"Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
"Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
O tópico tem relação com a entrevista do 'Seu Jorge', que pode ser lida na íntegra aqui:
http://rollingstone.uol.com.br/noticia/ ... r/#imagem0" onclick="window.open(this.href);return false;
O objetivo, no entanto, não é focar na entrevista em si, mas na excelente análise [minha opinião] feita pelo Rodrigo Constantino sobre o fato do músico em questão, que hoje mora nos EUA, se recusar a voltar a favelas.
Eu sei, eu sei... vai ter gente torcendo o nariz por ser o Constantino, mas [e aí é só uma sugestão] vamos nos ater ao conteúdo e não na pessoa.
Gostaria de saber o que os amigos acham da análise, que é um contraponto à glamourização das favelas, algo que é feito com muita frequência por gente como Regina Casé, Sakamoto etc.
Eis o texto:
“Favela não é lugar para ninguém”, diz Seu Jorge, que veio de uma delas em Belford Roxo
A esquerda caviar adora glamourizar as favelas, ou melhor, as “comunidades”. São lugares vistos como de vanguarda, onde há uma simplicidade maior, uma camaradagem espontânea, algo que nos remete ao “bom selvagem” de Rousseau, pessoas mais “puras”, enfim, pois não totalmente contaminadas pela “ganância capitalista” e a impessoalidade das cidades. Basta assistir a um programa “Esquenta!”, de Regina Casé, ou ler uma entrevista de Miguel Falabella, enaltecendo o estilo de vida mais descolado e divertido de lá, para se ter quase vontade de vender tudo e ir morar numa favela.
Na prática, não é nada disso. O que temos é um cotidiano de surras e pobreza, os “gatos” da Net feitos por “esperteza” e excesso de “malandragem”, e um clima de total insegurança, em que os pais vivem constantemente apavorados com o risco de seus filhos serem atraídos pelo tráfico de drogas, que domina quase todas as favelas cariocas. O gerente de tráfico da favela da Maré chegou a afirmar que matava um por dia, se quisesse. É esse o ambiente insalubre dos moradores dessas “comunidades”, sem falar da falta de saneamento adequado e tudo mais.
Enquanto o beautiful people dos bairros chiques elogia essa condição de vida de longe, muitos favelados (termo jamais usado por essa gente) desejam aquilo que os outros têm: consumir mais produtos modernos, viver com mais segurança, oferecer uma condição de vida melhor para seus filhos. Na resenha que escrevi de Um país chamado favela, tentei encontrar um ponto de equilíbrio entre a glamourização feita pela elite da esquerda e o preconceito destilado por muitos, sem deixar de criticar o viés esquerdista dos autores.
Mas tudo isso foi para chegar à entrevista recente que Seu Jorge concedeu à revista Rolling Stone. Ele, que veio de Belford Roxo e sabe do que está falando, ao contrário dos artistas e “intelectuais” nascidos em berço de ouro, como Chico Buarque e companhia, foi enfático ao dizer:
Favela não é lugar para ninguém. Favela não é legal. Não tem segurança, não tem saneamento, não tem hospital, não tem porra nenhuma. Favela só sofre preconceito. Eu quis sair mesmo. Eu não quis ficar enterrado na favela. Nasci lá, mas não quis ficar enterrado lá. Favela não é meu mundo, meu tudo, porra nenhuma. A favela é o abandono que o governo deixou pra gente. E hoje eu não quero tocar na favela para não me envolver com tudo que está errado lá dentro.
Sinceridade, algo que tanto falta aos nossos artistas da esquerda caviar. Ao contrário daqueles que elogiam Cuba, Venezuela e o socialismo, mas escolhem passar férias ou viver em Nova York ou Paris, Seu Jorge elogia os Estados Unidos mesmo, um “país diferenciado”, não por acaso onde escolheu viver. Quando questionado por que foi para Los Angeles, respondeu: “Tranquilidade. Eu precisava ser pai. No Brasil o Seu Jorge estava dentro de casa. Eu não conseguia levar minhas filhas para passear, ir à escola delas sem ter a aclamação do público. Nos Estados Unidos não tem isso. Lá eu tenho uma vida normal de pai, que sai, dá uma volta com o cachorro”.
