Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Só lembrando que, na grande maioria dos casos, os 30-40% de perdas que são divulgados incluem fraudes, hidrômetros velhos com leitura deficiente, etc. Se a região não possui um programa permamente de substituição de hidrômetros, essa parcela de perdas não-físicas pode se tornar muito significativa. A água efetivamente chega no destino, mas não é contabilizada pelo serviço de água.
- Jase Robertson
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Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Realmente, isso acontece mesmo.RFAbdo escreveu: Seu post dá gancho pra uma pequena reflexão.
Tem um dito muito repetido país afora: "político não gasta com saneamento* porque não dá voto".
(* pode trocar aqui por água/esgoto/energia elétrica)
O ditado é correto quando analisado por si próprio.
Maaaaas...investir em sistemas de tratamento e distribuição de água não dá voto por quê?
Porque o povo está cagando e andando pra isso. Se o Zé, próximo governador de SP, passar 4 anos investindo e transformar nossos sistema de distribuição de água em modelo, padrão europeu, ele perde a eleição pro Maluf que fez a ponte X e o viaduto Z, ou para a Dilma que paga a Bolsa Y pra n beneficiários.
Trabalho no depto. de água de um município do interior de SP. Meu amigo, quando está ocorrendo alguma obra, como instalação de uma nova adutora pra melhorar o abastecimento de água de um bairro carente, ou uma troca de rede por tubos modernos e resistentes, só o que você escuta quando sai na rua é xingamento. É o barulho, é a poeira, é o "o prefeito só tá fazendo isso pra roubar", é o "é aí que estão enterrando meu dinheiro!".
Político não toca obra "enterrada", projeto de base, porque não é o povo não quer.
Quem sabe depois desse susto (que vai piorar muito, anote) caia a ficha do povo - não que eu esteja otimista quanto a isto...
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
A parada tá feia aqui em Vitória também, não chove há muito tempo (talvez uns 2 meses) e estão estimando que se não chover até o carnaval vai faltar água.
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Pra quem tá meio por fora do assunto:
A região metropolitana de São paulo é atendida por 6 sistemas de abastecimento. Cada sistema é composto por um ou mais reservatórios (como se fossem lagoas de onde a água é retirada).
O maior sistema de todos era o Cantareira. Abastecia 6 milhões de pessoas (salvo engano da minha memória). Como a estiagem é a maior da história do estado, é natural que o sistema que abastece mais gente sofra mais. Por isso o Cantareira secou.
Com a pindaíba do Cantareira, o governo passou a fazer manobras. Bairros que eram abastecidos pelo Cantareira passaram a ser abastecidos por outros sistemas, principalmente o sistema Guarapiranga. O Guarapiranga fica dentro da área urbana da cidade.
Como a cidade é um grande asfalto, ela cria um fenômeno que os meterologistas chamam de "ilha de calor": sol, asfalto quente, a água do chão sobe, forma tempestade rapidamente e cai de novo. Como é tudo rápido, cai na área urbana: isso ajuda o Guarapiranga, que tem um nível bem razoável (47% hoje, salvo engano. Cantareira tá em 5%).
A Sabesp é a empresa de abastecimento. É administrada pelo governo. Está entre as 5 com maior lucro no país. E entre as 10 com maiores perdas na distribuição. Por perdas entenda-se tubos velhos e roubo de água.
Com as manobras pra trocar o Cantareira pelo Guarapiranga, a pressão na tubulação teve que ser aumentada. Isso pode aumentar vazamentos na rede.
O governo oferece desconto na conta pra quem economizar. 80% dos moradores aderiram. Só não se sabe quantos desses aderiram porque quiseram e quantos porque ficam sem água mesmo.
O governo faz um tremendo papelão: fala que não existe racionamento. Existe "restrição hidrica". Mas reconhece que diminui a pressão da água em alguns horários. Na pratica, isso provoca falta d'Água.
Quem mais sofre são os pobres, que não tem caixa d'Água.
Nos Jardins, o bairro das mansões, ricos perfuram poços nos quintais.
O governo já sabia que a crise se avizinhava. Mas a ex-presidente da Sabesp diz que recebeu ordens pra não alertar a população em tempos de eleições (o áudio tá disponível na internet).
