Cara, Inglaterra fazia as mesmas coisas. Guerra, extermínio de minorias em seus territórios, colocar a população civil no front pra levar bala e ainda usava arma química, coisa que só o Japão (até onde sei) fazia após a primeira guerra. Os EUA sob certo ponto de vista fazem isso até hoje na política externa deles. A questão é muito mais complicada que o caráter expansionista de um país e suas perseguições. A propriedade privada é uma delas. Hitler queria a pureza social enquanto a URSS aglobava um monte de etnia (apesar de perseguir algumas delas). Existem diferenças basais muito fortes. Se fomos observar o tratamento e perseguição do outro + nacionalismo como algo vinculado ao nazismo, e só isso, quase todo grande estado moderno é nazista.blackmore escreveu:Cada Panzer construído pela Alemanha até 1940 foi feito com aço Soviético. Fato.
Enquanto os nazistas perseguiam judeus, ciganos, negros, e os contrários ao regime... os soviéticos perseguiam curdos, chechenos, crimeios, etc, e os contrários ao regime. Todos estes tradados e enviados como sub-humanos, para campos de trabalho forçados, depois campos de extermínio, seja na Polônia, seja na Sibéria. Fato.
O exército nazi, pré segunda guerra, foi treinado na USSR sob sigilo. A Alemanha estava proibida desde a primeira guerra de ter exército. Fato.
A intenção de Stalin e Hittler era tomar conta da Europa até onde conseguissem, e dividir os territórios entre eles. Assinaram o Pacto Molotov-Ribbentrop.
Só que Hittler era mais louco que Stalin, tocou o foda-se e invadiu a USSR depois de um tempo. Stalin, sabendo que ia tomar no meio do RABO, sem armas, com um exército de camponeses, e sem ter pra quem vender sua matéria prima, e com uma dor de corno do caralho, resolveu sentar na mesa com os aliados. Botou seu PROLETARIADO CAMPONÊS PRA TOMAR BALA NA CARA dos nazistas, enquanto juntava forças pra não ver Moscow, Stalingrado e Volgrado invadidas e tomadas pelos seus antigos companheiros de luta. Se juntou a Inglaterra e aos EUA por mera questão de sobrevivência.
Acabou a guerra, os aliados venceram. E a USSR virou as costas para aqueles que a salvaram. Voltou a sua ideologia de partido-estado-mercado (fascista) e a distribuição igualitária de renda (bolcheviques do partidão milionários, e o povo, ou o proletariado como eles gostam de chamar, vivendo com o mínimo pra não morrer de fome).
Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Meu amigo, vc não entendeu absolutamente nada do que eu coloquei aqui, e vc não sabe dessa missa nem o terço.Fu Manchu escreveu: Cara, Inglaterra fazia as mesmas coisas. Guerra, extermínio de minorias em seus territórios, colocar a população civil no front pra levar bala e ainda usava arma química, coisa que só o Japão (até onde sei) fazia após a primeira guerra. Os EUA sob certo ponto de vista fazem isso até hoje na política externa deles. A questão é muito mais complicada que o caráter expansionista de um país e suas perseguições. A propriedade privada é uma delas. Hitler queria a pureza social enquanto a URSS aglobava um monte de etnia (apesar de perseguir algumas delas). Existem diferenças basais muito fortes. Se fomos observar o tratamento e perseguição do outro + nacionalismo como algo vinculado ao nazismo, e só isso, quase todo grande estado moderno é nazista.
A Inglaterra fazia as mesmas coisas é o caralho, prove.
Provas do que eu escrevi, e do que eu vou escrever tem milhares.
O Japão era, na segunda guerra, tão sórdido ou até PIOR que o nazismo.
Caráter expansionista territorial ou cultural? Nisso existiu diferença entre nazismo e comunismo russo DEPOIS da traição de Hittler a Stalin. Antes, eram IRMÃOS. A história prova isso. É fato irrefutável. Stalin financiou e treinou o exército alemão (proibido pós primeira guerra de existir).