Não é apenas a fama que o mantinha em casa, naturalmente. Pode ter sido o fator principal em seu caso, mas não foi o único. É o que faz muita gente, cada vez mais, temer um simples passeio no parque, ou andar de bicicleta pela orla: a violência, o risco de assalto, de levar uma bala perdida, de ser abordado por um marginal que depois é tratado como “vítima da sociedade” pelos sociólogos e poetas. Não há isso nos Estados Unidos. Aqui em Weston vemos vários ciclistas pelas ruas, e se eu perguntar se temem algum assaltante, não vão compreender minha pergunta. Posso sair de um restaurante às 23h de vidros abertos e parar em qualquer sinal sem medo. Tranquilidade, é a palavra certa, usada por Seu Jorge, que lamenta a perda de identidade do brasileiro:
Acho que a política brasileira está passando por uma crise de identidade muito grande. Não reconhecemos mais quem nos representa. É um problema muito sério, porque atinge a percepção da capacidade de o Brasil ser um país colossal, como ele merece e tem condições para ser. O mundo todo torce para o Brasil e para o brasileiro, eu percebo isso [lá fora]. Os programas sociais não são um problema, mas causam um rombo muito grande e fazem com que as pessoas não se movam para alcançar outro plano. As contas do governo também não batem. Acho que uma série de ministérios deveria ser suprimida e que precisamos de gestores mais sérios. Está cada vez mais difícil representar o Brasil fora daqui, e essa é minha função. Não saí do Brasil para me tornar um gringo – eu saí para afirmar o Brasil. Mas está difícil, porque nossas mazelas e feridas estão expostas e as pessoas não acreditam na gente. Isso interfere diretamente no meu trabalho e carreira.
Sobre aqueles que atacam o cantor por ele ter se mudado para os Estados Unidos, a típica elite da esquerda caviar que vive numa bolha, Seu Jorge solta o verbo em desabafo:
O patrulheiro que fica me enchendo o saco, dizendo “Pô, o Jorge agora mora nos Estados Unidos”, tem que se lembrar do seguinte: eu era morador de rua, um fodido e meu dinheiro eu fiz centavo por centavo sem sacanear ninguém, sem roubar ninguém. O Brasil em que eu acredito é esse que está na Avenida Paulista ralando; é o Brasil do motoboy, das mães solteiras fazendo faxina como diaristas, dos garçons, dos seguranças. Esse é o meu Brasil, eu vim daí. Agora, vem essa galerinha de Facebook e de Twitter [falar de mim]. Pô, morre e nasce de novo para poder chegar perto de mim, morou?
Morei. Entendo perfeitamente o desabafo de Seu Jorge, mesmo jamais tendo passado pelo que ele passou na infância. Isso nunca me impediu de ter sensibilidade para tentar me colocar no lugar do outro, e por isso mesmo minha revolta com essa elite hipócrita, que glamouriza o que é, para o outro, um fardo concreto. Se Seu Jorge tivesse ficado na favela até hoje, tendo que fazer parceria ou com o tráfico ou com a milícia, a esquerda caviar ia adorar, ia repetir que ele não perdeu os laços com sua essência humilde, enquanto, na prática, ele estaria prejudicando sua família e agredindo sua ética.
Em Los Angeles ele não precisa de nada disso. Pode oferecer uma qualidade de vida bem melhor para as filhas, pode dormir em paz, sair com tranquilidade, e não tem que contemporizar com bandido para fazer seus shows. E isso é condenado por aqueles que vivem no Leblon ou no Jardins, gente que vai para Paris ou Nova York todo ano, mas adora odiar os Estados Unidos, e “ama” as favelas, de preferência bem de longe, vendo-as como uma simples abstração, enquanto os favelados são apenas mascotes para alimentar sua vaidade fruto da autoimagem de abnegados e altruístas. Para esses “psicólogos sakamotianos“, Seu Jorge quer apenas o gozo da inveja alheia. Não é mole não!
