Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
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Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Guerra civil na Síria já tem mais de 170 mil mortos, diz ONG
Dados são do Observatório Sírio de Direitos Humanos.
População civil representa um terço das vítima.
Mais de 170 mil pessoas morreram no conflito civil iniciado em 2011 na Síria, um terço delas civis, anunciou nesta quinta-feira uma ONG.
"Desde que foi registrada a primeira vítima da revolução síria, no dia 18 de março de 2011 na província de Deraa (sul), foram documentadas as mortes de 171.509 pessoas", indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Entre os falecidos, há 56.495 civis, dos quais 9.092 crianças, de acordo com este novo balanço que informa sobre as vítimas do conflito até 8 de julho.
Outros 65.803 mortos são soldados do regime e milicianos pró-governamentais, e 46.301 são rebeldes que lutam pela queda do presidente Bashar al-Assad.
Entre os rebeldes há 15.422 estrangeiros, que viajaram ao país para se unir aos jihadistas e a grupos islamitas locais de oposição.
Por último, 2.910 vítimas não foram identificadas, segundo a ONG opositora.
Entre os mortos das forças leais ao governo há 39.036 soldados regulares, 24.655 milicianos, 509 combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah e outros 1.603 estrangeiros.
O Observatório, com sede na Inglaterra, conta com uma ampla rede de ativistas, médicos e advogados na Síria que informam sobre as vítimas. No entanto, a ONG afirma que o verdadeiro número de mortos dos dois lados provavelmente é muito maior.
Segundo o OSDH, o número de mortos é difícil de estimar porque "os dois grupos tentam ocultar suas verdadeiras perdas".
O Observatório acrescenta que foi perdida a pista de 20 mil pessoas detidas pelo governo e de 7 mil soldados regulares capturados pelos rebeldes.
Outras 2 mil pessoas estão atualmente nas mãos de grupos islamitas e, em particular, dos jihadistas do Estado Islâmico, acusadas de colaborar com o regime de Damasco.
O conflito sírio obrigou quase a metade da população do país a se deslocar.
Entre os falecidos, há 56.495 civis, dos quais 9.092 crianças, de acordo com este novo balanço que informa sobre as vítimas do conflito até 8 de julho.
Outros 65.803 mortos são soldados do regime e milicianos pró-governamentais, e 46.301 são rebeldes que lutam pela queda do presidente Bashar al-Assad.
Entre os rebeldes há 15.422 estrangeiros, que viajaram ao país para se unir aos jihadistas e a grupos islamitas locais de oposição.
Por último, 2.910 vítimas não foram identificadas, segundo a ONG opositora.
Entre os mortos das forças leais ao governo há 39.036 soldados regulares, 24.655 milicianos, 509 combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah e outros 1.603 estrangeiros.
O Observatório, com sede na Inglaterra, conta com uma ampla rede de ativistas, médicos e advogados na Síria que informam sobre as vítimas. No entanto, a ONG afirma que o verdadeiro número de mortos dos dois lados provavelmente é muito maior.
Segundo o OSDH, o número de mortos é difícil de estimar porque "os dois grupos tentam ocultar suas verdadeiras perdas".
O Observatório acrescenta que foi perdida a pista de 20 mil pessoas detidas pelo governo e de 7 mil soldados regulares capturados pelos rebeldes.
Outras 2 mil pessoas estão atualmente nas mãos de grupos islamitas e, em particular, dos jihadistas do Estado Islâmico, acusadas de colaborar com o regime de Damasco.
http://g1.globo.com/mundo/siria/noticia ... z-ong.html" onclick="window.open(this.href);return false;
De um lado do Conflito Sírio esta Assad e seu Exército e Milicias que o Apoiam!
Forças Armadas da Síria
Força: 250 mil na ativa; 11 milhões e 550 mil disponíveis na reserva, 9 milhões e 939 mil disponíveis na reserva preparados para o serviço.
Força nacional da síria, é importante cita-la não só por ser a principal força beligerante do lado do regime, mas também por ser um fator político relevante, ainda mais numa situação de guerra civil. Em guerras civis, não é incomum que soldados, oficiais e divisões inteiras mudem de lado. O exército sírio não foi muito desestabilizado pela tempestade política e continua sendo um dos pilares fundamentais do regime, o que é desde os anos ’60. É uma instituição apegada ao nacionalismo, ao baathismo e acima de tudo às figuras de Hafez e Bashar al-Assad (vale notar que Hafez representava uma “ala militar” do Partido Ba’ath que se sobressaiu na disputa de poder) As figuras política do regime também mantém um firme controle institucional no exército (talvez por isso a ausência de rebeliões).
Possuí indubitável superioridade logística, aérea e na artilharia em relação aos rebeldes. No entanto, sendo um exército de conscritos, a infantaria tem problemas de moral e competência. A extensão do exército gera em muitos casos uma certa falta de atenção material (financeira) e isso, aliado ao serviço obrigatório, gera tropas desmotivadas (são tropas cuja disposição se limita a tarefas fáceis). Em última instância esses problemas são um problema de lealdade. A moral baixa se reflete em combate e no trato com civis (que pode ser deteriorado).
Suqur al-Sahara (Falcões do Deserto)
Orientação: Nacionalismo, Baathismo
Força especial formada basicamente por veteranos e ex-oficiais, mas também por voluntários pro-regime. Apesar de seu vínculo com o exército, o grupo é independente e é considerado uma “tropa de elite” especializada em táticas de emboscada. Foi empregada em vários objetivos táticos especiais em diversos fronts, apesar de focar nas regiões desérticas próximas da Jordânia e do Iraque para cortar as linhas de fornecimento e comunicação dos rebeldes. São equipados com armas leves e médias. Surgiram na governadoria de Homs. Participaram em junho de 2013 na captura de Al-Qaryatayn, onde perderam um de seus comandantes. Também atuam na governadoria da Latakia, após a ofensiva rebelde no norte da região, com o grupo ajudando a tomar a posição estratégica da Torre 45, onde três de seus homens morreram.
Shabiha
O termo “shabiha” foi vulgarizado pela oposição na tendência de chamar qualquer grupo pro-regime de “shabiha” (mais ou menos como o regime chama todos os rebeldes de “takfiris” e “wahabis”).
O termo “Shabiha” vem de velhas gangues alawitas de contrabando costeiras (tinham origem nas montanhas da Latakia; contrabandeavam produtos do Líbano, geralmente não produzidos ou por alguma razão de controle estatal proibidos na Síria), algumas delas ligadas a um dos irmãos de Hafez Al-Assad (pai de Bashar), Fawwaz al-Assad (apesar disso, o primeiro Assad a se envolver com contrabando na Latakia foi o jovem Malek Al-Assad, filho de Ibrahim Al-Assad, meio-irmão mais velho de Hafez, que graças ao contrabando saiu da pobreza nos anos ’70). O crescimento da rede de contrabando fez ela se estender através da comunidade alawita e incluir sunitas de bairros pobres. Usado como definição de “gangsters alawitas” ou uma “rede alawita de contrabando”, as relações com membros da família Assad gerou novos significados. Fawwaz se destacou por se tornar o maior chefe de gangue da cidade ainda muito jovem, criando uma organização ampla (uma rede de gangues) junto com outros membros da família estendida (como Namir, primo de Hafez, e Numeir, primo de segundo grau dos filhos de Hafez) e que se destacavam pelo seu ”Tashbeeh” (“agir como um bandido”). Essa organização coesa, destacada e o comportamento criminoso, diferenciados das primeiras redes de contrabando, criaram um conceito de “shabiha” como um tipo de organização criminosa. A presença de membros da família Assad permitiria que eles operassem com impunidade. As gangues foram suprimidas por uma operação de Hafez Al-Assad e seu filho Basil Assad, no meio dos anos ’90. No entanto, no fim dos anos ’80, Fawwaz que já havia abandonado a vida do crime se tornara advogado e seguiu sua vida normalmente.
Em 2011 o governo teria estabelecido conexões com grupos criminosos para combater os rebeldes, inclusive antigos Shabihas. Um exemplo seria o clã sunita Berri de Aleppo, bem conectado e envolvido em atividades criminosas, que teve suas lideranças executadas por rebeldes em julho de 2012. Similar ao que teria acontecido na cidade de Idleb, onde gangues de sunitas apoiadores do regime fizeram o “trabalho sujo” até a chegada do exército. O termo, nesse sentido, também é usado para designar em geral grupos paramilitares que atacavam manifestações, com uma função de provocadores, “pitbulls” do regime que serviram de base para milícias posteriormente. Apesar das coisas não serem muito claras, a ideia é de que teriam um elemento criminoso (ligados ao mundo crime, ex-presidiários, velhos do antigo Shabiha, ligados a rede alawita etc) e ao mesmo tempo um vínculo de lealdade com o regime, mais precisamente um vínculo direto com a família Assad. São paramilitares de um tipo especial, armados e organizados por membros do círculo dos Assad (Baher Al-Assad, irmão de Bashar, teria encontrado pessoalmente os possíveis líderes para organizarem as milícias com as armas e o dinheiro que fosse necessário), com a funções de “trabalho sujo” para aterrorizar as forças da oposição (terrorismo contra os rebeldes). Portanto e de qualquer forma, os shabiha tem um caráter diferenciado daquele dos Comitês Populares, a margem da lei, para-estatal, clandestino, como um grupo de “capangas”. Muito se fala de características visuais de shabihas, de tipo de roupas, tênis, corte de cabelo e estilo de barba (fora a referência a um sotaque alawita da costa). Os shabihas alawitas são considerados extremamente leais e devotos (tal reputação de devoção aos seus líderes é compartilhada pelos shabihas do passado).
São diversas as acusações dirigidas contra esses grupos, uma delas a de atirarem em manifestantes na Latakia (que contrapartida não seriam da região e sim militantes islâmicos de organizações clandestinas como a Irmandade Muçulmana da Síria).
É importante não se enganar com a aplicação do termo para absolutamente qualquer apoiador de Assad.
Comitês Populares
Força: os números variam entre 2 e 5 mil combatentes
Grupos de auto-defesa, milícias de bairro. Emergiram inicialmente em bairros cristãos, armênios, druzos, alawitas, e xiitas, ou seja, como organismos de proteção de minorias ameaçadas pelos grupos radicais sunitas (sequestros, roubos, assassinatos, extorsões, etc). No entanto, também existem comitês populares sunitas. São comuns também em zonas cercadas por rebeldes, ou de grande atividade rebelde. De uma maneira geral, qualquer milícia de bairro pro-regime que se forma se torna um Comitê Popular de auto-defesa.
O governo sírio armou esses grupos que são responsáveis por checkpoints em seus distritos. Em zonas disputadas como Aleppo, o exército ofereceu armas para as minorias, o que faz parte de uma estratégia política de Assad de unir as minorias ao seu redor. Segundo o Strategy Page, se as minorias formam milícias para manter os rebeldes fora de seus bairros, a artilharia do exército não atacará esses bairros.
A organização de milícias cristãs chamou muito atenção na época, com algumas pessoas cometendo o erro de julgar que estas eram independentes do regime (não conheciam os Comitês Populares). Em agosto de 2012, o exército organizou a milícia cristã em Aleppo e no bairro de Jdeideh foram os primeiros a enfrentar os rebeldes. Quando uma bomba matou quatro oficiais do governo, inclusive o ministro da defesa cristão ortodoxo, General Dawoud Rajiha, pelo menos 200 AK-47s foram distribuídas num bairro cristão de Damasco. Os comitês são acusados de execuções extra-judiciais, retaliações contra civis e condução de vendetas, fora a acusação mais geral de “sectarismo”, “estímulo ao conflito sectário”(ex. um comitê de um bairro alawita ataca sunitas). Apesar das acusações, o seu caráter de auto-defesas territoriais o diferenciam dos Shabiha.
Os comitês populares são o tipo mais comum de milícia pro-Assad. Desde fins 2012 muitos Comitês Populares e grupos paramilitares irregulares vem sendo incorporados numa nova estrutura mais formal (com salários, equipamento militar, hierarquia, etc), coesa e organizada, a Força Nacional de Defesa. No entanto, muitos ainda existem na sua condição de milícias de bairro.
Brigadas Ba’ath
Orientação: Nacionalismo, Baathismo
Força: 7000 (em 2013)
Brigadas do Partido Ba’ath Sírio, o partido de Bashar Al-Assad que governa o país desde 1963. A iniciativa de 2012 partiu de Hilal Hilal, líder do partido em Aleppo, que criou a milícia para contrapor os rebeldes que haviam tomado metade da cidade no verão daquele ano. O papel inicial das milícias era de funções menores como a proteção de prédios públicos, mas suas tropas foram se expandindo e ganharam notoriedade com sucessos em áreas disputadas que eram negligenciadas pelo exército. São totalmente voluntários, ideologicamente comprometidos com o regime e bem treinados pelas tropas de elite da Guarda Republicana.
Atuam nas governadorias de Aleppo, Tartus, Damasco e Latakia. O processo de militarização dos quadros partidários deve continuar.
Possuem antecedentes em grupos paramilitares baathistas do passado, o chamado “Exército do Povo”.
São apontados como exemplos de sunitas seculares, pro-regime e que vão contra uma suposta lógica sectária do conflito (ou que algumas forças querem impor ao conflito).
