa luta, isso era o que eu desejava, não farei ninguém responsável pela minha morte." Eu acenei, e assinei o formulário. No caminho para o ringue, alguém levantou seu braço e acenou para mim. Era Hélio Gracie, a quem eu não via a vários anos. Hélio estava sentado na área de transmissão por rádio. Ele era comentarista da luta. O gongo soou. Ademar e eu circulamos o ringue primeiramente. Eu levementente extendi meus dedos em uma postura "half-body" (Alguém sabe a tradução desse termo?) e me preparei para seus chutes. Waldemar, também em uma postura half-body, encolheu o queixo e os braços, como faria em uma luta de boxing. De vez em quando, ele desferia chutes altos em direção a minha cabeça. Eu bloqueei os chutes com minhas mãos, e devolvi um chute com minha perna direita. Ademar começou a desferir chutes rodados com ambas as pernas. eu dava um passo para trás e desviava-me deles, mas de repente, recebi um impacto em meu rosto que queimou como fogo. Foi um tapa com a mão aberta. Negligenciei suas mãos, prestando muita atenção aos seus chutes. Fui atingido na têmpora, e o centro da minha visão começou a embaçar, chutes rodados da direita e esquerda vieram. Quando bloqueei seu chute direito com minha mão mãe esquerda, uma dor trementa veio da ponta do meu mindinho até a parte de trás da mão. Tinha esmagado meu dedo. Troquei chutes com ele. A platéia inteira estava de pé com a emoção. Mesmo nessa situação, eu estava apto a pensar claramente. Enquanto pensava "Waldemar está um nível acima de mim tanto em chutes quanto com golpes com a mão aberta. Para vencê-lo, preciso levar a luta para o chão", outro chute atingiu meu abdômen.

Eu golpeei o chute com um golpe de esquerda de faca de mão, e pulei para aplicar uma cabeçada em seu abdômen com um ímpeto capaz de atravessar seu corpo. Isso deve ter afetado-o. Ele cobriu o abdômen, e recuou enquanto balançava. Eu queria chegar perto dele, derrubá-lo, ficar por cima e usar Newaza. Tive sucesso nisso, e pude usar cotoveladas e cabeçadas. Waldemar se recuperou dos danos, e me deu um chute na cabeça novamente. Eu me desviei do chute e me arremessei para um clinch. Eu consegui um clinch apertado para evitar dele usar joelhadas ou cotoveladas. Ficamos nas cordas. De repente, eu recebi um impacto devastador na cabeça, e ouvi um som agudo soar no meu ouvido direito. e fiquei momentaneamente inconsciente. Eu tinha recebido uma cabeçada na têmpora esquerda. Foi uma cabeçada lateral. Eu pensei que todas as cabeçadas viriam da frente. Nunca tive conhecimento de uma cabeçada lateral. "Não posso perder aqui. Devo vencer ou morrer", pensei. Guiado pela vontade, tentei achar um caminho para voltar à luta. O juíz então separou-nos. Já estávamos cobertos por sangue. A luta foi levada para o centro do ringue novamente. Waldemar lançou um tapa com a mão direita. Peguei seu braço e tentei um Ippon-seoi. Parecia que eu poderia conseguir um arremesso limpo. Porém, foi um cálculo equivocado. Estávamos ambos cobertos por suor e muita água tinha sido jogada em nossas cabeças. Além do mais ele não vestia kimono. Não havia como uma técnica assim funcionar nestas condições. Seu braço deslizou, e meu corpo rotacionou no ar e atterisei em minhas costas. "Estraguei tudo!" gritei em minha mente, mas muito tarde. Ademar imediatamente pulou em mim. Se conseguisse subir em meu peito, poderia golpear livremente meus olhos, nariz e peito com cotoveladas. Peguei-o com uma tesoura de corpo. Apertei seu corpo coom toda força na esperança de partir seu intestino. Waldemar desmoronou por um momento, mas não desistiu. Já que a tesoura de corpo não finalizou-o percebi que estava numa posição desvantajosa. Quando levantei minha cameça, vi centenas de estrelas. Recebi um soco direto entre meu nariz e meus olhos. Foi um golpe bem direcionado. A parte de trás da minha cabeça bateu no tablado.

