"Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

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isilva8
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"Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por isilva8 » 05 Mai 2015 16:56

Depoimento: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer", revela soldado israelense

Piotr Smolar
Em Jerusalém 04/05/2015

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Vamos chamá-lo de Arié. Digamos que ele tenha cerca de 20 anos e um espírito crítico. Arié faz parte dos cerca de 60 soldados israelenses que aceitaram testemunhar junto à ONG Breaking the Silence a respeito da operação "Fronteira Protetora", conduzida no verão de 2014 na Faixa de Gaza. Arié contou ao "Le Monde" sobre sua experiência como atirador a bordo de um tanque de combate. Ele se aproximava da reta final de seu serviço militar quando foi enviado a Gaza. Seu esclarecedor depoimento foi confirmado em vários pontos por aqueles que constam na compilação da ONG, publicada na segunda-feira (4)

"Sou atirador em um tanque. Fiz um treinamento padrão de quatro meses, depois mais quatro de um treinamento especializado, que envolve muita balística, cálculos de distância, exercícios práticos. É você que controla as armas, então é preciso ser calmo e preciso. Tem um botão que permite ligar a eletricidade no canhão. Quando ele é pressionado, quer dizer que está se aproximando do tiro. A regra elementar é: não se brinca com ele, nem mesmo se tenta verificar se está funcionando, ele só pode ser apertado se você for atirar. E para isso é necessária a ordem do comandante. Isso se torna instintivo. Também descobri que tudo devia ser relatado. Aprendi a analisar um cenário, da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, e fazer um relatório. A decisão de se atirar é tomada em seguida por alguém acima de você.

Quando fui chamado no início de julho [de 2014], fomos reunidos no Golã [norte de Israel]. Esperamos que os caminhões chegassem, depois voltamos a partir para o sul, nas proximidades da Faixa de Gaza. Começamos a preparar os tanques. Ninguém fala para você naquele momento sobre a missão. É tudo meio vago, a gente conversa entre os soldados, falamos de nossos medos, dividimos nossos pensamentos. Passamos o tempo. Um dia, o chefe do batalhão nos reuniu para passar as ordens. 'Amanhã à noite entraremos na Faixa de Gaza', ele disse. 'Precisamos pensar em nossas famílias, em nossos lares. Isso que fazemos é pela segurança deles.' Ele nos falou das regras de combate. 'Há um círculo imaginário de 200 metros em torno de nossas forças. Se virmos qualquer coisa dentro, temos o direito de atirar.'

"Eu era o único a achar aquilo estranho"

Eu era o único a achar aquilo estranho. Ele me respondeu: 'Se uma pessoa vê um tanque e não foge, ela não é inocente e pode ser morta'. Para ele, não existiam civis. Se alguém podia nos fazer mal, era culpado. A margem de manobra era muito ampla, dependia de mim e de meu comandante. Não investigávamos o alvo como me haviam ensinado durante o treinamento. Era meio assim: se eu vejo algo suspeito na janela, ou se essa casa está perto demais de nós, quero atirar. 'Ok!', dizia o comandante. Era a cadeia de decisão em nossa unidade.

Tínhamos metralhadoras calibre 50 e as 7-62, para as zonas abertas ou nas moitas próximas. Mas a arma mais eficaz era o morteiro. Quando um carro se mexia estando na minha mira, morteiro. Mirávamos em coisas, não pessoas. Nunca vimos seres humanos de perto, exceto pelos breves cessar-fogo de algumas horas. As pessoas acreditavam então que podiam voltar para casa em total segurança. Tinha idosos, mulheres, crianças... Não sabíamos o que fazer. Eles nos viam e continuavam a avançar. Tínhamos medo de atentados suicidas.

Cheguei a pegar a metralhadora para apontar ao lado deles, para assustá-los, pois também tínhamos medo. Mesmo os soldados de tendência política de direita ficavam arrasados pelos civis, presos entre eles e nós, entre nossos tanques e os combatentes do Hamas. A gente pensava: eles os levaram ao poder democraticamente, mas mesmo assim... Que se danem os combatentes. Sempre comparamos o Hamas com o Hezbollah libanês, que é visto como elite da elite. O Hamas são semiprofissionais, que mesmo assim nos causam medo.