São tropas tidas como altamente competentes e motivadas, de elevado moral, geralmente em contraposição ao exército regular. Entre várias conquistas heroicas celebradas pelo regime, recentemente (no início do ano) se destacaram como ponta de lança na ofensiva contra a cidade velha de Aleppo.
Compartilham conteúdo na internet, possuindo inclusive páginas no Facebook.
Jaysh al-Sha’bi (Exército do Povo)
Orientação: Baathismo
Força: 100 mil
O antigo braço paramilitar do Partido Ba’ath. Foram fundadas em 1963, mas é difícil definir claramente seu papel já que não está claro (pelo menos para o ocidente) até elas são separadas da Força Nacional de Defesa (e se são), criada mais recentemente. O mais razoável é dizer que, tratando a Força Nacional de Defesa de unificar as diversas milícias no país, atualmente estas milícias tenham passado pelo mesmo processo de incorporação.
Força Nacional de Defesa
Força: entre 80 e 100 mil combatentes
Muito conhecida pela sigla em inglês, “NDF”(National Defense Force), é uma guarda nacional organizada especialmente para a guerra, com serviço de caráter voluntário e temporário. Foi criada em 2012 e em 2013 para arregimentar diversas milícias, especialmente os Comitês Populares, numa única força nacional coesa sob o controle e a supervisão do exército sírio.
A intenção era criar uma força cujos soldados sejam altamente motivados e atuem na sua localidade. As milícias foram hierarquizadas e, diferente dos Shabiha, recebem equipamentos e salários do governo. O Irã foi fundamental na constituição da força, através de treinamento e assessoria (a FND sobre os moldes da milícia nacional iraniana, os Basij).
Muitos realmente consideram a Força Nacional como mais atrativa em relação ao exército, que além de ser objeto de desconfiança, é sobre-empregado e sub-valorizado (financeiramente). Um dos motivos de sua popularidade é o fato da maior parte das unidades operaram nos seus locais de origem. Diferentemente do exército, a FND é autorizada a recolher espólios do campo de batalha. Muitos aderem após ter um familiar morto por rebeldes, por pertencer a alguma minoria perseguida pelos islamistas ou simplesmente não aceitar um futuro sob a lei islâmica. Seu caráter é secular e tem uma grande quantidade de voluntários pertencentes às minorias.
A FND cumpriu um papel crucial ao melhorar a situação militar do governo no fim de 2012. Se tornou a principal força de infantaria, enfrentando diretamente os rebeldes, enquanto em muitos casos o exército está sendo deixado com as funções logísticas e de artilharia. Muitos oficiais do exército preferem as tropas da FND, mais motivadas e leais, para conduzir operações de infantaria. Frente a incompetência, a moral baixa e algumas deserções no exército, a Força Nacional o substituiu como principal força combatente.
Costumam colocar bastante conteúdo de propaganda na Internet. Seus vídeos costumam ser acompanhados por músicas nacionais ou “trilha sonora épica”, diferente dos cantos islâmicos que acompanham os vídeos rebeldes.
A Força Nacional possuí cerca de 500 mulheres (as “leoas”).
Liwa Abu al-Fadhal al-Abbas
Força: mais de 10 mil combatentes
Grupo xiita sírio. Atua desde 2012. É na prática uma confederação de auto-defesas xiitas. Sua função é principalmente defensiva, defendendo lugares sagrados dos xiitas sírios. Os voluntários xiitas iraquianos e de outras nacionalidades costumam se juntar e eles.
Brigada Haidar al-Karar
Força: por volta de 2 mil
Braço sírio do grupo paramilitar xiita iraquiano Asa’ib Ahl al-Haq (Rede Kazhali). Maior grupo insurgente xiita no Iraque. É patrocinado pelo Irã (aparentemente 5 milhões em dinheiro e armas, mensalmente) e mantém vínculos com o Hezbollah. São uma peça elementar na intervenção importante dos grupos xiitas na Síria, virando a balança a favor do regime.
Brigadas do Dia Prometido; Brigadas do Dia da Promessa
Grupo insurgente xiita do Iraque que enviou voluntários para Síria. É apoiado pelo Irã.
Organização Badr; Brigadas Badr
Força (na Síria): por volta de 1500
Partido político xiita iraquiano, com fortes vínculos com o Irã. Bem situado no interior do Estado iraquiano. Existem voluntários tanto nas regiões de Damasco e Aleppo. Tiveram importância na batalha pela cidade estratégia de Yabroud, 80km ao norte de Damasco.
Nota sobre as organizações xiitas iraquianas: a maioria delas retornou para o Iraque com o avanço do Estado Islãmico (ISIS) em seu país.
Resistência Síria (Frente Popular de Libertação da Liwa de Iskadrum)
Orientação: Nacionalista, marxista-leninista
Força: 2000
Atua no noroeste da Síria, é ativo desde 2011 e tem sua base de operações na Latakia, principal cidade portuária da síria, quinta maior cidade do país, é um centro manufatureiro e com uma população de por volta de 383 mil habitantes. As áreas onde atua são as Governadoria da Latakia e nos distritos de Homs, Ariha, Azaz e Jisr al-Shughur.
O movimento foi fundado por um turco alawita, Mihrac Ural (alias Ali Kayali). Foi um insurgente comunista na Turquia, desenvolveu vínculos com o governo sírio de Hafez Al-Assad e com o Partidos dos Trabalhadores Curdos. Atuava no vale de Beqaa (reduto de facções ligadas a Síria), foi preso mas conseguiu fugir da prisão em 1980, se exilando na Síria. De lá passou a dirigir um grupo comunista voltado para a libertação do Hatay/Iskadrum e re-anexa-lo a Síria, reivindicação histórica dos sírios. Foi ignorado pelo regime a partir de Bashar Al-Assad e sua normalização com Turquia.
No início do conflito em 2011, Kayali organizou jovens da comunidade alawita da Latakia para formar uma milícia capaz de manter os insurgentes sunitas ao norte da cidade, daí nasceu o movimento “Resistência Síria”. O movimento cresceu e fez incursões mais ousadas em outras regiões, como Homs.
O movimento se declara secular, mas tem uma base formada principalmente por alawitas e membros da seita majoritária do xiismo (“Twelver”, Ithna-’Ashariyya, os que acreditam nos 12 Imãs pós-Maomé; tem presença em vilarejos xiitas também). A oposição acusa o grupo de ser uma “milícia sectária”, de crimes contra sunitas e de Kayali estar por trás de ataques terroristas na Turquia.
Kayali está constantemente acompanhado por clérigos alawitas em suas aparições públicas. Apesar do grupo se declarar secular e ter um discurso fortemente nacionalista, não nega que um de seus objetivos principais é proteger os alawitas e os xiitas da violência sectária dos grupos sunitas (chamados negativamente “takfiris”). O grupo foi importante na libertação de muitas vilas alawitas do domínio rebelde, bem como combateu como força auxiliar em batalhas importantes na região. Tem uma forte presença na zona urbana e nas zonas rurais da Latakia, tendo um papel importante no controle das montanhas que rodeiam a cidade (e onde acontecem boa parte dos confrontos). Foi importante no rechaço de duas grandes ofensivas rebeldes na Latakia (2013 e 2014).
O clérigo alawita Sheikh Muwaffaq al-Ghazal é um dos principais apoiadores do grupo, tendo ele mesmo tomado parte em operações militares, “não como clérigo, mas como um combatente”(disse ele).
O grupo divulga material na internet (músicas, vídeos de combate, informativos, de eventos e de propaganda). Boa parte desse material é em homenagem a seus mártires, mas também existem vídeos de Ali Kayali falando para a câmera (o nome do grupo em árabe é المقاومة السورية caso queiram procurar na internet).
Exército de Libertação da Palestina (OLP)
Orientação: Anti-sionismo, nacionalismo árabe
Força (na Síria): 4500
Braço militar da OLP. Tem uma forte presença na Síria devido aos refugiados palestinos. Sua posição no conflito sírio é aparentemente vacilante, procurando servir mais como uma presença militar de apoio aos refugiados do que como força armada do regime.
Fatah al-Intifada
Orientação: anti-sionismo, solidariedade árabe
Outro grupo nacionalista palestino que apareceu no conflito sírio por causa da presença dos refugiados. Foi um grupo bastante apoiado pelos sírios no passado, além de ser rejeicionista (rejeitou os Acordos de Oslo). Pro-regime, o grupo faz checkpoints lealistas nas zonas palestinas e se opõe abertamente aos “terroristas takfiris”, isto é, os radicais sunitas.
Frente Popular de Libertação da Palestina – Comando Geral
Grupo palestino rejeicionista, originário da organização marxista-leninista Frente Popular de Libertação da Palestina e de orientação nacionalista, fundada e liderada por Ahmed Jibril. A organização se separou por ter uma visão militar mais radical. Tem sua base no Campo de Yarmouk, distrito de Damasco com a maior comunidade palestina da Síria. Lutaram por Yarmouk contra forças rebeldes até essa zona se tornar zona neutra. Alguns comandantes desertaram para o lado rebelde.
Nota sobre organizações palestinas: no caso do campo de Yarmouk, outras 11 organizações palestinas lutaram “a favor” do regime para expulsar os rebeldes do campo palestino.
Hezbollah
Orientação: Xiismo, Anti-Sionismo, Anti-imperialismo, Anti-Wahhabismo
Hezbollah é o partido libanês famoso por ter conduzido uma guerra de resistência contra Israel. É um dos principais inimigos de Israel e sempre foi muito próximo do regime sírio. São constantemente listados como as principais tropas auxiliares no conflito sírio e tem desempenhado um papel importantíssimo na sustentação (segundo alguns, “fundamental”) do regime sírio. Além do vínculo com o regime sírio, a defesa dos xiitas e a oposição ao wahabbismo (e um processo que eles consideram um produto israelense), o envolvimento do Hezbollah é uma resposta aos reflexos do conflito sírio no Líbano (que se manifesta inclusive na forma de grupos islamicos radicais). Constantemente voluntários do Hezbollah se dirigem a Síria, seja para combater como forças auxiliares, defenderem vilarejos xiitas ou fazer ataques independentes contra posições rebeldes. Em 2012, estimava-se por volta de 3 mil combatentes do Hezbollah em solo sírio, o que é uma estimativa sujeita a variações do fluxo de voluntários. Neste ano, cerca de 2 mil militantes foram combater em Aleppo. Seu envolvimento na guerra é polêmico dentro do próprio Partido, dentro das fronteiras do Líbano e na comunidade islãmica. Os rebeldes acusam o Hezbollah de ser uma “gangue de mercenários sob as ordens do Irã” e de ser “a razão pelo qual o regime ainda não foi derrubado”.
Suas tropas são bem equipadas e bem treinadas, além de experientes.
Ka’taib Hezbollah
Grupo xiita insurgente iraquiano. Possui alguns voluntários na Síria.
Houthis
Orientação: Xiismo, anti-imperialismo, anti-takfirismo, anti-sionismo
Insurgentes xiitas (Zaydi, que acreditam nos cincos Imãs pós-Maomé) do Yemen. Enviaram voluntários para a Síria através dos campos do Hezbollah no Líbano.
Possuí uma linha muito parecida com a do Hezbollah (apesar da diferença de ter um certo “componente clânico”) e sua existência é definida por conflitos com grupos radicais sunitas, salafistas e takfiris. Isso provavelmente motiva os voluntários na Síria, além da proteção da comunidade xiita local.
Partido Democrático Árabe
Orientação: Nacionalismo árabe, socialismo árabe, Pan-Arabismo
Partido libanês de composição alawita. Sempre manteve relações próximas com o Estado, o exército e partidos sírios. Suas forças paramilitares sempre estiveram em conflito com radicais sunitas hostis a Damasco e não é diferente com os reflexos do conflito sírio em solo libanês.
Jaysh al-Muwahhideen
Milícia de druzos, uma denominação religiosa singular de elementos sincréticos originária do xiismo ismaelita, que forma uma comunidade coesa de costumes distintos e que sempre teve que lidar com diversas formas de perseguição e marginalização. É alvo de grupos jihadistas radicais sunitas, sendo de uma maneira geral detestados ou no mínimo marginalizados pelo mundo islâmico como um todo.
Criado em 2013, seu objetivo é constituir uma auto-defesa em resposta aos ataques a civis druzos. Atua nas zonas druzas das governadorias de Damasco (Jabal al-Sheikh), Deraa, Aleppo e principalmente de Suayada, na “Montanha dos Árabes”, também conhecida como “Montanha dos Druzos”.
Ataques contra civis druzos ocorreram em Suwayda e Deraa, especialmente na forma de sequestros, mas também com terrorismo (bombas).
Apesar de sua linha de “só se defender” e não tomar parte em ofensivas, o grupo vem colaborando com o exército e organizações pro-regime, como os Comitês Populares, que podem atuar em suas áreas (diferente dos grupos rebeldes e jihadistas). O estabelecimento de Comitês Populares em zonas druzas mostram vínculos próximos entre o grupo e o exército. O grupo cumpre um papel importante junto as outras forças do regime no combate na frente de Deraa contra o grupo jihadista Jabhat Al-Nusra. Também fizeram elogios ao caráter não-sectário do exérito sírio e nas redes sociais constantemente mostram suas relações com Assad a nível simbólico (bandeiras sobrepostas, montagens, slogans anti-terroristas, esse tipo de coisa). Até então, diferente dos impulsos autonomistas dos curdos, os druzos tem re-afirmado sua lealdade ao regime e a nação da Síria. Muitos druzos servem no exército regular e os caídos são louvados pela milícia como mártires.