Depois do nazismo se foder de quatro graças aos aliados, principalmente aos EUA, que se não entrasse na guerra a Europa inteira e metade do território da antiga USSR seria NAZISTA, o "grande" Stalin, depois de se ajoelhar perante o ocidente para ser salvo do extermínio nazi, voltou aos seus velhos anseios, graças a inocência misturada com boa vontade e certa preguiça do ocidente. Dominância CULTURAL para sustentar o regime comunista. Conseguiu nos territórios ocupados depois da segunda guerra (Romênia, Polônia, Hungria, Ucrânia, Bielorrussia, Armênia, Letônia, Estônia, Lituânia, Iugoslávia, entre outros) a hegemonia cultural e política através da repressão militar, e imposição a todos estes países, do regime comunista soviético.
Stalin é tão safado e tão assassino quanto Hittler. Se não for mais. E Stalin foi quem até hoje, melhor aplicou a doutrina marxista NA PRÁTICA. A teoria é uma coisa. A realidade dela aplicada FICOU NA HISTÓRIA pela mão dele.
E nem vou entrar no mérito de revolução por baixo, ou a chamada revolução cultural de Gramsci, porque essa, Stalin, como não era idiota, expurgou do leste europeu para enfiar goela abaixo dos crentes-marxistas que habitam aqui entre nós.
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Ok. Mas aonde as políticas nazistas e socialistas se assemelham?
Aliás, pode parecer uma pergunta estúpida, mas não é. O Que é para você um fato histórico?
Aliás, pode parecer uma pergunta estúpida, mas não é. O Que é para você um fato histórico?
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Nossa que beligerância! O que tem a ver Gramsci com o nazismo? O próprio cara foi pra prisão e escreveu os Cadernos de Cárcere durante o regime fascista. Os EUA odiavam tanto o Hitler que o cara foi escolhido homem do ano pela revista Time. Churchill era outro que queria apoio do cara. Falando em Churchill, se você quer saber pq a Inglaterra fez algo parecido com o nazismo, procure o que esse cidadão fazia da vida na década de 1920. Procure o que Hitler fala do marxismo, sindicalismo dominado pela esquerda e social democracia no segundo capítulo de Mein Kampf. Procure ainda de onde surgiu o nome dos campos de concentração e se os ingleses não foram os que iniciaram isso (bom tecnicamente foi a Espanha poucos anos antes o primeiro país que começou, mas o batismo é britânico) ainda no século XIX no contexto sul africano. Comunismo foi tão perverso quanto o nazismo, mas o racismo e o total desrespeito aos direitos humanos (que nem existiam de fato à época) não eram exclusividade dos "perdedores" do Eixo ou do comunismo. A putaria era generalizada. Dominância cultural é algo que todo mundo almeja: Hitler com Goebbels, Comunismo inspirado em Gramsci e o que Joseph Nye chama de uso do soft power. EUA TB faz isso, assim como a Inglaterra o fez tb.
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
O Marxismo e a Questão Racial - Carlos Moore
http://portalconservador.com/livros/Car ... Racial.pdf" onclick="window.open(this.href);return false;
http://portalconservador.com/livros/Car ... Racial.pdf" onclick="window.open(this.href);return false;
“Eu e meu público nos entendemos perfeitamente. Eles não ouvem o que digo, e eu não digo o que eles desejam ouvir”. - Karl Kraus
“A única diferença entre a educação brasileira e o crime organizado é que o crime é organizado” - Olavo de Carvalho
“A única diferença entre a educação brasileira e o crime organizado é que o crime é organizado” - Olavo de Carvalho
- rei gabiru
- Mensagens: 5139
- Registrado em: 08 Set 2014 13:33
- Contato:
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
A Europa nao salvou a Russia.
Os russos se viraram sozinhos.
Os russos se viraram sozinhos.
Team Tabajara
Rei Gabiru, o "Maldito"
Rei Gabiru, o "Maldito"
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
é uma questão complexa, é tudo muito interligado. realmente não teve uma ajuda direta, mas só de hitler ter que se preocupar com a frente ocidental já o impediu de ir com força máxima contra a russia. se fosse com tudo que tinha, sem precisar se preocupar com o ocidente, não sei se os russos o impediriam de chegar a moscou. e dominando moscou, acho que não ia mais ter muita resistência. stalin era outro lixo, boa parte dos russos viam os nazistas como libertadores.rei gabiru escreveu:A Europa nao salvou a Russia.