Eu nunca vi um combatente do Hamas. Eles são muito sorrateiros, se deslocam dentro de túneis. Você entra em uma zona aberta, e de repente eles atiram contra você, por trás. Você se vira e não tem mais ninguém. Além disso tem os sentinelas nos telhados. Matei um deles. Sentinela é uma palavra em nosso dicionário militar, que define uma pessoa que pode te observar do alto e fala pelo telefone. O sentinela é um semi-combatente. Até uma velhinha pode ser. Era comum ver uma pessoa ao longe no telhado, falando ao telefone. Verificávamos junto ao comandante se não era dos nossos. Depois atirávamos um morteiro passados alguns minutos. Isso aconteceu muito em nossa zona pois estávamos em uma planície e tinha um bairro do Hamas logo em frente, no alto. A maior parte do tempo eu só via uma mancha preta, nunca os rostos, porque eu olhava de longe com o sol em frente. Mas não podíamos nos arriscar.

"Mirávamos em fazendas, prédios"

Não era permitido mirar nos prédios das Nações Unidas. Nem mesmo apontar o canhão na direção deles, era preciso levantá-lo para impedir um tiro acidental. O mesmo valia para o hospital ou para a usina elétrica e os chamados prédios internacionais, a menos que atirassem contra nós claramente a partir desses lugares. Seria então preciso pedir autorização antes de responder. Esses lugares se situavam de 2 a 4 km de nós.

Entramos na Faixa de Gaza no dia 19 de julho. Procuramos túneis do Hamas construídos entre Gaza e Israel. Também devíamos destruir a infraestrutura do Hamas e causar os maiores danos possíveis à paisagem, à economia, à infraestrutura, para que o Hamas pagasse o maior preço possível pelo conflito, e para que eles pensassem duas vezes no próximo conflito. Era dissuasão. Mirávamos em fazendas, prédios, postes de luz. Se houvesse prédios civis elevados, podíamos mirar neles. Oficialmente nos diziam que era preciso evitar vítimas civis, mas ao mesmo tempo, fazer o máximo possível de estragos. Eu era o único que me incomodava com aquilo. Os outros diziam: 'Precisamos fazer isso, são eles ou nós, senão acabarão matando a gente, tudo bem...' Era realmente triste. Estou tentando entender por que era assim. Talvez eu seja mais maduro que eles, ou talvez minha educação tenha influenciado. Muitos tentam não pensar, sobreviver dia por dia, apagar sua consciência.

À noite entramos na Faixa de Gaza, estava um caos, havia muitas conversas por rádio. Estávamos com medo e achamos que íamos levar um tiro. Mas não aconteceu nada. Após alguns dias atirando sem nunca receber um tiro, minha vigilância baixou. Um dia tentamos sair do tanque porque estávamos com um problema no motor. Em menos de um minuto várias balas voaram perto da minha orelha, e me joguei ao chão. Foi intenso, e depois mais nada durante vários dias. Na primeira semana saíamos só para mijar, depois começamos a reservar um tempo – 15 minutos – para fazer café. Dormíamos no tanque. Fazia um calor terrível, não tinha ar condicionado.

"Mirei contra o 11º andar com um morteiro"

Quanto amanheceu, depois que chegamos, por volta das 8h ou 9h, o comandante pediu que seis tanques se enfileirassem em frente a Al-Burej [ampla zona de habitação no centro da Faixa de Gaza]. Eu havia ajustado meu rádio para ouvir os outros tanques, cada atirador podia escolher seu alvo, ao acaso. Era meio assim: "Eu miro naquele prédio branco ali". E era preciso esperar a contagem. Ninguém havia atirado contra nós nem durante, nem depois. O comandante chamou aquilo de 'Bom dia, Al-Burej!'. Meio brincando, ele dizia que queria dar a eles o bom dia do exército. Oficialmente era dissuasão. Então disparamos contra prédios civis comuns, ao acaso. Diziam que Al-Burej era um ninho de vespas do Hamas, que seria suicídio entrar ali. Controlávamos com fogo. Todo dia, a cada meia hora, um tanque parava em frente e atirava. Quando um dia um de nossos soldados foi morto por um tiro de morteiro, o comandante disse que devíamos nos vingar, em homenagem a ele. Nós nos posicionamos, escolhi ao acaso um prédio a cerca de 3 ou 4 quilômetros, perto do mar, e mirei no 11º andar com um morteiro. Talvez tenha morrido gente.

