Espaço - A Fronteira Final

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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por Hall » 16 Jan 2015 15:02

6- SONEAR e os cometas brasileiros

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Astrofotógrafo amador Michael Jäger registra o cometa Jacques, descoberto pelo SONEAR.


Aí tem uns que põem a culpa nos cientistas brasileiros, em vez de enxergar a crise gerencial e política de nossos programas. Para demonstrar que não é esse o caso, nada melhor que lembrar os feitos de um grupo de astrônomos amadores de Minas Gerais. Na pequena cidade de Oliveira, a 150 km de Belo Horizonte, eles conceberam, construíram e operaram durante 2014 um observatório dedicado a descobrir asteroides próximos da Terra. Chamado SONEAR (sigla inglesa para Observatório Austral para Pesquisa de Asteroides Próximos à Terra), ele é um esforço solitário em todo o hemisfério Sul e teve um primeiro ano sensacional. O grupo liderado pelo astrônomo amador Cristóvão Jacques encontrou 11 novos asteroides próximos, dois dos quais potencialmente perigosos (felizmente nenhum deles em rota de colisão), além de outros 10 asteroides no cinturão entre Marte e Júpiter. Isso sem falar em dois cometas — os dois primeiros objetos do tipo descobertos por astrônomos brasileiros usando telescópio brasileiro em solo brasileiro. E quanto isso tudo custou aos cofres públicos? Nada. O investimento foi todo feito pelos próprios astrônomos, num esforço para desbravar o desconhecido, proteger nosso planeta e elevar o nome do Brasil no cenário internacional. Por que iniciativas como essa, feitas com dinheiro privado e muito suor por parte dos envolvidos, dão tão certo, enquanto esforços públicos parecem ser um ralo de dinheiro sem fim, onde quase nada é realizado? Essa questão fica como lição de casa para o leitor.

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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por Hall » 16 Jan 2015 15:05

Encontramos fósseis em Marte?

POR SALVADOR NOGUEIRA
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Analisando imagens de arquivo obtidas pelo jipe robótico Curiosity, da Nasa, uma pesquisadora nos Estados Unidos diz ter encontrado possíveis sinais de fósseis marcianos.

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Imagem obtida pelo Curiosity em 2013 pode conter registros fósseis marcianos. Será? (Crédito: Nasa)

É isso mesmo que você leu. Nora Noffke, geobióloga da Old Dominion University, em Norfolk (EUA), apresentou a arrojada hipótese num artigo publicado on-line pelo periódico “Astrobiology”. Segundo ela, algumas das rochas fotografadas pelo rover parecem ter marcas similares às deixadas por colônias de bactérias na Terra, conhecidas genericamente pela sigla inglesa Miss (estruturas sedimentares induzidas por micróbios). São como “tapetes” macroscópicos criados pelas minúsculas criaturas ao ocupar uma determinada rocha.

Noffke é especialista nesse tipo de fóssil. Foi ela a principal autora do trabalho que identificou os mais antigos traços inquestionáveis de vida em nosso planeta, encontrados na Austrália. Eles têm 3,48 bilhões de anos de idade. Já as rochas marcianas que ela analisou agora foram avistadas pelo Curiosity em dezembro de 2012, quando ele chegou à formação geológica batizada de Baía Yellowknife, no interior da cratera Gale. Análises feitas pelo jipe mostram que ali houve um lago marciano que durou pelo menos até 3,7 bilhões de anos atrás, quando se formaram os sedimentos da rocha conhecida como Lago Gillespie, inspecionada visualmente pela cientista. Ou seja, estamos falando de estruturas que parecem ter sido formadas por bactérias num local em que essas criaturas de fato podem ter proliferado. Convenhamos, não parece nada absurdo.

