Economia - Tópico Oficial

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Dekkers
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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Dekkers » 17 Jun 2015 13:54

Shin escreveu:
Qual foi a contribuição desses processos protecionistas no desenvolvimento dos EUA? Nenhum. Eles hoje só são o colosso econômico que são porque no século XX largaram de lado essa cultura tão perniciosa que existe nos países mais atrasados do mundo. Governos vêm e vão e alguns podem ter veias mais ou menos intervencionistas mas comparar o que se fez lá com o que se faz aqui é uma temeridade sem tamanho. Falar que o maior livre mercado do mundo não é livre mercado então...
Eu trouxe uma citação de um economista comprovando que o protecionismo foi fundamental para o crescimento dos EUA e você vem falar uma merda dessas? Para de ler o Instituto Mises e ver o ranking da Heritage Foundation sobre liberdade econômica, esses sites são verdadeiros bancos de ideias, como o Harvey fala, são financiados por milionários para restaurar o poder de classe e surgiram para desmontar o Estado de bem-estar nos países e propagar o neoliberalismo. Já ouviu falar do New Deal, meu filho? E tem mais, os EUA não acabou com a intervenção do Estado nas atividades econômicas, o agro-negócio dos EUA, por exemplo, é fortemente subsidiado e por isso, com a concorrência apregoada pelo livre-comércio, a agricultura do México foi a falência e só uns poucos sobreviveram com a concorrência dos EUA. Tem o exemplo da crise de 2008 também, e que foi o maior exemplo de privatização dos lucros e socialização dos prejuízos, em que o capitalismo sem riscos dos bancos e da General Motors, por exemplo, foi salvo pelos contribuintes com a falência. Todos os países que se desenvolveram foi através de um projeto nacional de industrialização e protecionismo enquanto não podiam concorrer internacionalmente, planejamento econômico (não como nos países socialistas, óbvio, em que todas as atividades eram planejadas) e intervenção do Estado. Não sei como vocês brigam com a história, mas é claro e óbvio que o período em que houve a maior qualidade de vida e um crescimento econômico pungente foi durante os Estados de Bem-estar no pós-guerra, que essa ideologia ridícula de livre-mercado ajudou a desmontar. Nem o crescimento econômico em detrimento das condições de vida da população o neoliberalismo conseguiu, é uma ideologia falida.

Dekkers
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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Dekkers » 17 Jun 2015 14:07

Shin escreveu:
Que merda eu falei, meu rapaz? Aponte, por favor...

Os EUA são o país mais rico do mundo, com a classe média mais rica do mundo. E o pobre amerciano é mais rico que vasta maioria dos pobres do resto do mundo, incluídos os miseráveis do Brasil. Por que diabos eles estão uma merda? Eles estão é bem pra caralho! Com seus problemas, como todo país, governado por pessoas, mas ainda assim é uma das melhores nações do mundo, com melhores indicadores econômicos e sociais do planeta.

Mas por alguma razão você só se preocupa se o rico americano é mais rico proporcionalmente ao pobre americano, que por sua vez é mais rico que quase todo o resto do mundo... Eu só me pergunto por quê?

Bom mesmo é um país governado por esquerdistas intervencionistas há trinta anos que tem mais de um quarto da sua população fodida dependendo de esmola de governo populista. OK!

E sou eu quem fala merda... hahahahaha
EUA têm o pior índice de pobreza dos países ricos
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Apesar de terem uma das maiores rendas per capita do mundo, os Estados Unidos aprsentam o pior índice de pobreza humana entre os países ricos. O indicador, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e publicado no último relatório anual, apresentado em Dublin, classifica os países em função de seus níveis nacionais de pobreza, analfabetismo, desemprego e expectativa de vida.
Os especialistas do PNUD explicam que essa classificação dá uma idéia melhor da situação nos países industrializados que o tradicional índice de desenvolvimento humano, que mede os países por renda per capita, educação e expectativa de vida.
O resultado do estudo mostra que a Suécia é o país que mais evoluiu, ficando à frente da Noruega, da Finlândia, da Holanda, da Dinamarca, da Alemanha, de Luxemburgo, da França, da Espanha e do Japão. A Itália é a 11ª e logo depois estão Canadá, Bélgica, Austrália, Reino Unido, Irlanda e Estados Unidos, em 17º.
O PNUD explica que a renda per capita do sueco é menor que a do americano, mas, a Suécia tem menos adultos analfabetos funcionais e menos pobres que os EUA. Segundo as estatísticas, 7,5% da população sueca entre 16 e 65 anos é analfabeta funcional, enquanto nos Estados Unidos este número supera os 20%.
Enquanto 6,3% da população da Suécia vive abaixo da linha da pobreza (com US$ 11 diários, que é o ponto de referência para esse grupo de países), nos EUA, essa estatística chega a 13,6%. O Reino Unido também perdeu posições devido a uma alta taxa de analfabetismo funcional, de 21,8%, e de 15,7% das pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.
A Espanha situa-se em um nível intermediário e sua posição é melhor por seu índice de pobreza humana do que por seu índice de desenvolvimento, embora não disponha de estatísticas sobre o analfabetismo funcional, o que levou o PNUD a adotar em seus cálculos a média dos países que tem esses dados.
Este ano, o relatório analisa o grau de avanço ou atraso no cumprimento do conjunto de metas de desenvolvimento adotadas pela ONU em 2000, muitas quais muitas podem ser quantificadas. Entre elas, estão: reduzir à metade a pobreza extrema e a fome, diminuir a mortalidade infantil e materna, oferecer o ensino primário em nível universal, combater pandemias como a Aids e a malária, promover a igualdade entre os sexos e garantir uma gestão ambiental sustentável.



