Foto com âncoras da CNN é detonada por falta de diversidade

[H.R.]

Só tem preto pobre? Preto é mais burro?

Claro q nao, as cotas deveriam ser para quem nao tem condicao $

[Atenagoras]

Estou tentando entender aqui, mas a meritocracia sem igualdade de pontos de partida é apenas uma forma velada de aristocracia, não é não? Me explica melhor teu ponto de vista, estou tentando entender.

Pois o cerne de toda a polêmica questão consiste na necessidade do reconhecimento de privilégios. Isso porque, ao falarmos de meritocracia, voltamos nossa atenção exclusivamente ao mérito, deixando de lado a condição de vantagem que alguns grupos de indivíduos têm em relação aos demais.

Abração.

A questão é simples. A meritocracia é baseada em resultado e não em esforço. Obviamente até existe uma correlação entre as duas coisas, que pode ser mais forte ou fraca a depender do caso, mas no fim do dia, ninguém te paga pelo seu esforço, mas pelo resultado que você gera.

Imagine uma sociedade que implanta uma espécie de "esforçômetro" e remunera os indivíduos pelo tanto que estudaram e não pelo que efetivamente aprenderam. Seria caótico e inviável.

Um concurso público exemplifica bem. Você é aprovado porque tirou a melhor nota, supondo-se assim que você será a melhor pessoa a ocupar aquela vaga. Não importa se você estudou muito ou pouco.

[Vitaao]

Sim, mas efetivamente falando, e claro, trazendo a prática, o concurseiro (exemplo que você citou), que nunca precisou trabalhar terminou a faculdade paga pelos pais ou a pública que passou por causa dos bons estudos a que teve direito e a todo luxo e oportunidades que o pais (felizmente) tiveram, foi apenas mérito ou os acasos que a vida o trouxe de bom não foram extremamente significativos para ele alcançar o mérito de ser aprovado?

Concurso público é uma seleção de funcionários. A ideia é pegar os mais qualificados entre todos os candidatos. Não importa a história de cada nisso, até pq é o dinheiro do contribuinte que paga os salários do serviço público, não faz sentido fazer disso uma ferramenta de "justiça meritocrática".

Por sinal a % de aprovados que trabalham sempre é muito superior ao de candidatos que só estudam, basta ver algumas estatísticas dos aprovados que saem por aí.

[Vitaao]

Sim a constituição prega por isso, mas velho, num país heterogêneo como nosso, e desigual, claro que deve existir mecanismo de paridade de armas para todos, inclusive na universidade pública, mercado de trabalho e até concurso.

Eu concordo totalmente que deva existir na questão da educação (básica, ensino-médio, superior e até mestrado). Mas extrapolar para o mercado de trabalho (tanto público quanto privado) é algo que perde totalmente o sentido. No ensino vc já da as armas para as pessoas trilharem o seu caminho, em concursos são dezenas de milhares concorrendo a poucas vagas, sempre 99% vai ficar de fora. No mercado de trabalho também são milhões de desempregados.

A educação tem sim que ser inclusiva, para todos. Buscando reparar essas discrepâncias, agora no mercado de trabalho não faz sentido (quando o buscado é a eficiência).

[Atenagoras]

Sim, mas efetivamente falando, e claro, trazendo a prática, o concurseiro (exemplo que você citou), que nunca precisou trabalhar terminou a faculdade paga pelos pais ou a pública que passou por causa dos bons estudos a que teve direito e a todo luxo e oportunidades que o pais (felizmente) tiveram, foi apenas mérito ou os acasos que a vida o trouxe de bom não foram extremamente significativos para ele alcançar o mérito de ser aprovado?

Sim. As pessoas partem de pontos diferentes e obviamente isso influencia nos resultados que elas terão ao longo da vida. Mas, o meu ponto é que o mérito é o resultado somente. Um sistema meritocrático é cego para a jornada que cada um trilhou. Pode ter sido sorte inclusive. Algumas das maiores descobertas da história, que melhoraram a vida do homem, foram por sorte (Penicilina por exemplo).