Em resumo: 2 culpados. Governo paulista que gerencia pessimamente a crise. E população que gasta muita água. Talvez, depois da crise, o único fato positivo seja uma mudança de comportamento da população.
A região metropolitana de São paulo é atendida por 6 sistemas de abastecimento. Cada sistema é composto por um ou mais reservatórios (como se fossem lagoas de onde a água é retirada).
O maior sistema de todos era o Cantareira. Abastecia 6 milhões de pessoas (salvo engano da minha memória). Como a estiagem é a maior da história do estado, é natural que o sistema que abastece mais gente sofra mais. Por isso o Cantareira secou.
Com a pindaíba do Cantareira, o governo passou a fazer manobras. Bairros que eram abastecidos pelo Cantareira passaram a ser abastecidos por outros sistemas, principalmente o sistema Guarapiranga. O Guarapiranga fica dentro da área urbana da cidade.
Como a cidade é um grande asfalto, ela cria um fenômeno que os meterologistas chamam de "ilha de calor": sol, asfalto quente, a água do chão sobe, forma tempestade rapidamente e cai de novo. Como é tudo rápido, cai na área urbana: isso ajuda o Guarapiranga, que tem um nível bem razoável (47% hoje, salvo engano. Cantareira tá em 5%).
A Sabesp é a empresa de abastecimento. É administrada pelo governo. Está entre as 5 com maior lucro no país. E entre as 10 com maiores perdas na distribuição. Por perdas entenda-se tubos velhos e roubo de água.
Com as manobras pra trocar o Cantareira pelo Guarapiranga, a pressão na tubulação teve que ser aumentada. Isso pode aumentar vazamentos na rede.
O governo oferece desconto na conta pra quem economizar. 80% dos moradores aderiram. Só não se sabe quantos desses aderiram porque quiseram e quantos porque ficam sem água mesmo.
O governo faz um tremendo papelão: fala que não existe racionamento. Existe "restrição hidrica". Mas reconhece que diminui a pressão da água em alguns horários. Na pratica, isso provoca falta d'Água.
Quem mais sofre são os pobres, que não tem caixa d'Água.
Nos Jardins, o bairro das mansões, ricos perfuram poços nos quintais.
O governo já sabia que a crise se avizinhava. Mas a ex-presidente da Sabesp diz que recebeu ordens pra não alertar a população em tempos de eleições (o áudio tá disponível na internet).
Em resumo: 2 culpados. Governo paulista que gerencia pessimamente a crise. E população que gasta muita água. Talvez, depois da crise, o único fato positivo seja uma mudança de comportamento da população.
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Um amigoGetúlio R. escreveu:Alguém entendido do assunto pode me ajudar com duas curiosidades?
Há um real risco do abastecimento de águas para as industrias cessar em determinados momentos, diminuindo a produção e, consequentemente, gerar desemprego e até mesmo levando pequenas cidades sustentadas pela industrias à falência?
Escutei um professor falando isso hj em sala e achei um pouco exagerado... Eu sei que o problema é realmente seríssimo, e que água é vital para o funcionamento de praticamente tudo. Mas com a atual crise seria tão profundo a ponto de arrebentar com a economia de cidades dependentes praticamente da indústria?
Outra dúvida: Em caso da situação de fato piorar, pode chegar ao ponto do Brasil quebrar, ou seja, causar um prejuízo tão grande capaz de nos levar para um abismo?

Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Em 12 de outubro de 2003, a Folha de São Paulo já avisava que a água em São Paulo só estava garantida até 2010. E não fizeram nada porque tudo envolve custos altos...
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cien ... 0308.shtml" onclick="window.open(this.href);return false;
SP só atende demanda por água até 2010
12/10/2003 - 07h10 MARIANA VIVEIROS
SIMONE IWASSO
da Folha de S.Paulo
A crise de água que a Grande São Paulo vive hoje não é a primeira nem será a última. Por causa de limites naturais na disponibilidade hídrica, da poluição de rios e represas, da ocupação desordenada de mananciais, do descaso no uso e da falta de políticas eficientes para reeducar o consumo e reduzir perdas, a região só tem água garantida até 2010.