Reatamento abre porta para 'turismo médico' de americanos em Cuba72
The New York Times William Neuman
Havana (Cuba) 23/02/201506h00
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EUA e Cuba retomam relações diplomáticas após mais de 50 anos32 fotos 29 / 32
21.jan.2015 - Diretora geral para os EUA do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal (à esq.), e membros do governo cubano sentam-se em frente à delegação norte-americana, em Havana, Cuba, nesta quarta-feira, durante diálogo inicial para restaurar as relações diplomáticas e eventualmente estabelecer laços comerciais e de viagem plenos entre os dois países, adversários desde os tempos da Guerra Fria Leia mais Desmond Boylan/ AP
Anuja Agrawal correu para o telefone. O presidente Barack Obama havia acabado de anunciar que restauraria as relações diplomáticas com Cuba – e Agrawal, que administra uma empresa de turismo médico em Orlando, Flórida, não queria perder a oportunidade.

Ela ligou para um administrador de serviços médicos em Cuba e concordou em ir adiante com um acordo que eles vinham discutindo havia meses na esperança de que pacientes norte-americanos pudessem logo começar a viajar para a ilha para fazer tratamento médico.

"Havia muito entusiasmo em relação a isso", disse Agrawal, diretora-executivo da Health Flights Solutions, acrescentando que se os norte-americanos começarem a viajar para Cuba em busca de tratamentos médicos a preços acessíveis, isso pode significar um grande impulso econômico para o sistema de saúde do país. "Para eles, estão vendo isso literalmente como ganhar na loteria."

À medida que o governo Obama reduz o isolamento econômico de Cuba, setores de vários tipos estão tentando descobrir o que o relaxamento das tensões significará para eles e exatamente quanta liberdade haverá.

Milhares de pessoas de outros países vão para Cuba a cada ano para o que é conhecido como turismo médico: viagens ao exterior para fazer cirurgias ou outros cuidados médicos, normalmente porque o tratamento lá é mais barato ou não está disponível onde os pacientes moram.

Agora, o governo Obama afrouxou as restrições de viagem para Cuba. Os norte-americanos podem viajar para o país por uma série de motivos, entre eles visitas familiares, conferências acadêmicas, apresentações públicas e atividades religiosas e educativas.

Embora o turismo ou as viagens para tratar da saúde ainda não sejam permitidos, o governo suspendeu uma restrição que exigia que muitos norte-americanos viajassem com grupos autorizados ou conseguissem uma licença prévia para visitar a ilha.

"É um relaxamento, um afrouxamento das restrições", disse Agrawal, acrescentando: "acho que ficará cada vez mais livre", uma vez que a porta estiver aberta.

Na prática, as mudanças podem significar que muito mais pessoas se sentirão livres para viajar para Cuba, mesmo para propósitos que estejam fora das categorias permitidas. Milhares de norte-americanos já viajam para Cuba para fazer turismo ou por outros motivos que estão fora das normas, e mesmo antes das mudanças, muitos cubano-americanos que visitavam a família aproveitavam a oportunidade para marcar tratamentos médicos, dizem muitas pessoas aqui.

Uma porta-voz do Departamento do Tesouro disse que os norte-americanos que desejam viajar para Cuba por motivos que estejam fora das atividades autorizadas podem pedir permissão, conhecida como licença especial, e que esses pedidos serão avaliados caso a caso.

Mas a porta-voz, que disse não ter autorização para falar oficialmente, disse que os norte-americanos que viajam para Cuba são obrigados a manter registros de sua viagem por cinco anos e podem estar sujeitos a auditorias para mostrar que a viagem ficou dentro das normas.

Jonathan Edelheit, diretor executivo da Associação Médica de Turismo, com sede na Flórida, disse que alguns hospitais nos Estados Unidos tinham expressado interesse em formar parcerias com instituições médicas cubanas, que poderiam incluir o treinamento de médicos cubanos.

Essas parcerias em outros países costumam andar de mãos dadas com o turismo médico, e este poderia eventualmente ser o caso em Cuba, disse ele.

"Teremos uma quantidade tremenda de movimento, quer seja de agentes de viagem ou de facilitadores de turismo médico, então quando isso se normalizar eles podem começar a enviar pacientes para cá", disse Edelheit.