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Comparação da foto do Curiosity com formações similares e modernas na Terra. (Crédito: Nora Noffke)

VERIFICAÇÃO
Apesar da premissa convincente e das exaustivas comparações entre formações similares em Marte e na Terra, Noffke alerta: por ora, trata-se apenas de uma hipótese, que ainda precisa ser posta à prova e com isso ser confirmada ou refutada.

(Essa, aliás, é a principal razão para que você não acredite cegamente em histórias de gente que vê pirâmides, animais e até seres humanos em fotos marcianas. É muito fácil “enxergar” padrões em cenários naturais — nosso cérebro é programado para identificar tudo que passa pelos olhos com formas familiares. Por isso também vemos coisas em nuvens. Mas, para confirmar qualquer percepção subjetiva, é preciso realizar novas observações, com métodos diferentes. Um exemplo bom é a famosa “Face de Marte”, em Cydonia. Uma imagem obtida pela sonda Viking em 1976 parecia revelar um rosto esculpido no planeta vermelho. Mas só parecia. Posteriormente, outra imagem da Viking e uma obtida pela orbitadora Mars Global Surveyor em 2001 sob outro ângulo de iluminação do Sol fizeram a “face” sumir. Era só uma montanha comum mesmo. Quer outro exemplo? Aposto que você enxergou dois olhos de um crânio na primeira imagem que ilustra essa matéria… Como dizia Carl Sagan, “afirmações extraordinárias exigem evidências extraordinárias”. Não acredite nas aparências e nas explicações fáceis. Sempre verifique os fatos e submeta-os a testes alternativos. Esse não é um bom conselho só para a ciência. É excelente para a vida cotidiana também.)

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A primeira imagem da Viking (1976) e a versão da Mars Global Surveyor (2001). Que face? (Crédito: Nasa)

Infelizmente, o Curiosity já está muito longe da Baía Yellownkife e não terá como fazer análises adicionais para confirmar as observações superficiais feitas por Noffke. E a pesquisadora é a primeira a admitir que os traços poderiam ter sido produzidos por processos abióticos (ou seja, que não envolvem organismos vivos). Mas ela em particular não parece convencida de que seja o caso, dadas as semelhanças com formações estudadas na Terra. “Essa similaridade de associações marcianas e terrestres e sua mudança ao longo do tempo seriam outra extraordinária coincidência, se seus processos de formação forem diferentes.”

E agora, vamos ficar sem saber? Nem tudo está perdido. O Curiosity está explorando as imediações do monte Sharp, muito rico em rochas sedimentares, em tese também propícias à preservação de registros fósseis. Tendo isso em vista, Noffke termina seu artigo apresentando o “passo a passo” para que os pesquisadores da Nasa possam procurar novos traços de Miss e desta vez se detenham mais diante deles, realizando análises químicas que possam confirmar sua origem biológica. De acordo com a pesquisadora, os minerais presentes podem dar pistas importantes. “Em Marte, poderia haver, em estruturas candidatas, uma combinação muito diferente de minerais que é claramente divergente da mineralogia das rochas circundantes e poderia indicar biogenicidade.”
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Mesmos traços no solo em Marte e na Terra. O nosso é biológico. E o de lá? (Crédito: Nora Noffke)

Diversos instrumentos do Curiosity poderiam procurar esses sinais. Mas talvez uma conclusão definitiva só possa ser obtida quando rochas como essas forem trazidas de Marte para a Terra. Uma missão robótica de retorno de amostras é basicamente o clamor de todos os astrobiólogos, mas ainda não está no cronograma de nenhuma agência espacial.

Apesar disso, a descoberta de sinais de vida, ainda que extinta, em Marte parece cada vez mais próxima. No fim do ano passado, o Curiosity detectou pela primeira vez plumas de metano — um gás que pode ou não estar associado a atividade biológica — emanando do solo do planeta vermelho. Sua posterior investigação é um possível caminho para a busca pelos marcianos. Noffke, agora, abre uma segunda rota. Quanto mais trilhas a seguir, maior a chance de sucesso.

