Nojo e desprezo ao menos favorecido.
- Hans de Sulivan
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Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Sobre o “nojo” a meninos negros e pobres e a covardia de uma elite vazia
Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde. Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como, ao longo da vida, a segregação da sociedade brasileira nos bestializa
Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por um muro altíssimo de uma delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-se ao ponto de ônibus da grande avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando contrastada com a massa mais clara que saia da escola particular do lado: crianças brancas, de mãos dadas com os pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não se misturavam. Cada um sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o sistema de apartheid racial e o de castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só piorar na vida adulta.
Mas eis que, de repente, um menino negro, magro e sorridente, ousou subverter as regras tácitas. Brincando de correr em ziguezague, ele “invadiu” a área branca e se esbarrou num menino que, imediatamente, se agarrou desesperadamente no braço da mulher que lhe buscara. Foi um reflexo automático do medo. O menino “invasor” fez um gesto de desculpas – algo como “foi mal” -, e voltou a correr entre os seus, enquanto que a outra criança seguia petrificada.
No olhar do menino “invadido”, havia um misto de medo, de raiva, mas principalmente, de nojo – como que se a outra criança tivesse uma doença altamente contagiosa. Não é difícil imaginar o impacto de esse olhar no inconsciente do menino negro e pobre. Este aprendia, desde muito cedo, que era um intocável, que vivia em uma sociedade na qual seu corpo, na esfera pública, valia menos que o de um menino da mesma idade, que ainda não tinha nenhum mérito conquistado, apenas privilégios herdados. As consequências desse gesto minúsculo serão trágicas para o menino “invadido“, pois é vítima da ignorância social. Mas será muito mais trágica para quem é negro e desprovido de capital econômico, social e cultural. Para que essa criança não se corrompa no futuro, ela precisa ser salva do olhar de nojo.
É possível que, por meio de leitura e mistura, o menino amedrontado se engrandeça politicamente no futuro, se liberte do muro que lhe protege e dispense o braço da babá. Mas, infelizmente, há uma tendência grande de que ele, cercado por medo e preconceito, passe o resto de sua existência se protegendo do “marginalzinho”. Pivetes, favelados, fedorentos: isso é tudo que o ele ouve sobre seus vizinhos. Trata-se de uma verdade histórica a priori, para além da qual não se consegue pensar. Essas categorias compõem o discurso forjado sobre a pobreza, que, em última instância, visa à intervenção e à manutenção do poder. Reproduzindo este discurso, então, o menino tornar-se-á um adulto. Ele blindará seu carro, colocará alarme em sua casa, pedirá a morte de traficantes. Dirá que rolezinho é arrastão, pedirá mais polícia e curtirá a vida em camarotes. Pode ser até que ele peça a volta da ditadura. Achando que é um cidadão de bem que age contra a marginalidade do mal, forma-se um perfeito idiota.
Ah, mas os pobres da África a gente gosta
Em 2012, enquanto eu estava em Harvard, recebi a visita de uma orientanda do Brasil. Ela tirava fotos e se exibia no Facebook: “#Orgulho”, “Minha orientadora é pós-doutora por Harvard, e a sua?”. Em uma pausa, ela me perguntou em que escola eu havia estudado para ter chegado a uma universidade da elite internacional. Ela buscava identificação. Eu era um exemplo de uma mulher jovem, branca e “bem sucedida”, exatamente como ela se projetava nos próximos dez anos. Eu, sabendo que ela havia estudado do lado de dentro do muro, respondi que passei a parte mais rica da minha vida, dos 2 aos 17 anos de idade, do outro lado do muro. Ela não postou, mas bem que pensou: “#MinhaOrientadoraÉMarginalzinha…”.