Cuba tornou o cuidado com a saúde uma prioridade depois da revolução de 1959, e conquistou a reputação de fornecer cuidados médicos gratuitos e de boa qualidade para seu povo. Milhares de médicos cubanos também trabalham no exterior, na Venezuela, no Brasil e em outros países em desenvolvimento, em uma troca que fornece ao governo do presidente Raúl Castro moeda ou bens, como petróleo, em contrapartida.

Edelheit disse que o sistema de saúde cubano provavelmente terá apelo para alguns norte-americanos porque a ilha é muito próxima, cerca de uma hora de avião de Miami até Havana.

Mas por enquanto, os destinos mais populares para os norte-americanos viajarem para o exterior para cuidar da saúde são o Canadá, a Inglaterra, Israel, Cingapura e Costa Rica, de acordo com um estudo pela Associação de Turismo Médico. Ela descobriu que alguns dos procedimentos mais comuns incluem cirurgia plástica, de coluna e para perda de peso e tratamento para o câncer.

Diferentemente dos norte-americanos, os canadenses não têm restrições de viagem, e Cuba é um destino popular de viagem; muitos canadenses também viajam para lá para tratar da saúde.

David McBain, 47, um paisagista de Toronto que fraturou a coluna em um acidente de carro, foi para Cuba três vezes no ano passado para uma terapia física extensiva.

"Os fisioterapeutas e os médicos têm muito conhecimento e são bem treinados em Cuba, e você simplesmente não pode competir com o preço deles", disse McBain. "O preço é uma fração do que seria no Canadá ou nos EUA para um terapeuta."

McBain, que está parcialmente paralisado e usa uma cadeira de rodas, disse que foi tratado por várias semanas durante cada visita a uma instituição de saúde de Havana. Ele disse que o tratamento em Cuba custa cerca de US$ 200 (R$ 572) por dia, o que inclui cerca de seis horas de fisioterapia diariamente, um quarto confortável e alimentação.

O sistema nacional do Canadá não fornece o tipo de terapia de que ele precisa, disse ele, e um fisioterapeuta neurológico particular teria cobrado cerca de US$ 93 (R$ 266) por hora.

McBain acertou seu tratamento em Cuba através de uma empresa em Toronto chamada Global HealthQuest. Ben Soave e Rosemary Toscani, que administram a empresa, disseeram que ela regularmente envia pacientes para Cuba para fisioterapia, reabilitação de uso de drogas e álcool, e para tratamento de uma doença ocular chamada retinite pigmentosa.

A cirurgia de olhos e tratamentos relacionados, pioneiras na clínica cubana, não estão disponíveis no Canadá ou nos Estados Unidos, e já causaram controvérsias. Estudos independentes levantaram questões sobre a eficácia dos tratamentos, e os médicos da clínica foram criticados por não publicar os resultados de estudos em revistas médicas revisadas por pares.

"Se você não apresenta os seus resultados e publicações, então algo está errado", diz o médico Byron L. Lam, especialista na doença no Bascom Palmer Eye Institute em Miami.

Soave disse que os pacientes fizeram boas avaliações dos cuidados que receberam em Cuba, embora às vezes reclamem de outros aspectos.

"Há outras coisas que não são tão boas, como a comida, as acomodações, a falta de algumas das coisas que nós consideramos serviços básicos, como internet, telefones, esse tipo de coisa", disse ele. "Em termos de tratamento médico, foi excelente."

Ele também disse que os pacientes com os quais ele trabalhou não tinham buscado tratamento em Cuba por ter alguma simpatia política com o governo socialista da ilha.

"As pessoas perguntam: 'para onde podemos ir para conseguir o melhor tratamento?'", disse Soave. "Elas estão pensando em saúde, não em política".

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Dekkers » 17 Jun 2015 14:08

https://www.youtube.com/watch?v=VoBleMNAwUg" onclick="window.open(this.href);return false;

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Shin » 17 Jun 2015 14:52

Dekkers escreveu: Eu trouxe uma citação de um economista comprovando que o protecionismo foi fundamental para o crescimento dos EUA e você vem falar uma merda dessas? Para de ler o Instituto Mises e ver o ranking da Heritage Foundation sobre liberdade econômica, esses sites são verdadeiros bancos de ideias, como o Harvey fala, são financiados por milionários para restaurar o poder de classe e surgiram para desmontar o Estado de bem-estar nos países e propagar o neoliberalismo. Já ouviu falar do New Deal, meu filho? E tem mais, os EUA não acabou com a intervenção do Estado nas atividades econômicas, o agro-negócio dos EUA, por exemplo, é fortemente subsidiado e por isso, com a concorrência apregoada pelo livre-comércio, a agricultura do México foi a falência e só uns poucos sobreviveram com a concorrência dos EUA. Tem o exemplo da crise de 2008 também, e que foi o maior exemplo de privatização dos lucros e socialização dos prejuízos, em que o capitalismo sem riscos dos bancos e da General Motors, por exemplo, foi salvo pelos contribuintes com a falência. Todos os países que se desenvolveram foi através de um projeto nacional de industrialização e protecionismo enquanto não podiam concorrer internacionalmente, planejamento econômico (não como nos países socialistas, óbvio, em que todas as atividades eram planejadas) e intervenção do Estado. Não sei como vocês brigam com a história, mas é claro e óbvio que o período em que houve a maior qualidade de vida e um crescimento econômico pungente foi durante os Estados de Bem-estar no pós-guerra, que essa ideologia ridícula de livre-mercado ajudou a desmontar. Nem o crescimento econômico em detrimento das condições de vida da população o neoliberalismo conseguiu, é uma ideologia falida.
Meu amigo, entenda uma coisa: quando se trata de economia, você vai encontrar economista pra falar o que você quiser. Sempre vai ter um até pra dizer que o céu é vermelho, o asfalto é branco e o Sol é verde. Tal qual na teoria da física que prevê múltiplos universos em algum deles você é uma vaca leiteira com asas.