Talvez você não se anime muito com o que seriam apenas criaturas unicelulares. Quem se importa com bactérias? Bem, note que a descoberta de vida extraterrestre, de qualquer tipo, já trará consigo uma revolução. Ela confirmará a desconfiança dos cientistas de que a biologia emerge sempre que as condições são favoráveis. Se aconteceu até em Marte, um planeta apenas marginalmente habitável, que não diremos de outros mundos fora do Sistema Solar que sejam similares à Terra?
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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por Hall » 16 Jan 2015 15:10

Querida, destruí o Universo


Stephen Hawking ataca novamente. O famoso físico britânico lançou um alerta à humanidade ao destacar que a manipulação do bóson de Higgs — a tal “partícula de Deus”, descoberta em 2012 no maior acelerador de partículas do mundo — pode levar à destruição do próprio Universo.

Great Scott! Hawking diz que podemos desestabilizar o continuum espaço-tempo!
“Great Scott!” O físico Stephen Hawking agora diz que podemos desestabilizar o continuum espaço-tempo!
OK, todos sabemos que o bom e velho Hawking é mesmo dado a afirmações grandiosas. Recentemente ele disse que talvez buracos negros não existissem. Mas esta bateu todos os recordes. Poderia mesmo um experimento de física levar ao fim do cosmos como o conhecemos?

O físico delineia a ideia não num trabalho científico, mas no prefácio de um novo livro chamado “Starmus”, um apanhado de artigos de astrônomos e astronautas renomados, reunidos num festival científico de mesmo nome realizado em Tenerife, na Espanha, em 2011 (a segunda edição acontecerá em duas semanas).

“O potencial de Higgs tem a preocupante característica de que possa se tornar metaestável em energias acima de 100 bilhões de giga-elétronvolts (GeV)”, escreveu o cientista britânico. “Isso significa que o Universo poderia sofrer um decaimento catastrófico do vácuo, com uma bolha do vácuo verdadeiro se expandindo à velocidade da luz. Isso poderia acontecer a qualquer momento, e não veríamos o que nos atingiu.”

É de apavorar, não? Mas calma, não priemos cânico. Vamos primeiro tentar entender a história, e depois perceber que não é tão ruim quanto parece.

DICA: Stephen Hawking deu dois grandes alertas à humanidade antes. Quer saber quais? Eu conto tudo no meu novo livro, “Extraterrestres: Onde eles estão e como a ciência tenta encontrá-los”

O SEGREDO DA MASSA
O bóson de Higgs, talvez você se lembre, causou muito alarde em 2012, quando foi finalmente descoberto, após meio século de busca. Os experimentos conduzidos no LHC, o Grande Colisor de Hádrons, confirmaram que essa partícula — a peça que faltava no quebra-cabeças da física de altas energias — de fato existe e é a responsável pela massa de todas as outras partículas.

Talvez não soe tão grandioso posto dessa forma, mas lembre-se: a massa é o que gera a gravidade. E, se não houvesse gravidade no Universo, estrelas não poderiam se formar, nem planetas, nem nós. Não é à toa que o físico ganhador do Nobel Leon Lederman deu a ela esse apelido imponente, “partícula de Deus” (ou “partícula-Deus”, como queira).

Um detalhe importante: não é a partícula em si que produz a massa. É o campo associado a ela — uma entidade real que permeia o espaço. Em essência, o campo de Higgs é como uma gosma pegajosa que existe em toda parte. As demais partículas, ao atravessá-lo, sofrem resistência. E com isso ganham suas massas. Cada partícula interage de forma diferente, e por isso tem massa diferente. Já uma partícula que parece indiferente ao campo de Higgs é o fóton, que faz a luz. Por isso a luz viaja pelo espaço na velocidade máxima permitida — ela não sente a gosma pegajosa e, portanto, não tem massa.