Guarda Nacionalista Árabe
Orientação: Pan-Arabismo, Secularismo, Anti-Sionismo, Anti-Colonialismo
Força: 1000
Organização pan-árabe com voluntários de vários países (Palestina, Egito, Iêmen, Líbano, Tunísia, Síria e Iraque). São nacionalistas com um forte componente secular e anti-sectário, de corte nasserista. Dizem lutar pela manutenção da nação árabe, não por Assad – dentro desta lógica combateram na Líbia e no Iraque contra as forças da OTAN. Suas unidades levam nome de próceres árabes como Nasser, Wadie Haddad (fundador da Frente Popular de Libertação da Palestina), Mohammed Brahmi (tunisio que fundou o movimento socialista e naiconalista “Movimento Popular” depois da derrubada de Ben Ali, sendo assassinado em julho de 2013 por islamistas), Jules Jammal (oficial naval sírio que afundou um navio francês na Crise deSuez, em ’56) e Haidar Al-Amali (pensador nacionalista árabe moderno proeminente, de origem libanesa e que morreu de ferimentos adquiridos na guerra contra a ocupação israelense no Líbano em 2006). Naturalmente, há Nasser, Assad, Saddam Hussein e uma homenagem ao Hezbollah. Fora as figuras árabes, também têm uma unidade com o nome “Hugo Chávez”. Possuem cerca de 50 unidades no total.
Cooperam com o exército e com a Força Nacional de Defesa, principalmente em funções de assessoria e treinamento (mais do que combate direto no front), atuando em regiões como Damasco, Homs, Daraa e Aleppo. Participaram de batalhas importantes nos subúrbios de Damasco, bem como em Ghouta e al-Qalamoun. Segundo seu líder, diferente do caso líbio ou iraquiano, o regime os suporta diretamente.
Possuí cerca de 70 mulheres em seus quadros. Mostrando o caráter ideológico e militante da organização, uma das mulheres é uma síria que declarou que preferiu se juntar a GNA ao invés do corpo feminino da FND porque “não é uma leoa”(nome das mulheres da FND), “mas sim uma nacionalista árabe”.
http://realismopolitico.com/2014/08/27/ ... -na-siria/" onclick="window.open(this.href);return false;
Grupos terroristas que lutam contra Assad:
Exército Livre da Síria: 40 a 50 mil
Brigada Ahfad al-Rasul: 10 000 - 15 000 combatentes
Frente Revolucionária Síria: 10 000 - 15 000
Frente Al-Nusra:6 000 – 10 000
Frente Islâmica:40 000 - 70 000 combatentes
Exército dos Mujahedins:12 000 combatente
Estado Islâmico do Iraque e do Levante: 50 000
Existem ainda outros grupos menores!
Dados são do Observatório Sírio de Direitos Humanos.
População civil representa um terço das vítima.
Mais de 170 mil pessoas morreram no conflito civil iniciado em 2011 na Síria, um terço delas civis, anunciou nesta quinta-feira uma ONG.
"Desde que foi registrada a primeira vítima da revolução síria, no dia 18 de março de 2011 na província de Deraa (sul), foram documentadas as mortes de 171.509 pessoas", indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Entre os falecidos, há 56.495 civis, dos quais 9.092 crianças, de acordo com este novo balanço que informa sobre as vítimas do conflito até 8 de julho.
Outros 65.803 mortos são soldados do regime e milicianos pró-governamentais, e 46.301 são rebeldes que lutam pela queda do presidente Bashar al-Assad.
Entre os rebeldes há 15.422 estrangeiros, que viajaram ao país para se unir aos jihadistas e a grupos islamitas locais de oposição.
Por último, 2.910 vítimas não foram identificadas, segundo a ONG opositora.
Entre os mortos das forças leais ao governo há 39.036 soldados regulares, 24.655 milicianos, 509 combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah e outros 1.603 estrangeiros.
O Observatório, com sede na Inglaterra, conta com uma ampla rede de ativistas, médicos e advogados na Síria que informam sobre as vítimas. No entanto, a ONG afirma que o verdadeiro número de mortos dos dois lados provavelmente é muito maior.
Segundo o OSDH, o número de mortos é difícil de estimar porque "os dois grupos tentam ocultar suas verdadeiras perdas".
O Observatório acrescenta que foi perdida a pista de 20 mil pessoas detidas pelo governo e de 7 mil soldados regulares capturados pelos rebeldes.
Outras 2 mil pessoas estão atualmente nas mãos de grupos islamitas e, em particular, dos jihadistas do Estado Islâmico, acusadas de colaborar com o regime de Damasco.
O conflito sírio obrigou quase a metade da população do país a se deslocar.
Entre os falecidos, há 56.495 civis, dos quais 9.092 crianças, de acordo com este novo balanço que informa sobre as vítimas do conflito até 8 de julho.
Outros 65.803 mortos são soldados do regime e milicianos pró-governamentais, e 46.301 são rebeldes que lutam pela queda do presidente Bashar al-Assad.
Entre os rebeldes há 15.422 estrangeiros, que viajaram ao país para se unir aos jihadistas e a grupos islamitas locais de oposição.
Por último, 2.910 vítimas não foram identificadas, segundo a ONG opositora.
Entre os mortos das forças leais ao governo há 39.036 soldados regulares, 24.655 milicianos, 509 combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah e outros 1.603 estrangeiros.
O Observatório, com sede na Inglaterra, conta com uma ampla rede de ativistas, médicos e advogados na Síria que informam sobre as vítimas. No entanto, a ONG afirma que o verdadeiro número de mortos dos dois lados provavelmente é muito maior.
Segundo o OSDH, o número de mortos é difícil de estimar porque "os dois grupos tentam ocultar suas verdadeiras perdas".
O Observatório acrescenta que foi perdida a pista de 20 mil pessoas detidas pelo governo e de 7 mil soldados regulares capturados pelos rebeldes.
Outras 2 mil pessoas estão atualmente nas mãos de grupos islamitas e, em particular, dos jihadistas do Estado Islâmico, acusadas de colaborar com o regime de Damasco.
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De um lado do Conflito Sírio esta Assad e seu Exército e Milicias que o Apoiam!
Forças Armadas da Síria
Força: 250 mil na ativa; 11 milhões e 550 mil disponíveis na reserva, 9 milhões e 939 mil disponíveis na reserva preparados para o serviço.
Força nacional da síria, é importante cita-la não só por ser a principal força beligerante do lado do regime, mas também por ser um fator político relevante, ainda mais numa situação de guerra civil. Em guerras civis, não é incomum que soldados, oficiais e divisões inteiras mudem de lado. O exército sírio não foi muito desestabilizado pela tempestade política e continua sendo um dos pilares fundamentais do regime, o que é desde os anos ’60. É uma instituição apegada ao nacionalismo, ao baathismo e acima de tudo às figuras de Hafez e Bashar al-Assad (vale notar que Hafez representava uma “ala militar” do Partido Ba’ath que se sobressaiu na disputa de poder) As figuras política do regime também mantém um firme controle institucional no exército (talvez por isso a ausência de rebeliões).
Possuí indubitável superioridade logística, aérea e na artilharia em relação aos rebeldes. No entanto, sendo um exército de conscritos, a infantaria tem problemas de moral e competência. A extensão do exército gera em muitos casos uma certa falta de atenção material (financeira) e isso, aliado ao serviço obrigatório, gera tropas desmotivadas (são tropas cuja disposição se limita a tarefas fáceis). Em última instância esses problemas são um problema de lealdade. A moral baixa se reflete em combate e no trato com civis (que pode ser deteriorado).
Suqur al-Sahara (Falcões do Deserto)
Orientação: Nacionalismo, Baathismo
Força especial formada basicamente por veteranos e ex-oficiais, mas também por voluntários pro-regime. Apesar de seu vínculo com o exército, o grupo é independente e é considerado uma “tropa de elite” especializada em táticas de emboscada. Foi empregada em vários objetivos táticos especiais em diversos fronts, apesar de focar nas regiões desérticas próximas da Jordânia e do Iraque para cortar as linhas de fornecimento e comunicação dos rebeldes. São equipados com armas leves e médias. Surgiram na governadoria de Homs. Participaram em junho de 2013 na captura de Al-Qaryatayn, onde perderam um de seus comandantes. Também atuam na governadoria da Latakia, após a ofensiva rebelde no norte da região, com o grupo ajudando a tomar a posição estratégica da Torre 45, onde três de seus homens morreram.
Shabiha
O termo “shabiha” foi vulgarizado pela oposição na tendência de chamar qualquer grupo pro-regime de “shabiha” (mais ou menos como o regime chama todos os rebeldes de “takfiris” e “wahabis”).
O termo “Shabiha” vem de velhas gangues alawitas de contrabando costeiras (tinham origem nas montanhas da Latakia; contrabandeavam produtos do Líbano, geralmente não produzidos ou por alguma razão de controle estatal proibidos na Síria), algumas delas ligadas a um dos irmãos de Hafez Al-Assad (pai de Bashar), Fawwaz al-Assad (apesar disso, o primeiro Assad a se envolver com contrabando na Latakia foi o jovem Malek Al-Assad, filho de Ibrahim Al-Assad, meio-irmão mais velho de Hafez, que graças ao contrabando saiu da pobreza nos anos ’70). O crescimento da rede de contrabando fez ela se estender através da comunidade alawita e incluir sunitas de bairros pobres. Usado como definição de “gangsters alawitas” ou uma “rede alawita de contrabando”, as relações com membros da família Assad gerou novos significados. Fawwaz se destacou por se tornar o maior chefe de gangue da cidade ainda muito jovem, criando uma organização ampla (uma rede de gangues) junto com outros membros da família estendida (como Namir, primo de Hafez, e Numeir, primo de segundo grau dos filhos de Hafez) e que se destacavam pelo seu ”Tashbeeh” (“agir como um bandido”). Essa organização coesa, destacada e o comportamento criminoso, diferenciados das primeiras redes de contrabando, criaram um conceito de “shabiha” como um tipo de organização criminosa. A presença de membros da família Assad permitiria que eles operassem com impunidade. As gangues foram suprimidas por uma operação de Hafez Al-Assad e seu filho Basil Assad, no meio dos anos ’90. No entanto, no fim dos anos ’80, Fawwaz que já havia abandonado a vida do crime se tornara advogado e seguiu sua vida normalmente.
Em 2011 o governo teria estabelecido conexões com grupos criminosos para combater os rebeldes, inclusive antigos Shabihas. Um exemplo seria o clã sunita Berri de Aleppo, bem conectado e envolvido em atividades criminosas, que teve suas lideranças executadas por rebeldes em julho de 2012. Similar ao que teria acontecido na cidade de Idleb, onde gangues de sunitas apoiadores do regime fizeram o “trabalho sujo” até a chegada do exército. O termo, nesse sentido, também é usado para designar em geral grupos paramilitares que atacavam manifestações, com uma função de provocadores, “pitbulls” do regime que serviram de base para milícias posteriormente. Apesar das coisas não serem muito claras, a ideia é de que teriam um elemento criminoso (ligados ao mundo crime, ex-presidiários, velhos do antigo Shabiha, ligados a rede alawita etc) e ao mesmo tempo um vínculo de lealdade com o regime, mais precisamente um vínculo direto com a família Assad. São paramilitares de um tipo especial, armados e organizados por membros do círculo dos Assad (Baher Al-Assad, irmão de Bashar, teria encontrado pessoalmente os possíveis líderes para organizarem as milícias com as armas e o dinheiro que fosse necessário), com a funções de “trabalho sujo” para aterrorizar as forças da oposição (terrorismo contra os rebeldes). Portanto e de qualquer forma, os shabiha tem um caráter diferenciado daquele dos Comitês Populares, a margem da lei, para-estatal, clandestino, como um grupo de “capangas”. Muito se fala de características visuais de shabihas, de tipo de roupas, tênis, corte de cabelo e estilo de barba (fora a referência a um sotaque alawita da costa). Os shabihas alawitas são considerados extremamente leais e devotos (tal reputação de devoção aos seus líderes é compartilhada pelos shabihas do passado).
São diversas as acusações dirigidas contra esses grupos, uma delas a de atirarem em manifestantes na Latakia (que contrapartida não seriam da região e sim militantes islâmicos de organizações clandestinas como a Irmandade Muçulmana da Síria).
É importante não se enganar com a aplicação do termo para absolutamente qualquer apoiador de Assad.
Comitês Populares
Força: os números variam entre 2 e 5 mil combatentes
Grupos de auto-defesa, milícias de bairro. Emergiram inicialmente em bairros cristãos, armênios, druzos, alawitas, e xiitas, ou seja, como organismos de proteção de minorias ameaçadas pelos grupos radicais sunitas (sequestros, roubos, assassinatos, extorsões, etc). No entanto, também existem comitês populares sunitas. São comuns também em zonas cercadas por rebeldes, ou de grande atividade rebelde. De uma maneira geral, qualquer milícia de bairro pro-regime que se forma se torna um Comitê Popular de auto-defesa.
O governo sírio armou esses grupos que são responsáveis por checkpoints em seus distritos. Em zonas disputadas como Aleppo, o exército ofereceu armas para as minorias, o que faz parte de uma estratégia política de Assad de unir as minorias ao seu redor. Segundo o Strategy Page, se as minorias formam milícias para manter os rebeldes fora de seus bairros, a artilharia do exército não atacará esses bairros.
