Royce se diz incomodado com sistema de pontos no Jiu-Jitsu:

[PHDookie]

A prática do Jiu-Jitsu vem crescendo cada vez mais. Muitos iniciam na arte suave em busca de uma forma de defesa pessoal, um atividade física, ou um meio de aliviar os estresses do dia a dia. Com a nova geração de praticantes, e até mesmo de professores, novos métodos são empregados, o que causa um certo descontentamento de atletas que fizeram parte da história do esporte.

Um deles foi Royce Gracie. Em recente entrevista ao programa Submission Radio, o filho de Hélio Gracie, que fez história no Jiu-Jitsu e também no UFC, mostrou reprovação ao comentar sobre os professores que preparam seus alunos para competir de acordo com o sistema de pontos em um campeonato.

“Por exemplo, em uma escola de Jiu-Jitsu, a pessoa não entra nela pensando: 'Bem, eu quero aprender BJJ para que eu possa competir no ADCC. Ou eu vou descobrir e aprender Jiu-Jitsu para que eu possa competir no Metamoris ou no Pan-Americano'. Isso não existe. A pessoa vem porque ela ouviu que é algum tipo de estilo de auto-defesa, que me viu lutando e percebem que: 'Cara, o Royce lutou contra grandes caras e ele foi capaz de derrotá-los e de se defender. Quero aprender algo parecido'. Mas, em seguida, o instrutor irá guiá-los em um sistema de pontos e ensiná-lo a marcar pontos, e como competir em torneios. Me incomoda que as artes marciais em geral não estejam se tornando artes marciais, mas esportes marciais”, declarou Royce Gracie, que ainda utilizou o Taekwondo para comparar em relação às competições.
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Royce Gracie criticou o sistema de pontuação em competições (Foto Eduardo Ferreira)

“O que está arruinando as artes marciais hoje em dia são os torneios. Torneios como os de sistema de ponto. Como o Taekwondo, por exemplo. O Taekwondo não foi criado para marcar pontos. Foi construído para bater e derrubar a pessoa. Mas, nos torneios atuais, eles não têm sequer atingido os adversários. Se eles chegarem perto o suficiente, marcam o ponto. Estão ensinando aos lutadores como não bater em alguém. É como se as pessoas quisessem competir. Não. As pessoas querem praticar artes marciais. Eles não praticam a arte marcial porque eles estão interessados em competir. Eles olham para as artes marciais porque querem aprender algum tipo de auto-defesa”, finalizou.


fonte: tatame.com.br

[Castor Troy]

Bem que poderia dividir os treinos em A e B - para qualquer arte marcial.
No kung fu é divido assim: segunda = posturas básicas; terça = kati; quarta = defesa pessoal; quinta = combate.. e assim vai.(lembrando que o sanshou é separado do combate de kung fu)

[Lenilson]

Acho que ele está correto. Falou muito bem.

[Mr_Mendes]

Concordo com o Royce nessa, eu nunca pratiquei nenhum tipo de arte-marcial (estou pensando em começar no BJJ) mas quando eu começar na academia eu gostaria de aprender tecnicas para auto-defesa se eu precisar um dia e não como marcar pontos num campeonato

[Aquaman]

Eu que pratico Taekwondo digo que o Royce esta coberto de razão(na parte sobre o tkd).

[Pegaso]

eita, nem parece o Royce

boa entrevista

[RicardoBJJ]

complicado, o problema é que a única forma de se criar uma regra que simule uma situação de defesa pessoal, a não ter regra nenhuma... e nem todo mundo está disposto a praticar desta maneira.

[danilogrilo]

Tá certo o Royce nessa. Não aguento ver competição de Taekwondo atualmente por isso. O aspecto marcial foi jogado meio de lado por conta dos pontos. E é uma tendência forte no mundo das artes marciais.
Imagina esse despreparo, essa falta de pegada no meio da rua. O sujeito desperta no limbo, e com duvidas do que aconteceu:
-Como assim morri?! Esse golpe teria valido dois pontos numa competição!!
-Voz do além: Teria sim, mas a facada valeu 3 pontos!

[cybercoy]

Boa entrevista. Do jeito que está até os agressores vão perder o respeito pelo 'lutador '. Ser faixa preta não vai significar mais nada fora do mundo da competição.

