RequintesDePuberdade escreveu: ↑09 Mai 2020 03:50
Naquela época no brasil se jogava com 1 volante e na europa com 2. Colocar 2 volantes na seleção foi a grande revolução do parreira.
Mas ele colocou dunga e mauro silva. Um ou outro seria perfeito, mas os dois foi foda. Tudo bem que na época a moda era volantes menos técnicos mesmo.
Como Parreira e os técnicos brasileiros só sabem copiar, veio a onda dos brucutos...
Mauro Silva e Dunga não chegavam a brucutos, longe disso, mas não tinham grande saída de bola. Hoje teríam dificuldade de jogar em grandes clubes europeus. Não jogariam com guardiola, na minha opinião.
Jogo da seleção de 94 era foda de assistir. A bola ficava do LD pro Z, pro outro Z, pro LE, ia pra um volante que devolvia pra zaga e ficava nessa...
Zinho nunca foi vertical. Ganhou o apelido de enceradeira na Copa. Raí tava uma draga. Depois entrou o Mazinho no lugar dele, que era um baita jogador, mas era mais um volante...
Se tivesse colocado dunga ou mauro silva + mazinho e dois meiais (zinho e outro), a seleção perderia um pouco em defesa, mas romario faria 10 gols e bebeto uns 7...
Taffarel estava decadente.
Em 94 não tem uma defesa dele com bola rolando. O que foi no gol entrou.
Ta, ele defendeu pênalti, mas isso outro goleiro poderia ter feito.
Fala brother. Posso entrar nesse debate aí?
Na época se jogava com dois volantes sim antes do Parreira:
Vou pegar só dois times de 91 a 94, os mais expostos na mídia - que acabam ditando tendência: São Paulo e Palmeiras.
O Telê ja escalava dois volantes de marcação: Dinho e Pintado. O Palmeiras com Daniel Frasson ou Amaral e Cesar Sampaio. Logo depois Cesar Sampaio foi recuado pra primeiro e o Mazinho virou segundo.
O Dunga em 94 tinha uma ótima saída de bola. Olha todos os jogos de novo. Ainda não no nível dele de 98, mas já tinha evoluído muito. E os dois (Mauro e Dunga) jogariam nos grandes europeus de hj sim. Como primeiro volante. Busquets e Casemiro não me deixam mentir. Já como segundo realmente não. Depois de Pirlo, Xavi, Gerrard e Schweinstagger a posição foi retransformada.
Zinho era MUITO vertical. Muito. Olha os títulos do Flamengo com ele em campo e os do Palmeiras da primeira passagem. No primeiro ponta clássico de ir pra cima e entortar o lateral direito. No Verdao um armador intenso, que pisava na área direto. Fez gols nas finais de 92 e 93.
Na seleção ele foi recuado pelo Parreira pra terceiro homem de meio campo. Teoricamente atrás do 10 e na frente dos volantes. Estilo o que o Ricardinho fez anos depois e que o próprio Zinho fez entre 97 e 99 no Palmeiras jogando com o Alex.
Foi um pedido do Parreira pra ele jogar assim e girar a bola até que o ataque abrisse espaço e tivesse condições de receber.
Na Copa de 94 a seleção tinha um material humano de qualidade altíssima. A gente poderia ter sido campeão muito mais tranquilo. O técnico q era ridiculo. Medroso ao extremo. Claro. Havia um contexto e um pressão absurda. O medo do fracasso era palpável. Qd ele mete o Mazinho (um craque como lateral esquerdo, direito e segundo volante) no lugar do 10 isso escancara. Eram um primeiro volante foda (Mauro que marcava sozinho no La Coruna). Um segundo em franca evolução. E dois terceiros homens de meio (o Mazinho jogou de meia em varias situações no Palmeiras, como no antológico 6x1 contra o Boca, que o meio Palmeirense foi Amaral, Sampaio e Mazinho, mas com 3 atacantes sinistros na frente e não dois como no time do Parreira). Ah esse jogo do Palmeiras e Boca o Parreira tava nas tribunas. Eu lembro de ter gritado com meu pai: "Parreira cuzao, Mazinho é seleção" hahaha
A geração de 94 não pode ser rotulada pelo medo do Parreira. Foram nomes espetaculares em clube (tirando o Taffarel que era monstro em seleção e ridículo em clubes) presos a um estilo de jogo cagao sem liberar pontas ou meias de maneira incisiva.
Abraçao.