EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre mercado
EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre mercado
EUA e 11 países chegam a acordo histórico sobre comércio no Pacífico
Pacto irá cortar barreiras e pode criar o maior bloco econômico do mundo.
Tudo poderá mudar: do preço do queijo ao custo de tratamento de câncer.
Ministros do Comércio da região do Oceano Pacífico acertaram o mais profundo acordo de liberalização do comércio em uma geração, que pode resultar no maior bloco econômico da história. O pacto, que deve ser anunciado nesta segunda (5), irá cortar barreiras comerciais e definir padrões comuns a 12 países (veja a relação dos países abaixo).
O objetivo é eliminar tarifas entre esses países para a comercialização de determinados bens e serviços.
Segundo a Reuters, os líderes das nações do Pacífico estão prestes a anunciar o pacto, que pode influenciar desde o preço do queijo ao custo de tratamentos de câncer.
O Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês) pode afetar 40% da economia global e pode se estabelecer como uma conquista e legado para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, caso seja ratificado pelo Congresso norte-americano. Parlamentares dos outros países da TPP também têm que aprovar o acordo.
Obama disse que o acordo comercial vai "nivelar o campo de jogo" para trabalhadores e empresários norte-americanos, diz a Reuters. Obama chegou a fazer campanha defendendo a TPP. Em um comunicado divulgado nesta segunda, o presidente afirmou que os norte-americanos terão meses para ler o acordo antes que ele se torne lei.
OMC e FMI elogiam acordo
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, o brasileiro Roberto Azevedo, parabenizou os negociadores e ministros dos países envolvidos no acordo. Ele disse que alcançar o pacto dentre "uma variedade de questões difíceis prova que os acordos comerciais podem ser alcançados entre os membros da entidade".
Segundo Azevedo, o TPP vai fazer com que os membros da OMC acelerem o trabalho para que os acordos em negociação sejam alcançados até a 10ª Conferência Ministerial em Nairobi, marcada para acontecer entre 15 e 18 de dezembro.
Já a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, enviou nota à imprensa afimando que o acordo é "muito positivo". "Tenho pedido por uma política de melhoria para evitar um novo crescimento medíocre da economia global, e reacender o comércio é um componente essencial dessa agenda."
Lagarde afirmou que seria necessário revisar todos os detalhes do acordo para fazer uma análise mais abrangente de seus possíveis impactos econômicos, mas disse esperar que o TPP "possa abrir o caminho para uma nova geração de esforços de integração comercial".
"Eu encorajo outros países para renovarem seus esforços para concluir negociações em andamento e a comunidade internacional mais ampla para reacender iniciativas multilaterais de comércio para garantir um sistema de comércio global coeso".
Bloco pode gerar US$ 223 bilhões por ano
O bloco de países reúne 40% do PIB mundial e tem 793 milhões de consumidores. A expectativa é que, se o acordo realmente sair, o pacto movimente, a partir de 2025, US$ 223 bilhões por ano.
Para os Estados Unidos, esta não é apenas uma oportunidade apenas de ampliar seu comércio. Mas também uma maneira de dimunir a influência da China na Ásia. É claro que nem todo mundo nos EUA é a favor do acordo. Muita gente acredita que ele pode fechar postos de trabalho.
Relação dos países que fecharam o acordo
Estados Unidos
Austrália
Brunei
Canadá
Chile
Japão
Malásia
México
Nova Zelândia
Peru
Cingapura
Vietnã
A rodada final de negociações em Atlanta (EUA), que começou na quarta-feira (30), tem se debruçado sobre a definição do período de monopólio de novos medicamentos de biotecnologia, até que os Estados Unidos e a Austrália negociem um acordo.
A TPP tem sido controversa porque as negociações secretas que ocorreram nos últimos cinco anos foram percebidas como uma ameaça para uma série de grupos de interesse, das montadoras mexicanas aos fazendeiros canadenses.
