Doc bom já tinha assistido, A partir dos 26 min é o bottleneck (gargalo da garrafa) parte mais perigosa da k2 e onde acontece a maioria das mortes por lá.
Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
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Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
formidável esse tópico.
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Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Brasileiro que superou o K-2 chama de fatalidade tragédia que tirou vida de alpinistas
Esse Waldemar é possivelmente o maior alpinista brasileiro já escalou uma porrada de montanhas.
https://www.google.com.br/amp/www.gazet ... iedq/ampgpUma fatalidade. É assim que Waldemar Nieclevicz, único brasileiro que conquistou o cume do K-2, a segunda maior montanha do mundo, no norte do Paquistão, define a tragédia que, no último fim de semana, provocou a morte de pelo menos 12 alpinistas. O grupo ficou preso acima de um ponto conhecido como Gargalo da Garrafa, a cerca de 8.200 metros de altitude e apenas 400 metros abaixo do pico, depois que um grande bloco de gelo se soltou, arrastando consigo as cordas fixas que serviam de apoio para os escaladores. Sem ter como descer, os alpinistas teriam ficado à mercê de dois grande vilões: o frio e o ar rarefeito.
- Aparentemente, tudo ia bem até os alpinistas chegarem ao cume da montanha, a 8.611 metros de altitude. Quando iniciaram a descida, aconteceu a avalanche e eles perderam o cordão umbilical que os ligava ao último acampamento. Ficaram ilhados, sem abrigo, sem água e sem comida - conta o alpinista, que em 2000, após quase dois meses de subida, fez história ao "cravar a bandeira do Brasil" no pico da montanha. - Esse é um trecho que normalmente já é muito delicado de se descer. Sem a camada de neve, então, o gelo fica duro como vidro e muito escorregadio. Quem aposta na descida, nessas circunstâncias, corre sério risco de cair lá de cima.
O brasileiro sabe do que está falando. Ele conhece bem o trecho em questão e o drama vivido pelos alpinistas. Há oito anos, logo após alcançar o cume do K-2, Waldemar também ficou preso acima do Gargalo da Garrafa, sem provisões.
- Eu e outros dois alpinistas chegamos ao pico da montanha por volta de 18h30m, após mais de 19 horas de caminhada, desde a última base. Estava cansado, sem comida, sem água, sem garrafa de oxigênio, sem barraca, sem saco de dormir e, para piorar, sem a minha lanterna. Começamos a descer já estava escuro. Foi uma descida bastante nervosa. Eu tomei duas quedas e quase caí no abismo, antes de decidir parar e esperar amanhecer - conta Waldemar, que teve que dormir ao relento, sob um frio de menos de 30 graus negativos. - Meus amigos continuaram, mas eu achei mais seguro parar. Só nos encontramos novamente no acampamento às 7h30m do dia seguinte. Quando eles me viram, parecia que estavam olhando para um fantasma. Achavam que eu não sobreviveria naquelas condições.
A surpresa dos colegas de Waldemar tinha sentido. Ele enfrentou o que os alpinistas chamam de zona da morte. Isso porque, acima de 7.500 metros, o corpo começa a se degenerar por falta de oxigênio.
- Foi o pior momento da minha vida. Eu só parei porque estava bem emocional e fisicamente e o clima era bom, apesar de estar fazendo muito frio. Não ventava e não nevava - lembra o brasileiro, que narra a aventura no livro "Um sonho chamado K-2", da editora Record. - Mas eu sabia que, fisiologicamente falando, um ser humano só sobrevive 48 horas dentro da zona da morte. Com o ar rarefeito, as células mal conseguem se multiplicar, o corpo começa a entrar em colapso.
E foi isso, segundo ele, que aconteceu com os 12 alpinistas que ficaram presos na montanha. Exaustos, desidratados, expostos ao frio e ao ar rarfeito por longo período, eles teriam começado a desenvolver edemas pulmonares e cerebrais.
Esse Waldemar é possivelmente o maior alpinista brasileiro já escalou uma porrada de montanhas.
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Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
galera, e a fauna desses lugares, como é? tem bicho adaptado a viver nesses picos?
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Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Mais uma matéria interessante sobre o desastre de 2008 na k2.