Se o quadro atual não mudar, a partir daí, para acompanhar o aumento da demanda, será preciso ir longe, gastar muito, enfrentar disputas com outros Estados e causar impactos ambientais.
Com obras e mudanças no processo de produção, até 2006 os mananciais poderão aumentar seu potencial de geração de água em 8.700 l/s, passando de 65 mil para 73,7 mil l/s. O incremento segue o aumento anual médio no consumo até 2010, no máximo.
A cada ano, são necessários mais 2.000 l/s para abastecer a Grande São Paulo --sobretudo por causa da entrada de novos consumidores, com o crescimento populacional na periferia.
Já prevendo escassez, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) cogita quatro alternativas de abastecimento, das quais as mais viáveis são o represamento do rio Capivari-Monos, na área de proteção ambiental municipal de mesmo nome, em Parelheiros (extremo sul da capital), e a captação no rio Juquiá, em Juquitiba (Grande SP).
As outras duas opções são, da mais para a menos exequível, trazer água do conjunto de represas de Paraibuna (a cerca de 120 km de SP); e reverter o rio São Lourenço (que nasce em São Lourenço da Serra, na Grande SP).
Todas as alternativas têm prós e contras, mas as dificuldades ambientais, econômicas ou institucionais parecem ser maiores que os benefícios de sua exploração. Isso leva ambientalistas e especialistas a afirmar que seria melhor investir na recuperação e conservação dos mananciais existentes e em medidas eficientes para forçar a população a economizar água e a Sabesp a reduzir as perdas na rede.
Antonio Marsiglia, diretor de Produção e Tecnologia da empresa concorda, mas não totalmente.
Inevitável
Estimando em cerca de 24 milhões a população da região metropolitana em 2020, ele entende que é possível retardar ao máximo o uso de novos mananciais, mas que isso seria inevitável.
A Grande São Paulo está na nascente dos rios que formam a bacia do Alto Tietê, por isso a disponibilidade de água per capita é baixa --200 mil litros por habitante por ano. A ONU recomenda 2 milhões de litros anuais por pessoa.
As obras que aumentarão a produção dos sistemas em funcionamento --investimento que beira os R$ 600 milhões-- já seriam uma forma de adiar o gasto maior e o desgaste por trás dos projetos de médio e longo prazo.
Elas se concentrarão no Alto Tietê, em Guarapiranga e no Rio Grande.
Outra alternativa seria aumentar o aproveitamento da represa Billings para o abastecimento. Ela serve 1,3 milhão de moradores, mas tem potencial para atender quatro vezes essa população, segundo estudo feito em 2002 pelo ISA (Instituto Socioambiental).
Mas há dois problemas: ocupações ilegais e o uso para gerar energia. Por isso a Sabesp tem planos de médio e longo prazo.
O rio Capivari-Monos poderia ajudar o abastecimento com mais 4.000 l/s.
Para tanto, seria preciso represá-lo --atualmente, a Sabesp capta 1.000 l/s no local. A proposta original da obra teve o estudo de impacto ambiental rejeitado no início dos anos 90 e foi alterada --a área alagada foi reduzida, e o bombeamento, reforçado. Mas não há unanimidade em torno da idéia.
Enquanto especialistas como Ivanildo Hespanhol (titular e chefe do Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Poli/ USP) não têm restrições, ambientalistas e o secretário do Verde e Meio Ambiente do município, Adriano Diogo, têm um pé atrás.
Os motivos, além das terras indígenas na região, são a necessidade de desmatar áreas de mata atlântica e seus possíveis impactos, diz Marussia Whately, do ISA.
Já a proposta do Juquiá, que poderia aumentar a produção em 4.700 l/s é mais bem vista pelos ambientalistas, mas seu custo a deixou na gaveta até agora.
As outras duas opções não são cogitadas num médio prazo. Tirar água de Paraibuna envolveria uma disputa com o Rio de Janeiro e Minas Gerais --além disso, a oferta é limitada. Já o rio São Lourenço tem água de sobra e poderia fornecer até 20 mil litros. Os problemas são ambientais (a região também é de mata atlântica) e econômicos (a obra é caríssima).