A organização de milícias cristãs chamou muito atenção na época, com algumas pessoas cometendo o erro de julgar que estas eram independentes do regime (não conheciam os Comitês Populares). Em agosto de 2012, o exército organizou a milícia cristã em Aleppo e no bairro de Jdeideh foram os primeiros a enfrentar os rebeldes. Quando uma bomba matou quatro oficiais do governo, inclusive o ministro da defesa cristão ortodoxo, General Dawoud Rajiha, pelo menos 200 AK-47s foram distribuídas num bairro cristão de Damasco. Os comitês são acusados de execuções extra-judiciais, retaliações contra civis e condução de vendetas, fora a acusação mais geral de “sectarismo”, “estímulo ao conflito sectário”(ex. um comitê de um bairro alawita ataca sunitas). Apesar das acusações, o seu caráter de auto-defesas territoriais o diferenciam dos Shabiha.
Os comitês populares são o tipo mais comum de milícia pro-Assad. Desde fins 2012 muitos Comitês Populares e grupos paramilitares irregulares vem sendo incorporados numa nova estrutura mais formal (com salários, equipamento militar, hierarquia, etc), coesa e organizada, a Força Nacional de Defesa. No entanto, muitos ainda existem na sua condição de milícias de bairro.
Brigadas Ba’ath
Orientação: Nacionalismo, Baathismo
Força: 7000 (em 2013)
Brigadas do Partido Ba’ath Sírio, o partido de Bashar Al-Assad que governa o país desde 1963. A iniciativa de 2012 partiu de Hilal Hilal, líder do partido em Aleppo, que criou a milícia para contrapor os rebeldes que haviam tomado metade da cidade no verão daquele ano. O papel inicial das milícias era de funções menores como a proteção de prédios públicos, mas suas tropas foram se expandindo e ganharam notoriedade com sucessos em áreas disputadas que eram negligenciadas pelo exército. São totalmente voluntários, ideologicamente comprometidos com o regime e bem treinados pelas tropas de elite da Guarda Republicana.
Atuam nas governadorias de Aleppo, Tartus, Damasco e Latakia. O processo de militarização dos quadros partidários deve continuar.
Possuem antecedentes em grupos paramilitares baathistas do passado, o chamado “Exército do Povo”.
São apontados como exemplos de sunitas seculares, pro-regime e que vão contra uma suposta lógica sectária do conflito (ou que algumas forças querem impor ao conflito).
São tropas tidas como altamente competentes e motivadas, de elevado moral, geralmente em contraposição ao exército regular. Entre várias conquistas heroicas celebradas pelo regime, recentemente (no início do ano) se destacaram como ponta de lança na ofensiva contra a cidade velha de Aleppo.
Compartilham conteúdo na internet, possuindo inclusive páginas no Facebook.
Jaysh al-Sha’bi (Exército do Povo)
Orientação: Baathismo
Força: 100 mil
O antigo braço paramilitar do Partido Ba’ath. Foram fundadas em 1963, mas é difícil definir claramente seu papel já que não está claro (pelo menos para o ocidente) até elas são separadas da Força Nacional de Defesa (e se são), criada mais recentemente. O mais razoável é dizer que, tratando a Força Nacional de Defesa de unificar as diversas milícias no país, atualmente estas milícias tenham passado pelo mesmo processo de incorporação.
Força Nacional de Defesa
Força: entre 80 e 100 mil combatentes
Muito conhecida pela sigla em inglês, “NDF”(National Defense Force), é uma guarda nacional organizada especialmente para a guerra, com serviço de caráter voluntário e temporário. Foi criada em 2012 e em 2013 para arregimentar diversas milícias, especialmente os Comitês Populares, numa única força nacional coesa sob o controle e a supervisão do exército sírio.
A intenção era criar uma força cujos soldados sejam altamente motivados e atuem na sua localidade. As milícias foram hierarquizadas e, diferente dos Shabiha, recebem equipamentos e salários do governo. O Irã foi fundamental na constituição da força, através de treinamento e assessoria (a FND sobre os moldes da milícia nacional iraniana, os Basij).
Muitos realmente consideram a Força Nacional como mais atrativa em relação ao exército, que além de ser objeto de desconfiança, é sobre-empregado e sub-valorizado (financeiramente). Um dos motivos de sua popularidade é o fato da maior parte das unidades operaram nos seus locais de origem. Diferentemente do exército, a FND é autorizada a recolher espólios do campo de batalha. Muitos aderem após ter um familiar morto por rebeldes, por pertencer a alguma minoria perseguida pelos islamistas ou simplesmente não aceitar um futuro sob a lei islâmica. Seu caráter é secular e tem uma grande quantidade de voluntários pertencentes às minorias.
A FND cumpriu um papel crucial ao melhorar a situação militar do governo no fim de 2012. Se tornou a principal força de infantaria, enfrentando diretamente os rebeldes, enquanto em muitos casos o exército está sendo deixado com as funções logísticas e de artilharia. Muitos oficiais do exército preferem as tropas da FND, mais motivadas e leais, para conduzir operações de infantaria. Frente a incompetência, a moral baixa e algumas deserções no exército, a Força Nacional o substituiu como principal força combatente.
Costumam colocar bastante conteúdo de propaganda na Internet. Seus vídeos costumam ser acompanhados por músicas nacionais ou “trilha sonora épica”, diferente dos cantos islâmicos que acompanham os vídeos rebeldes.
A Força Nacional possuí cerca de 500 mulheres (as “leoas”).
Liwa Abu al-Fadhal al-Abbas
Força: mais de 10 mil combatentes
Grupo xiita sírio. Atua desde 2012. É na prática uma confederação de auto-defesas xiitas. Sua função é principalmente defensiva, defendendo lugares sagrados dos xiitas sírios. Os voluntários xiitas iraquianos e de outras nacionalidades costumam se juntar e eles.
Brigada Haidar al-Karar
Força: por volta de 2 mil
Braço sírio do grupo paramilitar xiita iraquiano Asa’ib Ahl al-Haq (Rede Kazhali). Maior grupo insurgente xiita no Iraque. É patrocinado pelo Irã (aparentemente 5 milhões em dinheiro e armas, mensalmente) e mantém vínculos com o Hezbollah. São uma peça elementar na intervenção importante dos grupos xiitas na Síria, virando a balança a favor do regime.
Brigadas do Dia Prometido; Brigadas do Dia da Promessa
Grupo insurgente xiita do Iraque que enviou voluntários para Síria. É apoiado pelo Irã.
Organização Badr; Brigadas Badr
Força (na Síria): por volta de 1500
Partido político xiita iraquiano, com fortes vínculos com o Irã. Bem situado no interior do Estado iraquiano. Existem voluntários tanto nas regiões de Damasco e Aleppo. Tiveram importância na batalha pela cidade estratégia de Yabroud, 80km ao norte de Damasco.
Nota sobre as organizações xiitas iraquianas: a maioria delas retornou para o Iraque com o avanço do Estado Islãmico (ISIS) em seu país.
Resistência Síria (Frente Popular de Libertação da Liwa de Iskadrum)
Orientação: Nacionalista, marxista-leninista
Força: 2000
Atua no noroeste da Síria, é ativo desde 2011 e tem sua base de operações na Latakia, principal cidade portuária da síria, quinta maior cidade do país, é um centro manufatureiro e com uma população de por volta de 383 mil habitantes. As áreas onde atua são as Governadoria da Latakia e nos distritos de Homs, Ariha, Azaz e Jisr al-Shughur.
O movimento foi fundado por um turco alawita, Mihrac Ural (alias Ali Kayali). Foi um insurgente comunista na Turquia, desenvolveu vínculos com o governo sírio de Hafez Al-Assad e com o Partidos dos Trabalhadores Curdos. Atuava no vale de Beqaa (reduto de facções ligadas a Síria), foi preso mas conseguiu fugir da prisão em 1980, se exilando na Síria. De lá passou a dirigir um grupo comunista voltado para a libertação do Hatay/Iskadrum e re-anexa-lo a Síria, reivindicação histórica dos sírios. Foi ignorado pelo regime a partir de Bashar Al-Assad e sua normalização com Turquia.
No início do conflito em 2011, Kayali organizou jovens da comunidade alawita da Latakia para formar uma milícia capaz de manter os insurgentes sunitas ao norte da cidade, daí nasceu o movimento “Resistência Síria”. O movimento cresceu e fez incursões mais ousadas em outras regiões, como Homs.
O movimento se declara secular, mas tem uma base formada principalmente por alawitas e membros da seita majoritária do xiismo (“Twelver”, Ithna-’Ashariyya, os que acreditam nos 12 Imãs pós-Maomé; tem presença em vilarejos xiitas também). A oposição acusa o grupo de ser uma “milícia sectária”, de crimes contra sunitas e de Kayali estar por trás de ataques terroristas na Turquia.
Kayali está constantemente acompanhado por clérigos alawitas em suas aparições públicas. Apesar do grupo se declarar secular e ter um discurso fortemente nacionalista, não nega que um de seus objetivos principais é proteger os alawitas e os xiitas da violência sectária dos grupos sunitas (chamados negativamente “takfiris”). O grupo foi importante na libertação de muitas vilas alawitas do domínio rebelde, bem como combateu como força auxiliar em batalhas importantes na região. Tem uma forte presença na zona urbana e nas zonas rurais da Latakia, tendo um papel importante no controle das montanhas que rodeiam a cidade (e onde acontecem boa parte dos confrontos). Foi importante no rechaço de duas grandes ofensivas rebeldes na Latakia (2013 e 2014).
O clérigo alawita Sheikh Muwaffaq al-Ghazal é um dos principais apoiadores do grupo, tendo ele mesmo tomado parte em operações militares, “não como clérigo, mas como um combatente”(disse ele).
O grupo divulga material na internet (músicas, vídeos de combate, informativos, de eventos e de propaganda). Boa parte desse material é em homenagem a seus mártires, mas também existem vídeos de Ali Kayali falando para a câmera (o nome do grupo em árabe é المقاومة السورية caso queiram procurar na internet).
Exército de Libertação da Palestina (OLP)
Orientação: Anti-sionismo, nacionalismo árabe
Força (na Síria): 4500
Braço militar da OLP. Tem uma forte presença na Síria devido aos refugiados palestinos. Sua posição no conflito sírio é aparentemente vacilante, procurando servir mais como uma presença militar de apoio aos refugiados do que como força armada do regime.
Fatah al-Intifada
Orientação: anti-sionismo, solidariedade árabe
Outro grupo nacionalista palestino que apareceu no conflito sírio por causa da presença dos refugiados. Foi um grupo bastante apoiado pelos sírios no passado, além de ser rejeicionista (rejeitou os Acordos de Oslo). Pro-regime, o grupo faz checkpoints lealistas nas zonas palestinas e se opõe abertamente aos “terroristas takfiris”, isto é, os radicais sunitas.
Frente Popular de Libertação da Palestina – Comando Geral
Grupo palestino rejeicionista, originário da organização marxista-leninista Frente Popular de Libertação da Palestina e de orientação nacionalista, fundada e liderada por Ahmed Jibril. A organização se separou por ter uma visão militar mais radical. Tem sua base no Campo de Yarmouk, distrito de Damasco com a maior comunidade palestina da Síria. Lutaram por Yarmouk contra forças rebeldes até essa zona se tornar zona neutra. Alguns comandantes desertaram para o lado rebelde.
Nota sobre organizações palestinas: no caso do campo de Yarmouk, outras 11 organizações palestinas lutaram “a favor” do regime para expulsar os rebeldes do campo palestino.
Hezbollah
Orientação: Xiismo, Anti-Sionismo, Anti-imperialismo, Anti-Wahhabismo
Hezbollah é o partido libanês famoso por ter conduzido uma guerra de resistência contra Israel. É um dos principais inimigos de Israel e sempre foi muito próximo do regime sírio. São constantemente listados como as principais tropas auxiliares no conflito sírio e tem desempenhado um papel importantíssimo na sustentação (segundo alguns, “fundamental”) do regime sírio. Além do vínculo com o regime sírio, a defesa dos xiitas e a oposição ao wahabbismo (e um processo que eles consideram um produto israelense), o envolvimento do Hezbollah é uma resposta aos reflexos do conflito sírio no Líbano (que se manifesta inclusive na forma de grupos islamicos radicais). Constantemente voluntários do Hezbollah se dirigem a Síria, seja para combater como forças auxiliares, defenderem vilarejos xiitas ou fazer ataques independentes contra posições rebeldes. Em 2012, estimava-se por volta de 3 mil combatentes do Hezbollah em solo sírio, o que é uma estimativa sujeita a variações do fluxo de voluntários. Neste ano, cerca de 2 mil militantes foram combater em Aleppo. Seu envolvimento na guerra é polêmico dentro do próprio Partido, dentro das fronteiras do Líbano e na comunidade islãmica. Os rebeldes acusam o Hezbollah de ser uma “gangue de mercenários sob as ordens do Irã” e de ser “a razão pelo qual o regime ainda não foi derrubado”.
Suas tropas são bem equipadas e bem treinadas, além de experientes.
Ka’taib Hezbollah
Grupo xiita insurgente iraquiano. Possui alguns voluntários na Síria.
