Garfield escreveu:
ECA foi um retrocesso ao país? Estudantes e professores de humanas são maioria de esquerda? Ainda por cima marxista?
Na moral, se passou do saguão? Pq de esquerda marxista la é uma meia duzia de estudantes que nunca entram na aula e ficam fazendo barulho com reuniões inúteis, e com relação a produção acadêmica muita coisa boa ja foi estuda la... Agora o governo tem que usar os estudos para adiantar alguma coisa, se não fica igual a pesca...
O barbudo gastou uma nota para fazer um estudo gigante sobre pesca no Brasil, ele tem qualidadee internacional, mas nunca foi usado para gestão dos recursos pesqueiros ai realmente é jogar dinheiro fora.
Ciências socias tem três vertentes (antropologia, sociologia e ciencias politicas) Na ciencia politica quase a totalidade são de tucanos os outros são mais a direita, na antropologia é bem dividido (mas a galera vive em um mundo meio paralelo é indiferente na real) e na sociologia a esquerda hoje é bem mais fraca que a direita, tanto que antes Marx era o fodão dos tres porquinhos hoje ele não tem amis grande destaque por la, o que impera é o positivisvo, a ciencia neutra e outras baboseiras do nipe.
Galera acha que o movimento estudantil representa os alunos, estes são uns doidinho que não fazem nada da vida e demoram dez anos para se formar e são motivo de piada pro restante dos estudantes, se você tivesse frequentado o ambiente saberia que se só vomitou bobagi aqui.
Baden escreveu:Se vocês não sabem que vivem num país capitalista, sob um regime neoliberal escancarado, que inclusive acaba de implantar a famigerada cartilha das medidas de austeridade, então eu realmente não sei onde vocês vivem.
Não é possível que sejam tão lunáticos.
Além disso, essa lista de preceitos pseudo-socialistas que seriam supostamente ensinados em escolas, e portanto responsável pela estagnação produtiva do país, funciona como um tiro no pé.
Oras, pensem bem, só fomos ter presidente eleito em 1990, depois veio FHC (também é comunista?). A geração que estudou nessa época é a que está ainda no mercado de trabalho, economicamente ativa. Não havia nenhuma política de doutrinação marxista nas escolas. Não faz sentido.
Quem você vai culpar pela falta de desenvolvimento? Os supostos estudantes marxistas? Se esses existem, ainda nem puderam mostrar direito a cara, têm pelos menos o benefício da dúvida. Ao contrário dos outros.
Os senhores tem que estudar o que é o Marxismo. No debate onde o Olavo destruiu o Alaor Caffé Alves, podemos ver uma ótima explicação:
OLAVO DE CARVALHO : Muito bem. Agradecendo muito a Thiago Magalhães e a seus colegas pelo convite, constato, em primeiro lugar, que o meu interlocutor é bem menos marxista do que me disseram, o que de certo modo facilita o trabalho, porque a análise do marxismo é sempre um problema quase impossível de resolver, pela multilateralidade dos seus aspectos. Vocês vejam que
o marxismo é uma filosofia, é uma teoria econômica, é uma ideologia, é uma estratégia revolucionária, é um regime político, é um sistema ético-moral, é uma crítica cultural, é uma organização política da militância: ele é tudo isso ao mesmo tempo. Ora, vocês não encontrarão em todo o mundo, em toda a história humana, nenhum fenômeno parecido: não existe nenhum outro fenômeno que abarque de maneira unificada tantos aspectos ao mesmo tempo. Isso quer dizer que o marxismo nos coloca desde logo o problema de que não sabemos a que gênero de fenômenos ele pertence.
Se buscamos a definição do marxismo, segundo o velho critério aristotélico do gênero próximo e da diferença específica, nós já nos esborrachamos no primeiro degrau da escada por não haver um gênero próximo. Isso significa que toda a tentativa de discussão do marxismo imita aquele célebre caso dos cegos com o elefante, em que um pega a perna e diz que o elefante é um poste, outro pega a tromba é diz que é uma cobra, outra pega a orelha e diz que é uma folha de papel, e assim por diante. Aqueles que analisam o marxismo no terreno econômico – o pessoal liberal tem a mania de fazer isso, o que é até covardia, porque a crítica liberal da economia marxista é tão arrasadora que este é o campo mais fácil para discussão –, quando pensam que estão ganhando a discussão, o marxista passa para outra clave (por exemplo, a da crítica moral do capitalismo) e pronto: aquele belíssimo trabalho que o liberal fez está perdido. Se nós atacamos o materialismo e o anticristianismo do marxismo, também quando estamos quase vencendo a discussão, o marxista tira do bolso do colete a teologia da libertação, dizendo que é mais cristão do que nós. Então, realmente estamos lidando com um ente proteiforme e indefinido. É evidente que a análise e a crítica racional esbarram em dificuldades tão imensas que, sinceramente, não vale a pena prosseguir nesta direção. A sucessão de críticas ao marxismo que se fizeram desde o século XIX até hoje, não digo que seja inútil, mas pega somente detalhes e partes às vezes insignificantes do problema.
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“Eu e meu público nos entendemos perfeitamente. Eles não ouvem o que digo, e eu não digo o que eles desejam ouvir”. - Karl Kraus
“A única diferença entre a educação brasileira e o crime organizado é que o crime é organizado” - Olavo de Carvalho