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cien ... 0308.shtml" onclick="window.open(this.href);return false;
SP só atende demanda por água até 2010
12/10/2003 - 07h10 MARIANA VIVEIROS
SIMONE IWASSO
da Folha de S.Paulo
A crise de água que a Grande São Paulo vive hoje não é a primeira nem será a última. Por causa de limites naturais na disponibilidade hídrica, da poluição de rios e represas, da ocupação desordenada de mananciais, do descaso no uso e da falta de políticas eficientes para reeducar o consumo e reduzir perdas, a região só tem água garantida até 2010.
Se o quadro atual não mudar, a partir daí, para acompanhar o aumento da demanda, será preciso ir longe, gastar muito, enfrentar disputas com outros Estados e causar impactos ambientais.
Com obras e mudanças no processo de produção, até 2006 os mananciais poderão aumentar seu potencial de geração de água em 8.700 l/s, passando de 65 mil para 73,7 mil l/s. O incremento segue o aumento anual médio no consumo até 2010, no máximo.
A cada ano, são necessários mais 2.000 l/s para abastecer a Grande São Paulo --sobretudo por causa da entrada de novos consumidores, com o crescimento populacional na periferia.
Já prevendo escassez, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) cogita quatro alternativas de abastecimento, das quais as mais viáveis são o represamento do rio Capivari-Monos, na área de proteção ambiental municipal de mesmo nome, em Parelheiros (extremo sul da capital), e a captação no rio Juquiá, em Juquitiba (Grande SP).
As outras duas opções são, da mais para a menos exequível, trazer água do conjunto de represas de Paraibuna (a cerca de 120 km de SP); e reverter o rio São Lourenço (que nasce em São Lourenço da Serra, na Grande SP).
Todas as alternativas têm prós e contras, mas as dificuldades ambientais, econômicas ou institucionais parecem ser maiores que os benefícios de sua exploração. Isso leva ambientalistas e especialistas a afirmar que seria melhor investir na recuperação e conservação dos mananciais existentes e em medidas eficientes para forçar a população a economizar água e a Sabesp a reduzir as perdas na rede.
Antonio Marsiglia, diretor de Produção e Tecnologia da empresa concorda, mas não totalmente.
Inevitável
Estimando em cerca de 24 milhões a população da região metropolitana em 2020, ele entende que é possível retardar ao máximo o uso de novos mananciais, mas que isso seria inevitável.
A Grande São Paulo está na nascente dos rios que formam a bacia do Alto Tietê, por isso a disponibilidade de água per capita é baixa --200 mil litros por habitante por ano. A ONU recomenda 2 milhões de litros anuais por pessoa.
As obras que aumentarão a produção dos sistemas em funcionamento --investimento que beira os R$ 600 milhões-- já seriam uma forma de adiar o gasto maior e o desgaste por trás dos projetos de médio e longo prazo.
Elas se concentrarão no Alto Tietê, em Guarapiranga e no Rio Grande.
Outra alternativa seria aumentar o aproveitamento da represa Billings para o abastecimento. Ela serve 1,3 milhão de moradores, mas tem potencial para atender quatro vezes essa população, segundo estudo feito em 2002 pelo ISA (Instituto Socioambiental).
Mas há dois problemas: ocupações ilegais e o uso para gerar energia. Por isso a Sabesp tem planos de médio e longo prazo.
O rio Capivari-Monos poderia ajudar o abastecimento com mais 4.000 l/s.
Para tanto, seria preciso represá-lo --atualmente, a Sabesp capta 1.000 l/s no local. A proposta original da obra teve o estudo de impacto ambiental rejeitado no início dos anos 90 e foi alterada --a área alagada foi reduzida, e o bombeamento, reforçado. Mas não há unanimidade em torno da idéia.
Enquanto especialistas como Ivanildo Hespanhol (titular e chefe do Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Poli/ USP) não têm restrições, ambientalistas e o secretário do Verde e Meio Ambiente do município, Adriano Diogo, têm um pé atrás.