Houthis
Orientação: Xiismo, anti-imperialismo, anti-takfirismo, anti-sionismo
Insurgentes xiitas (Zaydi, que acreditam nos cincos Imãs pós-Maomé) do Yemen. Enviaram voluntários para a Síria através dos campos do Hezbollah no Líbano.
Possuí uma linha muito parecida com a do Hezbollah (apesar da diferença de ter um certo “componente clânico”) e sua existência é definida por conflitos com grupos radicais sunitas, salafistas e takfiris. Isso provavelmente motiva os voluntários na Síria, além da proteção da comunidade xiita local.
Partido Democrático Árabe
Orientação: Nacionalismo árabe, socialismo árabe, Pan-Arabismo
Partido libanês de composição alawita. Sempre manteve relações próximas com o Estado, o exército e partidos sírios. Suas forças paramilitares sempre estiveram em conflito com radicais sunitas hostis a Damasco e não é diferente com os reflexos do conflito sírio em solo libanês.
Jaysh al-Muwahhideen
Milícia de druzos, uma denominação religiosa singular de elementos sincréticos originária do xiismo ismaelita, que forma uma comunidade coesa de costumes distintos e que sempre teve que lidar com diversas formas de perseguição e marginalização. É alvo de grupos jihadistas radicais sunitas, sendo de uma maneira geral detestados ou no mínimo marginalizados pelo mundo islâmico como um todo.
Criado em 2013, seu objetivo é constituir uma auto-defesa em resposta aos ataques a civis druzos. Atua nas zonas druzas das governadorias de Damasco (Jabal al-Sheikh), Deraa, Aleppo e principalmente de Suayada, na “Montanha dos Árabes”, também conhecida como “Montanha dos Druzos”.
Ataques contra civis druzos ocorreram em Suwayda e Deraa, especialmente na forma de sequestros, mas também com terrorismo (bombas).
Apesar de sua linha de “só se defender” e não tomar parte em ofensivas, o grupo vem colaborando com o exército e organizações pro-regime, como os Comitês Populares, que podem atuar em suas áreas (diferente dos grupos rebeldes e jihadistas). O estabelecimento de Comitês Populares em zonas druzas mostram vínculos próximos entre o grupo e o exército. O grupo cumpre um papel importante junto as outras forças do regime no combate na frente de Deraa contra o grupo jihadista Jabhat Al-Nusra. Também fizeram elogios ao caráter não-sectário do exérito sírio e nas redes sociais constantemente mostram suas relações com Assad a nível simbólico (bandeiras sobrepostas, montagens, slogans anti-terroristas, esse tipo de coisa). Até então, diferente dos impulsos autonomistas dos curdos, os druzos tem re-afirmado sua lealdade ao regime e a nação da Síria. Muitos druzos servem no exército regular e os caídos são louvados pela milícia como mártires.
Guarda Nacionalista Árabe
Orientação: Pan-Arabismo, Secularismo, Anti-Sionismo, Anti-Colonialismo
Força: 1000
Organização pan-árabe com voluntários de vários países (Palestina, Egito, Iêmen, Líbano, Tunísia, Síria e Iraque). São nacionalistas com um forte componente secular e anti-sectário, de corte nasserista. Dizem lutar pela manutenção da nação árabe, não por Assad – dentro desta lógica combateram na Líbia e no Iraque contra as forças da OTAN. Suas unidades levam nome de próceres árabes como Nasser, Wadie Haddad (fundador da Frente Popular de Libertação da Palestina), Mohammed Brahmi (tunisio que fundou o movimento socialista e naiconalista “Movimento Popular” depois da derrubada de Ben Ali, sendo assassinado em julho de 2013 por islamistas), Jules Jammal (oficial naval sírio que afundou um navio francês na Crise deSuez, em ’56) e Haidar Al-Amali (pensador nacionalista árabe moderno proeminente, de origem libanesa e que morreu de ferimentos adquiridos na guerra contra a ocupação israelense no Líbano em 2006). Naturalmente, há Nasser, Assad, Saddam Hussein e uma homenagem ao Hezbollah. Fora as figuras árabes, também têm uma unidade com o nome “Hugo Chávez”. Possuem cerca de 50 unidades no total.
Cooperam com o exército e com a Força Nacional de Defesa, principalmente em funções de assessoria e treinamento (mais do que combate direto no front), atuando em regiões como Damasco, Homs, Daraa e Aleppo. Participaram de batalhas importantes nos subúrbios de Damasco, bem como em Ghouta e al-Qalamoun. Segundo seu líder, diferente do caso líbio ou iraquiano, o regime os suporta diretamente.
Possuí cerca de 70 mulheres em seus quadros. Mostrando o caráter ideológico e militante da organização, uma das mulheres é uma síria que declarou que preferiu se juntar a GNA ao invés do corpo feminino da FND porque “não é uma leoa”(nome das mulheres da FND), “mas sim uma nacionalista árabe”.
http://realismopolitico.com/2014/08/27/ ... -na-siria/" onclick="window.open(this.href);return false;
Grupos terroristas que lutam contra Assad:
Exército Livre da Síria: 40 a 50 mil
Brigada Ahfad al-Rasul: 10 000 - 15 000 combatentes
Frente Revolucionária Síria: 10 000 - 15 000
Frente Al-Nusra:6 000 – 10 000
Frente Islâmica:40 000 - 70 000 combatentes
Exército dos Mujahedins:12 000 combatente
Estado Islâmico do Iraque e do Levante: 50 000
Existem ainda outros grupos menores!
Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
valeu pelo topico. Acompanhando.
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Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Estado Islâmico do Iraque e do Levante
Estado Islâmico (em árabe: الدولة الإسلامية ad-Dawlah al-ʾIslāmiyyah), vulgarmente designado pela mídia ocidental como Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL; em inglês: Islamic State of Iraq and the Levant - ISIL) ou Estado Islâmico do Iraque e da Síria (EIIS; em inglês: Islamic State in Iraq and Syria - ISIS) é um grupo jihadista no Oriente Médio. Em seu Estado, auto-proclamado como um califado, afirma autoridade religiosa sobre todos os muçulmanos do mundo e aspira tomar o controle de muitas outras regiões de maioria islâmica, a começar pelo território da região do Levante, que inclui Jordânia, Israel, Palestina, Líbano, Chipre e Hatay, uma área no sul da Turquia. O grupo islâmico foi designado como uma organização terrorista estrangeira por Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, Indonésia e Arábia Saudita, além de também ter sido classificado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelas mídias do Ocidente e do Oriente Médio como grupo terrorista.
O grupo, em seu formato original, era composto e apoiado por vários grupos terroristas sunitas insurgentes, incluindo suas organizações antecessoras, como a Al-Qaeda no Iraque (AQI) (2003-2006), o Conselho Shura Mujahideen (2006-2006) e o Estado Islâmico do Iraque (ISI) (2006-2013), além de outros grupos insurgentes, como Jeish al-Taiifa al-Mansoura, Jaysh al-Fatiheen, Jund al-Sahaba, Katbiyan Ansar al-Tawhid wal Sunnah e vários grupos tribais iraquianos que professam o islamismo sunita. O objetivo original do ISIS era estabelecer um califado nas regiões de maioria sunita do Iraque. Após o seu envolvimento na guerra civil síria, este objetivo se expandiu para incluir o controle de áreas de maioria sunita da Síria. Um califado foi proclamado em 29 de junho de 2014, Abu Bakr al-Baghdadi foi nomeado como seu califa e o grupo passou a se chamar "Estado Islâmico".
O Estado Islâmico cresceu significativamente devido à sua participação na Guerra Civil Síria e ao seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi. Denúncias de discriminação econômica e política contra árabes sunitas iraquianos desde a queda do regime secular de Saddam Hussein também ajudaram a dar impulso ao grupo. No auge da Guerra do Iraque, seus antecessores tinham uma presença significativa nas províncias iraquianas de Al Anbar, Nínive, Kirkuk, maior parte de Salah-ad-Din e regiões de Babil, Diyala e Bagdá, além de terem declarado Baquba como sua capital. No decorrer da guerra civil síria, o ISIS teve uma grande presença nas províncias de Ar-Raqqah, Idlib e Aleppo.
O Estado Islâmico obriga as pessoas que vivem nas áreas que controla a se converterem ao islamismo, além de viverem de acordo com a interpretação sunita da religião e sob a lei charia (o código de leis islâmico). Aqueles que se recusam podem sofrer torturas e mutilações, ou serem condenados a pena de morte. O grupo é particularmente violento contra muçulmanos xiitas, assírios, cristãos armênios, yazidis, drusos, shabaks e mandeanos. O ISIS tem pelo menos quatro mil combatentes no Iraque que, além de ataques a alvos militares e do governo, já assumiram a responsabilidade por ataques que mataram milhares de civis. O Estado Islâmico tinha ligações estreitas com a Al-Qaeda até 2014, mas em fevereiro daquele ano, depois de uma luta de poder de oito meses, a Al-Qaeda cortou todos os laços com o grupo, supostamente por sua brutalidade e "notória intratabilidade".
Estrutura
Em 15 de outubro de 2004, o chefe do Departamento de Estado dos Estados Unidos da administração Bush divulgou uma "Declaração à Imprensa", na qual qualificou a Jama'at al-Tawhid wa'al-Jihad e organizações aliadas, tais como a o Grupo pelo Monoteísmo e pela Jihad, a Rede al-Zarqawi e a al-Tawhid, como organizações terroristas estrangeiras, para efeitos da aplicação da Lei de Imigração e Nacionalidade e como organizações terroristas globais, para efeitos da aplicação da Ordem Executiva 13224. Assim:
passou a ser ilegal o fornecimento consciente de apoio material para tais organizações por parte de pessoas residentes nos EUA ou sujeitas a jurisdição dos EUA;
foi determinado o bloqueio de todos os bens e interesses em propriedade daquelas organizações ou de seus membros, sendo negada a autorização de visitas dos representantes e membros daquelas organizações aos EUA.
A mesma Declaração também informa que:
a Jama’at al-Tawhid wa’al-Jihad seria liderada por Abu Mus'ab al-Zarqawi, que já seria objeto de sanções internacionais com base da Resolução 1267 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas por suas ligações com a Al-Qaeda;
a referida organização já admitira publicamente a responsabilidade pelos sequestros e execuções de sete civis estrangeiros (os norte-americanos Nicholas Berg, Eugene Armstrong e Jack Hensley; o britânico Kenneth Bigley, o sul-coreano Kim Sun-Il, o búlgaro Georgi Lazov e o turco Murat Yuce) e pelos assassinatos de um ex-primeiro ministro iraquiano, de um governador de Mossul e do diplomata norte-americano Laurence Foley, em Amã, na Jordânia, em 2002;
centenas de iraquianos teriam sido mortos ou feridos durante o último ano em atentados em todo o Iraque (em Mosul, em Baquba, em Faluja, em Ramadi, em Najaf e em Bagdá);
a organização também foi responsável pelo Atentado contra a sede da ONU em Bagdá, que matou o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, então Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para o Iraque.
No auge da violência sectária do Iraque (entre 2006 e 2007), várias porções da região norte e leste iraquianas (principalmente na província de Al-Anbar), incluindo parte da região central, onde a capital Bagdá fica, estavam sobre seu controle direto ou indireto.
Estado Islâmico (em árabe: الدولة الإسلامية ad-Dawlah al-ʾIslāmiyyah), vulgarmente designado pela mídia ocidental como Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL; em inglês: Islamic State of Iraq and the Levant - ISIL) ou Estado Islâmico do Iraque e da Síria (EIIS; em inglês: Islamic State in Iraq and Syria - ISIS) é um grupo jihadista no Oriente Médio. Em seu Estado, auto-proclamado como um califado, afirma autoridade religiosa sobre todos os muçulmanos do mundo e aspira tomar o controle de muitas outras regiões de maioria islâmica, a começar pelo território da região do Levante, que inclui Jordânia, Israel, Palestina, Líbano, Chipre e Hatay, uma área no sul da Turquia. O grupo islâmico foi designado como uma organização terrorista estrangeira por Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, Indonésia e Arábia Saudita, além de também ter sido classificado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelas mídias do Ocidente e do Oriente Médio como grupo terrorista.
O grupo, em seu formato original, era composto e apoiado por vários grupos terroristas sunitas insurgentes, incluindo suas organizações antecessoras, como a Al-Qaeda no Iraque (AQI) (2003-2006), o Conselho Shura Mujahideen (2006-2006) e o Estado Islâmico do Iraque (ISI) (2006-2013), além de outros grupos insurgentes, como Jeish al-Taiifa al-Mansoura, Jaysh al-Fatiheen, Jund al-Sahaba, Katbiyan Ansar al-Tawhid wal Sunnah e vários grupos tribais iraquianos que professam o islamismo sunita. O objetivo original do ISIS era estabelecer um califado nas regiões de maioria sunita do Iraque. Após o seu envolvimento na guerra civil síria, este objetivo se expandiu para incluir o controle de áreas de maioria sunita da Síria. Um califado foi proclamado em 29 de junho de 2014, Abu Bakr al-Baghdadi foi nomeado como seu califa e o grupo passou a se chamar "Estado Islâmico".
