namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano Araú

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Igor Vovchanchyn
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por Igor Vovchanchyn » 03 Jul 2015 11:22

As pessoas misturam o "eu conhecer" com o cara ser conhecido.

Vejo muita gente dizer "só fui saber depois da morte", como se a pessoa fosse obrigada a conhecer tudo, curto rock pacaraleo e tem muita banda famosa que EU não conheço, por acaso a banda é desconhecida? É cada uma, a pessoalidade fala mais alto que as vendas e público pagante pelo visto.

peudoria
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por peudoria » 03 Jul 2015 11:23

CATOIAO escreveu:Cristiano Araujo >>>>>> >>>>>>>>>>>>>>>Gustavo Lima >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> TELO,LUAN SANTANA..

Musicalmente falando Cristiano Araujo era o melhor desses...

Concordo com essa sequencia dos 4 cantores solos sertanejos mais famosos
Editado pela última vez por peudoria em 03 Jul 2015 11:26, em um total de 1 vez.

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Tarantino
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por Tarantino » 03 Jul 2015 11:25

Grunge escreveu:
Cara, também acho o Paulo Coelho um escritor fraco, mas ele realmente tem uma das carreiras mais bem sucedidas entre os escritores brasileiros. É possível justificar homenagens e comoção em relação ao Paulo Coelho sob vários aspectos. Já o Cristiano Araújo não atingiu, na música nacional com um todo, o sucesso que o Paulo Coelho conseguiu na literatura. Por isso concordo com o texto do Zeca Camargo.
Paulo Coelho não deve entrar nem como os 50 melhores escritores do Brasil, mas é capaz de ser o maior escritor brasileiro, apesar de uns dez anos não ouvir falar o nome dele

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Grunge
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por Grunge » 03 Jul 2015 11:31

Igor Vovchanchyn escreveu:As pessoas misturam o "eu conhecer" com o cara ser conhecido.

Vejo muita gente dizer "só fui saber depois da morte", como se a pessoa fosse obrigada a conhecer tudo, curto rock pacaraleo e tem muita banda famosa que EU não conheço, por acaso a banda é desconhecida? É cada uma, a pessoalidade fala mais alto que as vendas e público pagante pelo visto.
Não acho que seja isso. Se fosse um Luan Santana, daria pra entender toda a repercussão. Qualquer pessoa sabe quem é Luan Santana. Mas foi um cara que não tinha a mesma popularidade e não chegou a ter a mesma exposição.
"I put no stock in religion. By the word religion I have seen the lunacy of fanatics of every denomination be called the will of God. I've seen too much religion in the eyes of too many murderers. Holiness is in right action, and courage on behalf of those who cannot defend themselves."

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Grunge
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por Grunge » 03 Jul 2015 11:34

Tarantino escreveu: Paulo Coelho não deve entrar nem como os 50 melhores escritores do Brasil, mas é capaz de ser o maior escritor brasileiro, apesar de uns dez anos não ouvir falar o nome dele
Sim, há muitos escritores melhores no país, mas uma carreira como a dele poucos conseguiram. Ele vende muito em vários países... é um caso raro mesmo e por isso sempre é lembrado.
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RFAbdo
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por RFAbdo » 03 Jul 2015 11:48

Igor Vovchanchyn escreveu:As pessoas misturam o "eu conhecer" com o cara ser conhecido.

Vejo muita gente dizer "só fui saber depois da morte", como se a pessoa fosse obrigada a conhecer tudo, curto rock pacaraleo e tem muita banda famosa que EU não conheço, por acaso a banda é desconhecida? É cada uma, a pessoalidade fala mais alto que as vendas e público pagante pelo visto.
Mas ninguém aqui disse que ele é um desconhecido, ainda mais depois que a galera veio explanar a carreira dele e o cenário. O foco da conversa e da própria posição do Zeca Raí é o comportamento da mídia.

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Tarantino
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por Tarantino » 03 Jul 2015 18:26

Estava vendo notícias na página da UOL e me deparo com algo bizarro, clico por curiosidade para ler a matéria e as coisas são mais bizarras ainda. Não sei se é aqui o tópico ideal, mas para evitar abrir outro.

http://mauriciostycer.blogosfera.uol.co ... programas/" onclick="window.open(this.href);return false;

Algumas das pautas
– Antes de sua morte, Cristiano Araújo falou que tinha medo de avião
– Pombo aparece na casa de baixista de Cris Araujo durante entrevista
– Vidente faz nova previsão sobre acidente com dupla sertaneja
Sem palavras para programas desse nível e para quem assiste isso.