A reação dela era de decepção, vergonha e certa pena de mim. Ela ficou vermelha, desconcertada, sem chão. Engasgou-se e começou a tossir para disfarçar a cor de suas bochechas. Isso tudo porque ela sabia muito bem que tinha passado aproximadamente quinze anos de sua vida chamando pessoas como eu de “tigrada”. Ela se socializou negando a alteridade e, portanto, nunca imaginou que a relação de poder entre os atores dos diferentes lados do mundo se inverteria. Tudo que ela havia aprendido sobre aquele Outro era simplesmente de que se tratava de uma não-persona. O motivo pelo qual o seus vizinhos tinham menos do que ela não cabiam em sua imaginação. Fazendo parte da meritocracia sem mérito, ela simplesmente merecia ter o que tinha.
Ela, então, tinha que desvendar um enigma: como uma pessoa que tinha vindo de um lugar tão ruim podia estar em uma Universidade tão boa? A única maneira de ela se reconciliar com seus próprios preconceitos era me classificar como um daqueles casos excepcionais de superação que aparecem Globo Repórter. Eu respondi que não, que o destino de quem sai de lá tem sido muito variado. Há quem entra para o crime e morre antes dos 18 anos, mas a maioria tem histórias de lutas, perdas, mas, sobretudo, conquistas. Uma pena que ela nunca quis saber dessas histórias e deixou de crescer por meio da alteridade.
Ironicamente, essa aluna estava voltando de um programa voluntário para ajudar uma comunidade miserável de Ruanda. Havia poesia – e alívio cristão – em (arrogantemente) querer salvar a África. Por algum motivo, os pobres e negros do lado de lá do oceano (que não assaltariam a sua caminhonete já adquirida aos 21 anos) eram mais dignos de sua profunda bondade do que os pobres e negros que ela havia ignorado por toda a sua existência.
Eu sempre me pergunto as razões pelas quais esse perfil de elite se comove com a pobreza romantizada, mas nega a solidariedade ao pobre da mesma cidade. Nessas horas, me vem à cabeça o dia em que meus colegas de escola estavam participando de um campeonato de futsal, mas não tinham quadra para treinar. Marcamos uma reunião com a diretora da escola do lado no intuito de solicitar, em nome de nossa vizinhança, o uso da quadra durante a noite, que ficava inativa. Em um ato de profunda humilhação, fomos “escoltados” até o escritório e recepcionados com as piadas das outras crianças (que não teriam tido coragem de debochar fora da fortificação). Depois de muita resistência, a diretora liberou o uso do ginásio, o que foi vetado uma semana depois em função de uma bola que tinha desaparecido. Apesar de eu ter convicção de que não houve roubo, eu nunca vou poder afirmar isso com 100% de certeza. O que eu posso afirmar para o resto da minha vida é que, desde então, eu sou contra a pena de morte – e de toda a concepção de que bandido bom é bandido morto – justamente porque muitos inocentes terão suas vidas abortadas por causa do preconceito. Quinze jovens tiveram seu sonho de competir interrompido por causa de uma falsa verdade: a de que nós só poderíamos ser ladrões. Consequentemente, “não adianta mesmo querer ser generoso e dar oportunidade para marginal”.
Entender que o pobre do lado tem o mesmo valor do pobre da África é uma tarefa para uma vida toda, pois envolve uma postura política de grandeza reflexiva intelectual e o reconhecimento de nossa responsabilidade sobre o Outro. Reclama-se da ineficiência do Estado brasileiro, mas toda a violência estrutural gerada por este Estado é reproduzida por sujeitos covardes e apáticos que negam, estigmatizam e inviabilizam o Outro.
Faz vinte anos que eu deixei a escola. Em minha última visita, em 2014, as instalações estavam muito mais deterioradas. As goteiras continuam lá. Sem professores em sala de aula, os alunos não podem ir para área de esportes porque o lugar está interditado há seis anos por risco de o teto desabar. Mas o muro da escola do lado continua a crescer.
Desde pequena eu aprendi que a violência é holista. As elites não são vítimas da violência urbana. A agressão sofrida é a mesma que se pratica. O olhar de nojo é também assassino. E os muros ferem mais do que protegem. Será que as pessoas imaginam o quanto podem crescer derrubando muros?