O Estado Islâmico cresceu significativamente devido à sua participação na Guerra Civil Síria e ao seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi. Denúncias de discriminação econômica e política contra árabes sunitas iraquianos desde a queda do regime secular de Saddam Hussein também ajudaram a dar impulso ao grupo. No auge da Guerra do Iraque, seus antecessores tinham uma presença significativa nas províncias iraquianas de Al Anbar, Nínive, Kirkuk, maior parte de Salah-ad-Din e regiões de Babil, Diyala e Bagdá, além de terem declarado Baquba como sua capital. No decorrer da guerra civil síria, o ISIS teve uma grande presença nas províncias de Ar-Raqqah, Idlib e Aleppo.
O Estado Islâmico obriga as pessoas que vivem nas áreas que controla a se converterem ao islamismo, além de viverem de acordo com a interpretação sunita da religião e sob a lei charia (o código de leis islâmico). Aqueles que se recusam podem sofrer torturas e mutilações, ou serem condenados a pena de morte. O grupo é particularmente violento contra muçulmanos xiitas, assírios, cristãos armênios, yazidis, drusos, shabaks e mandeanos. O ISIS tem pelo menos quatro mil combatentes no Iraque que, além de ataques a alvos militares e do governo, já assumiram a responsabilidade por ataques que mataram milhares de civis. O Estado Islâmico tinha ligações estreitas com a Al-Qaeda até 2014, mas em fevereiro daquele ano, depois de uma luta de poder de oito meses, a Al-Qaeda cortou todos os laços com o grupo, supostamente por sua brutalidade e "notória intratabilidade".
Estrutura
Em 15 de outubro de 2004, o chefe do Departamento de Estado dos Estados Unidos da administração Bush divulgou uma "Declaração à Imprensa", na qual qualificou a Jama'at al-Tawhid wa'al-Jihad e organizações aliadas, tais como a o Grupo pelo Monoteísmo e pela Jihad, a Rede al-Zarqawi e a al-Tawhid, como organizações terroristas estrangeiras, para efeitos da aplicação da Lei de Imigração e Nacionalidade e como organizações terroristas globais, para efeitos da aplicação da Ordem Executiva 13224. Assim:
passou a ser ilegal o fornecimento consciente de apoio material para tais organizações por parte de pessoas residentes nos EUA ou sujeitas a jurisdição dos EUA;
foi determinado o bloqueio de todos os bens e interesses em propriedade daquelas organizações ou de seus membros, sendo negada a autorização de visitas dos representantes e membros daquelas organizações aos EUA.
A mesma Declaração também informa que:
a Jama’at al-Tawhid wa’al-Jihad seria liderada por Abu Mus'ab al-Zarqawi, que já seria objeto de sanções internacionais com base da Resolução 1267 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas por suas ligações com a Al-Qaeda;
a referida organização já admitira publicamente a responsabilidade pelos sequestros e execuções de sete civis estrangeiros (os norte-americanos Nicholas Berg, Eugene Armstrong e Jack Hensley; o britânico Kenneth Bigley, o sul-coreano Kim Sun-Il, o búlgaro Georgi Lazov e o turco Murat Yuce) e pelos assassinatos de um ex-primeiro ministro iraquiano, de um governador de Mossul e do diplomata norte-americano Laurence Foley, em Amã, na Jordânia, em 2002;
centenas de iraquianos teriam sido mortos ou feridos durante o último ano em atentados em todo o Iraque (em Mosul, em Baquba, em Faluja, em Ramadi, em Najaf e em Bagdá);
a organização também foi responsável pelo Atentado contra a sede da ONU em Bagdá, que matou o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, então Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para o Iraque.
No auge da violência sectária do Iraque (entre 2006 e 2007), várias porções da região norte e leste iraquianas (principalmente na província de Al-Anbar), incluindo parte da região central, onde a capital Bagdá fica, estavam sobre seu controle direto ou indireto.
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Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Atentado em escola deixa mais de 30 mortos na Síria
Ataque suicida atingiu crianças que estavam no local. Coalizão internacional prossegue com bombardeios contra jihadistas que atuam na Síria e no Iraque.
Pelo menos 39 pessoas morreram nesta quarta-feira e outras mais de 70 ficaram feridas, entre elas várias crianças, em um atentado com um carro-bomba perto de uma escola em Homs, no centro da Síria, disse o governador provincial, Talal al Barazi. A bordo do veículo estava um terrorista suicida que detonou os explosivos na hora em que os alunos deixavam o colégio Akrima Majzumi, afirmou Barazi.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou que houve duas explosões nesse distrito, de maioria alauita, ramo xiita do Islã ao qual pertence o ditador sírio Bashar Assad, e que uma delas era de um carro-bomba. O OSDH relatou que as explosões causaram dezenas de mortos e feridos, mas não soube precisar o número. Não é a primeira vez que um atentado acontece em áreas de maioria alauita em Homs, já que no passado houve ataques com autoria reivindicada pela Frente Nusra, grupo terrorista sírio ligado à Al Qaeda.
Três anos após o início da guerra civil da Síria, conflito que já deixou mais de 191.000 mortos, não há indicações de que o confronto esteja próximo do fim. Os esforços para promover um diálogo entre representantes do regime do ditador Assad e da oposição não apresentaram avanços. Os protestos contra o governo se transformaram em uma violenta guerra civil sectária que dividiu ainda mais o país. A oposição síria moderada perdeu espaço com o avanço de diversos grupos extremistas, entre eles a Frente Nusra, o Estado Islâmico (EI) e o Khorasan.
Bombardeios – A coalizão dirigida pelos Estados Unidos realizou nesta quarta bombardeios aéreos contra posições dos jihadistas do grupo jihadista EI nas proximidades da cidade síria curda de Ain al-Arab. Não há até o momento a confirmação do número de mortos, segundo o OSDH, entidade civil com sede em Londres que tem uma ampla rede de fontes civis, médicas e militares no país. Pelo menos dez pessoas – nove combatentes curdos e um do EI – morreram em intensos combates nos arredores da cidade estratégica Ain al-Arab, perto da fronteira com a Turquia. "Mesmo em menor número e com menos armas, os combatentes curdos se recusam a abandonar Ain al-Arab e defendem ferozmente a localidade " disse o diretor da OSDH, Rami Abdel Rahman.
Iraque – Pelo menos 52 integrantes do EI e sete integrates das forças de defesa iraquianas morreram nas últimas horas em confrontos e bombardeios aéreos na província de Saladino, ao norte de Bagdá. Na noite de ontem, dezessete extremistas morreram quando as forças do EI atacaram de diversos pontos a localidade de Al Jabr, no sul da cidade de Al Deluiya, e entraram em confronto com policiais e milicianos tribais durante mais de duas horas. Entre os jihadistas mortos há um suicida que vestia um colete com explosivos e outro de nacionalidade saudita.
A Chefia de Operações de Segurança iraquiana informou em comunicado que mais de vinte jihadistas morreram ontem à noite em bombardeios aéreos contra refúgios do EI no leste de Al Deluiya. Outros quinze jihadistas foram mortos em ataques aéreos iraquianos contra posições do EI no leste dessa mesma cidade. O setor norte de Al Deluiya está sob controle do EI, enquanto na parte sul seus moradores ainda resistem ao assédio dos jihadistas, que já dura 106 dias.
O Iraque vem desde junho enfrentando uma guerra contra o EI, que proclamou um califado nas regiões do Iraque e da Síria sob seu controle. Uma coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, apoia as autoridades iraquianas em sua luta com bombardeios contra as posições dos jihadistas tanto na Síria como no Iraque.
(Com agências EFE e Reuters)
http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/ ... s-na-siria" onclick="window.open(this.href);return false;
Curdos dizem que ataques aéreos fizeram EI recuar de Kobani
Estado Islâmico recuou para os limites da cidade fronteiriça curda síria de Kobani, a qual tentam tomar em uma ofensiva que já dura três semanas.
Mursitpinar - Ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos nesta quarta-feira levaram combatentes do Estado Islâmico a recuar para os limites da cidade fronteiriça curda síria de Kobani, a qual tentam tomar em uma ofensiva que já dura três semanas, disseram representantes locais.
A cidade tornou-se foco da atenção internacional desde que o avanço dos extremistas levou 180 mil pessoas, a maioria curdas, a fugir para a Turquia, país que enfureceu sua própria minoria curda -e seus parceiros da Otan em Washington- ao se recusar a intervir.
O Estado Islâmico hasteou sua bandeira preta no limite oriental da cidade na segunda-feira, mas, desde então, ataques aéreos foram redobrados pela coalizão liderada pelos EUA, que inclui Estados do Golfo Pérsico que buscam reverter o avanço dos jihadistas na Síria e no Iraque.
Intensos tiroteios puderam ser ouvidos na manhã desta quarta-feira a partir da fronteira da Turquia.
“Eles agora estão fora das entradas da cidade de Kobani. O bombardeamento foi muito eficaz e, como resultado, o EIIL foi forçado a recuar de muitas posições”, disse Idris Nassan, vice-ministro de Relações Exteriores do distrito de Kobani, à Reuters por telefone, referindo-se ao acrônimo do Estado Islâmico.
“Este é o maior recuo deles desde que entraram na cidade e nós podemos considerar isso como o começo da contagem regressiva de sua retirada da área." O Estado Islâmico tem avançado sobre a cidade, considerada estrategicamente importante, por três lados e a castigado com salvas de artilharia, apesar da brava resistência das forças curdas, que tem menor poderio de fogo.
Especialistas de defesa disseram ser improvável que o avanço possa ser contido apenas por ataques aéreos - um fato que deixou não apenas Washington mas também os descendentes étnicos dos curdos sírios no país vizinho a exigir saber por que tanques da Turquia alinhados e em linha direta de visão a Kobani ainda não atravessaram a fronteira para proteger a cidade.
No entanto, muitos turcos distantes do sudeste do país consideram que é bem melhor arriscar alienar os curdos do que ser sugado para uma guerra terrestre na Síria. Pelo menos 12 pessoas morreram e dezenas mais ficaram feridas na terça-feira, após simpatizantes do grupo renegado curdo PKK ter se confrontado com a polícia e com islamistas nas cidades e povoados no sudeste da Turquia, predominantemente composto de curdos, assim como em Istambul e Ancara.
Além de se tornar um alvo para o Estado Islâmico, grupo que é ativo em grande parte de sua fronteira com a Síria, a Turquia teme ser tragada para dentro da complexa guerra civil síria e talvez ter que combater as forças de seu inimigo declarado, o presidente Bashar al-Assad.
Com isso em mente, o presidente Tayyip Erdogan estipulou rígidas condições para a Turquia contemplar um ataque ao Estado Islâmico sobre território soberano sírio.
Na terça-feira, ele reiterou essas demandas: a aplicação de uma “zona livre de voos” sobre a Síria perto da fronteira com a Turquia; a criação de uma zona de segurança dentro da Síria para permitir que estimados 1,2 milhão de refugiados atualmente na Turquia retornem; e o armamento de grupos moderados de oposição para ajudar a derrubar Assad.
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Ataque suicida atingiu crianças que estavam no local. Coalizão internacional prossegue com bombardeios contra jihadistas que atuam na Síria e no Iraque.
Pelo menos 39 pessoas morreram nesta quarta-feira e outras mais de 70 ficaram feridas, entre elas várias crianças, em um atentado com um carro-bomba perto de uma escola em Homs, no centro da Síria, disse o governador provincial, Talal al Barazi. A bordo do veículo estava um terrorista suicida que detonou os explosivos na hora em que os alunos deixavam o colégio Akrima Majzumi, afirmou Barazi.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou que houve duas explosões nesse distrito, de maioria alauita, ramo xiita do Islã ao qual pertence o ditador sírio Bashar Assad, e que uma delas era de um carro-bomba. O OSDH relatou que as explosões causaram dezenas de mortos e feridos, mas não soube precisar o número. Não é a primeira vez que um atentado acontece em áreas de maioria alauita em Homs, já que no passado houve ataques com autoria reivindicada pela Frente Nusra, grupo terrorista sírio ligado à Al Qaeda.
Três anos após o início da guerra civil da Síria, conflito que já deixou mais de 191.000 mortos, não há indicações de que o confronto esteja próximo do fim. Os esforços para promover um diálogo entre representantes do regime do ditador Assad e da oposição não apresentaram avanços. Os protestos contra o governo se transformaram em uma violenta guerra civil sectária que dividiu ainda mais o país. A oposição síria moderada perdeu espaço com o avanço de diversos grupos extremistas, entre eles a Frente Nusra, o Estado Islâmico (EI) e o Khorasan.
Bombardeios – A coalizão dirigida pelos Estados Unidos realizou nesta quarta bombardeios aéreos contra posições dos jihadistas do grupo jihadista EI nas proximidades da cidade síria curda de Ain al-Arab. Não há até o momento a confirmação do número de mortos, segundo o OSDH, entidade civil com sede em Londres que tem uma ampla rede de fontes civis, médicas e militares no país. Pelo menos dez pessoas – nove combatentes curdos e um do EI – morreram em intensos combates nos arredores da cidade estratégica Ain al-Arab, perto da fronteira com a Turquia. "Mesmo em menor número e com menos armas, os combatentes curdos se recusam a abandonar Ain al-Arab e defendem ferozmente a localidade " disse o diretor da OSDH, Rami Abdel Rahman.
