o brasileiro é um povo fútil?vamos conversar sensatamente...

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minhoca
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Re: o brasileiro é um povo fútil?vamos conversar sensatament

Mensagem por minhoca » 03 Mai 2015 10:17

A ciência que explica porque se deve gastar o dinheiro em experiências, e não em coisas
Você não tem fundos ilimitados. Gaste seu dinheiro em coisas que a ciência diz que fazem você feliz.

A maioria das pessoas busca a felicidade. Há economistas que pensam que a felicidade é o melhor indicador para a saúde de uma sociedade. Sabemos que o dinheiro pode nos deixar mais felizes, ainda que depois das necessidades básicas serem atendidas, ele não incremente tanto assim nossa felicidade. Mas uma das grandes questões é como usar o dinheiro, que (para a maioria de nós) é um recurso limitado.


Há uma pressuposição lógica que a maioria das pessoas faz quando gasta dinheiro: que já que um objeto físico dura mais, ele nos deixará felizes por mais tempo do que uma experiência temporária como ir a um show ou um pacote de viagem. Uma pesquisa recente revelou que essa pressuposição está completamente equivocada.

“Um dos inimigos da felicidade é a adaptação”, disse o Dr. Thomas Gilovich, um professor de psicologia na Universidade de Cornell que tem estudado a questão do dinheiro e da felicidade por mais de duas décadas. “Compramos coisas para ficarmos felizes, e isso funciona. Mas só por um tempo. As coisas novas são excitantes no início, mas então nos adaptamos a elas.”

Em vez de comprar o último iPhone ou um BMW novo, Gilovich sugere que obteremos mais felicidade gastando dinheiro em experiências tais como visitar exposições de arte, fazer atividades na natureza, aprender coisas novas ou viajar.

Os resultados obtidos por Gilovich são a síntese de estudos psicológicos conduzidos por ele e outros cientistas quanto ao paradoxo de Easterlin, que descobriu que o dinheiro é capaz de comprar a felicidade, mas só até certo ponto.

Como exatamente a adaptação afeta a felicidade, por exemplo, foi quantificado num estudo que pediu às pessoas que elas mesmas relatassem sua felicidade com grandes compras materiais e de experiências. Inicialmente suas felicidades com essas compras tinham, pessoalmente, mais ou menos o mesmo valor. Mas com o tempo a satisfação das pessoas com as coisas que compraram diminuiu, enquanto que a satisfação com as experiências em que gastaram dinheiro aumentou.

É contraintuitivo que algo como um objeto físico que podemos ter por muito tempo não nos deixe tão felizes por tanto tempo quanto uma experiência única num momento no tempo nos deixa. Ironicamente, o fato de que uma coisa material estar sempre presente opera contra ela: é mais fácil que nos adaptemos. Ele se dissipa no meio das outras coisas e se torna parte do nosso “novo normal”. Mas enquanto a felicidade das compras materiais diminui ao longo do tempo, as experiências se tornam parte de nossa identidade.

“Nossas experiências são uma parte maior de nós mesmos que os bens materiais”, diz Gilovich. “Você pode realmente gostar de suas coisas materiais. Você pode até achar que parte de sua identidade está ligada a essas coisas, mas ainda assim elas permanecem separadas de você. Em contraste a isso, suas experiências são parte de você. Somos a soma de todas as nossas experiências.”

Um estudo conduzido por Gilovich até mesmo mostrou que se alguém tem uma experiência que afirma ter impactado a felicidade negativamente, quando a pessoa que viveu a experiência começa a falar a respeito dela, sua avaliação da experiência sobe. Gilovich atribui isso ao fato de que algo que pode ter sido estressante ou assustador no passado acaba se tornando uma história engraçada para contar numa festa, ou que podemos relembrar como uma experiência valiosa de formação de caráter.

Outra razão é que as experiências compartilhadas nos conectam mais com os outros do que compartilhar o ato de consumo, consumir a mesma coisa. Provavelmente nos sentimos mais ligados a alguém com quem tiramos férias em Bogotá do que com alguém que por acaso também comprou uma TV de 4K.