Os motivos, além das terras indígenas na região, são a necessidade de desmatar áreas de mata atlântica e seus possíveis impactos, diz Marussia Whately, do ISA.
Já a proposta do Juquiá, que poderia aumentar a produção em 4.700 l/s é mais bem vista pelos ambientalistas, mas seu custo a deixou na gaveta até agora.
As outras duas opções não são cogitadas num médio prazo. Tirar água de Paraibuna envolveria uma disputa com o Rio de Janeiro e Minas Gerais --além disso, a oferta é limitada. Já o rio São Lourenço tem água de sobra e poderia fornecer até 20 mil litros. Os problemas são ambientais (a região também é de mata atlântica) e econômicos (a obra é caríssima).
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
[quote="Getúlio R."][/quote]
Cara... nesse fim de semana, TODAS as baladas da Rua Augusta ficaram sem água. Todas! Se você é de SP e conhece a Augusta, tem idéia do que isso significa...
Infelizmente as previsões de êxodo urbano têm tudo para se confirmar. Quem tem uma opção fora de SP, vai sair de SP. É o famoso fujam para as colinas...
Se a água durar até junho, tá beleza...
Cara... nesse fim de semana, TODAS as baladas da Rua Augusta ficaram sem água. Todas! Se você é de SP e conhece a Augusta, tem idéia do que isso significa...
Infelizmente as previsões de êxodo urbano têm tudo para se confirmar. Quem tem uma opção fora de SP, vai sair de SP. É o famoso fujam para as colinas...
Se a água durar até junho, tá beleza...
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Aqui onde eu moro (São Carlos) o pessoal começou a maneirar no consumo, mas nada sobre faltar água mesmo. Acho que se chegar a piorar aqui, no máximo, haveria um racionamento. Melhor do que faltar realmente.
Mas isso foi o que ouvi, não procurei maiores informações. No entanto, há outras cidades do interior que já estão sofrendo, principalmente o pessoal ali da região de Campinas.
Mas isso foi o que ouvi, não procurei maiores informações. No entanto, há outras cidades do interior que já estão sofrendo, principalmente o pessoal ali da região de Campinas.
"A minha consciência tem mais peso pra mim do que a opinião do mundo inteiro." (Cícero)
"Ó homem, quem quer que tu sejas e de que parte tu venhas, pois eu sei que virás: Eu sou Ciro, aquele que conquistou o império dos persas, e rogo-te que não tenhas inveja deste pouco de terra que cobre meu pobre corpo." (Plutarco - "Vidas Paralelas - Alexandre", lápide do rei persa Ciro, o Grande).
"Ó homem, quem quer que tu sejas e de que parte tu venhas, pois eu sei que virás: Eu sou Ciro, aquele que conquistou o império dos persas, e rogo-te que não tenhas inveja deste pouco de terra que cobre meu pobre corpo." (Plutarco - "Vidas Paralelas - Alexandre", lápide do rei persa Ciro, o Grande).
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Cara... eu trabalho em Alphaville e estudo em Osasco. Em Osasco o fornecimento de água das 23h às 06h da manhã está em "regime especial" desde duas semanas antes da Copa do Mundo. Todo dia às 6h da manhã os moradores ouviam as caixas d'água enchendo. Hoje, em janeiro, está faltando água com frequência, tipo uma vez por semana... mas, como o brasileiro é muito esperto, pra resolver o problema ele compra mais uma caixa d'água, rsrs...Indra escreveu:Alguém que é de São Paulo poderia nos relatar como tem sido essas últimas semanas em relação ao fornecimento de água?
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Getúlio R. escreveu:Alguém entendido do assunto pode me ajudar com duas curiosidades?
Há um real risco do abastecimento de águas para as industrias cessar em determinados momentos, diminuindo a produção e, consequentemente, gerar desemprego e até mesmo levando pequenas cidades sustentadas pela industrias à falência?
Escutei um professor falando isso hj em sala e achei um pouco exagerado... Eu sei que o problema é realmente seríssimo, e que água é vital para o funcionamento de praticamente tudo. Mas com a atual crise seria tão profundo a ponto de arrebentar com a economia de cidades dependentes praticamente da indústria?