Iraque – Pelo menos 52 integrantes do EI e sete integrates das forças de defesa iraquianas morreram nas últimas horas em confrontos e bombardeios aéreos na província de Saladino, ao norte de Bagdá. Na noite de ontem, dezessete extremistas morreram quando as forças do EI atacaram de diversos pontos a localidade de Al Jabr, no sul da cidade de Al Deluiya, e entraram em confronto com policiais e milicianos tribais durante mais de duas horas. Entre os jihadistas mortos há um suicida que vestia um colete com explosivos e outro de nacionalidade saudita.
A Chefia de Operações de Segurança iraquiana informou em comunicado que mais de vinte jihadistas morreram ontem à noite em bombardeios aéreos contra refúgios do EI no leste de Al Deluiya. Outros quinze jihadistas foram mortos em ataques aéreos iraquianos contra posições do EI no leste dessa mesma cidade. O setor norte de Al Deluiya está sob controle do EI, enquanto na parte sul seus moradores ainda resistem ao assédio dos jihadistas, que já dura 106 dias.
O Iraque vem desde junho enfrentando uma guerra contra o EI, que proclamou um califado nas regiões do Iraque e da Síria sob seu controle. Uma coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, apoia as autoridades iraquianas em sua luta com bombardeios contra as posições dos jihadistas tanto na Síria como no Iraque.
(Com agências EFE e Reuters)
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Curdos dizem que ataques aéreos fizeram EI recuar de Kobani
Estado Islâmico recuou para os limites da cidade fronteiriça curda síria de Kobani, a qual tentam tomar em uma ofensiva que já dura três semanas.
Mursitpinar - Ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos nesta quarta-feira levaram combatentes do Estado Islâmico a recuar para os limites da cidade fronteiriça curda síria de Kobani, a qual tentam tomar em uma ofensiva que já dura três semanas, disseram representantes locais.
A cidade tornou-se foco da atenção internacional desde que o avanço dos extremistas levou 180 mil pessoas, a maioria curdas, a fugir para a Turquia, país que enfureceu sua própria minoria curda -e seus parceiros da Otan em Washington- ao se recusar a intervir.
O Estado Islâmico hasteou sua bandeira preta no limite oriental da cidade na segunda-feira, mas, desde então, ataques aéreos foram redobrados pela coalizão liderada pelos EUA, que inclui Estados do Golfo Pérsico que buscam reverter o avanço dos jihadistas na Síria e no Iraque.
Intensos tiroteios puderam ser ouvidos na manhã desta quarta-feira a partir da fronteira da Turquia.
“Eles agora estão fora das entradas da cidade de Kobani. O bombardeamento foi muito eficaz e, como resultado, o EIIL foi forçado a recuar de muitas posições”, disse Idris Nassan, vice-ministro de Relações Exteriores do distrito de Kobani, à Reuters por telefone, referindo-se ao acrônimo do Estado Islâmico.
“Este é o maior recuo deles desde que entraram na cidade e nós podemos considerar isso como o começo da contagem regressiva de sua retirada da área." O Estado Islâmico tem avançado sobre a cidade, considerada estrategicamente importante, por três lados e a castigado com salvas de artilharia, apesar da brava resistência das forças curdas, que tem menor poderio de fogo.
Especialistas de defesa disseram ser improvável que o avanço possa ser contido apenas por ataques aéreos - um fato que deixou não apenas Washington mas também os descendentes étnicos dos curdos sírios no país vizinho a exigir saber por que tanques da Turquia alinhados e em linha direta de visão a Kobani ainda não atravessaram a fronteira para proteger a cidade.
No entanto, muitos turcos distantes do sudeste do país consideram que é bem melhor arriscar alienar os curdos do que ser sugado para uma guerra terrestre na Síria. Pelo menos 12 pessoas morreram e dezenas mais ficaram feridas na terça-feira, após simpatizantes do grupo renegado curdo PKK ter se confrontado com a polícia e com islamistas nas cidades e povoados no sudeste da Turquia, predominantemente composto de curdos, assim como em Istambul e Ancara.
Além de se tornar um alvo para o Estado Islâmico, grupo que é ativo em grande parte de sua fronteira com a Síria, a Turquia teme ser tragada para dentro da complexa guerra civil síria e talvez ter que combater as forças de seu inimigo declarado, o presidente Bashar al-Assad.
Com isso em mente, o presidente Tayyip Erdogan estipulou rígidas condições para a Turquia contemplar um ataque ao Estado Islâmico sobre território soberano sírio.
Na terça-feira, ele reiterou essas demandas: a aplicação de uma “zona livre de voos” sobre a Síria perto da fronteira com a Turquia; a criação de uma zona de segurança dentro da Síria para permitir que estimados 1,2 milhão de refugiados atualmente na Turquia retornem; e o armamento de grupos moderados de oposição para ajudar a derrubar Assad.
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Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
A intervenção da coalizão dos EUA na Síria começou a fracassar?
GUSTAVO CHACRA
07 Outubro 2014 | 12:42
No Brasil, ninguém mais presta atenção na intervenção da coalizão comandada pelos EUA, com apoio de países árabes e ocidentais e da Turquia, contra o grupo ultra-extremista ISIS, também conhecido como Grupo Estado Islâmico, ISIL e Daesh. Mas vou explicar o caso da cidade de Kobani para mostrar como, até agora, tem sido um fracasso.
Kobani é curda, dentro da Síria, na fronteira com a Turquia. Na Guerra Civil, conseguiu autonomia do regime de Assad. Era praticamente a capital do Curdistão sírio. Se há uma cidade que seria simples ser defendida é Kobani. Primeiro, eles não são aliados do regime de Assad, nem do ISIS e da Frente Nusrah. Não havia membros destas organizações radicais ou do regime de Assad até a semana passada. Eles viviam em relativa calma. Seriam os sonhados “moderados” pelo governo dos EUA. Além disso, por estar ao lado da fronteira da Turquia, poderia facilmente ser defendida pelo super poderoso Exército turco.
Mas, desde que os EUA começaram a intervenção, em vez da calma Kabani ficar segura, ela passou a ser alvo do ISIS. Hoje o grupo ultra radical praticamente controlou a cidade. Dezenas de milhares de curdos buscam abrigo na Turquia. Ironicamente, os bombardeios da coalizão dos EUA, se é que ocorreram (alguns opositores dizem que não), não serviram para nada. A Turquia, sempre ambígua na questão do ISIS, não interveio. Afinal, para o governo de Erdogan, os curdos são piores do que o ISIS.
No Brasil, claro, ninguém presta atenção. Impressionante. De Copa fomos para Gaza, de Gaza para o ISIS e agora, temporariamente, os brasileiros, com uma certa razão, estão focados nas eleições. Daqui a pouco, vai ressurgir o debate sobre o Irã e quem não tem acompanhado absolutamente nada das negociações nucleares entre o regime de Teerã e o Sexteto (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e França), que chegarão à sua data limite, começará a dar opinião.
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GUSTAVO CHACRA
07 Outubro 2014 | 12:42
No Brasil, ninguém mais presta atenção na intervenção da coalizão comandada pelos EUA, com apoio de países árabes e ocidentais e da Turquia, contra o grupo ultra-extremista ISIS, também conhecido como Grupo Estado Islâmico, ISIL e Daesh. Mas vou explicar o caso da cidade de Kobani para mostrar como, até agora, tem sido um fracasso.
Kobani é curda, dentro da Síria, na fronteira com a Turquia. Na Guerra Civil, conseguiu autonomia do regime de Assad. Era praticamente a capital do Curdistão sírio. Se há uma cidade que seria simples ser defendida é Kobani. Primeiro, eles não são aliados do regime de Assad, nem do ISIS e da Frente Nusrah. Não havia membros destas organizações radicais ou do regime de Assad até a semana passada. Eles viviam em relativa calma. Seriam os sonhados “moderados” pelo governo dos EUA. Além disso, por estar ao lado da fronteira da Turquia, poderia facilmente ser defendida pelo super poderoso Exército turco.
Mas, desde que os EUA começaram a intervenção, em vez da calma Kabani ficar segura, ela passou a ser alvo do ISIS. Hoje o grupo ultra radical praticamente controlou a cidade. Dezenas de milhares de curdos buscam abrigo na Turquia. Ironicamente, os bombardeios da coalizão dos EUA, se é que ocorreram (alguns opositores dizem que não), não serviram para nada. A Turquia, sempre ambígua na questão do ISIS, não interveio. Afinal, para o governo de Erdogan, os curdos são piores do que o ISIS.
No Brasil, claro, ninguém presta atenção. Impressionante. De Copa fomos para Gaza, de Gaza para o ISIS e agora, temporariamente, os brasileiros, com uma certa razão, estão focados nas eleições. Daqui a pouco, vai ressurgir o debate sobre o Irã e quem não tem acompanhado absolutamente nada das negociações nucleares entre o regime de Teerã e o Sexteto (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e França), que chegarão à sua data limite, começará a dar opinião.
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Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Alvaro Martins podia se cadastrar aqui. Era quem mais comentava nesses tópicos.
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Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Frente al Nusra sequestra padre e 20 cristãos na Síria
O grupo jihadista Frente al Nusra sequestrou padre e mais 20 cristãos da cidade de Qunayeh, na Síria
Jerusalém - O padre Hanna Jalluof, responsável pela paróquia de Qunayeh, na Síria, foi sequestrado por membros do grupo jihadista Frente al Nusra, grupo terrorista ligado à Al Qaeda, confirmou nesta terça-feira a Custódia Franciscana na Terra Santa.
Em comunicado divulgado em seu site, a custódia detalhou que um grupo de homens armados invadiu uma das instalações dos franciscanos na madrugada de domingo e levou o padre Jallouf e mais de 20 cristãos da cidade, que fica próxima da fronteira com a Turquia.
Por sua vez, as freiras franciscanas que estavam no convento conseguiram fugir e se refugiaram em casas vizinhas, acrescentou a nota, sem oferecer mais detalhes.
'Não podemos dizer onde estão agora o padre e os outros prisioneiros, pois, até o momento, não tivemos contato com os sequestradores'. 'Oramos por ele e por todas as outras vítimas desta trágica guerra sem sentido', concluiu.
A Síria é cenário de um levantamento popular desde março de 2011, que derivou em uma guerra civil de várias frentes, na qual lutam o governo, grupos laicos de oposição e movimentos islamitas de várias vertentes.
Nas últimas semanas, Estados Unidos, Reino Unido e outros países ocidentais começaram a bombardear posições na Síria do denominado 'Estado Islâmico', grupo jihadista que assumiu o controle de uma extensa área do noroeste do Iraque e do leste da Síria.
Nesse período, os jihadistas capturaram vários estrangeiros de diferentes nacionalidades, como iranianos, turcos e ocidentais.
Quatro destes últimos - dois americanos e dois britânicos - foram decapitados.
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O grupo jihadista Frente al Nusra sequestrou padre e mais 20 cristãos da cidade de Qunayeh, na Síria
Jerusalém - O padre Hanna Jalluof, responsável pela paróquia de Qunayeh, na Síria, foi sequestrado por membros do grupo jihadista Frente al Nusra, grupo terrorista ligado à Al Qaeda, confirmou nesta terça-feira a Custódia Franciscana na Terra Santa.
Em comunicado divulgado em seu site, a custódia detalhou que um grupo de homens armados invadiu uma das instalações dos franciscanos na madrugada de domingo e levou o padre Jallouf e mais de 20 cristãos da cidade, que fica próxima da fronteira com a Turquia.
Por sua vez, as freiras franciscanas que estavam no convento conseguiram fugir e se refugiaram em casas vizinhas, acrescentou a nota, sem oferecer mais detalhes.
'Não podemos dizer onde estão agora o padre e os outros prisioneiros, pois, até o momento, não tivemos contato com os sequestradores'. 'Oramos por ele e por todas as outras vítimas desta trágica guerra sem sentido', concluiu.
A Síria é cenário de um levantamento popular desde março de 2011, que derivou em uma guerra civil de várias frentes, na qual lutam o governo, grupos laicos de oposição e movimentos islamitas de várias vertentes.
Nas últimas semanas, Estados Unidos, Reino Unido e outros países ocidentais começaram a bombardear posições na Síria do denominado 'Estado Islâmico', grupo jihadista que assumiu o controle de uma extensa área do noroeste do Iraque e do leste da Síria.
Nesse período, os jihadistas capturaram vários estrangeiros de diferentes nacionalidades, como iranianos, turcos e ocidentais.
Quatro destes últimos - dois americanos e dois britânicos - foram decapitados.
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Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Concordo, o pluspaul tbm postava muita coisa nesses tópicos.Kozak escreveu:Alvaro Martins podia se cadastrar aqui. Era quem mais comentava nesses tópicos.
Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Boa lembrança. Se bobear tá por aí.leitini escreveu: Concordo, o pluspaul tbm postava muita coisa nesses tópicos.
Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
EDIT: Duplo.
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Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Síria nas últimas 24 horas: Exército faz grandes avanços em Damasco
07 de outubro de 2014
O exército sírio fez grandes avanços na Dokhania campo em Damasco e recuperou o controle sobre partes significativas da região.
Militantes estrangeiros apoiado sofreram pesadas perdas, como o exército sírio fez grandes avanços contra os grupos armados no subúrbio de Damasco de Jobar.
Uma fonte militar disse à mídia estatal que os soldados do exército avançou em Jobar na segunda-feira, causando enormes prejuízos aos rebeldes.
Também nas últimas 24 horas, os combatentes curdos sírios continuaram a sua luta contra os terroristas ISIL em Kobani, repelir os ataques dos terroristas na cidade fronteira com a Síria.