Rodrigo Constantino
http://rollingstone.uol.com.br/noticia/ ... r/#imagem0" onclick="window.open(this.href);return false;
O objetivo, no entanto, não é focar na entrevista em si, mas na excelente análise [minha opinião] feita pelo Rodrigo Constantino sobre o fato do músico em questão, que hoje mora nos EUA, se recusar a voltar a favelas.
Eu sei, eu sei... vai ter gente torcendo o nariz por ser o Constantino, mas [e aí é só uma sugestão] vamos nos ater ao conteúdo e não na pessoa.
Gostaria de saber o que os amigos acham da análise, que é um contraponto à glamourização das favelas, algo que é feito com muita frequência por gente como Regina Casé, Sakamoto etc.
Eis o texto:
“Favela não é lugar para ninguém”, diz Seu Jorge, que veio de uma delas em Belford Roxo
A esquerda caviar adora glamourizar as favelas, ou melhor, as “comunidades”. São lugares vistos como de vanguarda, onde há uma simplicidade maior, uma camaradagem espontânea, algo que nos remete ao “bom selvagem” de Rousseau, pessoas mais “puras”, enfim, pois não totalmente contaminadas pela “ganância capitalista” e a impessoalidade das cidades. Basta assistir a um programa “Esquenta!”, de Regina Casé, ou ler uma entrevista de Miguel Falabella, enaltecendo o estilo de vida mais descolado e divertido de lá, para se ter quase vontade de vender tudo e ir morar numa favela.
Na prática, não é nada disso. O que temos é um cotidiano de surras e pobreza, os “gatos” da Net feitos por “esperteza” e excesso de “malandragem”, e um clima de total insegurança, em que os pais vivem constantemente apavorados com o risco de seus filhos serem atraídos pelo tráfico de drogas, que domina quase todas as favelas cariocas. O gerente de tráfico da favela da Maré chegou a afirmar que matava um por dia, se quisesse. É esse o ambiente insalubre dos moradores dessas “comunidades”, sem falar da falta de saneamento adequado e tudo mais.
Enquanto o beautiful people dos bairros chiques elogia essa condição de vida de longe, muitos favelados (termo jamais usado por essa gente) desejam aquilo que os outros têm: consumir mais produtos modernos, viver com mais segurança, oferecer uma condição de vida melhor para seus filhos. Na resenha que escrevi de Um país chamado favela, tentei encontrar um ponto de equilíbrio entre a glamourização feita pela elite da esquerda e o preconceito destilado por muitos, sem deixar de criticar o viés esquerdista dos autores.
Mas tudo isso foi para chegar à entrevista recente que Seu Jorge concedeu à revista Rolling Stone. Ele, que veio de Belford Roxo e sabe do que está falando, ao contrário dos artistas e “intelectuais” nascidos em berço de ouro, como Chico Buarque e companhia, foi enfático ao dizer:
Favela não é lugar para ninguém. Favela não é legal. Não tem segurança, não tem saneamento, não tem hospital, não tem porra nenhuma. Favela só sofre preconceito. Eu quis sair mesmo. Eu não quis ficar enterrado na favela. Nasci lá, mas não quis ficar enterrado lá. Favela não é meu mundo, meu tudo, porra nenhuma. A favela é o abandono que o governo deixou pra gente. E hoje eu não quero tocar na favela para não me envolver com tudo que está errado lá dentro.
Sinceridade, algo que tanto falta aos nossos artistas da esquerda caviar. Ao contrário daqueles que elogiam Cuba, Venezuela e o socialismo, mas escolhem passar férias ou viver em Nova York ou Paris, Seu Jorge elogia os Estados Unidos mesmo, um “país diferenciado”, não por acaso onde escolheu viver. Quando questionado por que foi para Los Angeles, respondeu: “Tranquilidade. Eu precisava ser pai. No Brasil o Seu Jorge estava dentro de casa. Eu não conseguia levar minhas filhas para passear, ir à escola delas sem ter a aclamação do público. Nos Estados Unidos não tem isso. Lá eu tenho uma vida normal de pai, que sai, dá uma volta com o cachorro”.
