winstrol escreveu: ↑06 Abr 2020 01:37
Era caso nenhuma medida fosse tomada e deixassem o vírus rolar solto.
Só que esse modelo foi feito pensando no RU e EUA, apenas importaram a metodologia e utilizaram no nosso país. Como existem algumas variáveis diferentes aqui como à temperatura por exemplo, não considero que seja aplicável.
No RU a projeção com as medidas que eles tomaram fica em torno de 20 mil mortes em 2 anos, no Brasil ficaria em 40 mil mortes com as medidas que tomamos.
Então... tudo está muito estranho nesse caso. Vamos pegar o caso dos países que estão tomando medidas diametralmente opostas, no entanto, são vizinhos e possuem temperatura muito parecidas (além de costumes e distribuição de faixa etária, entre diversas outras coisas). Falo da Noruega e Suécia que optaram por isolamento e outro deixar rolar, respectivamente.
Dentro de uma parametrização de 1 mi, a Noruega faz 20 mil testes enquanto a Suécia faz apenas 3.6. Além disso, apesar de ambos serem países de primeiro mundo, a Suécia é uma espécie de Paraguai da Noruega. Muitos noruegueses vão a Suécia comprar bebida entre outras coisas mais baratas e muitos suecos vão trabalhar se sub empregos na Noruega. Contudo, como que um país teoricamente mais estruturado, fazendo lockdown, fazendo MUITO mais testes, ainda assim, possui apenas 3 vezes menos mortos que a Suécia? Eu pensei que o lockdown era a última bolacha do pacote em termos de reduzir o número de mortos (naquele estudo caiu de 500k para 20k na Inglaterra) que estaria acontecendo por lá?
Outra coisa que vi é que não há um concenso científico da eficácia do lockdown para doenças altamente contagiosas e baixa letalidade. Agora não vou conseguir achar mas já vi vários epidemologistas renomados também colocando em questão esse método.
Voce ficou sabendo dos estudos publicados por esses meios? A partir de 2 minutos:
https://youtu.be/GxpWCc5I71o
Enfim, já sobre o modelo utilizado por vocês (quando digo vcs é vcs da área ) não acredito que a modelagem matemática em si esteja errada, porque é uma coisa que vem sendo construída há anos e não imagino que tenha-se errado em cenários passados. Penso que essa é uma epidemia "atipica" (por isso esse reboliço todo mundo afora). Também vou descartar ma intenção porque sei que no meio científico há certos problemas de toda sorte (apesar de sempre ficar com um pé atrás aqui, especialmente quando há interesses políticos por trás).
Sendo assim, o que faz bastante sentido é os dados utilizados na pesquisa estarem errados. Mais precisamente falando, as condições iniciais, é aí a projeções estourariam mesmo. Repare, em um começo de epidemia espera-se que a derivada da curva de casos (ou mortes) vá aumentando gradativamente com o tempo. Se ela "começou" já com um valor alto, isso significa que o estrago lá pra frente será maior, ou seja, aí estimativas estourariam. Então tudo leva a crer que essa epidemia começou bem antes do que sabemos. Não é a toa que tem pipocado várias notícias aí sobre isso, fora as evidências sobre a China que vem surgindo a tona.