O Alexander Hamilton, citado naquele texto que tu colou, foi o primeiro Secretário do Tesouro dos EUA e um dos maiores defensores do protecionismo. Chamá-lo de grande Hamilton por isso é uma pieguice sem tamanho.

Sobre o protecionismo na história do crescimento americano, vou fazer o mesmo que tu: colar um texto gigantesco pra não usar as minhas próprias palavras pra explicar as coisas pra ti. A diferença é que eu vou fazê-lo porque agora não tenho tempo. Tu faz porque não sabe ou tem preguiça.

Faz tempo que li isso, então não posso destacar os pontos importantes agora. Mais tarde talvez o faça:
The Truth about Trade in History

The ongoing globalization of economic life leaves many Americans nervous and suspicious. Pat Buchanan has played to this anxiety with his book, The Great Betrayal, a root-and-branch rejection of free trade in favor of a “new nationalism.”

In this series, Cato Center for Trade Policy Studies scholars take issue with much of what Buchanan writes, and offer an alternative perspective to Buchanan’s protectionist analysis.

Buchanan on the history of U.S. protectionism: “Behind a tariff wall built by Washington, Hamilton, Clay, Lincoln, and the Republican presidents who followed, the United States had gone from an agrarian coastal republic to become the greatest industrial power the world had ever seen — in a single century. Such was the success of the policy called protectionism that is so disparaged today.”1

Pat Buchanan contends that the United States grew economically strong and prosperous because of trade barriers. But America has experienced several phases in its trade history. It is more accurate to say that the country grew in spite of import restrictions.

From Colony to Republic

British trade policy toward the American colonies was mercantilistic. The mother country expected to gain materially from all colonial trade. The Navigation Acts, as noted earlier, generally required that all colonial trade be conducted on British ships manned by British sailors. Also, certain goods had to be shipped to Great Britain first before they could be sent to their final destination. The country’s mercantilist policies were a major burden on the colonies.2 In that way, British protectionism was a significant cause of the Revolution.

Having achieved independence, however, many Americans advocated protectionist policies similar to those they had earlier condemned.3 Alexander Hamilton, the principal advocate of import restrictions, based his proposals on the alleged needs of infant industries. As he wrote in his “Report on Manufactures” (1791):

The superiority antecedently enjoyed by nations who have preoccupied and perfected a branch of industry, constitutes a more formidable obstacle … to the introduction of the same branch into a country in which it did not before exist. To maintain, between the recent establishments of one country, and the long-matured establishments of another country, a competition upon equal terms, both as to quality and price, is, in most cases, impracticable. The disparity … must necessarily be so considerable, as to forbid a successful rival ship, without the extraordinary aid and protection of government.4

The First Wave of Protectionism

Although Congress adopted the first tariff in 1789, its principal purpose was to raise revenue. Rates went from 5 percent to 15 percent, with an average of about 8.5 percent. However, in 1816 Congress adopted an explicitly protectionist tariff, with a 25 percent rate on most textiles and rates as high as 30 percent on various manufactured goods. In 1824, protection was extended to goods manufactured from wool, iron, hemp, lead, and glass. Tariff rates on other products were raised as well.

That first wave of protectionism peaked in 1828 with the so-called Tariff of Abominations. Average tariff rates rose to nearly 49 percent. As early as 1832 Congress began to scale back tariffs with further reductions enacted the following year. In 1842, tariffs were again raised; but by 1846 they were moving downward, and further lowered in 1857. Following the 1857 act, tariffs averaged 20 percent.5

Failed Tariff Policies

Economist Frank Taussig, in a thorough examination of those tariffs, found that they did nothing to promote domestic industry. “Little, if anything, was gained by the protection which the United States maintained” in the first part of the 19th century, he concluded. That finding considerably questioned the validity of the infant industry argument. “The intrinsic soundness of the argument for protection to young industries therefore may not be touched by the conclusions drawn from the history of its trial in the United States, which shows only that the intentional protection of the tariffs of 1816, 1824, and 1828 had little effect,” Taussig said.6

Thus, the early experience of the United States confirms the weakness of the idea that protection can aid infant industries. In practice, so-called infant industries never grow competitive behind trade barriers, but, instead, remain perpetually underdeveloped, thus requiring protection to be extended indefinitely. As Gottfried von Haberler put it:

Nearly every industrial tariff was first imposed as an infant-industry tariff under the promise that in a few years, when the industry had grown sufficiently to face foreign competition, it would be removed. But, in fact, this moment never arrives. The interested parties are never willing to have the duty removed. Thus temporary infant-industry duties are transformed into permanent duties to preserve the industries they protect.7

It is also important to note that the adverse effects of tariffs in 19th century America were more than offset by the economic activity that constituted the western expansion across the continent. Some 20 million immigrants came to the United States in that century. Also, much economic growth came from transportation, farming, mining, and construction of infrastructure. In effect, the United States was a giant, continental-size free-trade zone, from the Atlantic to the Pacific — the equivalent of the distance from Madrid to Moscow.