“Consumimos experiências diretamente, junto com outras pessoas”, diz Gilovich. “E depois que elas passam, se tornam parte das histórias que contamos uns aos outros.”

E mesmo se alguém não está junto conosco quando vivemos uma experiência qualquer, é muito mais fácil fazer conexão com uma pessoa que também gostou de fazer a trilha nos Apalaches ou esteve no mesmo show que a gente do que com uma pessoa que comprou o mesmo celular.

Também somos bem menos dados a comparar negativamente as próprias experiências com a de outras pessoas do que comparar as compras materiais. Num estudo conduzido pelos pesquisadores Ryan Howell e Graham Hill descobriu-se que é mais fácil comparar as características de bens materiais (quantos quilates tem o anel? Qual a velocidade do processador do seu laptop?) do que experiências. E já que é mais fácil comparar, as pessoas de fato fazem mais isto.

“A tendência de olhar para a grama do vizinho tende a ser mais pronunciada com relação a bens materiais do que com compras de experiência”, diz Gilovich. “Sem dúvida nos incomoda estar de férias e ver pessoas em hotéis melhores, ou voando na primeira classe. Mas não produz tanta inveja como quando ficamos para trás quanto aos bens materiais."

A pesquisa de Gilovich tem implicações para indivíduos que desejem maximizar o retorno de seus investimentos financeiros em termos de felicidade, para empregadores que desejem uma equipe mais feliz, e para políticos que desejem cidadãos mais felizes.

“Ao alterar os investimentos que as sociedades fazem e as políticas que aplicam, podemos guiar vastas populações para os tipos de buscas vivenciais que promovam maior felicidade.” escreveu Gilovich e seu coautor, Amit Kumar, em seu recente artigo num periódico acadêmico, Experimental Social Psychology.

Se a sociedade levar a sério essa pesquisa, isso significaria não apenas uma mudança em termos de como os indivíduos aplicam suas rendas pessoais, mas também faria com que os empregadores concedessem mais férias remuneradas, e que governos cuidassem melhor de espaços recreacionais.

“Enquanto sociedade, não seria melhor tornar as experiências mais fáceis para as pessoas?" pergunta Gilovich.

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liverblow
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Re: o brasileiro é um povo fútil?vamos conversar sensatament

Mensagem por liverblow » 03 Mai 2015 17:38

thiagobjj escreveu:não se fútil é a palavra.

O que percebo é que todos temos uma inclinação a preguiça ..

Essa preguiça se estende a praticamente tudo na vida, e com ela vem o coitadismo e a necessidade de achar nos outros as causas de seus próprios fracassos e falta de empenho.

É infinitamente mais fácil vc parecer ser algo do que vc ser realmente algo.

Como falaram aí também, não é uma questão de ter grana. Aliás a maioria das pessoas que tem uma certa grana são extremamente fúteis e vazias. Vão viajar para o exterior não para conhecer uma cultura diferente ou aprender coisas diferentes. Elas vão para postar as fotos no facebook. E por aí vai..

Eu acho que é meio que uma tendência mundial, mas no brasil a gente vê isso bem forte pq é do interesse dos políticos (esquerda e direita) que o povo seja burro e ande junto com a manada.

Tem também o outro lado da história. Aqui no BR se você fala inglês básico, tem um mínimo de cultura e lê um pouco, com certeza vc se destaca nervosamente da multidão. Porém isso tem dois efeitos. Um é de ficar cada vez mais revoltado com a situação e etc.

A outra é o efeito benéfico, de aproveitar essa inteligência para aprender cada vez mais, ter empregos mais legais, se envolver com mulheres mais interessantes entre outras coisas.


Penso assim.
Ler mais é essencial, mas depende do que voce le. Os marxistas da FFLCH leem muito, porem são um monte de zumbis que repetem cartilhas prontas.
“Eu e meu público nos entendemos perfeitamente. Eles não ouvem o que digo, e eu não digo o que eles desejam ouvir”. - Karl Kraus

“A única diferença entre a educação brasileira e o crime organizado é que o crime é organizado” - Olavo de Carvalho

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liverblow
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Re: o brasileiro é um povo fútil?vamos conversar sensatament

Mensagem por liverblow » 03 Mai 2015 17:55

Tartaruga escreveu:Acho que é algo que sobrou de nossa colonização, todo mundo quer ser elite e foda-se o resto.