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2 ... vazia.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Sei que esse site e extremamente parcial, mas essa matéria me levou a refletir sobre determinados pontos.
Eu sou negro de classe média e posso falar com certa propriedade sobre o assunto.
Sempre freqüentei, por ser de classe média, lugares em que era minoria. Nem sempre, mas muitas vezes, senti um olhar diferente das pessoas perante mim.
Um desprezo dos meus amigos perante os mais pobres.
Sei muito bem o que e esse olhar de nojo. Quase sempre direcionado por alguém que não sabia que pertencia a classe social ali inserida.
Até em boate isso já aconteceu.
Até nos dias de hoje, em determinadas situações me sinto inferiorizado. Mas levo de boa! A questão e a seguinte. Qual o dano psicológico que esse tipo de tratamento causa em alguém.
Imagine um negro com aparência humilde que hj tem 40 anos e faxineiro. Ele trabalha num shopping e passa grande parte do seu tempo lá. Em quanto está com uniforme ele e bem aceito. Mas em sua folga resolve passear em seu ambiente e trabalho e lá e hostilizado pelos funcionários e freqüentadores apenas com o olhar de desprezo ou outra forma velada. Isso deve ser mt ruim p auto-estrada e p o psicológico
Imaginem uma pessoa que sofreu isso a vida inteira.
Talvez seja fruto da disseminação da cultura do medo + estereótipos.
Apenas p refletir.
Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde. Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como, ao longo da vida, a segregação da sociedade brasileira nos bestializa
Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por um muro altíssimo de uma delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-se ao ponto de ônibus da grande avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando contrastada com a massa mais clara que saia da escola particular do lado: crianças brancas, de mãos dadas com os pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não se misturavam. Cada um sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o sistema de apartheid racial e o de castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só piorar na vida adulta.
Mas eis que, de repente, um menino negro, magro e sorridente, ousou subverter as regras tácitas. Brincando de correr em ziguezague, ele “invadiu” a área branca e se esbarrou num menino que, imediatamente, se agarrou desesperadamente no braço da mulher que lhe buscara. Foi um reflexo automático do medo. O menino “invasor” fez um gesto de desculpas – algo como “foi mal” -, e voltou a correr entre os seus, enquanto que a outra criança seguia petrificada.
No olhar do menino “invadido”, havia um misto de medo, de raiva, mas principalmente, de nojo – como que se a outra criança tivesse uma doença altamente contagiosa. Não é difícil imaginar o impacto de esse olhar no inconsciente do menino negro e pobre. Este aprendia, desde muito cedo, que era um intocável, que vivia em uma sociedade na qual seu corpo, na esfera pública, valia menos que o de um menino da mesma idade, que ainda não tinha nenhum mérito conquistado, apenas privilégios herdados. As consequências desse gesto minúsculo serão trágicas para o menino “invadido“, pois é vítima da ignorância social. Mas será muito mais trágica para quem é negro e desprovido de capital econômico, social e cultural. Para que essa criança não se corrompa no futuro, ela precisa ser salva do olhar de nojo.
É possível que, por meio de leitura e mistura, o menino amedrontado se engrandeça politicamente no futuro, se liberte do muro que lhe protege e dispense o braço da babá. Mas, infelizmente, há uma tendência grande de que ele, cercado por medo e preconceito, passe o resto de sua existência se protegendo do “marginalzinho”. Pivetes, favelados, fedorentos: isso é tudo que o ele ouve sobre seus vizinhos. Trata-se de uma verdade histórica a priori, para além da qual não se consegue pensar. Essas categorias compõem o discurso forjado sobre a pobreza, que, em última instância, visa à intervenção e à manutenção do poder. Reproduzindo este discurso, então, o menino tornar-se-á um adulto. Ele blindará seu carro, colocará alarme em sua casa, pedirá a morte de traficantes. Dirá que rolezinho é arrastão, pedirá mais polícia e curtirá a vida em camarotes. Pode ser até que ele peça a volta da ditadura. Achando que é um cidadão de bem que age contra a marginalidade do mal, forma-se um perfeito idiota.