O chefe das forças curdas que defendem a cidade, disse na segunda-feira que os terroristas eram ISIL 300 metros dentro do distrito de Kobani Oriental e foram confrontados com a resposta esmagadora dos combatentes curdos.
"Nós morrer ou vencer. Nenhum lutador está deixando", Esmat al-Sheikh, líder da Autoridade de Defesa Kobani, disse.
"O mundo está assistindo, apenas observando e deixando esses monstros para matar todo mundo, até mesmo as crianças ... mas vamos lutar até o fim com as armas que temos", acrescentou.
Enquanto isso, as forças do governo da Síria na segunda-feira assumiu o controle de uma área estratégica arredores de Damasco usada por militantes para disparar morteiros na capital, informou a mídia estatal e um monitor disse.
Transmissão de televisão estatal imagens ao vivo de Dakhaniyeh, sudeste de Damasco, e do chamado Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou que "os rebeldes se retiraram".
A captura acontece quase um mês depois de as forças do governo lançaram uma ofensiva para recuperar o controle da área, a partir do qual os militantes lançaram morteiros contra a cidade velha de Damasco e do distrito de Jaramana fora da capital.
O Exército "restaurou a segurança ea estabilidade para Dakhaniyeh e seus arredores", disse a TV estatal, acrescentando que "um grande número de terroristas" foram mortos.
Uma fonte de segurança disse que a captura permitiria que as tropas do governo para "apertar o cerco sobre os grupos terroristas em Ain Tarma e Jobar," duas áreas ao redor da capital, parte dos quais estão sob controle de militantes.
Dakhaniyeh na área de Eastern Ghouta era um reduto de militantes na província de Damasco.
"A operação em Ghouta continuará até que esteja completamente livre de qualquer presença terrorista", disse a fonte de segurança.
Também na segunda-feira, as tropas sírias mataram ao menos 54 rebeldes em operações distintas em todo o país, informou a imprensa.
Uma fonte militar disse à agência estatal de notícias que os soldados do exército bateu duro golpe para os rebeldes nas cidades de Shannan e A'as na província noroeste de Idlib, matando mais de 25 militantes.
Além disso, os esconderijos dos insurgentes foram invadiram as cidades de Atshan e Sakik na província central de Hama e cerca de 29 militantes foram mortos.
Enquanto isso, aviões de guerra sírios almoçou ataques aéreos maciços contra comboios rebeldes da região acidentada al-Qalamoun nas fronteiras com o Líbano, matando dezenas deles.
A força aérea síria também atingiu um posto de controlo com combatentes rebeldes na zona rural do norte da província de Aleppo, de acordo com o relatório.
Na província central de Homs, as tropas do governo mataram dezenas de rebeldes na segunda-feira.
Síria foi sofrendo distúrbios desde março de 2011, com ataques organizados por quadrilhas bem armadas e terroristas contra tanto o exército e civis.
A agitação, que teve em grupos terroristas de toda a Europa, o Médio Oriente e Norte de África, tem acontecido como um dos conflitos mais sangrentos da história recente.
À medida que a insurgência estrangeira apoiado na Síria continua sem um fim à vista, o governo dos EUA aumentou o seu apoio político e militar aos extremistas takfiri no país, ao mesmo tempo que alega estar lutando pelos mesmos grupos como terroristas no Iraque.
http://english.farsnews.com/newstext.as ... 0715001052" onclick="window.open(this.href);return false;
07 de outubro de 2014
O exército sírio fez grandes avanços na Dokhania campo em Damasco e recuperou o controle sobre partes significativas da região.
Militantes estrangeiros apoiado sofreram pesadas perdas, como o exército sírio fez grandes avanços contra os grupos armados no subúrbio de Damasco de Jobar.
Uma fonte militar disse à mídia estatal que os soldados do exército avançou em Jobar na segunda-feira, causando enormes prejuízos aos rebeldes.
Também nas últimas 24 horas, os combatentes curdos sírios continuaram a sua luta contra os terroristas ISIL em Kobani, repelir os ataques dos terroristas na cidade fronteira com a Síria.
O chefe das forças curdas que defendem a cidade, disse na segunda-feira que os terroristas eram ISIL 300 metros dentro do distrito de Kobani Oriental e foram confrontados com a resposta esmagadora dos combatentes curdos.
"Nós morrer ou vencer. Nenhum lutador está deixando", Esmat al-Sheikh, líder da Autoridade de Defesa Kobani, disse.
"O mundo está assistindo, apenas observando e deixando esses monstros para matar todo mundo, até mesmo as crianças ... mas vamos lutar até o fim com as armas que temos", acrescentou.
Enquanto isso, as forças do governo da Síria na segunda-feira assumiu o controle de uma área estratégica arredores de Damasco usada por militantes para disparar morteiros na capital, informou a mídia estatal e um monitor disse.
Transmissão de televisão estatal imagens ao vivo de Dakhaniyeh, sudeste de Damasco, e do chamado Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou que "os rebeldes se retiraram".
A captura acontece quase um mês depois de as forças do governo lançaram uma ofensiva para recuperar o controle da área, a partir do qual os militantes lançaram morteiros contra a cidade velha de Damasco e do distrito de Jaramana fora da capital.
O Exército "restaurou a segurança ea estabilidade para Dakhaniyeh e seus arredores", disse a TV estatal, acrescentando que "um grande número de terroristas" foram mortos.
Uma fonte de segurança disse que a captura permitiria que as tropas do governo para "apertar o cerco sobre os grupos terroristas em Ain Tarma e Jobar," duas áreas ao redor da capital, parte dos quais estão sob controle de militantes.
Dakhaniyeh na área de Eastern Ghouta era um reduto de militantes na província de Damasco.
"A operação em Ghouta continuará até que esteja completamente livre de qualquer presença terrorista", disse a fonte de segurança.
Também na segunda-feira, as tropas sírias mataram ao menos 54 rebeldes em operações distintas em todo o país, informou a imprensa.
Uma fonte militar disse à agência estatal de notícias que os soldados do exército bateu duro golpe para os rebeldes nas cidades de Shannan e A'as na província noroeste de Idlib, matando mais de 25 militantes.
Além disso, os esconderijos dos insurgentes foram invadiram as cidades de Atshan e Sakik na província central de Hama e cerca de 29 militantes foram mortos.
Enquanto isso, aviões de guerra sírios almoçou ataques aéreos maciços contra comboios rebeldes da região acidentada al-Qalamoun nas fronteiras com o Líbano, matando dezenas deles.
A força aérea síria também atingiu um posto de controlo com combatentes rebeldes na zona rural do norte da província de Aleppo, de acordo com o relatório.
Na província central de Homs, as tropas do governo mataram dezenas de rebeldes na segunda-feira.
Síria foi sofrendo distúrbios desde março de 2011, com ataques organizados por quadrilhas bem armadas e terroristas contra tanto o exército e civis.
A agitação, que teve em grupos terroristas de toda a Europa, o Médio Oriente e Norte de África, tem acontecido como um dos conflitos mais sangrentos da história recente.
À medida que a insurgência estrangeira apoiado na Síria continua sem um fim à vista, o governo dos EUA aumentou o seu apoio político e militar aos extremistas takfiri no país, ao mesmo tempo que alega estar lutando pelos mesmos grupos como terroristas no Iraque.
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Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Jihadistas já controlam um terço da cidade curda de Kobani
Os extremistas sunitas invadiram Kobane na segunda-feira pela primeira vez desde o início de sua ofensiva contra a cidade, no dia 16 de setembro
Os combatentes do Estado Islâmico se apoderaram de mais de um terço da cidade fronteiriça síria de Kobane, apesar de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos contra suas bases dentro e no entorno da área, majoritariamente curda, afirmou nesta quinta-feira um grupo de monitoramento do conflito.
O comandante dos grupos da defesa curda em Kobane, Esmat al-Sheikh, que estão em desvantagem em armamento, disse que o Estado islâmico controla uma área um pouco menor. No entanto, ele reconheceu que os militantes obtiveram importantes ganhos depois de uma batalha de três semanas pelo controle da cidade, a qual também desencadeou os piores confrontos de rua em anos entre a polícia e manifestantes curdos do outro lado da fronteira, na Turquia.
O grupo de monitoramento Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que o Estado Islâmico - ainda amplamente conhecido por sua antiga sigla, EI - avançou nesta quinta-feira.
"O EI controla mais de um terço de Kobane. Todas as áreas do leste, uma pequena parte do nordeste e uma área no sudeste", disse o dirigente do Observatório, Rami Abdulrahman.
O presidente da Administração Autônoma curda de Kobane, Anwar Muslem, disse à Agência EFE por telefone que pelo lado oriental os radicais avançaram um quilômetro pela cidade, que tem 5 quilômetros de extensão, mas que ainda não alcançaram o centro.
Bombardeios deixam 57 mortos
Pelo menos 57 pessoas morreram na quarta-feira em conflitos e bombardeios no enclave curdo sírio de Kobane, na fronteira com a Turquia, cidade que luta para não ser dominada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Cerca de 23 jihadistas morreram devido aos bombardeios dos aviões da coalizão internacional liderada pelos EUA no interior e na periferia de Kobane.
Outros 19 radicais islâmicos foram mortos em combates e em uma emboscada feita pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo na cidade. Os milicianos curdos sírios sofreram pelo menos 15 baixas nos conflitos.
Os extremistas sunitas invadiram Kobane na segunda-feira pela primeira vez desde o início de sua ofensiva contra a cidade, no dia 16 de setembro.
Kobane é um dos três principais enclaves curdos da Síria junto às regiões de Afrin, também em Aleppo, e Yazira, na província de Al Hasaka (nordeste); e faz parte da administração autônoma curda no território sírio.
Com informações da EFE e Reuters.
http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... 0RCRD.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Os EUA conseguiram fazer uma cagada sem tamanho no Oriente Médio!
Os extremistas sunitas invadiram Kobane na segunda-feira pela primeira vez desde o início de sua ofensiva contra a cidade, no dia 16 de setembro
Os combatentes do Estado Islâmico se apoderaram de mais de um terço da cidade fronteiriça síria de Kobane, apesar de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos contra suas bases dentro e no entorno da área, majoritariamente curda, afirmou nesta quinta-feira um grupo de monitoramento do conflito.
O comandante dos grupos da defesa curda em Kobane, Esmat al-Sheikh, que estão em desvantagem em armamento, disse que o Estado islâmico controla uma área um pouco menor. No entanto, ele reconheceu que os militantes obtiveram importantes ganhos depois de uma batalha de três semanas pelo controle da cidade, a qual também desencadeou os piores confrontos de rua em anos entre a polícia e manifestantes curdos do outro lado da fronteira, na Turquia.
O grupo de monitoramento Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que o Estado Islâmico - ainda amplamente conhecido por sua antiga sigla, EI - avançou nesta quinta-feira.
"O EI controla mais de um terço de Kobane. Todas as áreas do leste, uma pequena parte do nordeste e uma área no sudeste", disse o dirigente do Observatório, Rami Abdulrahman.
O presidente da Administração Autônoma curda de Kobane, Anwar Muslem, disse à Agência EFE por telefone que pelo lado oriental os radicais avançaram um quilômetro pela cidade, que tem 5 quilômetros de extensão, mas que ainda não alcançaram o centro.
Bombardeios deixam 57 mortos
Pelo menos 57 pessoas morreram na quarta-feira em conflitos e bombardeios no enclave curdo sírio de Kobane, na fronteira com a Turquia, cidade que luta para não ser dominada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Cerca de 23 jihadistas morreram devido aos bombardeios dos aviões da coalizão internacional liderada pelos EUA no interior e na periferia de Kobane.
Outros 19 radicais islâmicos foram mortos em combates e em uma emboscada feita pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo na cidade. Os milicianos curdos sírios sofreram pelo menos 15 baixas nos conflitos.
Os extremistas sunitas invadiram Kobane na segunda-feira pela primeira vez desde o início de sua ofensiva contra a cidade, no dia 16 de setembro.
Kobane é um dos três principais enclaves curdos da Síria junto às regiões de Afrin, também em Aleppo, e Yazira, na província de Al Hasaka (nordeste); e faz parte da administração autônoma curda no território sírio.
Com informações da EFE e Reuters.
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Os EUA conseguiram fazer uma cagada sem tamanho no Oriente Médio!
Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Não vai acabar nunca essa porra, aquilo lá é terra sem lei, parece o bar do feio daqui da vila, depois das 23:00 é melhor ir armado.
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Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
O problema é que na Síria a paz imperava, mas os EUA e sua ânsia de dominio na região promoveram e armaram diversos grupos para lutar contra Bashar Al Assad e veja o que aconteceu, e detalhe a Libia ta um caos sem fim e esta meio que esquecida da grande midia... O Exército Sírio ja capturou juntamente com o Hezbollah armas americanas e francesas nas Montanhas de Al Qalamoun que estavam em poder da Frente Al Nusra que é filiada a Al Qaeda!Jeró_JulioSeccoJJ escreveu:Não vai acabar nunca essa porra, aquilo lá é terra sem lei, parece o bar do feio daqui da vila, depois das 23:00 é melhor ir armado.
Re: Conflitos no Oriente Médio Iraque, Síria...
Os EUA não aprendem nunca né... Armam todos, daqui a pouco tem avião caindo na cabeça deles em troca dessas armas hehehe
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