Pra você isso foi uma ótima experiência. Mas pra outras pessoas pode não ser.Celão escreveu:Sinceramente, eu gostaria de um único motivo que levasse o cidadão comum a achar o aborto uma coisa legal e que poderia ser visto por outro ponto de vista! Juro: espero por um único motivo que tire a discussão dos extremos e leve à reflexão!
Quando soube que seria pai pela primeira vez, fiz questão de acompanhar tudo. Na primeira ultra, qdo minha esposa ainda estava na 5ª semana de gravidez, já era possível ouvir os batimentos do coração da minha filha! Isso mesmo! O nome disso é VIDA, pelo menos até onde sei. Dizer que é uma extensão do corpo da mulher é apenas uma tentativa de justificar o injustificável.
Além disso, o conceito de vida é um grande problema. O que define que o feto é uma vida? O seu conceito pode variar enormemente do meu conceito. Essa visão pode ser extremamente diferente por vários conceitos, ou melhor, por vários conjuntos de conceitos.
Eu gostaria de que saber um único motivo que justificasse um cidadão achar que pode mandar na vida de outra pessoa. Gostaria de saber um único motivo que justifique atacar covardemente o direito de escolha das pessoas. Eu acredito que a mãe e o pai possam escolher o que querem fazer, sem a interferência de outras pessoas. A lei poderia limitar a janela ou as condições dentro das quais a decisão poderá ser tomada. Por exemplo, limitando o direito de escolher pelo aborto em até 4 semanas (período que, se não me engano, o feto ainda não tem coração ou sistema nervoso formado - detalhe importante: essa é a minha opinião). Mas nada além disso.
Pra mim essa questão é exatamente como a questão da homossexualidade. Se as decisões que alguém toma, seja pelo aborto ou por ser homossexual, não afetam a vida dos outros, então a opinião dos outros a esse respeito poderá e deverá ser ignorada.