Os russos se viraram sozinhos.
- JackmAtAll
- Admin
- Mensagens: 27115
- Registrado em: 20 Jan 2015 22:55
- Contato:
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Uma invasão do tamanho que foi a da Rússia não acredito nem um pouco que foi "mais ou menos" ou o que não foi pra valer.
Os alemães invadiram com quase 5 milhões de soldados, 600k de veiculos, 800k de cavalos e uma linha de suprimentos de quase 4000km.
Uma invasão dessas nem hoje em dia acredito ser possível, é muita gente, muitos recursos e uma distancia monstruosa, levariam até anos organizando algo do tipo.
Não seria algo para se fazer mais ou menos, porque é muito gigantesca a mobilização.
E o resultado foi a destruição de mais da metade da força alemã nesse fronte.
Os alemães invadiram com quase 5 milhões de soldados, 600k de veiculos, 800k de cavalos e uma linha de suprimentos de quase 4000km.
Uma invasão dessas nem hoje em dia acredito ser possível, é muita gente, muitos recursos e uma distancia monstruosa, levariam até anos organizando algo do tipo.
Não seria algo para se fazer mais ou menos, porque é muito gigantesca a mobilização.
E o resultado foi a destruição de mais da metade da força alemã nesse fronte.
Tapirus terrestris
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
então, se não tivesse que se preocupar com outro lado provavelmente poderia mandar outra "leva" dessas. daí eu não sei se os russos aguentariam.Jackman escreveu:Uma invasão do tamanho que foi a da Rússia não acredito nem um pouco que foi "mais ou menos" ou o que não foi pra valer.
Os alemães invadiram com quase 5 milhões de soldados, 600k de veiculos, 800k de cavalos e uma linha de suprimentos de quase 4000km.
Uma invasão dessas nem hoje em dia acredito ser possível, é muita gente, muitos recursos e uma distancia monstruosa, levariam até anos organizando algo do tipo.
Não seria algo para se fazer mais ou menos, porque é muito gigantesca a mobilização.
E o resultado foi a destruição de mais da metade da força alemã nesse fronte.
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Parece que o Fascismo tem muito haver com o comunismo tbm!
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Hitler prezava muito a simbologia em favorecimento a raça ariana e o nacionalismo alemão. Tomar Stalingrado se tornou uma mera questão simbólica para enfatizar ao povo alemão a vitória ariana diante do comunismo.Garfield escreveu:Pelo que eu lembro de uma conversa com um amigo meu fissurado em estratégias de gurra, o Hitler já tinha uma segunda leva para invadir a URSS, mas como a Itália começou a perder uma guerra para a Inglaterra no norte da África a Alemanha teve que enviar esta segunda onda para lá.
Stalingrado foi destruída em poucos dias pela blitzkrieg. A Cidade havia se tornado improdutiva, porém, por uma questão de simbologia Hitler não queria apenas destruir Stalingrado, mas toma-la.
O Que houve a partir dai foi uma espécie de resistência russa que através de métodos de guerrilha resistiu durante alguns meses até a chegada do inverno. A Partir dai todo mundo conhece a história.
Hitler tentou ser político e general ao mesmo tempo.
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
PerfeitO!Guilherme Wolverine escreveu:
Velho esse é um dos tópicos mais nonsense desde a criação do BJJ (e olha que teve coisa bem bizarra aqui).
Tem que fazer um malabarismo muito grande para desassociar o nazismo da extrema direita. É como tentar dizer que Stalin não era comunista para defender os atos indefensáveis dele por ter alguma inclinações de esquerda.
Galera tem de parar de assistir os vídeos daquele olavo de carvalho... ele fala muita merda e nego acredita em tudo que ele fala.
Abs!
