Em pesquisa recorde com mais de 200 mil pessoas, fãs pedem por mudanças, mas sem revolução, e demonstram simpatia com Kimi, Ferrari e carros dos anos 2000

Ayrton Senna, o maior piloto de todos os tempos
O público apontou Ayrton Senna como o melhor piloto da história da categoria. O tricampeão brasileiro foi seguido pelo heptacampeão Michael Schumacher (Alemanha) e o tetracampeão Alain Prost (França), seu maior rival nas pistas.


Maior campeã da história, a Ferrari foi eleita a equipe favorita do público, à frente de McLaren e Williams. Dentre a geração de carros, os bólidos dos anos 2000 foram apontados como os mais bonitos, com 32% da preferência, seguido das máquinas da década de 1990, com 20%. O estudo também apontou que três quartos das pessoas torcem por mais de um piloto e equipe.

Outra conclusão da pesquisa foi que, nos últimos cinco anos, a percepção da categoria pelos fãs piorou. Em 2010, os três principais atributos apontados pelos torcedores para descrever a F-1 eram “tecnológica”, “competitiva” e “empolgante”. Na enquete de 2015, porém, apenas “tecnológica” permaneceu no top 3, acompanhada agora dos indesejáveis adjetivos “cara” e “chata”.
Dentre outras demandas, 89% dos fãs afirmaram que a Fórmula 1 precisa ser “mais competitiva”, 85% disseram que a categoria precisa “fazer mais para atrair e manter novos fãs” e 56% têm a impressão que os carros atuais “se tornaram muito fáceis de guiar”.
Sugestões de mudanças para melhorar a Fórmula 1
Questionados sobre o que seria mais importante para a categoria, os itens mais votados foram: regras mais flexíveis para permitir maior variedade de carros e tecnologia (74%), som dos motores (73%), potência dos motores (72%) e redução dos custos (68%). Por outro lado, os itens menos votados foram: menos equipes com mais carros (14%), motor padrão para todas as equipes (16%), igualdade de equipamento para os pilotos (16%).
Dentre as sugestões de mudanças para melhorar, especificamente, o espetáculo, os pontos preferidos foram: mais de uma fornecedora de pneus (80%), volta do reabastecimento (60%), limite orçamentário para as equipes (54%) e pontos para melhor volta (51%). O público, porém, não se empolgou muito com as seguintes ideias: grid invertido (18%), sistema de desfavorecimento das equipes mais vencedoras para aumentar o equilíbrio (26%) e adição de um terceiro carro por equipe (28%).
Perfil do público
A pesquisa traçou também um perfil dos fãs que acompanham a Fórmula 1. Mais da metade do público está entre a faixa etária de 25 e 44 anos, com média de idade de 37 anos. Mais de três quartos dos fãs tem acompanhado a categoria a mais de dez anos. Uma entre quatro pessoas apontam a F-1 como esporte favorito. Metade deles assiste a pelo menos 12 corridas por temporada, sendo que três quartos deste grupo veem a corrida da largada até o final.
Cerca de 90% acompanham as corridas pela TV, 45% pelo computador e 30% “on demand”. O twitter é a principal rede social dos fãs da categoria. A internet passou a ser a principal fonte de informação (55% contra 50% das TVs). Além disso, mais de 50% das pessoas disseram que passaram a não assistir mais as corridas ao vivo, desde que a transmissão deixou a TV aberta para a paga, como aconteceu em diversos países da Europa nos últimos anos, em cenário diferente do que ocorre no Brasil. O resultado completo da pesquisa pode ser acessado neste link.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/motor/for ... a-f-1.html" onclick="window.open(this.href);return false;