Não é apenas a fama que o mantinha em casa, naturalmente. Pode ter sido o fator principal em seu caso, mas não foi o único. É o que faz muita gente, cada vez mais, temer um simples passeio no parque, ou andar de bicicleta pela orla: a violência, o risco de assalto, de levar uma bala perdida, de ser abordado por um marginal que depois é tratado como “vítima da sociedade” pelos sociólogos e poetas. Não há isso nos Estados Unidos. Aqui em Weston vemos vários ciclistas pelas ruas, e se eu perguntar se temem algum assaltante, não vão compreender minha pergunta. Posso sair de um restaurante às 23h de vidros abertos e parar em qualquer sinal sem medo. Tranquilidade, é a palavra certa, usada por Seu Jorge, que lamenta a perda de identidade do brasileiro:
Acho que a política brasileira está passando por uma crise de identidade muito grande. Não reconhecemos mais quem nos representa. É um problema muito sério, porque atinge a percepção da capacidade de o Brasil ser um país colossal, como ele merece e tem condições para ser. O mundo todo torce para o Brasil e para o brasileiro, eu percebo isso [lá fora]. Os programas sociais não são um problema, mas causam um rombo muito grande e fazem com que as pessoas não se movam para alcançar outro plano. As contas do governo também não batem. Acho que uma série de ministérios deveria ser suprimida e que precisamos de gestores mais sérios. Está cada vez mais difícil representar o Brasil fora daqui, e essa é minha função. Não saí do Brasil para me tornar um gringo – eu saí para afirmar o Brasil. Mas está difícil, porque nossas mazelas e feridas estão expostas e as pessoas não acreditam na gente. Isso interfere diretamente no meu trabalho e carreira.
Sobre aqueles que atacam o cantor por ele ter se mudado para os Estados Unidos, a típica elite da esquerda caviar que vive numa bolha, Seu Jorge solta o verbo em desabafo:
O patrulheiro que fica me enchendo o saco, dizendo “Pô, o Jorge agora mora nos Estados Unidos”, tem que se lembrar do seguinte: eu era morador de rua, um fodido e meu dinheiro eu fiz centavo por centavo sem sacanear ninguém, sem roubar ninguém. O Brasil em que eu acredito é esse que está na Avenida Paulista ralando; é o Brasil do motoboy, das mães solteiras fazendo faxina como diaristas, dos garçons, dos seguranças. Esse é o meu Brasil, eu vim daí. Agora, vem essa galerinha de Facebook e de Twitter [falar de mim]. Pô, morre e nasce de novo para poder chegar perto de mim, morou?
Morei. Entendo perfeitamente o desabafo de Seu Jorge, mesmo jamais tendo passado pelo que ele passou na infância. Isso nunca me impediu de ter sensibilidade para tentar me colocar no lugar do outro, e por isso mesmo minha revolta com essa elite hipócrita, que glamouriza o que é, para o outro, um fardo concreto. Se Seu Jorge tivesse ficado na favela até hoje, tendo que fazer parceria ou com o tráfico ou com a milícia, a esquerda caviar ia adorar, ia repetir que ele não perdeu os laços com sua essência humilde, enquanto, na prática, ele estaria prejudicando sua família e agredindo sua ética.
Em Los Angeles ele não precisa de nada disso. Pode oferecer uma qualidade de vida bem melhor para as filhas, pode dormir em paz, sair com tranquilidade, e não tem que contemporizar com bandido para fazer seus shows. E isso é condenado por aqueles que vivem no Leblon ou no Jardins, gente que vai para Paris ou Nova York todo ano, mas adora odiar os Estados Unidos, e “ama” as favelas, de preferência bem de longe, vendo-as como uma simples abstração, enquanto os favelados são apenas mascotes para alimentar sua vaidade fruto da autoimagem de abnegados e altruístas. Para esses “psicólogos sakamotianos“, Seu Jorge quer apenas o gozo da inveja alheia. Não é mole não!
Rodrigo Constantino
- Queixodevidro
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Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
Seu Jorge, sou seu fã!
A felicidade não é um prêmio ao final do caminho, ela é o caminho. TEAM TIGER
Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
Terminei de ler o livro que ele faz referência (Um país chamado favela) na semana passada.