Trinta graus negativos, redução de 70% de oxigênio e uma avalanche de gelo. Assim se deu a maior tragédia do alpinismo, que matou pelo menos 12 pessoas no Himalaia

https://istoe.com.br/9801_MORTE+NO+GELO+DA+K2/
Trinta graus negativos, redução de 70% de oxigênio e uma avalanche de gelo. Assim se deu a maior tragédia do alpinismo, que matou pelo menos 12 pessoas no Himalaia
São sete horas e vinte e dois minutos da noite da sexta-feira 1º. Audaciosos alpinistas, 17 ao todo, estão em silêncio (e contemplam um gelado silêncio) dada à alegria e emoção de terem galgado os 8.611 metros de altitude do segundo pico mais alto do mundo, a traiçoeira montanha K2, no Himalaia (o pico mais elevado é o Monte Everest, no Nepal, com 8.850 metros). Eles estavam praticamente no topo da Terra, coração alegre pela missão cumprida, sensação de que o céu é o limite quando se combina técnica e obstinação, boca seca e lábios cortados de frio, ouvidos para o vento, olhos para o cenário totalmente branco. Oito minutos se passaram, exíguos oito minutos de contemplação mas que valeram sim o desafio dos oito mil metros vencidos, e então já era hora de começar a descer. Impossível não vir à mente o que ensinaram outros alpinistas que já conquistaram esse mesmo topo: 270 escaladores, segundo o Ministério do Turismo do governo do Paquistão. A lição é inquietante: é justamente nesse movimento, no da descida, que a K2 leva o nome de Montanha da Morte, com seu gelo duro feito rocha e escorregadio como azulejo ensaboado. Descendo-se cerca de 400 metros, chega-se a esse ponto mais perigoso da volta, o Gargalo da Garrafa, onde o oxigênio sofre redução de 70% e a temperatura beira os 30 graus negativos. No Gargalo da Garrafa sabe-se que 66 alpinistas já morreram e estima- se que outros 50 tenham simplesmente desaparecido – é comum encontrar lá ossos de pernas e luvas avulsas como que brotadas do próprio gelo. Assim, não é sem motivo que essa região da K2 recebeu também a denominação de “a montanha das montanhas”, frase cunhada pelo famoso alpinista italiano Reinhold Messner. “A K2 não é a mais fatal em número de vítimas, mas há estatísticas mostrando que os riscos de morrer em sua descida é três vezes maior do que na do Monte Everest”, disse certa vez Messner.
Os 17 alpinistas mal haviam chegado ao Gargalo da Garrafa quando o silêncio, agora não somente contemplativo, mas também de profunda concentração, foi abruptamente rompido. Um erro humano é fatal, e esse tentase a todo custo evitar com a habilidade e o conhecimento técnico. Uma desdita da natureza, essa é imponderável, dela só se pode tentar escapar – ou se esconder. Pois bem, foi a natureza que se manifestou com o desprendimento de um imenso bloco de gelo: é começo de uma avalanche, o bloco avança sobre o grupo, é o pânico e a certeza de que a Montanha da Morte não se rendera àquele grupo. A placa gelada, que se soltara, rompeu as cordas fixas que seguravam os homens e uma mulher em sua escalada. Todo o trajeto de volta, até onde os olhos podiam alcançar naquele inferno branco, estava agora bloqueado. O acampamento mais próximo, o de número quatro, virara mera miragem. O céu do Himalaia fazia-se testemunha da agonia e da impossibilidade de um rápido socorro
Quanto à descida, Van Rooijen se recorda de uma cena que já arquivou na memória como “a mais trágica dos meus 40 anos de vida”: ele viu, bem perto de si, um pedaço, apenas um pedaço do bloco de gelo que gerou a avalanche, levar consigo dois companheiros nepaleses: “Eles foram irremediavelmente arrastados no Gargalo da Garrafa”.

https://istoe.com.br/9801_MORTE+NO+GELO+DA+K2/
Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Trecho final do Everest em HD
O socialismo é a filosofia do fracasso, a crença na ignorância, a pregação da inveja. Seu defeito inerente é
a distribuição igualitária da miséria. Winston Churchill
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Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Gelo é muito pior que neve. Vejam esse vídeo.
