RAINMAKER escreveu: ↑08 Abr 2022 15:23
Rapaz, nunca tinha pensado nisso. Eu imaginava que o ifood era só um intermediário entre o cliente e o restaurante, mas na verdade eu sou o cliente do ifood, mesmo eles sem ter uma cozinha pra fritar um ovo.
sim e não.
sim, você é cliente do ifood, e não do restaurante que tu pede todo dia.
e não, porque o ifood tb tem cozinha própria, as cloud kitchens.
o que aconteceu é que com todos esses dados nas mãos, o ifood (e as outras plataformas) detectou demandas por determinados tipos de comida em determinados tipos de lugares e convidou restaurantes parceiros a montar essas cozinhas parceiras, subsidiando investimentos e, obviamente, rankeando no topo do app essas lojas.
sabe aquelas marmitas de 5,99 que tinha em algumas regiões? nesse caso sim, tinha uma cozinha do ifood pra fritar um ovo hehehe.
e não só do ifood. a rappi e a uber eats tbm tinham (a uber eats sim, deu um socão no estômago de vários restaurantes, mas isso é tema pra outro papo).
ainda nesse balaio tem dark kitchen multimarca, dark kitchen compartilhada, coworking, contratos de exclusividade por plataforma... enfim, mercado de foodservice, foodtech e delivery no brasil é um bagulho que eu tenho estudado feito um doente nos últimos anos, porque algumas coisas só fazemos aqui - ficando atrás de India, EUA (a Doordash é embaçada) e China, apenas.
O knowhow nosso no segmento é tanto, que um dos meus sócios na escola de treinamento digital (que é uma das empresas que eu hoje tenho parte, além da agência de mkt digital pra negócios locais) tem uma outra empresa só especializada em internacionalização de food service na Europa. Os gringos pagam ele em euro pra aprender o que fazemos aqui e os brasileiros pagam em euro pra ele implantar a marca deles lá na terrinha.
dizem que a nasa tem que estudar os brasileiros, mas nesse assunto algumas "NASAs" tem que estudar
com os brasileiros

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