Certo. O que Hawking está dizendo é que alguns cálculos sugerem que nem sempre esse campo de Higgs se comporta dessa maneira — o potencial é “metaestável”. Se você colocar energia suficiente nele, talvez ele se torne outra coisa. E aí é como desligar a massa das partículas, reajustá-la ou invertê-la. A gravidade para de funcionar do jeito tradicional e o espaço se expande violentamente. A própria matéria se dissipa, com seus componentes todos subitamente acelerando à velocidade da luz, sem ter mais as amarras da gosma pegajosa.

Não bom.

SEM RISCO IMEDIATO
A única coisa que nos deixa tranquilos é a energia envolvida para que isso — talvez, apenas talvez — aconteça. Hawking fala em 100 bilhões de gigaelétron-volts. É um montão. Para que se tenha uma ideia, o Higgs foi descoberto no LHC com uma energia de 4.000 gigaelétron-volts. De 4.000 para 100.000.000.000 tem um bocado de zero a mais.

O LHC encontrou o bóson de Higgs. Não tente isso em casa.
O LHC encontrou o bóson de Higgs. Não tente isso em casa.
“Um acelerador de partículas que atinja 100 bilhões de gigaelétron-volts teria de ser maior que a Terra, e é improvável que seja financiado no atual clima econômico”, brinca o físico britânico.

A grande pergunta é: o potencial do Higgs é mesmo metaestável? Ou seja, é possível em tese bagunçá-lo e zoar o Universo? Ninguém sabe. Contudo, não parece absurdo.

Afinal, alguma coisa muito parecida com isso deve ter acontecido lá atrás, 13,8 bilhões de anos atrás, para dar início à expansão do Universo. Em seu texto, Hawking sugere que a melhor forma de investigarmos essa questão cientificamente é justamente olharmos para trás, para o Big Bang, onde talvez tenha havido a energia necessária para desestabilizar o Higgs.

UMA IMODESTA ESPECULAÇÃO
Permita-me, caro leitor, compartilhar um voo da minha imaginação diante dessas observações de Hawking.

Imagine por um momento que houvesse um outro universo antes do nosso — antes do familiar Big Bang, ocorrido 13,8 bilhões de anos atrás. Nesse antigo cosmos hoje inacessível, talvez até destruído ou sobreposto pelo nosso, havia uma civilização tão curiosa quanto a humana. Eles gradualmente galgaram os degraus do avanço tecnológico, indo de paus e pedras a bombas atômicas e aceleradores de partículas, como nós fizemos.

Então eles excederam nossas atuais capacidades. Em muito. E descobriram, com certo espanto, que seu Universo não era tão confortável quanto poderia ser. Talvez tenham identificado que ele fosse acabar num Big Crunch, esmagado pela própria gravidade, ou quiçá consumido pelo frio e inexorável avanço da entropia, destruindo toda e qualquer estrutura que pudesse nutri-los. Mas esta civilização não queria morrer, nem queria ver o cosmos encontrar seu fim.

Decidiram então aplicar todos os seus conhecimentos avançados em um experimento final — a desestabilização do campo de Higgs e a consequente ressurreição do Universo. A iniciativa produziria uma imensa bolha de espaço-tempo, crescendo a uma velocidade espantosa e convertendo energia do vácuo em matéria. Um novo cosmos nasceria. Talvez eles pudessem adentrá-lo no instante exato para sobreviver em seu interior. Talvez não. De toda forma, tomaram todo o cuidado, em seus cálculos, para produzir a quantidade exata de matéria e energia no processo de expansão cósmica, de forma que o novo cosmos não só fosse duradouro e hospitaleiro, como também plano e infinito até onde se pudesse ver. Amigável à vida. Nascia daí o nosso Universo, cuja sintonia fina é aparente e espanta os cosmólogos, mas somos hoje incapazes de compreender por quê.

Será que algo assim pode ter acontecido? Deixo ao leitor a inglória tarefa de julgar a verossimilhança.