Figure 1:

Customs Duties as a Share of Imports
image
Source: The Department of Commerce

Following the Civil War, some tariff liberalization occurred, mainly assuming the form of exempting items from duties, rather than reducing tariff rates. As Figure 1 illustrates, until that time, duties had covered a large percentage of imports, as shown by the close relationship between the tariff rate on all imports and that on dutiable imports only. But after the Civil War, those rates began to diverge sharply.

Turn-of-the-Century Tariffs

In the election of 1888, Republicans called for tariffs to protect American manufacturing. Benjamin Harrison’s defeat of Democrat free trader Grover Cleveland led to passage of the McKinley tariff in 1890. An interesting aspect of the 1890 debate over the tariff is that protectionists abandoned any pretense that high tariffs were needed to protect infant industries. Even mature industries, they argued, needed protection. They further argued that high tariffs were needed to reduce the Treasury’s surplus. They understood that sufficiently high rates would so discourage imports that tariff revenues would fall.8

Protectionist tariffs remained the bedrock of economic policy of the Republican Party for the next 20 years. Indeed, Republicans were so intent on passing the Payne-Aldrich tariff in 1909 that President William Howard Taft supported the 16th Amendment to the U.S. Constitution creating a federal income tax as the political price for Democratic support of the tariff.9 That has to have been one of the worst deals in history — a lose-lose situation if ever there was one.

The Underwood tariff of 1913, passed early in the administration of President Woodrow Wilson, liberalized trade somewhat. But as soon as the Republicans reassumed power after World War I, they raised tariffs again. The Fordney-McCumber tariff of 1922 generally increased tariff rates across the board. However, it also gave the President power to raise or lower existing tariffs by 50 percent.

Deepening Depression

The infamous Smoot-Hawley tariff of 1930 was the last outrage inflicted by the Republican protectionists. Rates on dutiable imports rose to their highest levels in over 100 years. Increases of 50 percent were common and some rates went up 100 percent. Table 1 indicates how much tariffs in creased during the 1920s as a result of both the Fordney-McCumber and Smoot-Hawley tariffs. A recent analysis estimates that the Smoot-Hawley tariff, on average, doubled the tariffs over those in the Underwood Act.10

Figure 2:
Collapse of World Trade Following Smoot-Hawley
image
Source: League of Nations

Economists and historians continue to debate how important the Smoot-Hawley tariff was in causing the Great Depression.11 Whatever the degree, the effect certainly was adverse and the tariff was certainly bad policy. As Figure 2 indicates, world trade virtually collapsed following passage of the Smoot-Hawley tariff. Thus, if that tariff was not the single cause of the Great Depression, it certainly made a bad situation worse.

The Free-Trade Path

Politically, at least, in the long term the memory of the Smoot-Hawley tariff has kept Americans committed to a free-trade policy. For more than 60 years, a guiding principle of U.S. international economic policy has been that tariffs and other trade barriers should be reduced, that trade wars must be avoided at all costs, and that the best way to achieve those goals is through multilateral negotiations. Thus, the United States took the lead in establishing the General Agreement on Tariffs and Trade that reduced global tariffs in the decades following World War II, and spearheaded major GATT rounds of multilateral trade liberalization, including the Kennedy Round, Tokyo Round, and Uruguay Round.

In recent years, the free-trade consensus has begun to weaken. One must look back to 1929 to find protectionist rhetoric as heated as that commonly heard today. Throughout most of the postwar era, protectionists were embarrassed to call themselves protectionists. Today, however, prominent politicians such as Republican presidential candidate Pat Buchanan and Senator Ernest Hollings (D-S.C.) wear the label proudly.12 Yet protectionist policies have not been the source of America’s economic strength. And American policy, fortunately, remains largely directed toward free trade.
Como você pode ver, meu caro, essa OPINIÃO diz exatamente o OPOSTO do que você diz. Então tenha mais calma, seja mais humilde e aprenda a RESPEITAR os outros. Porque de moleque aqui só você.

Em tempo, a Dilma é economista e isso não impediu aquela anta de cometer todas as atrocidades econômicas que cometeu nos últimos anos. Eu lá vou respeitar a opinião daquela imunda só porque ela é economista? Pra cada Dilma nesse mundo defendendo essa bosta tem mais dez defendendo o contrário.
Editado pela última vez por Shin em 17 Jun 2015 15:02, em um total de 3 vezes.