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Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Waldemar Nieclevicz é um monstro na parte de aclimatação. Outros alpinistas de rocha consagrados no Brasil, como o Ronaldo Nativo, já tiveram que desistir de acompanhá-lo em escaladas. Cada corpo é um caso em alta montanha. Nem assim ele escapou de suspeitas quanto a ter escalado o K2, em função de não acreditarem nessa "noite ao relento" dele; o mundo do alpinismo envolve muita inveja e competição e muita maledicência também. O fato é que as provas que ele apresentou, as fotos que tirou em locais do cume e outras partes da montanha foram julgadas e o resultado foi incontestável: ele escalou sim o K2. Outra montanha que quase o matou foi o Denali no Alaska, quase congelou lá..
O grande contender dele era o Mozart Catão, que infelizmente faleceu escalando a dificílima parede sul do Aconcágua...
O grande contender dele era o Mozart Catão, que infelizmente faleceu escalando a dificílima parede sul do Aconcágua...
"Acorde pela manhã e se olhe no espelho, fale contigo mesmo: "- Sou forte, sou digno, tenho inteligência, tenho equilíbrio, vou ter um excelente dia! Saia de casa para seu trabalho, estudo, seja lá o que for, com estes pensamentos e neste dia e em qualquer dia você será um vencedor!"
Mestre Rickson Gracie
11/10/08, durante seminário ministrado no Rio de Janeiro no ginásio do Flamengo.
“God bless and protect my sons and best friends. I love you guys so fucking deep. All my energy, my waves, my fights, my best feelings and energy, Jesus Christ please take care of them.”
Mestre Marcelo Behring
1994, frase em sua prancha de surf.

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Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Triste o que ocorreu com o mozart, ele foi junto com o Nieclevicz os primeiros brasileiros a chegar ao cume do everest se não me engano, depois disso brigaram e ficaram numa disputa para quem conquistava primeiro os 7 picos, o waldemar conseguiu antes pois entrou clandestinamente na indonésia. dai veio a idéia do Mozart subir o aconcagua pela face sul. apesar de bem novo me lembro bem sobre esse evento saiu em tudo que era revista da época.LAWYER escreveu: ↑23 Mai 2018 15:12Waldemar Nieclevicz é um monstro na parte de aclimatação. Outros alpinistas de rocha consagrados no Brasil, como o Ronaldo Nativo, já tiveram que desistir de acompanhá-lo em escaladas. Cada corpo é um caso em alta montanha. Nem assim ele escapou de suspeitas quanto a ter escalado o K2, em função de não acreditarem nessa "noite ao relento" dele; o mundo do alpinismo envolve muita inveja e competição e muita maledicência também. O fato é que as provas que ele apresentou, as fotos que tirou em locais do cume e outras partes da montanha foram julgadas e o resultado foi incontestável: ele escalou sim o K2. Outra montanha que quase o matou foi o Denali no Alaska, quase congelou lá..
O grande contender dele era o Mozart Catão, que infelizmente faleceu escalando a dificílima parede sul do Aconcágua...

Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Nessa tragédia do K2 no doc q postaram muito bom dá uma dimensão da tragédia. pelos relatos Os caras cometeram erros pessoais, como levar equipamento de baixa qualidade, na subida um cara tenta ultrapassar a mina no trecho mais perigoso da montanha, escorrega e cai morro abaixo, morre na subida.... E os caras em vez de voltarem simplesmente continuam ... Aí sobe uma equipe para tentar resgatar esse q caiu e tentando descer com o corpo um escorrega e cai no abismo...
Fora barraca rasgando, nego atrasando o cronograma em 2 horas...
Parece rolar muita disputa tbm. É um certo não atrapalhe minha escalada por parte de alguns, tipo quando a barraca de um cara rasgou em uma tempestade outros alpinistas abrigaram ele na barraca, mas como estava apertado lá para três pediram a outro cara(q sobreviveu e perdeu os dedos dos pés) para deixá-lo ficar na sua barraca o cara recusou, pq isso ia atrapalha-lo a dormir para subir no dia seguinte....
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Parece rolar muita disputa tbm. É um certo não atrapalhe minha escalada por parte de alguns, tipo quando a barraca de um cara rasgou em uma tempestade outros alpinistas abrigaram ele na barraca, mas como estava apertado lá para três pediram a outro cara(q sobreviveu e perdeu os dedos dos pés) para deixá-lo ficar na sua barraca o cara recusou, pq isso ia atrapalha-lo a dormir para subir no dia seguinte....