Recentemente os jornais de Brasília noticiaram que um estudante de uma das regiões mais pobres daqui passou em segundo lugar no vestibular de medicina. Muita gente falou do esforço herculeo dele para tal feito. Mas pouco gente parou pra pensar que talvez o moleque seja muito inteligente e já nasceu com uma vantagem considerável acima dos demais. Suponha que esse menino se torne um grande cirurgião. Você acha que alguém vai pagar mais ou menos pela cirurgia dele por causa da história sofrida de vida? Não. No dia em que um médico estiver operando minha cabeça ou pilotando o avião em que eu viajo, eu espero de todo o coração que eles tenham chegado nesses postos por serem os melhores e não por terem a história mais sofrida de vida.

É perfeitamente possível criar um sistema que ofereça condições mínimas. A educação acessível para todos representa isso. Agora, os filhos dos ricos sempre terão a possibilidade de frequentar escolar melhores, a não ser que apoiemos um sistema onde todos devem frequentar a mesma escola. Isso para falar só do óbvio, mas a família onde nascemos, o país, a cultura, a religião, e principalmente nossa herança genética, influenciam nosso sucesso na vida. Igualar isso é uma miragem, uma utopia.

[jiuhu]

A grande realidade é que a cota é uma forma que o Estado usa para reparar erros que o próprio Estado comete. Se cumprisse o seu papel de dar uma boa educação na base não seria necessário o uso de cotas.

Não podemos esquecer também que, na grande maioria das vezes um aluno cotista tem grandes dificuldades durante seu período na universidade, pq justamente não teve uma base (ensino regular) boa. E, geralmente desistem no decorrer dos cursos.

[jotaerre]

Concurso público é uma seleção de funcionários. A ideia é pegar os mais qualificados entre todos os candidatos. Não importa a história de cada nisso, até pq é o dinheiro do contribuinte que paga os salários do serviço público, não faz sentido fazer disso uma ferramenta de "justiça meritocrática".

Por sinal a % de aprovados que trabalham sempre é muito superior ao de candidatos que só estudam, basta ver algumas estatísticas dos aprovados que saem por aí.

Aqui tbm tou de acordo. A ideia do concurso para funcionalismo é completamente diferente do concurso para seleção universitária.

[Atenagoras]

Respeito demais seu pensamento e do amigo acima, mas, ainda acho que por questões históricas e sociais, há sim, de manter-se pelo menos por hora a questão de cotas.

Abração.

Só um adendo amigo. Eu sou a favor das cotas sociais na educação. Acho que é uma tentativa de criar um piso mínimo de oportunidades através da educação. Agora quando se trata do mercado de trabalho, acredito que cotas serão danosas. Abraço.

[Bayek]

Além da falta de diversidade, os internautas não ficaram felizes com os outros jornalistas selecionados pela emissora


A CNN Brasil divulgou uma imagem, nesta segunda-feira (28/01/2020), com todos os âncoras contratados pela emissora. Pouco tempo depois, internautas do Twitter começaram a questionar a falta de representatividade no elenco.

Dos 15 âncoras da CNN Brasil, apenas dois são negros: Diego Sarza e Luciana Barreto. Além deles, na foto também se encontram Reinaldo Gottino, Amábyle Sandri, Mari Palma, Kenzo Machida, Taís Lopes, Evaristo Costa, William Waack, Cris Dias, Monalisa Perroni, Cassius Zeilmann, Daniela Lima, Daniel Adjuto e Phelipe Siani.

Apesar das críticas no Twitter a CNN Brasil anunciou, na última sexta-feira (24/01/2020) a contratação da jornalista Luciene Kaxinawá, filha de mãe indígena, como sua correspondente na região Amazônica. A emissora está prevista para estrear em março de 2020.

https://www.metropoles.com/colunas-blog ... iversidade

Mentira!

Tõ vendo ali 3 gays, 4 lésbicas, 2 afro descentes, 2 bissexuais, 1 pansexual, 1 assexuado, 1 não-binário e 1 Thanagariano.

[PHDookie]

Tem ate nazista na foto como ela nao é diversa?