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Mileto
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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por Mileto » 21 Jan 2015 08:51

Bem-vindo a Ceres, o planeta anão

POR SALVADOR NOGUEIRA
21/01/15 05:53

O ano de 2015 promete ser um dos mais memoráveis da era espacial, e a aventura começa agora, com a exploração de um mundo jamais visitado antes por qualquer espaçonave. A sonda Dawn, da Nasa, está em fase de aproximação final para entrar em órbita ao redor de Ceres, o planeta anão, e começou a enviar imagens de seu alvo.

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Imagens de Ceres obtidas durante uma hora no dia 13 de janeiro pela sonda Dawn (Crédito: Nasa)

As fotografias que chegam já têm resolução similar (ligeiramente inferiores) às que podem ser obtidas com o Telescópio Espacial Hubble e dão uma noção do máximo que conseguimos enxergar deste pequeno mundo até o momento.

Ceres é o maior dos objetos no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Com apenas 950 km de diâmetro, ele é aproximadamente esférico, o que motivou a União Astronômica Internacional a reclassificá-lo em 2006 como planeta anão (assim como Plutão, que também será visitado pela primeira vez por uma espaçonave neste ano).

A essa altura, a Dawn está a cerca de 380 mil quilômetros de seu destino — aproximadamente a mesma distância que separa a Terra da Lua. Apesar da proximidade, as imagens não são muito reveladoras. Um olhar atento mostra algumas marcas mais escuras que lembram crateras, e um misterioso ponto claro no hemisfério Norte. Os mesmos traços já eram visíveis na melhor imagem de Ceres até hoje, obtida pelo Hubble em 2004. Mas logo esses traços deixarão de ser pixels borrados e se tornarão um lugar — um mundo inteiro, até hoje inexplorado.

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A melhor imagem que temos hoje de Ceres, feita pelo Hubble em 2004 (Crédito: Nasa/ESA)

Uma das descobertas mais interessantes feitas sobre Ceres aconteceu no ano passado, quando astrônomos europeus usando o satélite Herschel detectaram plumas de vapor d’água emanando do planeta anão. Isso significa que, diferentemente do segundo maior asteroide do cinturão (Vesta), Ceres deve ter grandes quantidades de gelo.

O ALVORECER
A missão Dawn nunca teve tanto destaque, mas trata-se de um dos projetos não-tripulados mais interessantes da Nasa. A espaçonave está prestes a se tornar a primeira a orbitar dois objetos celestes no espaço profundo, e isso só é possível graças aos sofisticados motores iônicos que equipam a sonda.

Graças a eles, a espaçonave pode acelerar, ainda que devagarinho, por longos períodos de tempo. É o que dá a ela autonomia para visitar um objeto, entrar em órbita dele, e depois escapar dele e mudar sua trajetória para visitar um segundo. Entre 2011 e 2012, a Dawn orbitou Vesta, fazendo um mapeamento completo de sua superfície. Mas Ceres promete ser muito mais interessante.

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Concepção artística da Dawn se aproximando de Ceres com seus motores iônicos (Crédito: Nasa)

O fato de que existe gelo em grande quantidade lá — e há quem diga até que podem existir lagos ou oceanos sob a crosta — é extremamente importante. Na opinião do Mensageiro Sideral, Ceres seria um ótimo lugar para o estabelecimento de um posto avançado humano no Sistema Solar exterior (o reino dos planetas gigantes gasosos, além da órbita de Marte).

Pense comigo: com água em abundância, além de tê-la prontinha para consumo humano, você pode criar oxigênio molecular para respiração e hidrogênio molecular para combustível. A baixa gravidade torna a partida e a chegada de espaçonaves um problema trivial. E fica a meio caminho de Júpiter, o primeiro dos planetas gigantes.