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gtt-BJJ
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por gtt-BJJ » 03 Jul 2015 19:12

Filho_da_D.Florinda escreveu:Eu já disse uma vez que o que sertanejo é hoje a musica mais popular brasileira. E quando digo popular não digo no sentido de estilo musical, e, sim, no sentido literal, a mais ouvida, a mais tocada, o de maior público.

É um estilo musical muito independente, que, diferentemente, do Rock ou qualquer outro estilo musical consegue andar com suas proprias pernas, mesmo sem o apoio incessante da mídia.

Não devemos nos esquecer que hoje com a internet, aplicativos de músicas, redes sociais, as pessoas podem escutar aquilo que a elas convém, que gostam mais. Quer um exemplo?

1
See You Again
Wiz Khalifa Featuring Charlie Puth

Trap Queen
Fetty Wap

Earned It (Fifty Shades Of Grey)
The Weeknd

Watch Me
Silento

Post To Be
Omarion Featuring Chris Brown & Jhene Aiko


6
Last Week: 7

The Hills
The weeknd

Nasty Freestyle
T-Wayne

Flex (Ooh Ooh Ooh)
Rich Homie Quan

B**** Better Have My Money
Rihanna

Slow Motion
Trey Songz

Somebody
Natalie La Rose Featuring Jeremih

Be Real
Kid Ink Featuring DeJ Loaf

Blessings
Big Sean Featuring Drake

Classic Man
Jidenna Featuring Roman GianArthur

Commas
Future

Wet Dreamz
J. Cole

How Many Times
DJ Khaled Featuring Chris Brown, Lil Wayne & Big Sean

The Matrimony
Wale Featuring Usher

Planes
Jeremih Featuring J. Cole

Truffle Butter
Nicki Minaj Featuring Drake & Lil Wayne

Esse é o TOP 20 do hip hop da Billaboard, um dos estilos musicais mais tocados nos EUA, berço do mundo POP. Quantas artistas vcs conhecem daí?

Pois é.

Antes, na década de 90, o CD era a principal fonte de música, depois das rádios. Um CD custava em média 20 reais, ou seja, não era barato. Ninguém arriscava comprar um CD que não popular. Sucessos como o Rappa, Cidade Negra, Skank, Jota Quest, Titãs, Capital Inicial (bandas que fizeram sucessos por mais de uma década) são cada vez mais escassos devido a essa dispersão toda acima explicado. E isso não é só no Brasil, é no mundo todo. Eminem, Gigi agostino, Celine Dion, linkin park, aerosmith... Porra... Sucessos e famas tão pops e duradouros que não se tem mais hoje em dia. Raramente.

Falando agora um pouquinho do Sertanejo UNIVERSIÁRIO, eu diria que nós temos muitos outros artistas que como o Cristiano Araújo são desconhecidos mas fazem muito sucesso independente (principalmente desses artistas que ascendem em Goiania e Campo Grande -berço desse estilo musical), como por exemplo: henrique e Juliano, henrique e diego, Jads e Jadson, Maria Cecilia e Rodolfo, israel Novaes, Bruninho e Davi e etc..

Sem dúvida, destes o Cristiano Araujo junto com o Henrique e Juliano eram os mais POPs, com exceção dos midíaticos Luan Santana, Jorge e Mateus, Paula Fernandes, Michel Teló, Fernando e Sorocaba, Gustavo Lima.

Dito isso tudo, é fácil perceber o quão ignorante foi o Zeca Camargo. Talvez ainda não reparastes que o cenário Musical se expandiu muito mais além do que toca em sua playlist, na sua rádio ou dos convidados dos programas da Globo. É tipo de gente limitada, que acha que as coisas ainda são como antigamente. Pois, se um cara que tem 3-4 músicas fazendo sucesso SIMULTANEAMENTE e que foi o Artista mais procurado na UOL em 2014 não merece tal comoção por ser um artista criado pela carência de ícones, então quem mereceria?
Perfeito
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leofla
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por leofla » 05 Jul 2015 21:56

As redes sociais explodiram na quarta-feira (24) com duas ondas de manifestações que se chocavam.