Ah, mas os pobres da África a gente gosta
Em 2012, enquanto eu estava em Harvard, recebi a visita de uma orientanda do Brasil. Ela tirava fotos e se exibia no Facebook: “#Orgulho”, “Minha orientadora é pós-doutora por Harvard, e a sua?”. Em uma pausa, ela me perguntou em que escola eu havia estudado para ter chegado a uma universidade da elite internacional. Ela buscava identificação. Eu era um exemplo de uma mulher jovem, branca e “bem sucedida”, exatamente como ela se projetava nos próximos dez anos. Eu, sabendo que ela havia estudado do lado de dentro do muro, respondi que passei a parte mais rica da minha vida, dos 2 aos 17 anos de idade, do outro lado do muro. Ela não postou, mas bem que pensou: “#MinhaOrientadoraÉMarginalzinha…”.
A reação dela era de decepção, vergonha e certa pena de mim. Ela ficou vermelha, desconcertada, sem chão. Engasgou-se e começou a tossir para disfarçar a cor de suas bochechas. Isso tudo porque ela sabia muito bem que tinha passado aproximadamente quinze anos de sua vida chamando pessoas como eu de “tigrada”. Ela se socializou negando a alteridade e, portanto, nunca imaginou que a relação de poder entre os atores dos diferentes lados do mundo se inverteria. Tudo que ela havia aprendido sobre aquele Outro era simplesmente de que se tratava de uma não-persona. O motivo pelo qual o seus vizinhos tinham menos do que ela não cabiam em sua imaginação. Fazendo parte da meritocracia sem mérito, ela simplesmente merecia ter o que tinha.
Ela, então, tinha que desvendar um enigma: como uma pessoa que tinha vindo de um lugar tão ruim podia estar em uma Universidade tão boa? A única maneira de ela se reconciliar com seus próprios preconceitos era me classificar como um daqueles casos excepcionais de superação que aparecem Globo Repórter. Eu respondi que não, que o destino de quem sai de lá tem sido muito variado. Há quem entra para o crime e morre antes dos 18 anos, mas a maioria tem histórias de lutas, perdas, mas, sobretudo, conquistas. Uma pena que ela nunca quis saber dessas histórias e deixou de crescer por meio da alteridade.
Ironicamente, essa aluna estava voltando de um programa voluntário para ajudar uma comunidade miserável de Ruanda. Havia poesia – e alívio cristão – em (arrogantemente) querer salvar a África. Por algum motivo, os pobres e negros do lado de lá do oceano (que não assaltariam a sua caminhonete já adquirida aos 21 anos) eram mais dignos de sua profunda bondade do que os pobres e negros que ela havia ignorado por toda a sua existência.
Eu sempre me pergunto as razões pelas quais esse perfil de elite se comove com a pobreza romantizada, mas nega a solidariedade ao pobre da mesma cidade. Nessas horas, me vem à cabeça o dia em que meus colegas de escola estavam participando de um campeonato de futsal, mas não tinham quadra para treinar. Marcamos uma reunião com a diretora da escola do lado no intuito de solicitar, em nome de nossa vizinhança, o uso da quadra durante a noite, que ficava inativa. Em um ato de profunda humilhação, fomos “escoltados” até o escritório e recepcionados com as piadas das outras crianças (que não teriam tido coragem de debochar fora da fortificação). Depois de muita resistência, a diretora liberou o uso do ginásio, o que foi vetado uma semana depois em função de uma bola que tinha desaparecido. Apesar de eu ter convicção de que não houve roubo, eu nunca vou poder afirmar isso com 100% de certeza. O que eu posso afirmar para o resto da minha vida é que, desde então, eu sou contra a pena de morte – e de toda a concepção de que bandido bom é bandido morto – justamente porque muitos inocentes terão suas vidas abortadas por causa do preconceito. Quinze jovens tiveram seu sonho de competir interrompido por causa de uma falsa verdade: a de que nós só poderíamos ser ladrões. Consequentemente, “não adianta mesmo querer ser generoso e dar oportunidade para marginal”.