Claro, não é coisa para já. Mas quem aí está com pressa? Talvez a Nasa resolva fazer algo assim no século 22. Por ora, o foco principal é aprendermos tudo que pudermos sobre Ceres. E, convenhamos, até agora, sabemos muito pouco.

Essa é a empolgação de 2015. Estamos explorando território desconhecido. Quase uma versão século 21 das Grandes Navegações. O que antes era rotulado meramente como “aqui há dragões” nos mapas será conhecido em detalhes a partir de 6 de março, quando a Dawn entrar em órbita de Ceres. E algo muito parecido vai acontecer novamente em julho, quando a sonda New Horizons, também da Nasa, passará por Plutão.

A imaginação dará lugar aos fatos. E certamente eles hão de nos surpreender. Que descobertas incríveis virão por aí? Será que Ceres tem mesmo oceanos subterrâneos? Poderia abrigar vida? Em breve, saberemos. É um daqueles momentos arrepiantes da exploração espacial, com o mesmo sabor da passagem da Voyager 2 por Urano (1986) e Netuno (1989). Fique ligado: 2015 é o ano dos planetas anões.

Fonte: http://mensageirosideral.blogfolha.uol. ... neta-anao/

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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por Old Logan » 21 Jan 2015 15:36

Sinal a 5,5 bi de anos-luz de distância intriga cientistas
O cientista John Mulchaey, do Carnegie Observatories de Pasadena, Estados Undos, disse que evento é “um dos maiores mistérios do Universo”


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O sinal misterioso é originário de 5,5 bilhões de anos luz de distância, muito além da Via Láctea
Foto: EFE en español

Um sinal “alienígena” foi captado por astrônomos ingleses e americanos. De acordo com o jornal Daily Mail, trata-se de um flash de onda de rádio desconhecido que levanta possibilidades de explicação bastante heterodoxas. Especula-se, por exemplo, que o flash tenha vindo de uma estrela que implodiu, de algum outro fenômeno espacial desconhecido ou talvez até de uma civilização extraterrestre.

O sinal misterioso tem como origem um ponto no universo a 5,5 bilhões de anos luz de distância da Terra, ou seja, muito além da nossa Via Láctea. O ano luz é usado para calcular distâncias estelares e corresponde à distância percorrida pela luz durante um ano. O feixe em questão durou apenas uma fração de segundo, ainda assim, pode ter consumido mais energia do que o Sol produz um dia inteiro para ser gerado.

Cientistas de New South Wales, no País de Gales, conseguiram capturar o feixe em tempo real usando um grande telescópio de rádio. O cientista John Mulchaey, do Carnegie Observatories de Pasadena, Estados Undos, disse que o evento é “um dos maiores mistérios do Universo”. A pesquisadora Emily Petroff, da equipe que encontrou o sinal de rádio, afirmou que os cientistas "criaram uma armadilha" para registrar qualquer sinal parecido que chegar à Terra.

Confiante, a revista cientifica Royal Astronomical Society’s Monthly Notices informou que, qualquer que seja a fonte (alienígena ou não), com o tempo será possível identificá-la.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/si ... aRCRD.html" onclick="window.open(this.href);return false;
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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por shiryu » 22 Jan 2015 01:10

ótimo tópico.

Diego Garfield
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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por Diego Garfield » 22 Jan 2015 12:48

topico perfeito , atualizem por favor

Chuckuito
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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por Chuckuito » 22 Jan 2015 12:55

Tópico foda! muito interessantes as paradas, tão de parabéns!!

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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por babaganoush » 22 Jan 2015 14:46

Mermão nego foi a lua uma vez trocentos anos atrás e nunca mais voltou, nem fudendo vão manda um barquinho pra jupiter!


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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por Buda » 22 Jan 2015 18:09

Fico imaginando o que será da humanidade quando a vida na terra for inviável
Pra onde vamos?
Viagem interestelar?
Como e pra onde?