Outra dúvida: Em caso da situação de fato piorar, pode chegar ao ponto do Brasil quebrar, ou seja, causar um prejuízo tão grande capaz de nos levar para um abismo?
Em São paulo não é exagero falar em indústrias fechadas. Bares e restaurantes já fecham mais cedo. Cidades como Campinas, estão mal das pernas.
Sem exagero, são paulo está à beira do caos.
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
O jeito é cobrar do governo federal e, principalmlente, do estadual.
Agora não adianta um querer ficar culpando só o outro lado, tanto quem votou Dilma no federal quanto o Alckmin no estadual vão ter de se juntar, mesmo que a contragosto, pra justamente cobrar melhoras.
Tanto 12 anos de PT no federal quanto 20 anos de PSDB em SP estão fazendo mal... esse brincadeira entre ambos está fodendo o país.
Agora não adianta um querer ficar culpando só o outro lado, tanto quem votou Dilma no federal quanto o Alckmin no estadual vão ter de se juntar, mesmo que a contragosto, pra justamente cobrar melhoras.
Tanto 12 anos de PT no federal quanto 20 anos de PSDB em SP estão fazendo mal... esse brincadeira entre ambos está fodendo o país.
"A minha consciência tem mais peso pra mim do que a opinião do mundo inteiro." (Cícero)
"Ó homem, quem quer que tu sejas e de que parte tu venhas, pois eu sei que virás: Eu sou Ciro, aquele que conquistou o império dos persas, e rogo-te que não tenhas inveja deste pouco de terra que cobre meu pobre corpo." (Plutarco - "Vidas Paralelas - Alexandre", lápide do rei persa Ciro, o Grande).
"Ó homem, quem quer que tu sejas e de que parte tu venhas, pois eu sei que virás: Eu sou Ciro, aquele que conquistou o império dos persas, e rogo-te que não tenhas inveja deste pouco de terra que cobre meu pobre corpo." (Plutarco - "Vidas Paralelas - Alexandre", lápide do rei persa Ciro, o Grande).
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Situação do sistema Cantareira em janeiro é pior do que a projeção mais pessimista da Sabesp

A crise hídrica que afeta São Paulo e já começa a chegar em outros estados do sudeste está superando até os piores cenários projetados. O dado mais recente dá conta que, em 2014, entraram apenas 75,2 bilhões de litros d’água no sistema Cantareira. Pode parecer muito, mas são 151,1 bilhões de litros a menos do que a Sabesp esperava, na pior possibilidade considerada pela companhia num documento enviado à Agência Nacional das Águas (ANA) em outubro do ano passado
A projeção da empresa de abastecimento tinha como referência o ano de 1953, o mais seco do reservatório antes da atual estiagem — na ocasião, foi registrada a entrada de 226,3 bilhões de litros. E, mesmo nesse cenário, haveria déficit de 50,3 bilhões de litros em abril.
Ficar abaixo do pior cenário possível é mais um dado alarmante sobre a situação da água em São Paulo. As chuvas de janeiro estão abaixo da média. Só em janeiro, o sistema Cantareira já registrou 14 quedas consecutivas — a sequência foi interrompida hoje, quando o nível do reservatório ficou estável em 5,1% da capacidade. Além disso, uma reportagem do Estadão mostra que, em um ano, o nível dos reservatórios de água da Grande São Paulo caiu 74%, indo de 1 trilhão de litros a 267,8 bilhões.