- Qui-Gon Jinn
- Aprendiz
- Mensagens: 8084
- Registrado em: 07 Jul 2014 17:09
- Contato:
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Coisa fina isso ailiverblow escreveu:O Marxismo e a Questão Racial - Carlos Moore
http://portalconservador.com/livros/Car ... Racial.pdf" onclick="window.open(this.href);return false;
TEAM Sagraódio
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Lindeza de estupidez
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 29 de setembro de 2013
Comentários enviados às páginas jornalísticas da internet são às vezes um bom indício da opinião dominante em certos meios, principalmente se entendemos que os leitores habituais de um jornal, ou da sua versão eletrônica, têm quase sempre a cabeça feita pelo mesmo jornal.
A Folha de S. Paulo, que é de algum modo o house organ da USP, condensa maravilhosamente, por isso mesmo, o conjunto de chavões, lendas e mitos da esquerda chique, que, para as classes alta e média da capital paulista, constituem o fundamento inabalável da sua visão do mundo.
Eis aqui dois exemplos casuais, mas altamente significativos, enviados ao jornal por ocasião do artigo em que João Pereira Coutinho celebrava o livro de Silvia Bittencourt, A Cozinha Venenosa, ao que parece uma pesquisa interessantíssima sobre um jornal menor da Baviera, que alertou, pioneiramente e em vão, contra o perigo da ascensão do Partido Nazista:
1) “Hitler foi um joguete útil que a direita europeia pensou poder controlar e usar à vontade contra o bolchevismo russo e a esquerda alemã. Saiu de controle e deu no que deu. Agora, renegar isso é miopia ou má fé.”
2) “Na verdade, a direita em geral, por medo do comunismo, apostou em Hitler, desprezando a socialdemocracia que, na ocasião, era a única saída possível para conter os dois extremos.”
Uma inversão tão exata e meticulosa da realidade histórica não se impregna na mente de uma coletividade sem que haja uma campanha de falsificação pertinaz e onipresente, renovada ao longo de muitas gerações.
O que se entende e se repassa no Brasil como “história do nazismo”, tanto nas escolas quanto na mídia, é ainda uma repetição fiel, mecânica e servil da propaganda estalinista posta em circulação nos anos 30 do século 20 e até os dias de hoje aceita, sem exame, pelo beautiful people paulistano, a contrapelo da ciência histórica mundial que já deu cabo dessa patacoada há muitas décadas.
Na verdade, a "direita europeéia” praticamente inteira – representada, por exemplo, por Churchill em Londres, pela Action Française em Paris, pelo chanceler Engelbert Dolfuss em Viena e pelo Papa Pio XII em Roma – opôs desde o início a mais vigorosa resistência à ascensão nazista e continuou a fazer isso depois de 1939, quando Stálin e Hitler, após uma longa colaboração secreta, se deram as mãos em público para invadir a Polônia.
Nem o Partido Nazista nem o fascismo italiano surgiram como facções conservadoras ou de direita, mas como dissidências internas do movimento revolucionário. A tônica de ambos era restaurar o caráter originariamente nacionalista dos vários socialismos, que, no entender deles, o Partido Comunista havia enlatado à força num internacionalismo enganoso, subsidiado pelo grande capital. Como nenhuma mentira pega sem haver um fundo de verdade, a visão nazifascista da história correspondia, nesses pontos, à realidade dos fatos:
(1) Os socialismos apareceram realmente associados aos movimentos de independência nacional que sacudiram a Europa desde o início do século 19 (leiam, de Benedetto Croce, Storia d’Europa nel Secolo Decimonono, reed. Adelphi, 1993).
(2) O “internacionalismo proletário” foi realmente uma invenção do Partido Comunista, nascida de uma resolução proposta por Lênin e Rosa Luxemburgo na Segunda Internacional, em 1907, que declarou todo patriotismo ou nacionalismo o inimigo número um da revolução (sem prejuízo de que, mais tarde, Stálin invertesse o discurso, passando a usar os ressentimentos nacionais “anticolonialistas” como os motores do espírito revolucionário).
(3) O grande capital, especialmente americano, subsidiou o movimento comunista com uma generosidade ilimitada, incomparavelmente superior a qualquer ajuda que possa ter prestado a nazistas e fascistas, antes ou depois (v. Antony C. Sutton, The Best Enemy Money Can Buy, Liberty House Press, 1986; Wall Street and the Bolshevik Revolution, reed. Clairview Books, 2011; e sobretudo os três volumes da série Western Technology & Soviet Economic Development publicados pela Hoover Institution).