Editado pela última vez por PHDookie em 23 Mai 2018 15:32, em um total de 2 vezes.
Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Durante muito tempo eu assinei o "Mountain Voices", impresso em jornal na época. Vale muito à pena para quem gosta desses esportes: explicações, rotas, empresas especializadas, guias, entrevistas com os escaladores, cobertura feita por quem entende do negócio.
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Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Esse Sherpa foi foda salvou uns 3 ali na zona da morte.PHDookie escreveu: ↑23 Mai 2018 15:21Nessa tragédia do K2 no doc q postaram muito bom dá uma dimensão da tragédia. pelos relatos Os caras cometeram erros pessoais, como levar equipamento de baixa qualidade, na subida um cara tenta ultrapassar a mina no trecho mais perigoso da montanha, escorrega e cai morro abaixo, morre na subida.... E os caras em vez de voltarem simplesmente continuam ... Aí sobe uma equipe para tentar resgatar esse q caiu e tentando descer com o corpo um escorrega e cai no abismo...
Fora barraca rasgando, nego atrasando o cronograma em 2 horas...
Parece rolar muita disputa tbm. É um certo não atrapalhe minha escalada por parte de alguns, tipo quando a barraca de um cara rasgou em uma tempestade outros alpinistas abrigaram ele na barraca, mas como estava apertado lá para três pediram a outro cara(q sobreviveu e perdeu os dedos dos pés) para deixá-lo ficar na sua barraca o cara recusou, pq isso ia atrapalha-lo a dormir para subir no dia seguinte....
Esse q não aceitou o outro alpinista na barraca e o wilco um holandês e lider da Expedição.
Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
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Editado pela última vez por leofla em 24 Mai 2018 00:14, em um total de 1 vez.
Re: Tragedias do Everest e outras montanhas: O botas verdes, tragedia de 1996, tragédia de 2014 e 2015, etc
Essa é possivelmente a última foto do brasileiro Vitor Negrete que morreu no Everest na descida.
Ele já havia chegado ao topo em outro ano mas quis fazer novamente sem oxigênio e não resistiu a descida.

Ele já havia chegado ao topo em outro ano mas quis fazer novamente sem oxigênio e não resistiu a descida.
Essa é uma das últimas fotos do Vitor Negrete enquanto escalava rumo ao cume do Everest, no dia 18 de maio de 2006.
Vitor Negrete foi um dos principais montanhistas brasileiro, em 2002, junto com Rodrigo Raineri foram os primeiros e até hoje os únicos brasileiros a escalar a Face Sul do Aconcágua, sendo considerada uma das escaladas mais comprometedoras do mundo. Também foram os primeiros brasileiros a escalar a Rota Noroeste do Aconcágua em pleno inverno, em 2004. Em 2005 Vitor Negrete chegou ao cume do Everest pela Face Norte (Tibet) utilizando cilindros de oxigênio.
Em 2006 Vitor Negrete e Rodrigo Raineri voltaram a Face Norte do Everest na tentativa de concretizar o objetivo da expedição anterior que era de chegar ao cume do Everest sem o uso de oxigênio suplementar. As 23h dia 17 de maio de 2006 Vitor Negrete partiu sozinho dos 8.300m do C3 rumo ao cume do Everest.
O alpinista francês, Gilles Bouchet, divulgou essa foto hoje:
Eu tirei esta foto perto do cume do Everest, enquanto descia. Nesta foto você pode ver o brasileiro Vitor Negrete. Quando passei por ele, trocamos algumas palavras:
- Você está bem?
- Eu estou bem - respondeu Vitor Negrete.
- O cume está próximo, boa sorte - disse a ele.
Vitor Negrete chegou no cume por volta das 13:00 horas do dia 18 de maio, tornando-se o primeiro brasileiro a escalar o Everest sem oxigênio suplementar. Aparentemente neste momento estava bem, gravou um vídeo e depois desceu. Foi na descida que começou a se sentir mal e a 8700m pediu ajuda via rádio ao seu sherpa que o esperava no C3. Dois Shepras subiram com chá quente e oxigênio e encontraram Vitor a 8500m. Conseguiram descer com ele até o C3, e deram bastante chá para ele se hidratar. Mas as 2:00 horas da madrugada de 19 de maio de 2006, Vitor Negrete faleceu, provavelmente de edemar cerebral ou edema pulmonar.

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