Na primeira, uma legião de fãs lamentava a morte do cantor e compositor sertanejo Cristiano Araújo, de 29 anos, cujo carro capotou de madrugada perto da cidade de Morrinhos, em Goiás. No mesmo acidente morreu sua namorada, Allana Moraes, de 19 anos. A outra onda, criada em resposta à comoção inicial, perguntava, sinteticamente, “quem é Cristiano Araújo”? O jovem que para uns era um astro familiar e querido era, para outros, um total desconhecido. Desde o momento da morte do cantor, até seu enterro com a presença de 60 mil pessoas, a repercussão da tragédia monopolizou a programação das TVs, ampliando a sensação de perplexidade. Como alguém poderia ser tão famoso e estimado e, ao mesmo tempo, tão desconhecido dos demais? A parte do país que nunca ouvira falar de Cristiano Araújo foi sendo rapidamente apresentada a suas canções, a sua biografia e a seus shows multitudinários – enquanto em Caruaru, no Agreste pernambucano, onde ele deveria fazer uma apresentação no dia seguinte ao acidente, os fãs se reuniram debaixo de chuva e assistiram, emocionados, a vídeos relembrando sua carreira.

O Brasil é um país de 200 milhões de sociólogos. Para explicar essa aparente incongruência – o cantor famoso que “ninguém” conhecia –, inventaram-se teorias-relâmpago. A mais popular falava de “divisão cultural” do país entre a “elite urbana cosmopolita”, que desconhecia os hits de Cristiano, e o “povo simples do interior”, que chora ao ouvir os versos simples de “Caso indefinido”: Será que alguém explica a nossa relação/Um caso indefinido, mas rola paixão/Adoro esse perigo, mexe demais comigo. Essa teoria supõe que as tais elites urbanas ouviriam música bem mais sofisticada – bossa nova e jazz, ou quem sabe MPB de vanguarda – e viveriam num outro universo cultural, mais elevado.
>> Familiares e amigos se despedem de Cristiano Araújo

Nada disso é demonstrável estatisticamente. Uma pesquisa publicada em 2013 por ÉPOCA mostrou que rock e MPB são sons de minoria mesmo nas classes A e B. A maioria em todo o país – e em todas as classes sociais – escuta mesmo o sertanejo. A rachadura cultural, ao menos desse ponto de vista, é um mito. Mas existem de fato outras divisões, mais óbvias, que ajudam a entender por que muita gente nas redes sociais não sabia quem era Cristiano Araújo: idade e geografia. Seu público parece ser predominantemente jovem. Gente com mais de 30 anos nunca ouvira falar dele até o fim de junho – assim como não sabe quem é Bruno Mars, um cantor havaiano de 29 anos que arrasa entre os adolescentes do mundo inteiro cantando pop.

A geografia também oferece uma explicação. Goiano, oriundo de uma região que já foi chamada de “Seattle do sertanejo” (em alusão à cidade que foi berço do rock grunge americano), Cristiano contava com um enorme público regional, que aprecia não só o estilo do que ele cantava, mas tinha um carinho adicional pelo menino do lugar – que começou a cantar e compor com 10 anos e, adolescente, ganhou na TV um concurso de melhor sertanejo do Centro-Oeste. A economia do interior do país é forte o suficiente para promover e sustentar seus ídolos. Hoje em dia, não é mais necessário um cantor se estabelecer como nome nacional para viabilizar uma carreira milionária.
>> O Brasil é sertanejo

Outro dado importante é que a internet não mudou apenas a forma como as pessoas escutam música. Ela alterou também – e radicalmente – a divulgação dos próprios artistas. Numa era em que é a internet, e não o rádio, o principal meio de acesso à música, é mais difícil “massificar” um cantor – para usar o jargão das gravadoras nos anos 1970 e 1980. Nos anos 1970, o Brasil inteiro – e não apenas regiões específicas – conhecia a obra de Odair José simplesmente porque ele tocava no rádio. Na era da “cauda longa” em que vivemos, estabelecem-se os nichos. Cada um escolhe a música que quer ouvir, e não existem mais os ídolos de toda uma geração, como no passado. Em vez disso, existem artistas que são fortes em determinadas regiões ou determinados segmentos. “A internet intensifica o racha que sempre existiu entre quem conhece ou não conhece algum artista”, afirma Marcos Lauro, editor do site da Billboard.

