Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

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gnomo
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Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por gnomo » 19 Fev 2015 22:20

Segue um texto extremamente interessante do Rodrigo Constantino.

É muito comum ouvirmos os esquerdistas acusar qualquer opositor de nazista, porém mal sabe ele (pois não o ensinaram durante a doutrinação socialista) que o Nazismo está muito mais perto do socialismo do que os liberais.
Nazismo e Socialismo são praticamente ideologias irmão.
Ambas são cruiéis, totalitarias, sanguinárias e estupidas.
Alguém se dizer socialista deveria ser tão vexatório quanto se dizer nazista. Porém ainda vemos a foice e o martelo estampada por todo Brasil. É um simbolo que que deveria ser tão demonizado quanto a suástica.

Nazismo e Socialismo
“É um erro encarar o nazista como um selvagem não-instruído; sua bestialidade foi adornada cuidadosamente com especulações que refletiam de forma muito estreita a influência marxista.” (Michael Polanyi)

Muitos socialistas usam a tática, ensinada por Lênin, de acusar os opositores daquilo que eles mesmos são ou fazem. Tudo que for contrário ao socialismo vira, assim, “nazismo”, ainda que o nacional-socialismo tenha inúmeras semelhanças com o próprio socialismo marxista. Tanto o nazismo como o marxismo compartilharam o desejo de remodelar a humanidade. Marx defendia a “alteração dos homens em grande escala” como necessária. Hitler pregou “a vontade de recriar a humanidade”. Qualquer pesquisa séria irá concluir que nazistas e socialistas não eram, na prática e no seu ideal coletivista, figuras tão diferentes assim.

Na verdade, eram “gêmeos heterozigotos”, colocando como objetivo chegar a uma sociedade perfeita, destruindo os elementos negativos que se opõem a ela. Conforme escreveu Alain Besançon em A Infelicidade do Século, “eles pretendem ser filantrópicos, pois querem, um deles, o bem de toda a humanidade, o outro, o do povo alemão, e esse ideal suscitou adesões entusiásticas e atos heróicos”. Mas o que os aproxima mais é que “ambos se dão o direito – e mesmo o dever – de matar, e o fazem com métodos que se assemelham, numa escala desconhecida na história”. Para seu fim ulterior, quaisquer meios são aceitáveis ou mesmo desejáveis. Cada um se vê como a encarnação do Bem, e os empecilhos precisam ser eliminados para o alcance de um fim tão “nobre”. Os governos nazista e comunista fecham suas fronteiras, controlam a informação, substituem a realidade por uma pseudo-realidade e eliminam os opositores. Acabam gerando uma completa destruição da moral, difundindo o sentimento de repugnância de si mesmo nas pessoas. Alain Besançon conclui: “Não vale mais a pena praticar o duplo pensamento, procura-se na verdade não pensar em nada”. Ambos desembocam no niilismo.

Não obstante, para os socialistas, aquele que não for socialista é automaticamente um “nazista”, como se ambos fossem grandes opostos. Assim, os liberais, que sempre condenaram tanto uma forma de coletivismo como a outra, e foram alvos de perseguição violenta dos dois regimes, acabam sendo rotulados de “nazistas” pelos socialistas, incapazes de argumentar além dos tolos rótulos de “extrema-esquerda” e “extrema-direita”. Tal postura insensata coloca, na cabeça dos socialistas, uma “direitista” como Margaret Thatcher mais próxima ideologicamente de um Hitler que este de Stalin, ainda que Thatcher tenha lutado para defender as liberdades individuais e reduzir o poder do Estado, enquanto Hitler e Stalin foram à direção contrária. O fim da propriedade privada de facto foi um objetivo perseguido tanto pelo nazismo como pelo socialismo, que depositaram no Estado o poder total. O liberalismo, em sua defesa pela liberdade individual cujo pilar básico é o direito de propriedade privada, é radicalmente oposto tanto ao nazismo como ao socialismo, que em muitos aspectos parecem irmãos de sangue.