Setores democratas importantes, do partido do presidente Barack Obama, não queriam o acordo. Mas em abril, em um momento raro no Congresso norte-americano, o Partido Democrata e a oposição republicana sinalizaram que dariam carta branca para Obama concluir as negociações do que poderá ser o maior bloco comercial do planeta.
Protesto contra o acordo
No último dia 30, manifestantes do Public Citizen's Global Access to Medicine protestaram em frente ao local onde acontecem as reuniões sobre o acordo em Atlanta, no estado norte-americano da Georgia, de acordo com a Reuters. Segundo um dos membros do grupo, Peter Maybarduk, o TPP não se estende ao monopólio de drogas que negam alternativas mais baratas de remédios aos pacientes.
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... 56188.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Maldito capitalismo malvado...
Pacto irá cortar barreiras e pode criar o maior bloco econômico do mundo.
Tudo poderá mudar: do preço do queijo ao custo de tratamento de câncer.
Ministros do Comércio da região do Oceano Pacífico acertaram o mais profundo acordo de liberalização do comércio em uma geração, que pode resultar no maior bloco econômico da história. O pacto, que deve ser anunciado nesta segunda (5), irá cortar barreiras comerciais e definir padrões comuns a 12 países (veja a relação dos países abaixo).
O objetivo é eliminar tarifas entre esses países para a comercialização de determinados bens e serviços.
Segundo a Reuters, os líderes das nações do Pacífico estão prestes a anunciar o pacto, que pode influenciar desde o preço do queijo ao custo de tratamentos de câncer.
O Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês) pode afetar 40% da economia global e pode se estabelecer como uma conquista e legado para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, caso seja ratificado pelo Congresso norte-americano. Parlamentares dos outros países da TPP também têm que aprovar o acordo.
Obama disse que o acordo comercial vai "nivelar o campo de jogo" para trabalhadores e empresários norte-americanos, diz a Reuters. Obama chegou a fazer campanha defendendo a TPP. Em um comunicado divulgado nesta segunda, o presidente afirmou que os norte-americanos terão meses para ler o acordo antes que ele se torne lei.
OMC e FMI elogiam acordo
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, o brasileiro Roberto Azevedo, parabenizou os negociadores e ministros dos países envolvidos no acordo. Ele disse que alcançar o pacto dentre "uma variedade de questões difíceis prova que os acordos comerciais podem ser alcançados entre os membros da entidade".
Segundo Azevedo, o TPP vai fazer com que os membros da OMC acelerem o trabalho para que os acordos em negociação sejam alcançados até a 10ª Conferência Ministerial em Nairobi, marcada para acontecer entre 15 e 18 de dezembro.
Já a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, enviou nota à imprensa afimando que o acordo é "muito positivo". "Tenho pedido por uma política de melhoria para evitar um novo crescimento medíocre da economia global, e reacender o comércio é um componente essencial dessa agenda."
Lagarde afirmou que seria necessário revisar todos os detalhes do acordo para fazer uma análise mais abrangente de seus possíveis impactos econômicos, mas disse esperar que o TPP "possa abrir o caminho para uma nova geração de esforços de integração comercial".
"Eu encorajo outros países para renovarem seus esforços para concluir negociações em andamento e a comunidade internacional mais ampla para reacender iniciativas multilaterais de comércio para garantir um sistema de comércio global coeso".
Bloco pode gerar US$ 223 bilhões por ano
O bloco de países reúne 40% do PIB mundial e tem 793 milhões de consumidores. A expectativa é que, se o acordo realmente sair, o pacto movimente, a partir de 2025, US$ 223 bilhões por ano.
Para os Estados Unidos, esta não é apenas uma oportunidade apenas de ampliar seu comércio. Mas também uma maneira de dimunir a influência da China na Ásia. É claro que nem todo mundo nos EUA é a favor do acordo. Muita gente acredita que ele pode fechar postos de trabalho.