Paradoxalmente, Cristiano Araújo “massificou-se” via internet depois de sua morte. Nas 48 horas que se seguiram a seu acidente, as canções de Cristiano foram ouvidas dez vezes mais do que o usual no serviço de música Spotify. Eram, provavelmente, pessoas “descobrindo” o que ele cantava. Cristiano lançou quatro discos, três DVDs, 11 singles e atingiu o auge de público na turnê de Efeitos, entre 2011 e 2012. Tinha uma agenda de 280 shows anuais pelo Brasil e já fizera três turnês nos Estados Unidos e uma na Europa, na qual visitou quatro países. “Goiânia, a cidade em que ele nasceu como músico, parou na sua morte. Os bares fecharam, e muita gente se reuniu para prestar a última homenagem”, afirma o produtor Rafael Vanucci. A internet levou a música de Cristiano ao mundo – mas ele nunca deixou de ser um artista de seu nicho, a Seattle sertaneja.

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ilicosttite
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por ilicosttite » 06 Jul 2015 03:16

leofla escreveu:
Nada disso é demonstrável estatisticamente. Uma pesquisa publicada em 2013 por ÉPOCA mostrou que rock e MPB são sons de minoria mesmo nas classes A e B. A maioria em todo o país – e em todas as classes sociais – escuta mesmo o sertanejo. A rachadura cultural, ao menos desse ponto de vista, é um mito. Mas existem de fato outras divisões, mais óbvias, que ajudam a entender por que muita gente nas redes sociais não sabia quem era Cristiano Araújo: idade e geografia. Seu público parece ser predominantemente jovem. Gente com mais de 30 anos nunca ouvira falar dele até o fim de junho – assim como não sabe quem é Bruno Mars, um cantor havaiano de 29 anos que arrasa entre os adolescentes do mundo inteiro cantando pop.

Coitado, mais um jornalista que será apedrejado.
"If you don't have ability you end up playing in a rock band”
Buddy Rich

https://www.youtube.com/watch?v=9esWG6A6g-k" onclick="window.open(this.href);return false;

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leofla
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por leofla » 06 Jul 2015 12:16

O BRASIL É UM PAIS SERTANEJO

Que tipo de música simboliza o Brasil? Eis uma questão discutida há muito tempo, que desperta opiniões extremadas. Há fundamentalistas que desejam impor ao público um tipo de som nascido das raízes socioculturais do país. O samba. Outros, igualmente nacionalistas, desprezam tudo aquilo que não tem estilo. Sonham com o império da MPB de Chico Buarque e Caetano Veloso. Um terceiro grupo, formado por gente mais jovem, escuta e cultiva apenas a música internacional, em todas as vertentes. E mais ou menos ignora o resto.

A realidade dos hábitos musicais do brasileiro, agora está claro, nada tem a ver com esses estereótipos. O gênero que encanta mais da metade do país é o sertanejo, seguido de longe pela MPB e pelo pagode. Outros gêneros em ascensão, sobretudo entre as classes C, D e E, são o funk e o religioso, em especial o gospel. Rock e música eletrônica são músicas de minoria.

É o que demonstra uma pesquisa pioneira feita entre agosto de 2012 e agosto de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A pesquisa Tribos musicais – O comportamento dos ouvintes de rádio sob uma nova ótica faz um retrato do ouvinte brasileiro e traz algumas novidades. Para quem pensava que a MPB e o samba ainda resistiam como baluartes da nacionalidade, uma má notícia: os dois gêneros foram superados em popularidade. O Brasil moderno não tem mais o perfil sonoro dos anos 1970, que muitos gostariam de que se eternizasse. A cara musical do país agora é outra.