Um famoso clube elitista de esportes e eventos sociais em São Paulo, instituiu que babás usassem uniforme branco. Pensamento: "Elas não são sócias do clube, então que deixem claro que são serviçais."

Eu quando morei na Austrália cheguei a ver meninas saindo da faculdade e mexendo com o pedreiro.

Isso aqui no Brasil é surreal, fora de cogitação. Menina nenhuma da FAAP, PUC, FGV vai passar na frente da obra e dar 1% de chance para qualquer pedreiro.

Não temos o sistema de castas da Índia, mas nossa sociedade é divida por camadas, principalmente nas cidades grandes.

Menina de classe média alta dificilmente vai sair com você de ônibus, querem andar de carro e carro novo com ar condicionado.

Na época do cursinho,já ouvi várias meninas dizerem, vou pra faculdade X porque lá tem homem pra casar. (WTF???)

Enfim, o pessoal aqui não se mistura, querem sempre tá na área VIP e mostrar isso para os demais. Querem sempre algo diferenciado, sempre ser amigo do filho de fulano, sair com a filha de ciclano.

Acho que essas coisas acontecem bem menos em países ricos, nos lugares em que morei, as pessoas eram mais iguais, curtiam aquilo que gostavam de verdade e não se preocupavam em te mostrar um carro/celular/roupa ou seja lá o que for.

Enfim brasileiro no geral sobrevive tentando impressionar os outros e esquece de viver.
Mas porque uma mina da PUC iria querer transar com um pedreiro? kkkkkkkkkkkkkkkkkk
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liverblow
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Re: o brasileiro é um povo fútil?vamos conversar sensatament

Mensagem por liverblow » 03 Mai 2015 17:57

Tartaruga escreveu:Acho que é algo que sobrou de nossa colonização, todo mundo quer ser elite e foda-se o resto.

Um famoso clube elitista de esportes e eventos sociais em São Paulo, instituiu que babás usassem uniforme branco. Pensamento: "Elas não são sócias do clube, então que deixem claro que são serviçais."

Eu quando morei na Austrália cheguei a ver meninas saindo da faculdade e mexendo com o pedreiro.

Isso aqui no Brasil é surreal, fora de cogitação. Menina nenhuma da FAAP, PUC, FGV vai passar na frente da obra e dar 1% de chance para qualquer pedreiro.

Não temos o sistema de castas da Índia, mas nossa sociedade é divida por camadas, principalmente nas cidades grandes.

Menina de classe média alta dificilmente vai sair com você de ônibus, querem andar de carro e carro novo com ar condicionado.

Na época do cursinho,já ouvi várias meninas dizerem, vou pra faculdade X porque lá tem homem pra casar. (WTF???)

Enfim, o pessoal aqui não se mistura, querem sempre tá na área VIP e mostrar isso para os demais. Querem sempre algo diferenciado, sempre ser amigo do filho de fulano, sair com a filha de ciclano.

Acho que essas coisas acontecem bem menos em países ricos, nos lugares em que morei, as pessoas eram mais iguais, curtiam aquilo que gostavam de verdade e não se preocupavam em te mostrar um carro/celular/roupa ou seja lá o que for.

Enfim brasileiro no geral sobrevive tentando impressionar os outros e esquece de viver.
Essas minas são a síntese da futilidade.
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Re: o brasileiro é um povo fútil?vamos conversar sensatament

Mensagem por Germer » 03 Mai 2015 18:12

whiterabbit escreveu:Sim, brasileiro é fútil pra caralho. Fora o que você disse nós podemos pegar os hábitos culturais do brasileiro e constatar isso;

Imagem

Não tem jeito, não adianta defender: mundiça tem em todo o lugar, mas uma das maiores concentrações é no nosso país.

