Mestre Carlos Junior tem um puta ar de afetação juvenil, tenho certeza que os estudos sugaram muito do tempo dele (no final compen$ou, né), e ele nunca teve grandes oportunidades de bagunçar. Isso que até outro dia apanhava da mulher. Nesse caso, na minha opinião, não acho que o cara tenha que se limitar por medo de colocar qualquer coisa a perder. Como diz o Mestre Jim Moriarty, a dor é inevitável, mas tu não precisa ter medo dela. A pessoa aprende muito errando também.
Esse é o grande ressentimento que eu tenho com os meus pais, o senso de proteção exagerado deles me sabotou constantemente quando mais jovem e me tirou boas oportunidades na vida (os pais exercem uma influência miserável na vida de um filho crescido, se você é um adulto e mora com seus pais, FUJA), mas depois que eu saí de casa eu fiz um monte de coisas que eles me disseram pra nunca fazer (inclusive usar drogas e passar a mamadeira no pelo), e Monsoon perdura!
O que eu quero dizer é que a vida é um estado constante de deformação. Do momento em que você nasce até o momento em que você cai em um caixão, você vai ser refeito muitas e muitas vezes. Postergar a mudança necessária e inevitável é o que te torna insuficiente para atravessar os percalços e confrontar o desconhecido.
Uma coisa que eu acho de uma extrema imbecilidade é fazer um tópico expondo essas situações idiotas. Meu amigo, que homem é homem que aceita ser questionado? Não que eu veja problema em ser aconselhado, eu mesmo já fui por alguns foristas em algumas ocasiões (inclusive pelo Mestre Currador em um estranho episódio de insegurança recente – obrigado, Mestre Currador, por me currar... digo, curar!). Mas aqui não tem mestre nem doutor de nada (bom, tecnicamente deve ter alguns doutores sim, mas nada como
Uhhhhh, O GRANDE MESTRE DA VIDA), tu tá pedindo a um bando de estranhos possivelmente (provavelmente) mal intencionados e tão falhos e inseguros quanto tu para enxergarem através de fragmentos da sua vida sem conhecer sua totalidade e te conduzir em um assunto de escopo existencial, que é meter nas suas subordinadas – recomendo gozar na boca.
Um vídeo foda que eu vi do Leandro Karnal (que a bicha do Qui-Gon deve ter visto também, já que é fã) é um conto sobre quando um rapaz jovenzinho enviou uma carta a Mozart (?) perguntando sobre como escrever uma ópera (?), e Mozart respondeu que não era possível. O rapaz então mandou outra carta dizendo que Mozart havia escrito sua primeira ópera (?) com nove anos (?) e Mozart (?) respondeu que sim, mas ele não havia perguntado a ninguém como fazer. Hehehe, sua própria imaginação te situa longe do choque (necessário) da experiência real, o que você pensa não é tão condizente com o que tu tá vivenciando agora (como todo mundo que se depara com um terreno novo e tem que assentar o pé no desconhecido), o que torna flagrante a sua necessidade de mais ação e menos consideração cuidadosa, logo, pau na garganta das vadias!