Durante todo esse tempo ficamos estacionados principalmente em uma zona rural em torno do vilarejo de Juhor ad-Dik, com muito verde, fazendas e muitas árvores. Quando partimos só restavam uma ou duas construções de pé. Eles pegaram o buldôzer blindado, o D-9, e trabalharam essa área 24 horas por dia, sete dias por semana, para transformá-la em deserto. O D-9 serve primeiro para abrir caminho para os tanques, para limpar os obstáculos, as eventuais armadilhas de bombas. Disseram que queriam nivelar essa área para ter uma capacidade de observação para a próxima vez.

Entramos no máximo a cerca de 3,5 km para dentro da Faixa. A gente se dividia e partia em missões de poucas horas, na direção do sul e de Al-Burej, ou senão ao norte ou a oeste. Vi um túnel de ataque do Hamas. Ele era tão largo que podíamos praticamente entrar com um tanque dentro. Também vi um pequeno túnel em Juhor ad-Dik, embaixo de um prédio que havia abrigado uma farmácia da Cruz Vermelha. O prédio foi destruído. Ficamos cerca de duas semanas e meia dentro da zona. A maior parte do tempo os tanques percorriam os arredores. Tínhamos muito medo de eventuais incursões do Hamas, como aconteceu em outros lugares.

Durante toda a operação, os atiradores [dentro dos tanques] ficavam radiantes de poderem atirar morteiros, pois jamais podíamos fazer isso em tempos normais, pois custa caro demais. Só fiz isso seis ou sete vezes durante meu treinamento. Lá era uma boa oportunidade para todos verificarem suas habilidades. Ficávamos exaltados com aquilo porque era nossa vez de brilhar. Durante toda a operação, tive de atirar 20 ou 25 morteiros, e os outros duas vezes toda semana. Eu via os civis por trás daquilo. Nossas discussões eram uma guerra de egos.

"Quando deixei Gaza, eu estava amargurado e triste"

Na terceira semana, aconteceu de estarmos postados em um lugar de onde se via a rota Salaheddine, a grande artéria que atravessa a Faixa do norte ao sul. As pessoas circulavam ali pois ela estava fora da zona de combate. Éramos em três tanques. Pensamos: Ok, vamos ver quem consegue atingir um veículo ou uma bicicleta. O comandante disse: 'Ok, me deem um motivo de orgulho!' Apostamos entre nós, mas era difícil demais, ninguém conseguiu. Meu tanque era dos anos 1980, ele não consegue atingir alvos que se desloquem rápido. Eu precisava calcular tudo em minha cabeça em cinco segundos para antecipar a trajetória. E eu só via parte da estrada. Havia um ciclista lá. Miramos nele com uma metralhadora calibre 50, uma arma nada precisa. Atirei ao lado e em frente dele. Eu não a ajustei de fato. Ele se mandou tão rápido, mais rápido que o [Lance] Armstrong, que todo mundo riu. É o episódio do qual mais sinto vergonha.

Quando deixei Gaza, eu estava amargurado e triste com aquilo que aconteceu. Mas estava aliviado de voltar à vida civil. A maior parte das pessoas da minha companhia são de direita. Eles consideram a Breaking the Silence como uma organização antissionista. 'Crimes de guerra'? Talvez não chegue a tanto. Mas tenho a sensação de ter feito coisas amorais, no plano internacional. Mirei em alvos civis, às vezes só por prazer.

Tentei falar sobre isso. Mas em meu ambiente ninguém quer ouvir tudo isso, sobre essas coisas ruins. 'Você é um herói, fez o que devia fazer...' Não é o exército que eles conhecem, 'o mais moral do mundo'. Em Israel, todo mundo vai para o exército, e ele faz parte de nós. É algo pessoal. Meus pais me disseram a mesma coisa. 'Você fez o que devia fazer, estamos contentes que tenha voltado.'

Lá todo o sistema de valores era invertido. As pessoas nas ruas me diziam que sou um herói. Eu só ficava sentado em um tanque o dia inteiro. Eu me acostumei com essa presença, a atirar. Você pega um homem livre e o transforma em escravo: ao final de alguns anos, ele se acostuma. É como um passeio no parque.