A pesquisa partiu de uma base de dados de 20 mil ouvintes de rádio de todas as classes socias e faixas etárias nas capitais brasileiras, entrevistados de 2012 a 2013. O rádio foi escolhido por ser o meio de comunicação mais usado no Brasil: 73% da população brasileira escuta rádio com frequência. Entre os ouvintes, a maioria (96%) ouve música, 70% notícias, 31% esportes (aqueles que ainda gostam de ouvir as partidas de futebol no radinho de pilha), e 21% humor. “Começamos pelo universo do rádio como meio de comunicação móvel primordial e constatamos que a música está no DNA do rádio brasileiro”, afirma Juliana Sawaia, gerente do Ibope Media que coordenou a pesquisa. “O que une todos é a música. O Brasil é um país movido a música”, afirma Thiago Magalhães, assistente da pesquisa. “Queiramos ou não, hoje ele é movido a música sertaneja.”
>> A trilha sonora ignorada pela multidão nas manifestações

O gênero sertanejo, liderado pelos artistas Paula Fernandes e Michel Teló, assumiu uma posição hegemônica nos últimos cinco anos. Bateu os antigos campeões, o pagode e a MPB. Entre 2012 e 2013, dois terços das músicas mais tocadas no rádio são sertanejas, de acordo com a empresa de pesquisas Crowley, que afere a audiência musical. Cerca de 65% das músicas pertencem ao sertanejo, enquanto o pagode, em segundo lugar, ocupa apenas 19% do tempo de rádio. Rock e MPB – representados pela banda Capital Inicial e pela cantora Ana Carolina, entre tantos outros – abocanham 3% cada um, em comparação com os 5% do funk, que vem crescendo com os sucessos de Naldo e Anitta.

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“Nossa pesquisa confirmou o triunfo sertanejo”, afirma Juliana. “Analisamos a demografia da música e dividimos as faixas de ouvintes por idade e classe para concluirmos que a música sertaneja se disseminou por todo o país em várias classes sociais e faixas etárias.” Dos entrevistados, 58% declararam ouvir esse tipo de música.

Os analistas do Ibope estabeleceram seis perfis principais de consumidores brasileiros de música, divididos por renda e idade. A partir daí, estudaram o perfil do ouvinte e a flexibilidade do gosto musical de cada grupo. Fizeram uma descoberta evidente: a escolha de certos gêneros e estilos musicais está intimamente associada à divisão do público em idade e classe social.

A maior parte do público sertanejo pertence à classe C, tem entre 25 e 34 anos e nível escolar fundamental. O pagodeiro pertence à mesma classe social do sertanejo. É apenas um pouco mais jovem e mais flexível. Enquanto 61% dos sertanejos ouvem pagode, 81% dos pagodeiros gostam de sertanejo. Uns e outros se distribuem pelo país inteiro e mantêm a mesma preferência quando se trata de diversão. O churrasco é o lazer favorito, depois o bar e a balada.
>> Claudia Leitte S/A: como a cantora virou uma empresária inovadora

Da mesma forma, roqueiros e emepebistas partilham características. Integram as classes A e B e têm escolaridade superior. Os emepebistas se concentram em Salvador, Recife e Rio de Janeiro. Os roqueiros, em Belo Horizonte e Porto Alegre. A maior parte dos roqueiros (47%) diz ouvir MPB no rádio. Cerca de 30% dos fãs de MPB dizem que ouvem rock. São exigentes e globalizados. Os roqueiros não vão só a shows, como formam bandas. Os emepebistas gostam de produtos de luxo, materiais e culturais. A faixa etária dos roqueiros é mais baixa, entre 25 e 34 anos, ao passo que os ouvintes de MPB têm entre 25 e 34 anos. “A gente pode dizer que os roqueiros ouvirão MPB quando ficarem mais velhos”, diz Magalhães. “Assim como os funkeiros que gostam de Anitta um dia ouvirão mais o gospel de Aline Barros.”

Os ouvintes de funk e música religiosa fazem parte das classes D e E e não completaram o ensino fundamental. A faixa etária do funkeiro é mais baixa, entre 12 e 19 anos, em comparação com os de 25 a 34 anos dos devotos do gospel. O funkeiro tem mais presença no Rio de Janeiro e em Salvador. O ouvinte de som religioso, em especial de gospel, comparece em peso no Nordeste. O funkeiro aprecia música religiosa: 38% dizem que escutam hinos. E 80% deles ouvem sertanejo e pagode. Os funkeiros são espontâneos, e os religiosos conservadores. Engana-se quem pensa que a turma do gospel é fechada. Cerca de 22% deles ouvem funk, 56% sertanejo e 50% MPB. Se dizem otimistas em relação ao futuro – o mesmo estado de espírito dos funkeiros.
>> Felipe Patury: Oh, my God! Aline Barros grava primeiro CD em inglês

Desses dados, pode-se inferir que a trilha sonora do Brasil se alterou profundamente nos últimos dez anos. A classe B, que antes definia o gosto, cedeu primazia às classes C, D e E. A mudança rebaixou a qualidade dos produtos musicais. Samba e MPB exibem um material artístico mais refinado que os pancadões e arrochos sertanejos. Esse universo de gosto se tornou relevante e essencial nas tendências de consumo.