Uma das constantes mais nítidas e inegáveis da história do movimento revolucionário é que suas facções, quando entram em conflito, o primeiro recurso a que apelam é acusar-se mutuamente de aliadas e instrumentos do capitalismo, da maldita burguesia.
Os comunistas utilizaram esse rótulo abundantemente contra os anarquistas, os trotskistas, os social-democratas e, como não poderia deixar de ser, contra os nazistas e os fascistas. Só que estes já o haviam usado contra os comunistas muito antes e, sabe-se hoje, até com mais razão. Depois, como o nazifascismo perdeu, foi a propaganda comunista que acabou prevalecendo na memória popular.
O segundo comentário é até mais louco do que o primeiro: a direita negou apoio à socialdemocracia e, assim, entregou o poder a Hitler. Não, porca miséria. Toda a historiografia mundial sabe que foi o contrário, mas a notícia ainda não se espalhou entre os cultíssimos leitores da Folha.
Quem boicotou os socialdemocratas não foi a direita; foi o Partido Comunista, por ordem de Stálin, que via neles a direita quintessencial, o inimigo burguês por excelência, e nos nazistas o “navio quebra-gelo” (sic) apropriado para desmantelar as democracias em torno e, mesmo a contragosto, abrir caminho ao avanço das tropas comunistas, como de fato acabou acontecendo em todo o Leste Europeu.
A credibilidade infinitamente renovada que as lendas historiográficas do estalinismo continuam desfrutando no Brasil depois de passadas oito décadas é um dos fenômenos mais lindos nos anais da estupidez universal.
http://www.olavodecarvalho.org/semana/130929dc.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 29 de setembro de 2013
Comentários enviados às páginas jornalísticas da internet são às vezes um bom indício da opinião dominante em certos meios, principalmente se entendemos que os leitores habituais de um jornal, ou da sua versão eletrônica, têm quase sempre a cabeça feita pelo mesmo jornal.
A Folha de S. Paulo, que é de algum modo o house organ da USP, condensa maravilhosamente, por isso mesmo, o conjunto de chavões, lendas e mitos da esquerda chique, que, para as classes alta e média da capital paulista, constituem o fundamento inabalável da sua visão do mundo.
Eis aqui dois exemplos casuais, mas altamente significativos, enviados ao jornal por ocasião do artigo em que João Pereira Coutinho celebrava o livro de Silvia Bittencourt, A Cozinha Venenosa, ao que parece uma pesquisa interessantíssima sobre um jornal menor da Baviera, que alertou, pioneiramente e em vão, contra o perigo da ascensão do Partido Nazista:
1) “Hitler foi um joguete útil que a direita europeia pensou poder controlar e usar à vontade contra o bolchevismo russo e a esquerda alemã. Saiu de controle e deu no que deu. Agora, renegar isso é miopia ou má fé.”
2) “Na verdade, a direita em geral, por medo do comunismo, apostou em Hitler, desprezando a socialdemocracia que, na ocasião, era a única saída possível para conter os dois extremos.”
Uma inversão tão exata e meticulosa da realidade histórica não se impregna na mente de uma coletividade sem que haja uma campanha de falsificação pertinaz e onipresente, renovada ao longo de muitas gerações.
O que se entende e se repassa no Brasil como “história do nazismo”, tanto nas escolas quanto na mídia, é ainda uma repetição fiel, mecânica e servil da propaganda estalinista posta em circulação nos anos 30 do século 20 e até os dias de hoje aceita, sem exame, pelo beautiful people paulistano, a contrapelo da ciência histórica mundial que já deu cabo dessa patacoada há muitas décadas.
Na verdade, a "direita europeéia” praticamente inteira – representada, por exemplo, por Churchill em Londres, pela Action Française em Paris, pelo chanceler Engelbert Dolfuss em Viena e pelo Papa Pio XII em Roma – opôs desde o início a mais vigorosa resistência à ascensão nazista e continuou a fazer isso depois de 1939, quando Stálin e Hitler, após uma longa colaboração secreta, se deram as mãos em público para invadir a Polônia.