Eu não tinha janela. Meu mundo em Gaza era uma caixa de 20 centímetros. Eu via tudo através de um visor, de uma cruz por cima de cada estrada, de cada prédio. Ainda tenho as noções de bem e de mal. Quando atirei contra prédios civis ou contra o ciclista, eu tinha a ciência de estar fazendo algo ruim, mas sentíamos que podíamos fazer tudo, que não havia lei. Dentro dos limites da lógica militar. É claro, não estuprar crianças ou matar uma família inteira só porque ela estava lá.... Mas poder destruir um prédio vazio, sim. Atirar contra uma estrada, sim. Se matamos algumas pessoas, teremos inimigos. Mas é só."

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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por Leinad » 05 Mai 2015 19:01

Guerra é sempre igual.
É quando vemos o Estado "criando" psicopatas em larga escala.

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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por Snickt » 05 Mai 2015 20:05

Nenhum lado está 100% certo sempre.

E o mais triste é ver milhares de pessoas inocentes perdendo suas vidas por conta de uma minoria que acaba colocando suas vaidades e ambições pessoais acima de tudo.

Infelizmente o ser humano ainda terá de passar por uma longa caminhada para ter a certeza de que a guerra não é a melhor forma de se resolver uma desavença.


survivor
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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por survivor » 06 Mai 2015 02:27

Lembra bem a guerra dos balcãs, na antiga Yoguslavia onde a regra do jogo era essa, em pleno fim de seculo XX, mentalidade genocida, na base da limpeza étnica, nesse caso os E.U.A. ficaram só assistindo.
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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por Bluetauro » 06 Mai 2015 11:44

Depois não sabem porque os caras fazem atentados terroristas.
O socialismo é a filosofia do fracasso, a crença na ignorância, a pregação da inveja. Seu defeito inerente é
a distribuição igualitária da miséria. Winston Churchill

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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por Lee Jun-Fan » 06 Mai 2015 12:22

Bluetauro escreveu:Depois não sabem porque os caras fazem atentados terroristas.
Quem veio primeiro: ovo ou a galinha?
Wallim, BAP, Tostes, Landin: verdadeiros alicerces da reconstrução rubro-negra! ⚫🔴

Zico: GOAT Eterno!

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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por GBcomp72 » 06 Mai 2015 14:02

A guerra é cruel para todos os lados, o Hamas e algumas nações islâmicas que seguem sua religião ao pé da letra como por exemplo: Destruir o Estado de Irael, perseguir os infiéis e mata-los, usam táticas semelhantes, matando civis sem dó e inocentes...Seria muito bom se não existisse guerras. Na guerra o perdedor sempre é o povo.
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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por isilva8 » 06 Mai 2015 14:07

fazer inimigos... o ciclo de maldade e guerra nunca acaba , os nazistas fizeram inimigos , os judeus por ser um povo ''santo'' podia ter mais consideração... não ''abrir as pernas'' mas rever algumas coisas
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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por GBcomp72 » 06 Mai 2015 14:30

Lee Jun-Fan escreveu:
Quem veio primeiro: ovo ou a galinha?
Nesse caso os Amoritas, Cananeus.

2000 A.C.
Amoritas, Cananeus e outros povos semitas, relacionados com os Fenícios, ocupam o território que ficará conhecido como Terra de Canaã.
1800-1500 A.C.
Os Hebreus
722 A.C.
Os Assírios põem fim ao Reino de Israel.
586 A.C.
Os Babilónios submetem o Reino da Judeia, pondo termo ao reinado dos Hebreus na Palestina.
538 A.C.
Invasão Persa sob o comando de Ciro, o Grande.
331 A.C.
Invasão Grega conduzida por Alexandre o Grande.
64 A.C.
Invasão Romana liderada por Pompeu.
634 D.C.
A conquista Árabe dá início a treze séculos de civilização muçulmana na Palestina.
1099-1291
Sucessivas invasões de Cruzados.
1517
Início da ocupação Otomana que perdurará até 1917.
1799-1780
Napoleão invade a Palestina e a Síria.
1902
É criado o Estatuto do Fundo Nacional Judeu para aquisição da terra da Palestina que deve ser entregue "desocupada dos seus habitantes árabes".
1933
Janeiro - Ascensão de Hitler ao poder. A política anti-semita do III Reich estimula a emigração judaica para a Palestina.
1941-1945
Durante a II Guerra Mundial, o nazismo leva a cabo uma política de genocídio, vitimando milhões de judeus.
1947
14 de Fevereiro - A Grã-Bretanha anuncia a sua renúncia ao Mandato sobre a Palestina.
29 de Novembro - As Nações Unidas votam a Resolução 181 que prevê a partilha da Palestina entre um estado judaico (55% da área do país), um estado árabe (44%) e uma zona internacional (os Lugares Santos: Jerusalém e Belém). As autoridades sionistas aceitam o plano; os árabes recusam.