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Shin » 17 Jun 2015 14:54

E pare de querer se meter nas minhas leituras porque você não sabe o que eu leio ou deixo de ler. Deixe de ser babaca, rapaz!

Vai ler o Piketty...


E outra: que porra de teoria é essa de que quem defende o liberalismo é pago pelas grandes empresas pra restaurar o poder econômico das classes dominantes? Mas de que cabeça fétida e doente tu tirou isso, meu jovem?

Segundo a tua premissa, só as fontes que são favoráveis ao protecionismo, intervencionismo e ideais econômicos de esquerda em geral é que prestam. Ou seja: não existe contraditório. Hahahaha. É que nem petista atacando a imprensa só porque noticia o que o partido não quer.

E tu ainda tem a coragem, a audácia, de dizer que sou eu quem fala merda...

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Shin » 17 Jun 2015 14:59

Ah, e vamo combinar que ficar postando texto atrás de texto é chato pra caralho? Que tal argumentar, expor as suas razões e talvez colocar um link aqui e outro ali?

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Dekkers » 17 Jun 2015 15:17

Tá bom, inocente, continua achando que neoliberalismo e interesse de classe não tem nada a ver. Que na teoria econômica mainstream não tem nada de classe e de ndinheirados com interesses por trás, hahaha.. Falar que o céu é de qualquer cor é fácil, quero ver refutar a pesquisa do desenvolvimento em perspectiva histórica que o Chang fez em "Chutando a Escada". Eu chamei o Hamilton de grande porque o cara era foda, além de fazer uma economia agrária se desenvolver, ajudar a criar a Constituição do país, escreveu coisas bem interessantes em política. Talvez você não saiba, mas ele é um dos autores do texto clássico em política chamado "O Federalista".

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Anônimo » 17 Jun 2015 15:27

Alexander Hamilton, mesmo tendo sido protecionista, tomou uma decisão que jamais o colocaria ao lado dos ícones da esquerda: ele foi contra o calote na dívida pública, algo que era defendido por alguns políticos na época.

Os EUA estava endividado ao fim da Guerra pela Independência. Havia muitos políticos defendendo o calote, mas Hamilton alegou que, uma vez dado o calote, seria difícil reconquistar a confiança da sociedade, pois provavelmente o governo precisaria emitir mais títulos no futuro e ninguém iria querer comprar.

Bom, tenta explicar essa ideia do custo de um calote para o governo da Argentina, Equador, alguns petistas, Venezuela, entre outros.

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Shin » 17 Jun 2015 15:33

Dekkers escreveu:Tá bom, inocente, continua achando que neoliberalismo e interesse de classe não tem nada a ver. Que na teoria econômica mainstream não tem nada de classe e de ndinheirados com interesses por trás, hahaha.. Falar que o céu é de qualquer cor é fácil, quero ver refutar a pesquisa do desenvolvimento em perspectiva histórica que o Chang fez em "Chutando a Escada". Eu chamei o Hamilton de grande porque o cara era foda, além de fazer uma economia agrária se desenvolver, ajudar a criar a Constituição do país, escreveu coisas bem interessantes em política. Talvez você não saiba, mas ele é um dos autores do texto clássico em política chamado "O Federalista".
Tu não gosta de colar textão? Então lê o texto que eu colei ali em cima pra ti... Ele refuta tudo o que tu disse, inclusive sobre o Hamilton.

E interesse tem de todo mundo, meu amigo. Não é só das grandes empresas, mas dos sindicatos, dos partidos, dos movimentos e de muita gente que ganha dinheiro com a ignorância alheia. Tu acha que a discussão sobre a terceirização, por exemplo, que é um tema que envolve política econômica, social e trabalhista, tem interesses só das "classes dominantes"? Por que tu acha que CUT, MST e esses outros vermes do tipo vão lá fazer cagada contra? Porque eles são bonzinhos e estão a favor dos trabalhadores? (sim, porque trabalhador mesmo ninguém nessa merda é) Não, porque as centrais sindicais grandes não querem perder pras centrais sindicais menores o quinhão do dinheiro público que essa máfia de sindicato recebe pra não fazer porra nenhuma da vida.

Então interesse tem de todo lado. O que não quer dizer que um esteja mais certo ou mais errado que outro por isso. Você tem que ler e avaliar os argumentos. Pra defender um lado ou outro sempre vai ter, cabe a ti saber o que te parece mais certo ou mais errado.

Inguênuo é tu, que acha que defende o que é nobre e que só o outro lado é patrocinado por interesses espúrios. É igualzinho a petista que passa a vida defendendo o partido mais corrupto da história desse país porque acredita que o bandido-mor, o Lula, é um santo.

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Shin » 17 Jun 2015 15:39

Anônimo escreveu:Alexander Hamilton, mesmo tendo sido protecionista, tomou uma decisão que jamais o colocaria ao lado dos ícones da esquerda: ele foi contra o calote na dívida pública, algo que era defendido por alguns políticos na época.