Nem o Partido Nazista nem o fascismo italiano surgiram como facções conservadoras ou de direita, mas como dissidências internas do movimento revolucionário. A tônica de ambos era restaurar o caráter originariamente nacionalista dos vários socialismos, que, no entender deles, o Partido Comunista havia enlatado à força num internacionalismo enganoso, subsidiado pelo grande capital. Como nenhuma mentira pega sem haver um fundo de verdade, a visão nazifascista da história correspondia, nesses pontos, à realidade dos fatos:
(1) Os socialismos apareceram realmente associados aos movimentos de independência nacional que sacudiram a Europa desde o início do século 19 (leiam, de Benedetto Croce, Storia d’Europa nel Secolo Decimonono, reed. Adelphi, 1993).
(2) O “internacionalismo proletário” foi realmente uma invenção do Partido Comunista, nascida de uma resolução proposta por Lênin e Rosa Luxemburgo na Segunda Internacional, em 1907, que declarou todo patriotismo ou nacionalismo o inimigo número um da revolução (sem prejuízo de que, mais tarde, Stálin invertesse o discurso, passando a usar os ressentimentos nacionais “anticolonialistas” como os motores do espírito revolucionário).
(3) O grande capital, especialmente americano, subsidiou o movimento comunista com uma generosidade ilimitada, incomparavelmente superior a qualquer ajuda que possa ter prestado a nazistas e fascistas, antes ou depois (v. Antony C. Sutton, The Best Enemy Money Can Buy, Liberty House Press, 1986; Wall Street and the Bolshevik Revolution, reed. Clairview Books, 2011; e sobretudo os três volumes da série Western Technology & Soviet Economic Development publicados pela Hoover Institution).
Uma das constantes mais nítidas e inegáveis da história do movimento revolucionário é que suas facções, quando entram em conflito, o primeiro recurso a que apelam é acusar-se mutuamente de aliadas e instrumentos do capitalismo, da maldita burguesia.
Os comunistas utilizaram esse rótulo abundantemente contra os anarquistas, os trotskistas, os social-democratas e, como não poderia deixar de ser, contra os nazistas e os fascistas. Só que estes já o haviam usado contra os comunistas muito antes e, sabe-se hoje, até com mais razão. Depois, como o nazifascismo perdeu, foi a propaganda comunista que acabou prevalecendo na memória popular.
O segundo comentário é até mais louco do que o primeiro: a direita negou apoio à socialdemocracia e, assim, entregou o poder a Hitler. Não, porca miséria. Toda a historiografia mundial sabe que foi o contrário, mas a notícia ainda não se espalhou entre os cultíssimos leitores da Folha.
Quem boicotou os socialdemocratas não foi a direita; foi o Partido Comunista, por ordem de Stálin, que via neles a direita quintessencial, o inimigo burguês por excelência, e nos nazistas o “navio quebra-gelo” (sic) apropriado para desmantelar as democracias em torno e, mesmo a contragosto, abrir caminho ao avanço das tropas comunistas, como de fato acabou acontecendo em todo o Leste Europeu.
A credibilidade infinitamente renovada que as lendas historiográficas do estalinismo continuam desfrutando no Brasil depois de passadas oito décadas é um dos fenômenos mais lindos nos anais da estupidez universal.
http://www.olavodecarvalho.org/semana/130929dc.html" onclick="window.open(this.href);return false;
“Eu e meu público nos entendemos perfeitamente. Eles não ouvem o que digo, e eu não digo o que eles desejam ouvir”. - Karl Kraus
“A única diferença entre a educação brasileira e o crime organizado é que o crime é organizado” - Olavo de Carvalho
“A única diferença entre a educação brasileira e o crime organizado é que o crime é organizado” - Olavo de Carvalho
Re: Nazismo e Socialismo - Ideologias irmãs
Matemática do genocídio: COMUNISMO=NAZISMO AO QUADRADO!
Quem está online
Usuários navegando neste fórum: Sumofan69 e 166 visitantes