Filme FODA, pra mim esse aí é o Michael mais legal até hoje, e sem dúvidas o mais perverso. Mas, duas coisas que não me agradaram (como pra variar, tá cheio de spoilers):
Spoiler:
Primeiro, a sem-vergonhice em tentar enquadrar a condição de monstro do Michael sob alguma luz esotérica. Já haviam tentado isso no passado e foi uma das coisas que cagaram a franquia por inteiro. PIOR, é que eles usaram isso como desculpa pra ele ser TÃO invencível, e nesse filme, puta merda, perderam a mão demais nisso aí. Como é que o cara é TÃO forte, e tanka TANTO? O que torna ainda mais exagerado é o fato dele ter a idade do Professor Ludovico. Não tem explicação pra isso, o cara ser espancado, descarregarem uma arma no peito dele, ser esfaqueado nas costas (isso, além do dano que já havia recebido no filme anterior, que se passa no mesmo dia), e ainda se levantar e matar a turba de agressores! Só faltou rasgarem a pele dele e revelar um esqueleto metálico por baixo. O que torna ainda mais chocante é a tecnicidade com que ele mata eles. O Michael passa o filme inteiro despachando as pessoas da maneira mais brutal possível (poucas cenas antes, ele torce o pescoço de um cara que nem uma tampinha), de maneira travada e até mecânica (tanto nesse quanto no filme anterior ele parece meio robótico as vezes), e de repente, ele vira um ninja. O apelo dele é o de um stealth-based killer (apex predator, como o Tommy mesmo disse, e essa é uma colocação perfeita para o personagem, porque porra, ele não precisa saber detalhes técnicos de luta pra acabar com alguém, ele é completamente adaptado pra isso para além de qualquer condicionamento motor), dar a ele a habilidade de esgrimir, conectar golpes com precisão, cortar juntas, e tudo ainda em um timing impecável é como ensinar o Hulk a lutar Karatê. Achei meio bosta, se queriam colocar ele na condição de monstro invencível (coisa que sempre foi), deviam ter pelo menos feito de forma menos flagrante. Uma boa sacada do primeiro filme foi a habilidade da Laurie em anular o uso do cenário como vantagem pelo Michael (coisa que ela treinou extensivamente, a vida inteira - não que ela contasse com a competência dos bombeiros e o Michael estar com o comando de vida infinita ligado). Não só isso, mas também as habilidades de prefire e furtividade (que inclusive pegou o Michael de surpresa), e isso fazia sentido naquele contexto. Cagaram para a sutileza.
Segundo que, achei que estilizaram demais as mortes no final. Tá bom que isso se alinha bastante com o monólogo sobre (uhhhh) a escuridão dentro do Michael, mas os efeitos desse filme são absurdamente fodas (nota DEZ pro uso de sangue falso, toda vez que o Michael mata alguém dá prazer de ver a groselha escorrendo, simplesmente bonito demais), sei lá porque foram usar um chiaroscuro estranho no meio de um bacanal homicida (se tivesse sido que nem quando ele matou os bombeiros, eu seria capaz de ignorar o exagero da caracterização invencível do Michael, mas isso aí fodeu a graça pra mim - a morte da Karen, pelo menos, devia ser tão excepcionalmente brutal quanto de qualquer outro, e acho que ele não deveria ter matado aquele tanto de gente, mas somente sumir de repente e aparecer assassinando a Karen na casa dele, o que seria chocante pra caralho), ficou deslocado demais. Outra coisa que me desagradou foi a coragem daqueles adolescentes em entrar na casa com ele lá dentro. Cacetada, eu que devo ter mais ou menos o tamanho do Michael e sou praticamente um tanque em comparação com essa galera raquítica do filme não teria coragem de encarar o Michael de peito aberto, quanto mais entrar em um lugar em que ele poderia estar me esperando pra me espreitar (justo a especialidade dele), e DUAS CRIANÇAS caem pra dentro (um deles, é o caso da tampinha descrito acima). No geral, eu gostei bastante, e o Michael está bem foda como sempre (exageradamente foda), uma força da natureza (não tem como vencer aquilo, simplesmente não faz sentido ele ser morto em alguma produção futura, pura e simplesmente god mode ativado).
Segundo que, achei que estilizaram demais as mortes no final. Tá bom que isso se alinha bastante com o monólogo sobre (uhhhh) a escuridão dentro do Michael, mas os efeitos desse filme são absurdamente fodas (nota DEZ pro uso de sangue falso, toda vez que o Michael mata alguém dá prazer de ver a groselha escorrendo, simplesmente bonito demais), sei lá porque foram usar um chiaroscuro estranho no meio de um bacanal homicida (se tivesse sido que nem quando ele matou os bombeiros, eu seria capaz de ignorar o exagero da caracterização invencível do Michael, mas isso aí fodeu a graça pra mim - a morte da Karen, pelo menos, devia ser tão excepcionalmente brutal quanto de qualquer outro, e acho que ele não deveria ter matado aquele tanto de gente, mas somente sumir de repente e aparecer assassinando a Karen na casa dele, o que seria chocante pra caralho), ficou deslocado demais. Outra coisa que me desagradou foi a coragem daqueles adolescentes em entrar na casa com ele lá dentro. Cacetada, eu que devo ter mais ou menos o tamanho do Michael e sou praticamente um tanque em comparação com essa galera raquítica do filme não teria coragem de encarar o Michael de peito aberto, quanto mais entrar em um lugar em que ele poderia estar me esperando pra me espreitar (justo a especialidade dele), e DUAS CRIANÇAS caem pra dentro (um deles, é o caso da tampinha descrito acima). No geral, eu gostei bastante, e o Michael está bem foda como sempre (exageradamente foda), uma força da natureza (não tem como vencer aquilo, simplesmente não faz sentido ele ser morto em alguma produção futura, pura e simplesmente god mode ativado).