1995
4 de Novembro - Assassinato de Yitzhak Rabin por um extremista judeu.
29 de Maio - Benjamin Netanyahu, do Likud, derrota Shimon Peres nas eleições israelitas e assume o poder.
2002
Março - Na sequência de vários ataques palestinos, Sharon ordena a reocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Arafat fica cercado em Ramalah durante 30 dias.
12 de Março - A Resolução 1397 do Conselho de Segurança das Nações Unidas reconhece, pela primeira vez, a necessidade de um Estado Palestino.
2003
22 de Março - Israel assassina o líder espiritual do Hamas, xeque Ahmed Yassin num ataque com mísseis em Gaza.
11 de Novembro - Yasser Arafat, Presidente da Autoridade Palestina, morre no Hospital Militar de Percy, nos arredores de Paris.
2008
Fevereiro - Israel encerra os acessos a Gaza em retaliação pelos ataques com rockets. O Hamas lança os primeiros ataques suicidas em 18 meses. A operação “Inverno Quente”, lançada por Israel, faz 112 mortos palestinos e 3 israelitas.
14 de Maio - Tony Blair anuncia um novo plano para a Paz e pelos direitos dos palestinos, fortemente inspirado nas ideias do plano do Vale da Paz.
27 de Dezembro – Israel desencadeia um ataque brutal contra Gaza, provocando uma catástrofe humanitária de larga escala. Centenas de civis, homens, mulheres e crianças, impossibilitados de fugir, são mortos.


Fiz um resumo, mas tem muito mais coisas que deixei de fora pra não ficar muito grande...

Não sou a favor de genocídios...

Entendo que devemos nos resguardar contra a investida muçulmana no mundo, não sei como fazer isto sem o uso da violência, fica complicado achar uma saida para este caso, vejam alguns detalhes sobre o que os muçulmanos defendem:



1 – “E quando vos enfrentardes com os incrédulos, (em batalha), golpeai-lhes os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros.” - Alcorão 47:4
Os estudiosos liberais frequentemente dirão aos seus estudantes que a palavra " decapitam" não aparece nesta passagem, e eles têm razão. Em vez da palavra "decapitem" o Alcorão (isto é, Maomé) disse aos maometanos para golpear os pescoços dos incrédulos até que tenha infligido matança.
2 – "Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. ... E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos." - Alcorão 2:191,193
O contexto histórico desta passagem não é uma guerra defensiva. Os maometanos tinham acabado de chegar a Medina e não estavam a ser atacados. Maomé não está a ordenar aos seus seguidores que tomam acções contra os inimigos que os estão a perseguir, mas sim a ordenar os seus fiéis a subjugar as povoações dos infiéis e matá-los.
3 – "Também vos está vedado desposar as mulheres casadas, salvo as que tendes à mão. Tal é a lei que Deus vos impõe." - Alcorão 2:24
Quando o Alcorão fala sobre "as que tendes à mão", ele refere-se àquelas que estão na sua posse - propriedade sua. No contexto da surah 4, o Alcorão fala das mulheres que eles capturaram em guerra. Aquelas mulheres que foram capturadas como reféns numa guerra são aquelas que "tendes à mão". Maomé sancionou o abuso sexual destas mulheres capturadas em guerra.