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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por brunolobo » 22 Jan 2015 18:27

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cara, me amarro demais nessas imagens de outro lugar no espaço sem nada de photoshop nem arte nem nada, originais mesmo. alguém sabe de outras?

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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por ophoda » 22 Jan 2015 18:28

Buda escreveu:Fico imaginando o que será da humanidade quando a vida na terra for inviável
Pra onde vamos?
Viagem interestelar?
Como e pra onde?
O mais provável é que já estejamos extintos muito antes disso.

No mais, tópico excelente, esses artigos sobre astronomia e cosmologia me fascinam, não é à toa que eu sou niilista. :D
Vai Corinthians!!!
Go Falcons!!!


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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por Old Logan » 22 Jan 2015 18:41

2015 - O MISTERIOSO PLANETA X (EVIDÊNCIAS)

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Uma série de anomalias orbitais foram recentemente detectadas nas sondas espaciais Pioneer profunda lançados na década de 70, há um planeta desconhecido além da órbita de Plutão ciência astronômica parece afirmar que possam existir.
Veja o post do Site Extraterrestre Online abaixo:

2015 - Provas do Planeta X: Dois novos Planetas se Escondem no Sistema Solar além de Plutão!

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Há evidências de pelo menos dois planetas maiores que a Terra à espreita em nosso sistema solar além de Plutão, uma nova análise de "objetos transnetunianos extremos", revela. Depois de estudar 13 desses "objetos transnetunianos extremos", ou ETNO do, as órbitas de estes objetos são diferentes de uma teoria que prediz as órbitas e mostram alguma simetria inesperada. De acordo com Discovery.com "O número exato é incerto, dado que os dados que temos é limitado, mas os nossos cálculos sugerem que há, pelo menos, dois planetas, e provavelmente mais, dentro dos limites de nosso sistema solar ", e acreditamos que algumas forças invisíveis estão alterando a distribuição dos elementos orbitais de Carlos da ETNO de la Fuente Marcos, cientista da UCM e co-autor do estudo , disse em um comunicado sexta-feira. Teoria diz que estes objetos devem ter uma distância média ao Sol de 150 unidades astronômicas. Estas órbitas também devem ter uma inclinação de 0 graus, Space.com , diz

Legendas com tradução ativar no vídeo.

phpBB [video]


2015 - Provas do Planeta X: Dois novos Planetas se Escondem no Sistema Solar além de Plutão!

Link do post Abaixo:
http://www.extraterrestreonline.com.br/ ... novos.html" onclick="window.open(this.href);return false;

O planeta tem sido conhecido por velhas culturas humanas e seus efeitos devastadores a cada passagem, mesmo foram relatados até mesmo pelos gregos, no vídeo abaixo, atingiu-se um debate entre Jose Luis e Vicente Fuentes em dados orbitais e anomalias existentes de certos organismos que parecem indicar a real existência do desconhecido corpo misterioso.
Mais um post by: UFOS ONLINE

Veja o Vídeo Abaixo:

phpBB [video]


Fonte: http://ufosonline.blogspot.com.br/2015/ ... ncias.html" onclick="window.open(this.href);return false; / http://www.extraterrestreonline.com.br/ ... novos.html" onclick="window.open(this.href);return false;
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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por babaganoush » 22 Jan 2015 18:58

Buda escreveu:Fico imaginando o que será da humanidade quando a vida na terra for inviável
Pra onde vamos?
Viagem interestelar?
Como e pra onde?
Nessa sexta no Globo Repórter


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Re: Espaço - A Fronteira Final

Mensagem por Mileto » 27 Jan 2015 08:25

Veloz, furioso e com uma lua

POR SALVADOR NOGUEIRA
27/01/15 05:49

Lembra aquele asteroide que ia passar de raspão pela Terra? Pois é, ele passou ontem e se manteve a uma distância segura do nosso planeta, como já era esperado. O que não se esperava foi a descoberta feita durante a passagem: o asteroide tem sua própria lua!