A conexão ideológica entre socialismo marxista e nacional-socialismo não é fruto de fantasia, e Hitler mesmo leu Marx atentamente quando vivia em Munique, tendo enaltecido depois sua influência no nazismo. O próprio Hitler teria confessado: “Não sou apenas o vencedor do marxismo, sou seu realizador”. Hitler diz ainda: “Aprendi muito com o marxismo e não pretendo escondê-lo”. O terceiro Reich condenou abertamente o capitalismo e se declarou um socialista! Analisando algumas semelhanças, temos que para os nazistas, os grupos eram as raças; para os marxistas, eram as classes. Para os nazistas, o conflito era o darwinismo social; para os marxistas, a luta de classes. Para os nazistas, os vitoriosos predestinados eram os arianos; para os marxistas, o proletariado. Além da justificativa direta para o conflito, a ideologia de luta entre grupos desencadeia uma tendência perversa a dividir as pessoas em membros do grupo e excluídos, tratando estes como menos que humanos.

Os judeus para os nazistas e os kulaks para os comunistas eram como piolhos que deveriam ser eliminados. O próprio Lênin chegou a conclamar seus camaradas a esmagar os kulaks, pequenos proprietários, sem piedade alguma, enforcando-os de modo que todos pudessem ver. O extermínio dessa “escória” passa a ser desejável seja para o paraíso dos proletários ou da “raça” superior. Os individualistas, entrave para ambas as ideologias coletivistas, acabam num campo de concentração de Auchwitz ou num gulag da Sibéria, fazendo pouca diferença na prática. Na verdade, como lembra Besançon, “a deportação para os campos de trabalho foi inventada e sistematizada pelo regime soviético”. O nazismo apenas a copiou. Os primeiros campos foram abertos na Rússia em 1918, cerca de seis meses depois da tomada de poder por Lênin. É espantoso observar o ódio que o nazismo desperta enquanto o comunismo desfruta de extrema complacência, sendo ainda admirado abertamente por muitos. Ambos os regimes merecem igualmente o total desprezo e nojo por qualquer um que defenda a liberdade e a humanidade.

A acusação de que a Alemanha nazista era uma forma de capitalismo não se sustenta com um mínimo de reflexão. O “argumento” usado para tal acusação é de que os meios de produção estavam em mãos privadas na Alemanha. Isso era verdade somente nas aparências. A propriedade era privada de jure, mas era totalmente estatal de facto, da mesma forma que na União Soviética. O governo não só nomeava dirigentes de empresas como decidia o que seria produzido, em qual quantidade, por qual método, e para quem seria vendido, assim como os preços exercidos. Para quem tem um mínimo de conhecimento sobre os pilares de uma sociedade capitalista-liberal, não é difícil entender que o nazismo é o oposto deste modelo. Hitler teria dito: “Que significa ainda a propriedade e que significam as rendas? Para que precisamos nós socializar os bancos e as fábricas? Nós socializamos os homens”. Para os nazistas, assim como para os socialistas, é o “bem-comum” que importa, transformando indivíduos de carne e osso em simples meios sacrificáveis para tal objetivo. Para os liberais, ao contrário, cada indivíduo é um fim em si, e tem direito a buscar sua própria felicidade contanto que não invada a liberdade dos outros.

O programa do Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista que levou Hitler ao poder deixa claro as similaridades com o socialismo. O programa defendia a “obrigação do governo de prover aos cidadãos oportunidades adequadas de emprego e vida”. Alertava que “as atividades dos indivíduos não podem se chocar com os interesses da comunidade, devendo ficar limitadas e confinadas ao objetivo do bem geral”. Demandava o “fim do poder dos interesses financeiros”, assim como a “divisão dos lucros pelas grandes empresas”. Também demandava “uma grande expansão dos cuidados aos idosos”, e alegava que “o governo deve oferecer uma educação pública muito mais abrangente e subsidiar a educação das crianças com pais pobres”. Pregava uma “reforma agrária para que os pobres tivessem terra para plantar”. Combatia o “espírito materialista” e afirmava ser possível uma recuperação do povo “somente através da colocação do bem comum à frente do bem individual”. O meio defendido para tanto era o centralismo do poder. Tal como o socialismo, o nazismo era extremamente coletivista, anti-liberal e anti-capitalista.

