Lenda do boxe garante que "essa seria a segunda maior luta dos últimos cinco anos” e responsabiliza o Ultimate por combate ainda não ter se tornado realidade.
Considerado um dos melhores boxeadores de todos os tempos, Roy Jones Jr. é também ídolo do ex-campeão dos médios do UFC, Anderson Silva. O brasileiro, aliás, nunca escondeu o desejo de, um dia, se testar no boxe contra o pugilista americano. O duelo nunca saiu do papel, mas o boxeador ainda está disposto a torná-lo realidade, nem que, para isso, tenha que lutar no Brasil. Pelo menos foi isso o que ele disse à equipe do Combate.com, na sexta-feira, durante um evento do Hall da Fama do Boxe de Nevada, em Las Vegas, no qual aproveitou até para enviar um recado a Spider:
- Anderson, eu sempre estarei pronto para ter uma luta de boxe (contra você). Eu te amo demais, você é como um irmão para mim. Então, se a gente se juntar e fizer um grande evento para o mundo, isso será uma coisa maravilhosa. Mas, agora você tem que brigar com as suas pessoas, porque o seu contrato está vinculado a eles (UFC). Então, se eles te liberarem, eu estarei sempre aqui, sempre por você, sempre com você. Faça essa luta acontecer. Se nós tivermos que levá-la para o Brasil para que aconteça, se for pelo montante de dinheiro correto, eu me disponho a ir ao Brasil lutar. Não importa, eu sempre estou disposto, pronto e apto.
Aos 46 anos, o ídolo do boxe, que tem um cartel de 61 vitórias e oito derrotas, comparou o possível duelo contra Spider ao combate entre Floyd Mayweather e Manny Pacquiao, que acontece neste sábado em Las Vegas, apelidado de “Luta do Século”, no esporte.
- Sem dúvida, principalmente falando de mídia, todos nós estávamos esperando por essa luta entre Floyd e Manny. Mas a segunda maior luta nos últimos cinco anos seria: Roy Jones Jr. x Anderson Silva em uma luta de boxe. Agora, eu tenho tentando fazer essa luta, mas o UFC não o libera para fazê-la. É o sonho dele fazer essa luta e foi isso que despertou a minha atenção. Eu sempre tive vontade e estou apto a fazê-la, e, aliás, antes de eles assinarem um novo contrato com ele no ano passado, eu tentei fazer com que ele fizesse essa luta, porque aí eles não poderiam impedi-lo. Ele escolheu assinar com eles novamente e, agora, nós temos um problema, porque ele precisa de aprovação do UFC. Eu sempre estive disponível, o problema sempre foi ver se ele estaria. Eu estava tentando de tudo para fazer essa luta acontecer, porque sei o quanto isso significa para ele. Para mim, ver o quanto ele estava ocupado com o UFC, significou muito saber que ele pensou tanto em mim, que gostaria de dividir o ringue comigo. Eu achei que seria muito bom para nós dois, seria a segunda maior luta dos últimos cinco anos, tirando essa luta que estamos vendo agora. Então, por que não fazê-la? Isso é maluco!
Ex-campeão mundial em cinco categorias de peso diferentes, Roy é amigo pessoal de Anderson e disse que ficou surpreso quando o lutador do UFC foi pego nos testes antidoping realizados antes e depois da luta contra Nick Diaz, em janeiro passado.
- Foi por isso que eu o chamei para lutar boxe, porque eu sabia que ele iria se preocupar com a sua perna. E sabia que provavelmente ele poderia fazer coisas para se certificar de que ficaria bem. É algo natural, você quebra a sua perna e é uma coisa muito complicada, e aí você vai lá chutar de novo e você pode quebrá-la novamente. Então, ele teve que ter coragem de novo para tentar fortalecê-la, tentando retomar sua confiança. É errado, você não deveria fazer isso, mas foi isso que eu tentei dizer a ele: “Não volte lá para chutar”. No boxe você não vai usar a sua perna, e vai lhe dar mais tempo para sarar. Mas, ele escolheu isso... Se dependesse só de mim, essa luta já teria acontecido no ano passado - finalizou
Fonte: http://sportv.globo.com/site/combate/no ... rasil.html" onclick="window.open(this.href);return false;