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Imagem de radar revela forma do asteroide 2004 BL86 e sua lua (Crédito: Nasa)

O bólido celeste, conhecido pelo pouco atraente código 2004 BL86, revelou suas formas com detalhes surpreendentes após observações de radar feitas pela Nasa com sua antena de 70 metros instalada em Goldstone, na Califórnia. Graças a ela, foi possível estimar com razoável precisão o tamanho do objeto (325 metros, contra 500 da estimativa inicial) e descobrir uma lua de cerca de 70 metros orbitando ao redor dele. Não é incrível?

Além disso, foi possível estudar outros parâmetros interessantes, como sua rotação, seu formato e algumas características mais grosseiras de sua superfície. Tudo isso a uma distância de 1,2 milhão de quilômetros, cerca de três vezes a separação entre a Terra e a Lua. A aproximação máxima entre o pedregulho e nosso planeta aconteceu ontem às 14h19 (horário de Brasília). Quem soube para onde olhar e tinha um binóculo na madrugada de hoje pôde até observá-lo (mas, mesmo para esses mais antenados, ele não passou de um simples ponto de luz, claro).

Caso tivesse colidido com a Terra, o 2004 BL86 poderia ter causado uma grande tragédia. Para que se tenha uma ideia, ele é cerca de 15 vezes maior que o bólido que caiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, ferindo cerca de 1.500 pessoas.

BINÁRIO
Embora os cientistas não esperassem encontrar uma lua em torno do 2004 BL86, não se trata de uma ocorrência inédita. Na verdade, estima-se que cerca de 16% dos asteroides com mais de 200 metros sejam binários, ou seja, compostos por dois corpos distintos. Em alguns casos, já foram observados até sistemas trinários.

As observações feitas por radar atingiram uma resolução de quatro metros por pixel, o que chega a impressionar, considerando a distância de 1,2 milhão de km. Se passasse mais perto, poderíamos ter aprendido ainda mais. Não sei quanto a vocês, mas o Mensageiro Sideral, nesses casos, fica bem mais satisfeito com uma olhada meio de longe mesmo.

O perigo dos asteroides é inegável. É um daqueles famosos eventos de “probabilidade baixíssima, mas enormes consequências”. Algo como ganhar na Mega-Sena. Só que ao contrário. Com o agravante de que, no caso em questão, não podemos simplesmente optar por não jogar.

Felizmente, temos em nosso favor a inteligência. A cada “quase” desses, aprendemos mais sobre a natureza, a composição e a estrutura desses objetos. E, claro, temos diversas espaçonaves não-tripuladas que têm encontros marcados com bólidos similares, a fim de estudá-los. A Nasa está planejando a missão OSIRIS-REx, com lançamento marcado para 2016, cujo objetivo é visitar um asteroide e trazer amostras dele. Procedimento similar já foi feito pela incrível missão japonesa Hayabusa, que em 2010 trouxe de volta à Terra preciosas amostras do asteroide Itokawa. E sua sucessora, a Hayabusa2, já está no espaço, para repetir a dose e retornar ao seu planeta de origem em 2020.

Com o contínuo desenvolvimento das tecnologias espaciais, não parece haver nada impossível no futuro desenvolvimento de um sistema de proteção planetário. A engrenagem básica, na verdade, já está em funcionamento — é o esforço preventivo de identificar e monitorar esses objetos, conforme avançam em suas órbitas em torno do Sol. Por exemplo: já sabemos que temos um próximo “encontro” marcado para daqui a 12 anos. Em 7 de agosto de 2027, o asteroide 1999 AN10, de porte similar, passará a meros 390 mil km da Terra — praticamente a mesma distância que guardamos da Lua. Esperemos que, a exemplo do 2004 BL86, ele só traga boas surpresas.

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Fonte: http://mensageirosideral.blogfolha.uol. ... m-uma-lua/

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