Os EUA estava endividado ao fim da Guerra pela Independência. Havia muitos políticos defendendo o calote, mas Hamilton alegou que, uma vez dado o calote, seria difícil reconquistar a confiança da sociedade, pois provavelmente o governo precisaria emitir mais títulos no futuro e ninguém iria querer comprar.

Bom, tenta explicar essa ideia do custo de um calote para o governo da Argentina, Equador, alguns petistas, Venezuela, entre outros.
Bacana. Não sabia disso. Naquela época essa divisão de direita/esquerda, salvo engano, ainda era adstrita à França. Não havia o maniqueísmo que existe hoje. Aliás, que nem existe mais, porque em país desenvolvido se fala em centro-direita e centro-esquerda. Essa discussão sobre liberalismo clássico/socialismo e laissez-faire/capitalismo de estado só existe em país atrasado como o Brasil, Venezuela e Argentina, contaminados pelo câncer devastador do socialismo.

A própria história econômica da Argentina é uma história de desgraça econômica causada por sucessivos calotes. De um oásis de desenvolvimento na América Latina passou a ser uma das âncoras que seguram o desenvolvimento geral da região, junto com a Venezuela e agora o Brasil.

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por liverblow » 22 Jun 2015 15:31

Tem alguma chance do HUEzil virar uma Grécia?

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peudoria
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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por peudoria » 22 Jun 2015 15:53

O que acontece se a Grécia der calote no FMI? ENTENDA a crise no país
Spoiler:
A Grécia enfrenta atualmente "uma queda de braço" com os credores de sua dívida (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu). O impasse tem gerado o temor de que o país deixe a zona do euro e até mesmo o bloco da União Europeia.

Na última década, a Grécia gastou bem mais do que podia e pediu empréstimos volumosos para financiar suas despesas. O resultado é que o país ficou refém da crescente dívida. Nesse período, os gastos públicos dispararam, com os salários do funcionalismo praticamente dobrando. A arrecadação do governo não acompanhou o ritmo, com evasão de impostos.

Atualmente, a dívida grega é de mais de € 320 bilhões (em torno de R$ 1 trilhão) e supera, em muito, o limite de 60% do PIB estabelecido pelo pacto assinado pelo país para fazer parte do euro.
Veja abaixo perguntas e respostas sobre a crise grega:

Por que há risco de calote grego?
A Grécia tem uma dívida de € 1,6 bilhão de euros com o FMI que vence no dia 30 de junho. O valor se refere a um empréstimo pedido pelo país para financiar seus gastos. Porém, o governo grego não tem esse dinheiro em caixa. Por isso, para fazer esse pagamento depende de ajuda financeira.

A Grécia poderia ter ajuda da União Europeia para fazer esse pagamento?
Sim. No entanto, uma parcela de € 7,2 bilhões em ajuda financeira à Grécia está bloqueada há meses. Essa quantia é a parte final de um pacote de € 240 bilhões de ajuda da internacional obtido pela Grécia após a crise de 2008.

Por que a Europa não ajuda a Grécia?
Para liberar a ajuda financeira, da qual a Grécia depende para pagar sua dívida e se salvar do calote, os credores exigem que o país faça uma reforma econômica no país. O esforço fiscal seria da ordem de € 2 bilhões.

Por que a Grécia não entra em um acordo com seus credores?
Porque o governo grego não aceita fazer as reformas exigidas pelos credores, que, por sua vez, não aceitam ceder a ajuda ao país sem que essas exigências sejam atendidas. A situação, por isso, é vista como uma “queda de braço”, como aponta embaixador Rubens Ricupero, é diretor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

Quais são as reformas exigidas pelos credores para liberar a ajuda financeira?
As medidas incluem reformas para diminuir os gastos do governo e aumentar sua arrecadação. Entre os principais pontos em discussão está o sistema de aposentadoria da Grécia, visto pelo FMI como muito “caro” aos cofres públicos do país. “Os fundos de pensões gregos recebem transferências do orçamento de cerca de 10% do PIB por ano – contra a média do resto da zona do euro de 2,5% do PIB. A pensão padrão na Grécia é quase do mesmo nível da Alemanha e as pessoas, de novo na média, se aposentam quase seis anos antes na Grécia que na Alemanha. E o aumento do PIB per capita, claro, é menos da metade do nível alemão”, disse o porta-voz do FMI, Gerry Rice, em 15 de junho.

O professor Antonio Carlos Alves do Santos, do Departamento de Economia aqui da PUC-SP explica que os gregos “têm uma aposentadoria muito alta para o nível de receita gerado pela economia grega”.
Outra exigência dos credores é o aumento dos impostos no país. “É crucial ampliar significativamente o imposto básico na Grécia”, disse Rice, defendendo a alta do chamado IVA (imposto sobre o valor acrescentado), que no Brasil equivale ao IPI, ICMS e o ISSQN.