Existem, na verdade, vários outros pontos que podemos listar para mostrar que o nazismo e o socialismo são muito parecidos, e não opostos como tantos acreditam. O fato de comunistas terem entrado em guerra com nazistas nada diz que invalide tal tese, já que comunistas brigaram sempre entre si também, e irmãos brigam uns com outros, ainda mais por poder. Disputavam o mesmo tipo de vítima, e não havia espaço para ambos. Antes de entrarem em guerra, tinham um pacto de cooperação, mas a disputa pelo poder dessas duas ideologias totalitárias falou mais alto. Apesar do liberalismo se opor com veemência a ambos os regimes, os socialistas adoram repetir, como autômatos, que liberais são parecidos com nazistas, apenas porque associam erradamente nazismo a capitalismo. Se ao menos soubessem como é o próprio socialismo que tanto se assemelha ao nazismo!

Para concluir, deixo o próprio Alain Besançon falar: “O comunismo é mais perverso que o nazismo porque ele não pede ao homem que atue conscientemente como um criminoso, mas, ao contrário, se serve do espírito de justiça e de bondade que se estendeu por toda a terra para difundir em toda a terra o mal. Cada experiência comunista é recomeçada na inocência.”

Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.

WALLYSON
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por WALLYSON » 19 Fev 2015 22:42

Nazismo era de esquerda.
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Carrapeta
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por Carrapeta » 19 Fev 2015 22:43

Tem esse aqui tb q é interessante


Nazismo: Esquerda ou Direita? – resposta a Cynara Menezes

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By Joel Pinheiro · On 26/05/2014

As discussões políticas da Internet têm uma batata quente que é jogada de colo em colo. Seu nome é Nazismo. Ninguém quer ficar com ela; a direita diz que o nazismo era de esquerda, socialista, filo-comunista; a esquerda acusa-o de direita, capitalista, liberal. E aí, quem tem razão?

O último lance desse jogo veio da Cynara Menezes, do blog Socialista Morena, que naturalmente vê o nazismo como algo da direita; mais especificamente, um movimento capitalista, posto que financiado por capitalistas.

“A ascensão do nazismo de Adolf Hitler na Alemanha e do fascismo de Benito Mussolini na Itália durante os anos 1920, 1930 e 1940 só foi possível com a colaboração e o suporte financeiro de grandes corporações ainda hoje poderosas: BMW, Fiat, IG Farben (Bayer), Volkswagen, Siemens, IBM, Chase Bank, Allianz… Sem contar, é claro, com os grupos de mídia.”

Tudo verdade. Mas daí a chamar o fascismo de “capitalista” vai um salto enorme.

É um infortúnio, não totalmente acidental, que o termo “capitalista” signifique duas coisas diferentes. Originalmente, “capitalista” é o detentor do capital, dos meios de produção: os donos de empresas, bancos e terras, os acionistas, etc. Mas desde que “capitalismo” passou, no século 19, a significar um sistema econômico (nome dado por seus opositores), “capitalista” significa também o defensor dessa causa política, que é, em poucas palavras, a liberdade de mercado.

Segundo Marx, a defesa do capitalismo era uma ideologia – uma construção teórica enganadora que justifica interesses de classe – burguesa, ou seja, da classe detentora do capital. Assim, os capitalistas – barões das empresas e das finanças – seriam naturalmente defensores do capitalismo, ideologia que justificava o sistema exploratório no qual eles lucravam.

A verdade, contudo, é mais complexa. A tendência geral é que os grandes empresários não sejam defensores da liberdade de mercado; pois ela não é de seu interesse. Eles querem garantir para si o direito de monopólio e o auxílio estatal, e estão numa situação melhor para influenciar a política do que seus competidores menores. Sem dúvida, eles raramente serão socialistas; a expropriação das empresas também não lhes interessa.

Fascismo e nazismo, bem como outros movimentos da época, iam ao encontro dos interesses de grandes empresas: garantiam-lhes privilégios via apadrinhamento estatal ao mesmo tempo em que continham a ameaça socialista. Por isso mesmo receberam apoio de tantas corporações.