Entender que o pobre do lado tem o mesmo valor do pobre da África é uma tarefa para uma vida toda, pois envolve uma postura política de grandeza reflexiva intelectual e o reconhecimento de nossa responsabilidade sobre o Outro. Reclama-se da ineficiência do Estado brasileiro, mas toda a violência estrutural gerada por este Estado é reproduzida por sujeitos covardes e apáticos que negam, estigmatizam e inviabilizam o Outro.
Faz vinte anos que eu deixei a escola. Em minha última visita, em 2014, as instalações estavam muito mais deterioradas. As goteiras continuam lá. Sem professores em sala de aula, os alunos não podem ir para área de esportes porque o lugar está interditado há seis anos por risco de o teto desabar. Mas o muro da escola do lado continua a crescer.
Desde pequena eu aprendi que a violência é holista. As elites não são vítimas da violência urbana. A agressão sofrida é a mesma que se pratica. O olhar de nojo é também assassino. E os muros ferem mais do que protegem. Será que as pessoas imaginam o quanto podem crescer derrubando muros?
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2 ... vazia.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Sei que esse site e extremamente parcial, mas essa matéria me levou a refletir sobre determinados pontos.
Eu sou negro de classe média e posso falar com certa propriedade sobre o assunto.
Sempre freqüentei, por ser de classe média, lugares em que era minoria. Nem sempre, mas muitas vezes, senti um olhar diferente das pessoas perante mim.
Um desprezo dos meus amigos perante os mais pobres.
Sei muito bem o que e esse olhar de nojo. Quase sempre direcionado por alguém que não sabia que pertencia a classe social ali inserida.
Até em boate isso já aconteceu.
Até nos dias de hoje, em determinadas situações me sinto inferiorizado. Mas levo de boa! A questão e a seguinte. Qual o dano psicológico que esse tipo de tratamento causa em alguém.
Imagine um negro com aparência humilde que hj tem 40 anos e faxineiro. Ele trabalha num shopping e passa grande parte do seu tempo lá. Em quanto está com uniforme ele e bem aceito. Mas em sua folga resolve passear em seu ambiente e trabalho e lá e hostilizado pelos funcionários e freqüentadores apenas com o olhar de desprezo ou outra forma velada. Isso deve ser mt ruim p auto-estrada e p o psicológico
Imaginem uma pessoa que sofreu isso a vida inteira.
Talvez seja fruto da disseminação da cultura do medo + estereótipos.
Apenas p refletir.
Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Não sei porque as pessoas como você tem mania de achar que esse desprezo (aqui concordamos, é ridiculo) acontece com a pessoa por ser negra.
Sou branco e já sofri isso na pele algumas vezes...Quando engordo, vejo as pessoas me olhando com nojo, quando vou mal vestido a um lugar, acontece o mesmo. E não é só branco que olha com nojo não. Negro também faz isso e muito.
O negro hoje já possui mais direitos que os brancos...Os brancos não tem direito a cotas, bolsas, nem um ministério pra proteger casos de racismo que acontecem e muito.
Parem de chorar o passado de 500 anos atrás. Nenhum brasileiro hoje tem culpa disso e nada vai mudar o passado. A raça negra, tão bonita, que já nos deu Muhammad Ali, Luther King, Malcom X, Bolt, Tyson, Romario, Michael Jackson, Jordan, Jesse Owens, Oprah, Whoopi entre tantos milhares, não precisa mendigar nada.
Sou branco e já sofri isso na pele algumas vezes...Quando engordo, vejo as pessoas me olhando com nojo, quando vou mal vestido a um lugar, acontece o mesmo. E não é só branco que olha com nojo não. Negro também faz isso e muito.