[viniciusfs]

Eu também acho chato o foco na competição. Não tenho pretensão de competir, preferia aprender algumas coisas sobre defesa pessoal. Um pouco de submission que é sem quimono e já deixa mais próximo da realidade. É uma pena que a maioria das academias foca tanto em competição.

[Yeha Noha]

Acho que a melhor forma de manter o jiu jitsu marcial é tirar essas guardas e técnicas mirabolantes de kimono e o pessoal dar mais atençao aos treinos de jiu jitsu sem kimono, e focar no básico com pano, é so ver a galera antiga do jiu jitsu quase todo campeão mundial caia pra dentro do vale tudo, acho que o grande segredo é manter o jiu jitsu básico, quando alguém vem me falar de guarda de lapela já da um embrulho no estomago.

[Yeha Noha]

Pode anotar, o fim do respeito do jiu jitsu vai ser por causa das parada mirabolante de kimono, é guarda sentada, o cara não sobe e da aqueles giros do irmãos pra ir pra costa, o aspecto de passar guarda ta sendo esquecido, aquela coisa bonita, aquela guerra de um tentar raspar ou finaliar por baixo e quem ta por cima tentando passar ta se acabando, ainda bem que temos rodolfo, buchecha, a federaçao tem que banir urgentemente a tal 50/50, berimbolos e afins, como era bom antigamente ver quase todos os campeoes mundiais de jiu jitsu caindo pra dentro do vale tudo, bons tempos.

[Marcel Firefighter]

Eu sou focado em defesa pessoal. Gosto muito, pesquiso e estudo pra caramba. Sou militar, como a maioria sabe e ja dei aula pra escola de soldado, reciclagem, socorrista, gm e etc.

Aqui a gente toca da seguinte maneira: tem um horario paralelo onde a gente só faz taparia e defesa pessoal e, no treino ordinário, eu faço todos meus aquecimentos alternando um dia quedas (Nague waza) e outro dia defesa pessoal (goshin jitsu no waza). O restante do treino é normal.

Umas 4 vezes no mes eu faço os rolas começando em pé e duas vezes por mes eu faço Shiai - quem é do Judô sabe o que é. Modelo quem ganha fica, com arbitragem.

A academia e a equipe são pequenas e as aulas são segunda, quarta, sexta e sabado. O sabado é livre, sem kimono, defesa pessoal e taparia, mas se vc quiser treinar de kimono, tb pode.

Montei um curriculo do básico do básico, aquilo que acredito que qualquer faixa azul deva saber e que qualquer faixa preta tb. O minimo pra dizer que sabe jiu jitsu. To filmando pra referencia dos alunos, se alguem quiser ver é só falar...

Sobre a questãpo dos pontos, defesa pessoal e competição, eu penso assim: O que vai te ajudar a controlar sua adrenalina e, se um dia precisar, se defender, é o randori (rola) e a competição. Não adianta treinar só repetição de posição (uchikomi) ou treino combinado tipo coreografia ( yakussoku gueiko).Vai te dar uma falsa ilusão de que sabe a técnica. Você sabe qdo consegue fazer sob tensão e resistencia.

O que eu penso é que, mesmo quem só quer aprender a se defender ou faer um social, precisaria lutar uma competição pelo menos umas duas vezes na vida pra sentir o que é o nivel de stress e auto controle.

E eu concordo que o BJJ tah virando um grande esporte e que tem cara vivendo muito bem disso. Então vale a pena, pra quem tem tempo ou talento, se dedicar especificamente ao aspecto esportivo sim - livro de regra debaixo do braço e tudo mais - mas quando o cara se predispuzer a ser professor tinha que demonstrar conhecimento pelo menos desse basico do basico.

Em equipes pequenas como a nossa eu levo aquela metodologia "jogo do bicho" e descarrego as grandes apostas num bicheiro maior. Eu sei que, depois da faixa azul, pra competidor, o bicho pega e é dedicação exclusiva. Por isso não me meto a dono de atleta. No caso das equipes grandes, acho que ja rola o treino dos competidores e dai, é aquela coisa: passou na peneira é só aquilo.

Enfim, essa é a minha visão da coisa. Não tem certo nem errado, depende do foco de cada um...

[GBcomp72]

Eu gosto do jeito que está, só precisa diminuir o tempo da luta dos pretas, acho 10 min muito tempo e pra assistir fica chato, as vezes nem os caras do PPV aguentam e mudam pra outra luta.

[viniciusfs]

Também compraria um bom DVD de jiu-jitsu para defesa pessoal.