Além disso, uma forte cabeçada atingiu meu abdômen. Eu senti que meus orgãos iriam se partir em pedaços, Uma, duas vezes, enrijeci meus musculos abdominais para aguentar o impacto, e esperei um terceiro ataque. QUando a terceira cabeçada veio, meu punho direito pegou o rosto de Waldemar de encontro. Acertei entre seu nariz e olhos. Sangue espalhou-se. Eu também estava coberto pesadamente por sangue. O sangue intergeria minha visão. "Mate-o, mate-o!" o demônio em minha cabeça gritava. Waldemar balançou, recuou e tentou correr com as costas nas cordas. Eu persegui-o lançando chutes e golpes de mão aberta. Ele lançou cabeçadas e cotoveladas. Mas, nenhum de nós conseguiu um golpe decisivo. Estávamos exaustos, ou talvez o sangue em nossos olhos preveniram que os golpes fossem certeiros. Depois de passado os 40 minutos, a luta terminou em um empate. Foi minha primeira experiência no Vale Tudo. Naquela noite, meu rosto estava terrivelmente inchado. Tinha cortes no rosto. Toda vez que respirava, uma dor excruciante percorria minha barriga, e não podia dormir. Recebi uma injeção do médico, e refresquei minha barriga com uma toalha molhada à noite. Porém, aprendi uma lição muito importante naquela luta. Que é, nunca deve-se temer a morte. Se eu não tivesse uma vontade de ferro de lutar apesar da possibilidade de ser morto, suas cabeçadas podiam ter partido meu intestino em pedaços.
Fonte: http://forum.portaldovt.com.br/forum/in" onclick="window.open(this.href);return false; ... pic=125100

Fonte 2: http://judoinfo.com/kimura4.htm" onclick="window.open(this.href);return false;[/quote]
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Hall » 20 Dez 2014 14:57

Elton escreveu:Velho, queria até postar algo aqui, mas é ruim demais colar uma imagem aqui, estou bem perdido, mas pelo menos a galera esta entendendo...
O jeito mais direto eh fazer direto pelo tapatalk do seu cel.

No PC vc suba as imagens para o imgur.com e depois coloqur o link entre [IMG*]link[/IMG]

Sem asteriscos.

Se já tiver elas na web cola os links q eu ajeito.
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Gardenal_JJ » 20 Dez 2014 15:20

Realmente hall, vc tem razao e realmente e dito antes da luta que o médico havia vetado devido a uma torcao no joelho, mesmo assim no decorrer da luta ele n diz nada a respeito do que isso possa ter sido prejudicial.

Como eu falei, na luta de vale tudo o kimura levou um belo prejuizo.

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Gardenal_JJ » 20 Dez 2014 15:24

Vlw pelas respostas elton, parabens pelas pesquisas.

Abs

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por ska4fun » 20 Dez 2014 17:44

Gardenal_JJ escreveu:Realmente hall, vc tem razao e realmente e dito antes da luta que o médico havia vetado devido a uma torcao no joelho, mesmo assim no decorrer da luta ele n diz nada a respeito do que isso possa ter sido prejudicial.

Como eu falei, na luta de vale tudo o kimura levou um belo prejuizo.
Realmente não há como uma torção de joelho ser prejudicial. Que besteira uma torção no joelho, ora bolas... Porra de joelho, temos dois, afinal!

Não há como ver atraso pela descrição do Kimura, na melhor das hipóteses. Se houvesse algo nesse sentido, teria sido divulgado aos quatro cantos do Brasil. Vejo isso como uma despeita, pelo fato de Kimura ter passado no Hélio.

Achei massa a descrição do Kimura falando como ele usou do-jime (chave de rim) pra segurar o Waldemar. Dá pra ver como ele era top no newaza.
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Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
Dutch (2014).

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Elton » 20 Dez 2014 18:09

eu ia falar algo parecido...
Porra mano! O médico proibiu a luta por causa do joelho, Kimura lutou ameaçado de morte, tu acha que em outras condições ele teria lutado?
Ou que em outra luta, 100% inteiro, o Waldemar teria chances?
Kimura derrubava caras bem maiores e mais pesados que ele (Yamagushi deixava o Kimura parecendo um anão), no chão brincava, a única dificuldade que teria era sair das pancadas do brasileiro, se com o joelho estourado ele sobreviveu, imagina em perfeito estado...e eu não disse que ele não levou prejuízo, mas que a luta empatou.