Por que o governo grego não aceita essas medidas?
A Grécia vem passando por anos de “aperto” financeiro para sair da crise. O premiê Alexis Tsipras, líder do partido de esquerda radical Syriza, foi eleito em janeiro com a promessa de acabar com a austeridade no país – ou seja, criticando as medidas de “aperto” do governo anterior. Agora, o líder se recusa a ceder às exigências por mais austeridade.

“A gente tem um governo que foi eleito prometendo o paraíso, e agora se deram conta que podem oferecer no máximo o purgatório”, afirma Santos.

“Lá eles passaram por um aperto grande, com queda da renda per capita, do nível de vida. É uma condição difícil mesmo. Reconheço que se deveria ter evitado chegar a esse ponto a que se chegou. A Grécia até agora pagou um preço muito alto”, diz Ricupero.

O que acontece se não houver acordo e a Grécia der o calote?
O país poderia declarar sua própria moratória – semelhante ao que foi feito na Argentina em 2002. “A Argentina, quando declarou a moratória, quando fez aquela negociação muito dura com os credores, havia gente que dizia que tinha sido um exemplo, que os argentinos haviam mostrado o que se deveria fazer. Mas, ao que me consta, ninguém fez o mesmo que a Argentina – que até hoje não voltou aos mercados internacionais”, compara Ricupero.

Uma das consequências para a Grécia poderia ser a saída do país da zona do euro, o que seria inédito na história do grupo europeu. “Nesse cenário, teríamos pela primeira vez um caso de ruptura, em que a Grécia seria desligada do sistema de créditos bancários do BCE. Todos os bancos gregos dependem da contínua assistência do BCE”, diz Ricupero.

E situação poderia desencadear uma “corrida” das pessoas aos bancos para retirar seu dinheiro, com medo de que as instituições quebrem ou que comecem a haver impedimentos para fazer saques.

Qual seria a consequência para outros países da zona do euro se a Grécia saísse do grupo?
“Se a Grécia é obrigada a deixar a União Europeia, ela abre a porta de saída que poderá ser utilizada para países que também têm dificuldades econômicas”, afirma Santos, citando outros exemplos de países da EU com a economia mais frágil, como Portugal, Espanha e Irlanda. “O fato desses países estar em situação muito melhor que a da Grécia é ignorada pelo mercado. Se a Grécia sai, por que não outro?”, aponta.

O especialista acrescenta que uma consequência que já começa a ser vista desde agora nos países com economia mais frágeis da zona do euro é um aumento de juros, para tornar os títulos de suas dívidas mais atraentes a investidores assustados.

Isso poderia afetar o Brasil?
Santos aponta que uma sequência de dificuldades impostas à União Europeia poderia prejudicar países que são parceiros comerciais do Brasil, em um momento em que o país passa por uma necessidade de aumentar suas exportações. “Se a Grécia, sai você teria problemas na economia europeia, e a economia europeia é um parceiro comercial importante para a economia do Brasil. E o Brasil precisa fundamentalmente ampliar suas exportações”, resume.

Como ficaria a situação econômica da Grécia fora da zona do euro?
“A maioria dos analistas acham que, independente do que vai acontecer aos outros [países], para a Grécia vai ser um desastre. Muita gente acha que vai ser o caos, corrida aos bancos, e muito provavelmente o governo vai cair”, diz Ricupero.

“Se acontecer o pior, eles vão revelar os mesmos defeitos que revelaram até agora: dificuldade de consenso político e de fazer reformas, um sistema político muito ruim, falta de qualidade na macroeconomia. Para poder sobreviver a uma coisa traumática como seria essa, teria que haver um governo excepcionalmente qualificado que, se existisse, os gregos não estariam nessa situação em que estão agora”, avalia o especialista.

Para Santos, independentemente se a Grécia ficar ou sair da zona do euro, “reformas são necessárias.” “Mas fora [do grupo europeu] vai perder todos os recursos que tem recebido desde que entrou para o ‘clube’. Está na hora de os gregos reconhecerem de fato que a economia deles precisa de reforma. Isso é duro, mas o Estado precisa de receita para financiar seus gastos”, diz.

“Para modernizar a economia da Grécia e oferecer um padrão de qualidade de vida que é o europeu, o país precisa se modernizar. O que o FMI está exigindo é reformar o setor público, privatizar algumas empresas. Se fizerem isso, já seria um grande avanço”, afirma Santos. “Os gregos têm aceitar que pagar imposto faz parte da vida. Ninguém gosta, mas faz parte da vida.”

Outro ponto preocupante apontado pelos especialistas seria a necessidade de adoção de uma nova moeda, que já nasceria desvalorizada e desencadearia um processo de inflação no país.
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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por liverblow » 13 Jul 2015 16:48

Socialismo, cálculo econômico e função empresarial

CAPÍTULO VI - OSKAR LANGE E A «SOLUÇÃO COMPETITIVA»

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por Fu Manchu » 14 Jul 2015 00:35

Economia não existe. Fiquem em paz senhores. Vocês todos acreditaram num conto de fadas, independente da cor da camisa.

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Re: Economia - Tópico Oficial

Mensagem por liverblow » 15 Jul 2015 18:11

Achei no face kkkkkkkkk

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