Fascismo e socialismo sempre brigaram entre si. Mas era uma briga entre duas formas de coletivismo, nenhuma das quais era capitalista, ou seja, defensora do livre mercado. Brigavam tanto justamente por disputarem o mesmo público-alvo. Eram movimentos coletivistas numa época em que o liberalismo e o individualismo estavam quase mortos como proposta política. Muitos fascistas, aliás, vieram da militância socialista (Mussolini é o maior exemplo) e do movimento sindical. Diversos sindicatos eram fascistas e desempenharam papel importante na primeira fase do regime, que terminou por extingui-los.

É um erro, contudo, dizer que o fascismo ou o nazismo eram socialistas. Há diferenças importantes. O socialismo via na classe econômica, independentemente de fronteiras nacionais, a unidade social relevante; o fascismo, na raça ou na nação. O socialismo pregava a luta de classes, a derrubada do poder burguês; o fascismo pregava a harmonia entre classes no Estado e a luta contra o inimigo externo ou seus agentes infiltrados. Na economia, não queria estatizar tudo como fez a URSS; queria proteger a indústria, promover a autarquia produtiva ao invés do comércio internacional, formar grandes cartéis, coordenar as negociações entre trabalhadores e empresários, impor leis trabalhistas rígidas, investir pesado em obras estatais e exército. O modelo econômico do fascismo, mais do que socialista, era corporativista. Cada um no seu lugar, relações harmônicas entre os blocos com o Estado permeando tudo.

Os dois movimentos rivais tinham, aliás, um inimigo em comum: a economia liberal, a velha ordem “decadente”, o individualismo, os especuladores, os comerciantes, os banqueiros não-aliados ao regime. A perseguição nazista aos judeus tinha muito desse ódio à suposta classe especuladora e usurária (cobradora de juros). Opunham-se frontalmente ao livre comércio e à livre iniciativa e a todas as relações voluntárias e não-direcionadas a objetivos estatais. Em seu lugar, a identificação entre sociedade e Estado, o partido como definidor dos rumos da nação. “Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”, como diria Mussolini.

Apesar da derrota militar do fascismo, é curioso notar que a URSS e outros socialistas adotaram diversas características do antigo rival: o regime que começou com uma retórica internacionalista e revolucionária no campo dos costumes virou, sob Stalin, nacionalista, militarista, conservador e exaltador do grande líder, do pai da nação.

E então, nazismo é direita ou esquerda? Depende de como definimos os termos. Aliás, o livre mercado é direita ou esquerda? (Resposta: nenhum dos dois). Acho que há diferenças relevantes entre socialismo e nazismo para que eles não sejam identificados; embora haja também semelhanças que não devemos perder de vista. Seja como for, uma coisa podemos dizer com toda a certeza: nazismo e fascismo não tinham nada de capitalistas; combatiam o livre mercado com todas as forças. Não eram liberais nem na economia, nem nos costumes, nem na filosofia. Assim como muitos capitães de indústria também não eram e não são. Via de regra, capitalistas não são capitalistas. Tá na hora de atualizar nosso vocabulário.

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Fu Manchu
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por Fu Manchu » 19 Fev 2015 23:34

Economista falando de ciência política dá nisso.

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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por Lee Jun-Fan » 19 Fev 2015 23:37

Semaninha indo pro findi só com tópicos lights, rs.
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krokop
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por krokop » 19 Fev 2015 23:44

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"... and all you can talk about is the money and fairytales of eternal economic growth. How dare you?"
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por Shin » 20 Fev 2015 00:13

Excelentes textos.

Falei mais ou menos isso em outro tópico e nego quase me bateu. Como o nazismo tem hoje uma conotação amplamente aceita como negativa, muito socialista de tapete simplesmente não aceita que o comunismo marxista é tão nocivo quanto o nazismo e o fascismo, que se distinguem na essência mas são desconcertantemente semelhantes nos resultados.