O negro hoje já possui mais direitos que os brancos...Os brancos não tem direito a cotas, bolsas, nem um ministério pra proteger casos de racismo que acontecem e muito.
Parem de chorar o passado de 500 anos atrás. Nenhum brasileiro hoje tem culpa disso e nada vai mudar o passado. A raça negra, tão bonita, que já nos deu Muhammad Ali, Luther King, Malcom X, Bolt, Tyson, Romario, Michael Jackson, Jordan, Jesse Owens, Oprah, Whoopi entre tantos milhares, não precisa mendigar nada.
Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
odeio esse tipo de coluna
quer dizer q o cara olha pra uma pessoa e disso consegue extrair aquilo q o outro pensa? mas nao apenas isso, como tb oq todos q pertençam aquela classe social e em todas as partes do brasil?
lixo
luta de classes em nivel imaginario
quer dizer q o cara olha pra uma pessoa e disso consegue extrair aquilo q o outro pensa? mas nao apenas isso, como tb oq todos q pertençam aquela classe social e em todas as partes do brasil?
lixo
luta de classes em nivel imaginario
- Jase Robertson
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Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Mandou bem.The Joker escreveu:Não sei porque as pessoas como você tem mania de achar que esse desprezo (aqui concordamos, é ridiculo) acontece com a pessoa por ser negra.
Sou branco e já sofri isso na pele algumas vezes...Quando engordo, vejo as pessoas me olhando com nojo, quando vou mal vestido a um lugar, acontece o mesmo. E não é só branco que olha com nojo não. Negro também faz isso e muito.
O negro hoje já possui mais direitos que os brancos...Os brancos não tem direito a cotas, bolsas, nem um ministério pra proteger casos de racismo que acontecem e muito.
Parem de chorar o passado de 500 anos atrás. Nenhum brasileiro hoje tem culpa disso e nada vai mudar o passado. A raça negra, tão bonita, que já nos deu Muhammad Ali, Luther King, Malcom X, Bolt, Tyson, Romario, Michael Jackson, Jordan, Jesse Owens, Oprah, Whoopi entre tantos milhares, não precisa mendigar nada.
- Hans de Sulivan
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Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Desculpe mas não posso concordar.
Refiro-me a situações em que os dois estejam em igualdade e ainda assim apenas um sofre preconceito.
Empiricamente esse vídeo diz tudo, meu caro.
A questão e. Até onde esse racismo velado faz mal ao ser humano?
Refiro-me a situações em que os dois estejam em igualdade e ainda assim apenas um sofre preconceito.
Empiricamente esse vídeo diz tudo, meu caro.
A questão e. Até onde esse racismo velado faz mal ao ser humano?
Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
o coitadismo de sempre
Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Aos 3:50
Curtinho e exemplifica muito bem
Agora imagina passar por isso todo santo dia, desde uma conversa banal no parque, até na entrevista de emprego.
Para quem não passou por esse tipo de problema deve ser meio estranho mesmo...
Editado pela última vez por KYO em 30 Jan 2015 13:38, em um total de 1 vez.
- Hans de Sulivan
- Mensagens: 4725
- Registrado em: 25 Out 2014 08:22
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Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Quanto a coluna até concordo. Luta de classes tb e exagerado.aquatico escreveu:odeio esse tipo de coluna
quer dizer q o cara olha pra uma pessoa e disso consegue extrair aquilo q o outro pensa? mas nao apenas isso, como tb oq todos q pertençam aquela classe social e em todas as partes do brasil?
lixo
luta de classes em nivel imaginario
Mas pense bem.
Você sabe quando uma perva está te dando mole na rua pelo olhar, não sabe?
Sabe Qd um homossexual ta te olhando, certo?
E por aí vai. Uma pessoa com a mínima noção sabe quando recebe um olhar hostilizante.
Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Quanta baboseira neste texto...
Desde a conveniente parada no trânsito que gerou a suposta reflexão, passando pela condescendência da autora em relação ao leitor, chegando na conclusão inequívoca do afrocoitadismo.