A consequência imediata das mudanças, segundo o crítico Tárik de Souza, foi o rompimento entre o grande público e a linha histórica da grande música brasileira, que começou na década de 1920 com o samba urbano de Sinhô e segue até os dias de hoje, na MPB posterior à Tropicália. Por que isso aconteceu? “Não se permitiu ao público uma escolha democrática, como havia nos tempos da bossa nova e dos festivais, quando tudo tocava no rádio – de Tom Jobim a Altemar Dutra, passando pelos Mutantes”, afirma Tárik. “Pena que os versos de Gil em ‘Rep’ não tenham força de lei: O povo sabe o que quer/mas o povo também quer o que não sabe.”

Para o produtor e empresário Tom Gomes, o ouvinte sabe, sim, o que quer. Ele considera a pesquisa do Ibope fiel à realidade. “Os sertanejos são trabalhadores incansáveis”, diz. “Fazem shows diante de dezenas de milhares de pessoas todos os dias do ano, ao passo que Chico Buarque faz um show a cada cinco anos para uma plêiade de eleitos. Não admira que Paula Fernandes seja mais popular que ele.” Gomes aponta um dado que dá vantagem aos sertanejos: a flexibilidade. “Eles se adaptam a todos os públicos. Para conquistá-los, fazem pagode sertanejo, axé sertanejo e assim por diante. Eles se renovam, enquanto o pessoal do rock e da MPB persegue o purismo e a mesmice.” Roqueiros e emepebistas são órfãos do tempo em que as gravadoras regiam o consumo, afirma Gomes. Hoje, como os sertanejos notaram, tudo acontece nos shows. “Em grande parte dos 5.570 municípios brasileiros, o público não vê shows de MPB”, diz Gomes. “Vê os sertanejos.”

Há esperança para todos, porém. Como mostra a pesquisa, as seis tribos sonoras que simbolizam a nação não estão congeladas, nem são estanques. Elas se misturam, evoluem e se influenciam mutuamente. Contribuem, a seu modo, para a riqueza e a diversidade da música brasileira. Parte dela toca menos no rádio. Hoje. Amanhã será outro dia.

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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por leofla » 07 Jul 2015 08:24

kralho!só em 2 anos o cara fez 156 milhoes! vou começar a compor aqui e lançar um clipe de sertanejo no youtube galera do bjj depois assistam e divulguem que prometo quando ficar rico vou comprar outro servidor pra nos :D

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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por federer » 07 Jul 2015 10:37

leofla escreveu:kralho!só em 2 anos o cara fez 156 milhoes! vou começar a compor aqui e lançar um clipe de sertanejo no youtube galera do bjj depois assistam e divulguem que prometo quando ficar rico vou comprar outro servidor pra nos :D

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Bizarro demais , já deve ter cantor sertanejo bilionário por aqui.

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leofla
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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por leofla » 07 Jul 2015 10:55

federer escreveu: Bizarro demais , já deve ter cantor sertanejo bilionário por aqui.
isso em 2 anos no total deve ser no minimo uns 200 milhoes! acho q o luan santana ja deve ser bilionario lembro de uma reportagem que ja tem um certo tempo que a fortuna dele estava em 500 mi

nessa materia diz q em maio de 2012 a fortuna do luan santana era de 300 milhoes ja se passaram 3 anos e o sucesso do cara so aumentou :fear:

http://extra.globo.com/famosos/o-duelo- ... 17256.html" onclick="window.open(this.href);return false;

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Re: namorado do rai critica o Sertanejo e diz que Cristiano

Mensagem por Rodripe » 07 Jul 2015 11:21

caramba, muito dinheiro !

O show dos caras vale muito, Luan Santana deve estar perto do primeiro Bilhão, isso que ele doa toda a renda da venda dos CDs e DVDs.

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