armando escreveu:Sem ofensas, mas 10, 12 ou 14 anos de conservatório não necessariamente o qualificam plenamente.
Vide ex -jogadores de futebol que só falam merda ou o óbvio como comentaristas de futebol.
Eles podem trazer o melhor produtor do mundo...são rasos e superficiais nas produções deles.
Pior ainda é procurar equivalência técnica com Villa Lobos...parei aqui.
Acho esse paralelo com jogador de futebol meio falho, porque o jogador não precisa necessariamente entender da parte tática e técnica para jogar. Já um músico formado precisa saber tudo sobre teoria musical, não apenas tocar instrumentos.
Mas enfim, não sou crítico musical, só quis dizer isso para deixar claro que eu falo de uma questão musical, que é diferente da discussão de se é comercial ou não.
Violence escreveu:
Eu não acredito que por existirem precursores em algum movimento musical, tudo o que se produzir depois tenha que ser uma cópia sem personalidade. O que é caso da banda.
Eu respeito bandas cover/tributo, principalmente pq elas deixam bastante claro que o seu objetivo é reproduzir algo já criado.
E é exatamente o que ocorre com esse tipo de banda comercial. Trazem uma mistura de "influências" e geram músicas sem autenticidade nenhuma, apesar disso. São letras rasas, riffs clichês em cada estilo, zero feeling, enfim... O objetivo não é a arte, é vender. E como a indústria observou, quão mais simples e pasteurizada for a música, mais abrangente e, portanto, mais vendável é. E hoje a gente tá colhendo os frutos do que foi plantado nos anos 90. Lixo musical/comercial sempre existiu, mas hoje já virou regra.
Ter influência é uma coisa; ser uma cópia mal-feita das suas influência é outra coisa totalmente diferente.
Veja um Zé Ramalho, por exemplo. A gente percebe suas influências do rock psicodélico dos anos 70, do folk americano, da música nordestina, da MPB, e quem pode dizer que o que ele produz não é algo extremamente autêntico?!
No mais, foda-se essa banda de merda! kkkkkkkkkk
Eu discordo da primeira frase. Acho que existem percussores de gêneros sim. Não necessariamente foram os caras que os inventaram mas, em geral, o artistas que representam o auge de um movimento ou som. Mas essa é uma outra discussão.
Só observar que ser comercial não desqualifica ninguém. Vale lembrar que uma das bandas que mais vendem no mundo é o Iron Maiden e Metalica. Os caras são comerciais (que é diferente de fazer Pop). E outra: não acho que o objetivo da música tenha que ser técnica ou autenticidade. São características desejáveis mas relevadas a poucos artistas que são geniais no que fazem. Tem que existir música para todos os ouvidos, para todos os objetivos. Não deve existir limites ou reserva de mercado para se fazer e se consumir músicas. Eu gosto de Funk-Rock setentista e oitentista, gosto de Soul Music e R&B das antigas, sou viciado em qualquer coisa que tenha um baixo grooveado e um riff bacana de guitarra. Eu posso ouvir os clássicos do gênero e posso ouvir todos outros artistas que foram influenciados por eles. Para eu que gosto, quanto mais melhor. Não preciso sempre ter algo autêntico, só preciso ouvir aquele som que me agrada.
É a mesma coisa com a galera que gosta de Metal. É claro que o cara vai ouvir Iron, que é o clássico. Mas o cara também vai escutar aquela banda brasileira que não é tão boa mas que tem aqueles elementos do gênero musical.
Enfim, eu acho que muitos sons famosos do Jota Quest pertencem à categoria Pop Rock brasileiro, as vezes flertando com a MPB Romântica, estilos bem "ingênuos", musicalmente falando. Mas discordo que eles só façam coisas ruins, principalmente pelos primeiros e pelos último álbum.
Para ilustrar:
Essa música tem um riff do mesmo cara que produziu isso:
Eu entendo não gostar desse estilo musical mas não vejo uma reprodução de pouca qualidade não.