Interessante porque trás uma narrativa de quem vivencia aquela realidade. Descreve relações de consumo, relações de poder, ambições, comportamentos etc de moradores de favela.
O livro é um pouco ufanista, mas vale porque foi feito a partir da perspectiva de quem vive lá.
No mais, é o Constantino moldando discursos para a constante guerra "ideológica", jogando na lama tudo que ele acha que faz parte do discurso do inimigo e omitindo e narrando tudo que interessa ao colunista.
Interessante porque trás uma narrativa de quem vivencia aquela realidade. Descreve relações de consumo, relações de poder, ambições, comportamentos etc de moradores de favela.
O livro é um pouco ufanista, mas vale porque foi feito a partir da perspectiva de quem vive lá.
No mais, é o Constantino moldando discursos para a constante guerra "ideológica", jogando na lama tudo que ele acha que faz parte do discurso do inimigo e omitindo e narrando tudo que interessa ao colunista.
Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
vixi
vai virar o inimigo numero da burguesia esquerdista do brasil
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Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
falou certinho.
"Brasil Acima de tudo, Lúcifer acima de todos!!!"
- rei gabiru
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Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
Mandou a real.....TNC Casé
Team Tabajara
Rei Gabiru, o "Maldito"
Rei Gabiru, o "Maldito"
Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
seu jorge é foda e concordo com tudo q ele falou.
São Judas Tadeu protegei o Flamengo de seus seguidores
Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
Mano Brown já havia falado antes. Ninguém quer morar na favela. E glamorizar isso é incentivar quem está na merda a não querer sair de lá.
"Ser famoso na Internet vale tanto quanto ser rico no Banco Imobiliário." by NoFun
"Você fala uma mentira na TV e 100 milhões de pessoas te assistem. Depois, três artigos te desmentem e cinco mil pessoas lêem." by César Benjamin
"Você fala uma mentira na TV e 100 milhões de pessoas te assistem. Depois, três artigos te desmentem e cinco mil pessoas lêem." by César Benjamin
Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
rainha da mundiça chora news
nada mais patético do que o conformismo de ter orgulho de ser favelado
Editado pela última vez por Pegaso em 28 Mai 2015 13:41, em um total de 1 vez.
Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
parabens pelo autor do topico pelo resumo
mas porra.. essa sempre foi a postura do Seu Jorge, ta mais do q certo neh cara.. chovendo no molhado infelizmente
mas porra.. essa sempre foi a postura do Seu Jorge, ta mais do q certo neh cara.. chovendo no molhado infelizmente
aos mestres com carinho: kozak (RIP), molotov (RIP), brunologo (RIP), blake (RIP)
- sawadee-krap
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Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
apoiado
Soul Rebel....
Vá em frente, eu não faço compra aqui. (Cobra, Stallone)
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- Registrado em: 10 Out 2014 13:23
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Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
Salve Jorge, disse tudo e mais um pouco! Por isso eu detesto essa merda de esquenta, glamourização da pobreza!
Re: "Favela não é lugar pra ninguém" - Sakamoto triste News
Valeu!!!rockit escreveu:parabens pelo autor do topico pelo resumo
mas porra.. essa sempre foi a postura do Seu Jorge, ta mais do q certo neh cara.. chovendo no molhado infelizmente
Penso que a pessoa que nasce e cresce em uma região cheia de carências (e não precisa ser uma favela para ter carência) acaba se acomodando com aquele mundo, pois não há nenhuma referência, pelo menos próxima, que lhes faça ver que as coisas podem ser diferentes.
A única coisa boa que existe nesse tipo de 'ambiente' (e não é pouco) é o companheirismo entre as pessoas. Todos, sem exceção, sabem que tá todo mundo ferrado, por isso se ajudam. A dona de casa pode não ter comida em casa, mas não nega um pouco de sal, óleo ou outra coisa que a vizinha venha lhe pedir. O camarada que precisa colocar uma laje em casa não chama um pedreiro, ele paga uma cerveja pros amigos ou faz um churrasco na rua e todo mundo participa. Isso que é legal nessas comunidades. São amizades que duram para sempre! Essas relações são raras entre pessoas de poder aquisitivo maior. Mas é só!
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