O socialismo, a única ideologia que, inacreditavelmente, ainda encontra guarida em algumas mentes incautas, é apenas uma diferente causa para um reflexo muito semelhante aos do fascismo e nazismo. Embora estes últimos sejam fins em si mesmos e tenham como fundamentos o ódio entre nações e entre raças, respectivamente, enquanto o socialismo é um meio para o comunismo e pregue o ódio entre classes sociais, ambos os três regimes criam estados totalitários, manipuladores e sanguinários, com inimigos despersonificados e causas que, em última análise, só atendem aos fins pessoais daqueles que, antes de mais nada, querem o poder para si e são capazes das piores atrocidades inumanas para manter-se lá. Os três, no fim, buscavam extirpar cada qual um mal particular da sociedade capitalista, criando males incontáveis vezes piores no processo.

Para mim são todos de esquerda, sem dúvida. E muito mais semelhantes entre si que com o liberalismo clássico ou o neoliberalismo.

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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por Dance Comigo » 20 Fev 2015 00:52

O cara vem me por texto da Cynara Menezes aqui, tá de sacanagem... essa aí se o Lula passar a mão na carteira dela, ela lambe as bolas como agradecimento.
Uma refeição de verdade deve ser apreciada!

General Moscardo
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por General Moscardo » 20 Fev 2015 01:22

Rapaz, chamar nazismo de esquerda é o ápice da doença mental propagada pelo senhor Olavo de Carvalho e sua trupe aqui no Brasil.

Detalhe que nem o próprio Olavo considera Nazismo como esquerda, mas como extrema direita, que tem sim pontos de contato com a extrema esquerda.

É óbvio que tem semelhanças, como todo regime ditatorial, mas a essência de ambos é completamente diferente.

Só um liberal mesmo para querer comparar as duas coisas. Afinal, na mente deste qualquer coisa que interfira no desenvolvimento do maravilhoso capitalismo é um mal da mesma natureza.

O resto é tudo "detalhe".

General Moscardo
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por General Moscardo » 20 Fev 2015 01:23

Dance Comigo escreveu:O cara vem me por texto da Cynara Menezes aqui, tá de sacanagem... essa aí se o Lula passar a mão na carteira dela, ela lambe as bolas como agradecimento.
Por incrível que pareça o texto é sensato.

Dexter Morgan
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por Dexter Morgan » 20 Fev 2015 01:32

Fu Manchu escreveu:Economista falando de ciência política dá nisso.
:))

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Shin
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por Shin » 20 Fev 2015 01:33

General Moscardo escreveu:Rapaz, chamar nazismo de esquerda é o ápice da doença mental propagada pelo senhor Olavo de Carvalho e sua trupe aqui no Brasil.

Detalhe que nem o próprio Olavo considera Nazismo como esquerda, mas como extrema direita, que tem sim pontos de contato com a extrema esquerda.

É óbvio que tem semelhanças, como todo regime ditatorial, mas a essência de ambos é completamente diferente.

Só um liberal mesmo para querer comparar as duas coisas. Afinal, na mente deste qualquer coisa que interfira no desenvolvimento do maravilhoso capitalismo é um mal da mesma natureza.

O resto é tudo "detalhe".
Ápice da doença mental? Até hoje não há consenso acadêmico a respeito do posicionamento do nazismo no espectro político e, pra ti, falar que o regime foi de esquerda, mesmo diante dos argumentos do texto, que são todos verídicos e documentados, é o ápice da doença mental?

Por que? Se me permite perguntar...

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Qui-Gon Jinn
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por Qui-Gon Jinn » 20 Fev 2015 01:55

Lee Jun-Fan escreveu:Semaninha indo pro findi só com tópicos lights, rs.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk carnaval acabou a moçada chegou no ódio danado.
TEAM Sagraódio

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Czar
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por Czar » 20 Fev 2015 02:32

E então, nazismo é direita ou esquerda? Depende de como definimos os termos. Aliás, o livre mercado é direita ou esquerda? (Resposta: nenhum dos dois). Acho que há diferenças relevantes entre socialismo e nazismo para que eles não sejam identificados; embora haja também semelhanças que não devemos perder de vista. Seja como for, uma coisa podemos dizer com toda a certeza: nazismo e fascismo não tinham nada de capitalistas; combatiam o livre mercado com todas as forças. Não eram liberais nem na economia, nem nos costumes, nem na filosofia. Assim como muitos capitães de indústria também não eram e não são. Via de regra, capitalistas não são capitalistas. Tá na hora de atualizar nosso vocabulário.
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Troféu Lero-Lero pra esse cara! Falou, falou e não disse absolutamente nada.