A matéria ainda diz que, no atual ritmo, a água deve se esgotar daqui a 206 dias. Semana passada, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, admitiu a possibilidade do sistema Cantareira secar já em março. O governo estadual aposta na água da represa Billings para combater a crise e deve ampliar a transferência da água dela para a Guarapiranga. Também se cogita usar o terceiro volume morto do sistema Cantareira. Esperamos que seja suficiente, já que a seca parece estar disposta a surpreender até mesmo os mais pessimistas. [Estadão]
http://gizmodo.uol.com.br/situacao-do-s ... da-sabesp/" onclick="window.open(this.href);return false;

A crise hídrica que afeta São Paulo e já começa a chegar em outros estados do sudeste está superando até os piores cenários projetados. O dado mais recente dá conta que, em 2014, entraram apenas 75,2 bilhões de litros d’água no sistema Cantareira. Pode parecer muito, mas são 151,1 bilhões de litros a menos do que a Sabesp esperava, na pior possibilidade considerada pela companhia num documento enviado à Agência Nacional das Águas (ANA) em outubro do ano passado
A projeção da empresa de abastecimento tinha como referência o ano de 1953, o mais seco do reservatório antes da atual estiagem — na ocasião, foi registrada a entrada de 226,3 bilhões de litros. E, mesmo nesse cenário, haveria déficit de 50,3 bilhões de litros em abril.
Ficar abaixo do pior cenário possível é mais um dado alarmante sobre a situação da água em São Paulo. As chuvas de janeiro estão abaixo da média. Só em janeiro, o sistema Cantareira já registrou 14 quedas consecutivas — a sequência foi interrompida hoje, quando o nível do reservatório ficou estável em 5,1% da capacidade. Além disso, uma reportagem do Estadão mostra que, em um ano, o nível dos reservatórios de água da Grande São Paulo caiu 74%, indo de 1 trilhão de litros a 267,8 bilhões.
A matéria ainda diz que, no atual ritmo, a água deve se esgotar daqui a 206 dias. Semana passada, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, admitiu a possibilidade do sistema Cantareira secar já em março. O governo estadual aposta na água da represa Billings para combater a crise e deve ampliar a transferência da água dela para a Guarapiranga. Também se cogita usar o terceiro volume morto do sistema Cantareira. Esperamos que seja suficiente, já que a seca parece estar disposta a surpreender até mesmo os mais pessimistas. [Estadão]
http://gizmodo.uol.com.br/situacao-do-s ... da-sabesp/" onclick="window.open(this.href);return false;
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Me bateu uma dúvida aqui, talvez alguém possa me ajudar. A crise hidríca segundo especialistas vai até 2017..Os niveis vão ficar baixos, e isso vai afetar tanto população em geral como a indústria. Uma saída viavél não seria a construção de encanamentos modernos para captar água de outras represas? Como por exemplo de estados próximos em que os niveis estão altos, ou seria tecnicamente invíavel?
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Crono,Crono escreveu:Me bateu uma dúvida aqui, talvez alguém possa me ajudar. A crise hidríca segundo especialistas vai até 2017..Os niveis vão ficar baixos, e isso vai afetar tanto população em geral como a indústria. Uma saída viavél não seria a construção de encanamentos modernos para captar água de outras represas? Como por exemplo de estados próximos em que os niveis estão altos, ou seria tecnicamente invíavel?
A distancia e o desnível entre a estação de bombeamento e as represas de São Paulo ( exemplo ) tornariam economicamente inviável uma obra destas! ( inviável para o Brasil é claro! )
Tecnicamente é possível sim de ser feito.
A cidade de Las Vegas nos USA, é um exemplo disso:
http://www.istoe.com.br/reportagens/376 ... +LAS+VEGAS" onclick="window.open(this.href);return false;
Infelizmente, aqui no Brasil não conseguimos importar políticos ainda!
Abs.
Quando olho para trás
há um vulto desconhecido
desfazendo-se em névoa...
Sempre que olho para trás
alguém que eu conheci
se perde na neblina...
SHIKI ( 1867-1902 )
Estrada da Primavera
há um vulto desconhecido
desfazendo-se em névoa...
Sempre que olho para trás
alguém que eu conheci
se perde na neblina...
SHIKI ( 1867-1902 )
Estrada da Primavera
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Ontem no bom dia Brasil passou uma reportagem como os outros países enfrentam a seca, aí que eu vi (mais ainda) como o Brasil é uma merda. A Jordânia um dos países mais secos do mundo nunca falta água por exemplo.
Tá aí a matéria
http://globotv.globo.com/rede-globo/bom ... s/3923635/" onclick="window.open(this.href);return false;
Tá aí a matéria
http://globotv.globo.com/rede-globo/bom ... s/3923635/" onclick="window.open(this.href);return false;
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