Desde a conveniente parada no trânsito que gerou a suposta reflexão, passando pela condescendência da autora em relação ao leitor, chegando na conclusão inequívoca do afrocoitadismo.
Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Cara, é parecido com judeu (é claro que em muito menor escala)... Sempre se vitimizando, falando que são perseguidos, que morreu 6 milhões e etc.
Porra, os caras já venceram na vida como um deles aqui no fórum já falou! Já ganharam a porra do território deles, tem uma nação, um hino, uma bandeira, um país em acensão, uma rede sionista forte que controla boa parte da mídia americana, fora os negócios $$$$ milionário por lá... Eles vão muito bem obrigado... Não tem pq ficar nessa ladainha de vitimização. O mundo já comprou a causa deles. A mentira falada mil vezes já tornou-se verdade, não precisa mais disso. Vira o disco po.
Porra, os caras já venceram na vida como um deles aqui no fórum já falou! Já ganharam a porra do território deles, tem uma nação, um hino, uma bandeira, um país em acensão, uma rede sionista forte que controla boa parte da mídia americana, fora os negócios $$$$ milionário por lá... Eles vão muito bem obrigado... Não tem pq ficar nessa ladainha de vitimização. O mundo já comprou a causa deles. A mentira falada mil vezes já tornou-se verdade, não precisa mais disso. Vira o disco po.
- Fox Murder
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Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Estes textos que querem combater preconceito com mais preconceito são foda.
Uma coisa que vejo que as pessoas estão cansando é sempre de colocar um lado como o responsável por todo o mal, já o outro lado é sempre é o coitadinho.
E aproveito pra perguntar... E olhar de desprezo com gordos, pobres, feios, estranhos, e etc? Também não é assassino?
Uma coisa que vejo que as pessoas estão cansando é sempre de colocar um lado como o responsável por todo o mal, já o outro lado é sempre é o coitadinho.
E aproveito pra perguntar... E olhar de desprezo com gordos, pobres, feios, estranhos, e etc? Também não é assassino?
- Raphael Shaka
- Mensagens: 3761
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Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Coitadismo. Dividir o salário, ninguém quer.
Viciado não é doente 

- ViolentFunky
- Aprendiz
- Mensagens: 4712
- Registrado em: 01 Out 2014 18:16
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Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Parça , muito interessante esse tópico, mas estamos passando por uma fase meio obscura e a internet potencializa isso. Ainda mais aqui reduto leite com pêra, mas abstenho de comentar pra não me estressar..bom o site não conhecia.
Longboard Crew\\Boxe Mt.A: O mundo é diferente da ponte pra cá.Reverb&Destroy
Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
2ViolentFunky escreveu:Parça , muito interessante esse tópico, mas estamos passando por uma fase meio obscura e a internet potencializa isso. Ainda mais aqui reduto leite com pêra, mas abstenho de comentar pra não me estressar..bom o site não conhecia.
"I put no stock in religion. By the word religion I have seen the lunacy of fanatics of every denomination be called the will of God. I've seen too much religion in the eyes of too many murderers. Holiness is in right action, and courage on behalf of those who cannot defend themselves."
-
- Aprendiz
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- Registrado em: 14 Jun 2014 15:55
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Re: Nojo e desprezo ao menos favorecido.
Acho que o preconceito só vai acabar na porrada mesmo, quando se busca dialogar sobre o assunto e demonstrar o racismo o negro vem sendo taxado de fazer "coitadismo".
Meu sonho é ver um jogador negro espancando o outro que o usou expressões racistas pra tentar irritá-lo ou inferiorizá-lo, tem que ser na porrada, a mesma coisa na rua.
Molecada negra tem que meter porrada na cara de quem olhar com nojo.
Meu sonho é ver um jogador negro espancando o outro que o usou expressões racistas pra tentar irritá-lo ou inferiorizá-lo, tem que ser na porrada, a mesma coisa na rua.
Molecada negra tem que meter porrada na cara de quem olhar com nojo.
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