Basicamente ele diz que o Nazismo não era liberalismo. Jura amigão? Isso tem tanta lógica quanto dizer que os garfos não são facas. O ponto aqui é discutir a posição de diferentes ideologias dentro de um espectro político, e é absolutamente evidente e incontestável que o nazi-fascismo é um regime de extrema direita, assim como o liberalismo político é de direita. Não extrema direita, mas de direita. Anarquismo e Socialismo são coisas monstruosamente diferentes entre si, mas ambas são de esquerda.

Nazismo não era pró-capitalista? Então aboliu a propriedade privada e o sistema de classes, e combateu a mais-valia? Ou se preocupou em fortalecer a burguesia nacional, tomando fábricas e capital de judeus e passando para alemães, e subsidiou via Estado a produção e garantiu o consumo (com os lucros permanecendo privados)? Tem coisas que são tão óbvias que dá preguiça explicar, mas o Nazismo surge na crise do pós-guerra, e se solidifica após a crise de 1929. Quem nesta época praticou o livre mercado, com o Estado deixando de intervir na economia e com o capital especulativo rolando a vontade?

É mais do que óbvio em ambos possuem elementos que são comuns entre si, posto que um espectro político sempre é relativo a um determinado contexto histórico, e se posicionam dentro de um determinado contexto comum de problemáticas. Mas o que definem estes elementos não é a forma como eles são tomados isoladamente, e sim como eles se articulam dentro de uma conjuntura ideológica. É ela que estabelece um telos, o que afinal, toda ideologia basicamente é.

A galera fora do Brasil não acredita de jeito nenhum que aqui os reacinhas são tão imbecis que chegam ao delírio que dizer que Nazismo é de Esquerda. Já tive que mandar textos, e mesmo assim muita gente duvida q são capazes de chegar a esse nível.

Tem gente que confunde totalitarismo com esquerda ou direita... meu Deus do céu, custa ler a porra do livro da Hannah Arendt antes de sair escrevendo merda na internet? Alias, custa ler alguma coisa séria sobre o Nazismo antes de falar merda? Nem precisa ler livros de milhares de páginas não, é só ler o próprio Mein Kampf, e ver o que o próprio Hitler pensava sobre Marx, o Socialismo e esquerda... (em tempo, as vezes que ele falava coisas como "nós é que somos os verdadeiros socialistas" era uma provocação, e tem um contexto, coisa que tem mais de 2 dígitos de QI consegue entender facilmente). Alias, o Socialismo Marxista não é a única forma de Socialismo, muito menos foram os primeiros a falar nisso.
"Hétero com orgulho" deve ser igual a um alcoólatra que está "limpo" há vários dias. O "hétero com orgulho" levanta de manhã, se olha no espelho, pega uma caneta, ou algo similar, e aí depois faz uma marquinha numa tabelinha com o nome "Dias sem dar o rabo". Dependendo da situação, sai gritando pela casa: - Que orgulho! Mas que orgulho, cara. Já são 15 dias sem dar o rabo. Que orgulho!

Essa é minha definição de "hétero com orgulho".

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Czar
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Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs

Mensagem por Czar » 20 Fev 2015 02:34

krokop escreveu:
phpBB [video]
Não precisa de mais nada...
"Hétero com orgulho" deve ser igual a um alcoólatra que está "limpo" há vários dias. O "hétero com orgulho" levanta de manhã, se olha no espelho, pega uma caneta, ou algo similar, e aí depois faz uma marquinha numa tabelinha com o nome "Dias sem dar o rabo". Dependendo da situação, sai gritando pela casa: - Que orgulho! Mas que orgulho, cara. Já são 15 dias sem dar o rabo. Que orgulho!

Essa é minha definição de "hétero com orgulho".

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