só uma observação mesmo: espetáculo de dança?????? show? cinema? teatro? não vou em dança simplesmente porque não gosto, nem teatro... cinema e show eu vou, mas isso necessariamente me traz cultura? eu posso frequentar o cinema porque gosto de barulho e explosão, e de me reunir com a turma... cadê a cultura nisso? posso viajar porque tenho dinheiro, vou pra disney, pra nova iorque e fico nos melhores hotéis e blabla... de novo, isso me traz cultura??

o que vai te trazer cultura mesmo é leitura sobre os assuntos, é livro, e livro bom... enfim, o hábito de reforçar o teu intelecto, e o teu senso crítico sobre as coisas... sair da mesmice, do senso comum sobre tudo

não vejo grande conexão aí, ir em ópera ou espetáculo de dança pode ser meramente um hábito de alguém inserido numa classe social... não dá nem pra saber se o sujeito gosta mesmo...

hábito não necessariamente se liga a cultura... sequer um nível superior significa cultura, quanto menos hábitos por si só

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Drew
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Re: o brasileiro é um povo fútil?vamos conversar sensatament

Mensagem por Drew » 03 Mai 2015 20:41

Hoje a minha cunhada de 15 anos passou a tarde vendo Eliana somente para escutar MC Biel e os irmãos Rocha uma tarde toda perdida

Rasta
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Re: o brasileiro é um povo fútil?vamos conversar sensatament

Mensagem por Rasta » 03 Mai 2015 22:26

Eh complicado

Eu curto de mais fumar um e estar de mochilao na bolivia que seja

Mas um resort em qualquer praia tem seu devido lugar tb

Gosto muito de brasileiro, sempre digo q aqui estao os piores, mas também estao os melhores...

Essa parada q falaram da australia eh verdade, pedreiro eh oque MAIS tira onda la.. Primeiro pq ganha tipo igual medico e ainda por cima tem uma aura de "jovem, cheio de dispô".. Alias, australia pra mim eh modelo
Mundial.. O paisinho filha da puta de abençoado, tipo nosso brasil, soh q sem o povo.. Kkk brincadeira

Mas na real, país cabuloso, pessoal gente fina e um lugar onde voce eh muito mais importante pelo que é do que pelo que tem...

Acho q o nosso papel, ja q temos alguma cociência, eh espalhar as boas vibraçoes pelo nosso brasilzao.. Eh oq podemos fazer.. no minimo...

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Azulzinho
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Re: o brasileiro é um povo fútil?vamos conversar sensatament

Mensagem por Azulzinho » 03 Mai 2015 23:19

Acho que a humanidade em geral (não só os brasileiros) está mais fútil porquê viver é muito mais fácil atualmente.

Imagina na crise de 29, na primeira e segunda guerra mundial, dava pra ser fútil? Quando você tinha que ralar simplesmente para tentar sobreviver? Na época da revolução industrial, etc e etc...Hoje, em boa parte do mundo que conhecemos de fome você não morre, é "fácil" ter o básico para não morrer, alguém que pode ser considerado pobre hoje possivelmente vive em condições melhores que um rico de outrora...

Isso dá muito mais espaço para se pensar em besteiras. Ou não pensar, claro.

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Eureek
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Re: o brasileiro é um povo fútil?vamos conversar sensatament

Mensagem por Eureek » 04 Mai 2015 05:35

O mundo inteiro e fútil , a mídia mainstream tem como objetivo fazer vc ser fútil e gastar grana com coisas que vc não precisa, mas passa acreditar que precisa e valorizar coisas materiais e " tangíveis " ao invés de valores e morais..

Na minha opinião, o estadosunidense médio e mais fútil que o brasileiro médio. Mais consumista, menos politizado e mais influenciado pelas merdas que aparecem na TV e na internet .

Quanto a Austrália. O exemplo do pedreiro pra mim não se aplica a futilidade , já que aqui e profissão de respeito, que paga bem e tem aquele status sexual tipo " bombeiro" . Muito camarada vira pedreiro ( principalmente que não curte muito estudar ) pra pegar mule . Aqui tem muita gente fútil , galerinha que gosta de ser VIP e o fenômeno mundial do hipster , que teoricamente valoriza conversa e conteúdo , mas não abre mão de gastar 5 dólares pra tomar seu latte especial no café especial dos hipsters todo dia.
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