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Elton » 20 Dez 2014 18:17

Pra se ter uma ideia, quando o Kimura veio a segunda vez ao Brasil, precisava de um sparring forte, que aguentasse o treino, no RJ não acharam ninguém, quem se arriscou a ser sparring do Kimura pediu água e nunca mais voltou, tiveram que trazer o Aderbal Bezerra lá do nordeste, um lutador forte pra cacete e muito famoso por lá, tinha sido aluno do Yano.

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Gardenal_JJ » 20 Dez 2014 18:42

ska4fun escreveu:
Realmente não há como uma torção de joelho ser prejudicial. Que besteira uma torção no joelho, ora bolas... Porra de joelho, temos dois, afinal!

Não há como ver atraso pela descrição do Kimura, na melhor das hipóteses. Se houvesse algo nesse sentido, teria sido divulgado aos quatro cantos do Brasil. Vejo isso como uma despeita, pelo fato de Kimura ter passado no Hélio.

Achei massa a descrição do Kimura falando como ele usou do-jime (chave de rim) pra segurar o Waldemar. Dá pra ver como ele era top no newaza.
Vc tem razao, na descricao da luta(feita pelo proprio kimura), n tem indício nenhum que ele tenha tomado varios chutes e cabecadas, q tenha fracassado na tentativa de quedar por depender de kimono, por ele ser melhor q td mundo de kimono ele automaticamente ja se torna o melhor do mundo no Vale Tudo. Como a internet ja existia naquela época, se o kimura tivesse levado preju td mundo teria sabido (ate pq nos jornais de época, cm estamos vendo, td e mt bem esclarecido).

Sem sombra de dúvidas eh pura picuinha minha por ser representante do jiu jitsu aqui.

Obs: Vc ter citado a chave de rim cono um pro do chao do kimura, mostra todo seu conhecimento de luta de solo.

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por ska4fun » 20 Dez 2014 18:46

Pois é. Também não tem descrição do Kimura batendo, chutando, abafando, segurando na guarda fechada, fazendo o oponente sangrar... Nada disso consta no texto. Em relação à chave de rim, qual foi o problema? Agora eu fiquei curioso. Somente um judoca versado em newaza de alto nível conseguiria usar a técnica, a qual já era proibida na época.
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Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
Dutch (2014).

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Gardenal_JJ » 20 Dez 2014 18:48

Elton escreveu:eu ia falar algo parecido...
Porra mano! O médico proibiu a luta por causa do joelho, Kimura lutou ameaçado de morte, tu acha que em outras condições ele teria lutado?
Ou que em outra luta, 100% inteiro, o Waldemar teria chances?
Kimura derrubava caras bem maiores e mais pesados que ele (Yamagushi deixava o Kimura parecendo um anão), no chão brincava, a única dificuldade que teria era sair das pancadas do brasileiro, se com o joelho estourado ele sobreviveu, imagina em perfeito estado...e eu não disse que ele não levou prejuízo, mas que a luta empatou.
isso sem dxar de destacar o quanto a medicina esportiva era avançada, se hj medico proibe pratica esportiva por qqr coisa, imagine nessa epoca.

E tb existem provas concretissimas q o waldemar santana estava em plena forma fisica e 100% sem lesao alguma.

Obs: o Carlson estar com a mao machucada e ter negado essa luta sem sombra de dúvidas foi uma desculpinha....

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por ska4fun » 20 Dez 2014 18:55

Não há registro sobre qualquer problema do Santana. Testemunho pessoal, livro, jornal, nada... É Freud ter que partir pra insinuações pra tentar sustentar um argumento carente de factibilidade.

Qual o problema da guarda fechada?

O Kimura passou um certo tempo excursionando no Brasil, tempo pra ser desafiado não faltou.
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Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Marcelo MMA » 20 Dez 2014 18:59

Não sei se já foi postado isso. Mas tem esse trabalho muito interessante que coloca o Helio tb como responsável pelo crescimento do judo no Brasil. Alguns alunos dele migraram pro judo quando esse virou esporte olímpico.
http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v26n4/v26n4a11" onclick="window.open(this.href);return false;

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por ska4fun » 20 Dez 2014 19:23

O que é justíssimo. Já havia comentado com amigos meus que qualquer lista top 5 dos judokas porradeiros no Brasil, obrigatoriamente teria que ter o nome de Hélio Gracie. Hélio competiu no judo e tinha penetração na comunidade nipônica de SP.
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Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
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