Alguns maometanos interpretam este verso como sendo um que dá permissão aos maometanos que tenham relações com múltiplas esposas, mas o versículo claramente faz distinção entre as esposas que aquelas que "tendes à mão".
4 – "Infundiremos terror nos corações dos incrédulos, por terem atribuído parceiros a Deus, sem que Ele lhes tivesse conferido autoridade alguma para isso." - Alcorão 3:151
Quando o versículo diz "por terem atribuído parceiros a Deus", refere-se a idolatria; politeísmo. Uma vez que alguns maometanos acreditam que o conceito Cristão de Cristo é politeísmo, esta ayah também se refere a eles.
5 – "Está-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora o repudieis. É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial" - Alcorão 2:216
Sabemos a partir da Tradição islâmica (Hadeeth) que o contexto desta passagem não é uma guerra defensiva. Maomé narra esta ayah como forma de motivar e encorajar os seus discípulos a atacar as caravanas dos mercadores de Meca. Ele diz-lhes que embora eles odeiam combater, qualificando isso de imoral, isso é uma ordem a qual eles, como maometanos, estão obrigados a seguir.


Reforçando a minha opinião, sou radicalmente contra qualquer tipo de guerra ou expressão de violência, acredito que todos podemos viver em paz e sonho em viver em um lugar onde não tenhamos medo de sair de casa, seja pela falta de segurança ou risco de ser alvo de extremistas ou afins...
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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por robinholoureiro » 06 Mai 2015 17:11

Lee Jun-Fan escreveu:
Quem veio primeiro: ovo ou a galinha?
Os ataques terroristas dos sionistas aos britânicos na Palestina. .. Esses vieram primeiro. ..

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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por acumas » 07 Mai 2015 09:29

Triste isso! Hoje Israel comete o que condenava nos alemães.

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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por Templo Jiu Jitsu » 07 Mai 2015 10:56

Os sionistas fazem isso regularmente quando atacam os palestinos, o sionismo é o Pai do Hamas, pois bem os próprios militares Israelenses confirmando seus crimes, bombardear escola da ONU é fichinha!

Soldados israelenses acusam seu próprio exército de exagero

Entre exemplos, soldado relatou que duas mulheres foram abatidas por estarem muito perto da linha de fronteira israelense

Uma organização israelense publicou nesta segunda-feira (04) um documento no qual soldados de Israel acusam seu próprio exército de ter causado um número de vítimas civis sem precedentes ao recorrer ao uso indiscriminado da força durante a guerra na Faixa de Gaza em 2014.

No documento, que compila os testemunhos anônimos de mais de 60 oficiais e soldados que participaram na guerra de julho-agosto de 2014, a "Romper o silêncio", denuncia uma centena de casos de mal comportamento imputáveis em boa parte ao princípio de "risco mínimo", adotado pelo exército israelense para proteger seus soldados.

"Esse princípio e os esforços empregados contra os combatentes palestinos causaram à população e sobre as infraestruturas civis um número de vítimas e desgastes sem precedentes", afirma a "Romper o silêncio", que oferece aos soldados israelenses uma plataforma na qual podem se expressar sob anonimato. Esse instrumento de denúncia transformou-se em uma fonte de preocupação para as autoridades israelenses.

Entre os testemunhos recolhidos, há, por exemplo, o de um soldado que relatou que duas mulheres foram abatidas por estarem muito perto da linha de fronteira israelense. Após a inspeção dos corpos, verificou-se que elas não estavam armadas. "Foram registradas como terroristas. Apontaram-lhes (as armas) e dispararam (contra elas), então evidentemente tinham que ser terroristas", desabafou o soldado.

Em resposta às denúncias, o exército israelense disse que pediu à "Romper o silêncio" que lhe fornecesse provas ou informações a respeito dos fatos denunciados para poder investigá-los. A organização, contudo, teria negado o pedido, o que, segundo o exército, coloca em dúvida suas intenções.

Este documento é publicado no momento em que a atuação dos soldados israelenses durante a guerra de julho-agosto de 2014 continua sendo examinada pela ONU. Os palestinos querem levar os dirigentes israelenses à justiça internacional, por crimes de guerra. O exército de Israel também conduz suas próprias investigações.

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O Povo Judeu tem que se livrar do Sionismo, caso contrário sempre estarão atraindo atenção negativa sobre eles...

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Templo Jiu Jitsu
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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por Templo Jiu Jitsu » 07 Mai 2015 10:59

Se a ONU fosse uma organização séria Israel ja tinha sido bombardeado a muito tempo!

leahpar
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Re: "Mirei contra civis, às vezes só por prazer"

Mensagem por leahpar » 07 Mai 2015 11:07

Criação de Israel foi uma das maiores cagadas do século passado.

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