Relação dos países que fecharam o acordo
Estados Unidos
Austrália
Brunei
Canadá
Chile
Japão
Malásia
México
Nova Zelândia
Peru
Cingapura
Vietnã
A rodada final de negociações em Atlanta (EUA), que começou na quarta-feira (30), tem se debruçado sobre a definição do período de monopólio de novos medicamentos de biotecnologia, até que os Estados Unidos e a Austrália negociem um acordo.
A TPP tem sido controversa porque as negociações secretas que ocorreram nos últimos cinco anos foram percebidas como uma ameaça para uma série de grupos de interesse, das montadoras mexicanas aos fazendeiros canadenses.
Setores democratas importantes, do partido do presidente Barack Obama, não queriam o acordo. Mas em abril, em um momento raro no Congresso norte-americano, o Partido Democrata e a oposição republicana sinalizaram que dariam carta branca para Obama concluir as negociações do que poderá ser o maior bloco comercial do planeta.
Protesto contra o acordo
No último dia 30, manifestantes do Public Citizen's Global Access to Medicine protestaram em frente ao local onde acontecem as reuniões sobre o acordo em Atlanta, no estado norte-americano da Georgia, de acordo com a Reuters. Segundo um dos membros do grupo, Peter Maybarduk, o TPP não se estende ao monopólio de drogas que negam alternativas mais baratas de remédios aos pacientes.
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... 56188.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Maldito capitalismo malvado...
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Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
Ja temos o mercosul, para que essa merda??
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Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
Malditos Yankees!
post enviado por sinais de fumaça
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A felicidade não é um prêmio ao final do caminho, ela é o caminho. TEAM TIGER
Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
É verdade, tinha até me esquecido...Flaalmendra escreveu:Ja temos o mercosul, para que essa merda??

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Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
Peru da de 10 a 0 Nessa merda de brasil!
Chile então não da nem pra comparar! Dilma Vagabunda do caralh(*&2
Chile então não da nem pra comparar! Dilma Vagabunda do caralh(*&2
Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
A razão para o sucesso? Uma combinação de fatores de dar inveja à maior economia da região, o Brasil, que cresceu somente 0,9% no ano passado. Na última década, o Peru conseguiu aquecer sua economia aliando a ampliação da demanda interna à abertura comercial e à forte atração de investimentos estrangeiros.
“Não é uma coisa de um único governo. O Peru tem 20 anos de política contínua e constante de abertura, fomento ao investimento privado, estabilidade jurídica, combate à corrupção e uma série de fatores que têm feito o país crescer”.
Saporra nem parece que fica na America Latrina!
Chupa essa piroca vaDilma!
“Não é uma coisa de um único governo. O Peru tem 20 anos de política contínua e constante de abertura, fomento ao investimento privado, estabilidade jurídica, combate à corrupção e uma série de fatores que têm feito o país crescer”.
Saporra nem parece que fica na America Latrina!
Chupa essa piroca vaDilma!
Editado pela última vez por rafanake em 06 Out 2015 21:35, em um total de 1 vez.
Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
Se fudemos novamente passaremos o resto das nossas vidas pagando pelos produtos mais caros do mundo
Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
Enquanto isso forma um grupo com os países mais fracassados e lixos da America Latina.
- JackmAtAll
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Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
Deixa, temos a Venezuela, Argentina e Paraguai como aliados na aliança do pão com ovo.
Tapirus terrestris
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Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
Aprovação de mega-acordo comercial no Pacífico 'acende alerta para Brasil'
João Fellet - @joaofellet
Para especialistas, Brasil terá de rever política comercial após aprovação da TPP, que inclui 12 países
A aprovação da Parceria Trans-Pacífica (TPP, na sigla em inglês), histórico acordo comercial entre Estados Unidos, Japão e outros dez países no Pacífico, acende um alerta para o Brasil e pode deixar o país ainda mais isolado no comércio internacional, dizem analistas ouvidos pela BBC Brasil.
Assinada nesta segunda-feira em Atlanta (EUA) após cinco anos de negociações, a parceria reduzirá as barreiras comerciais entre 12 países responsáveis por 40% da economia mundial.
Além de EUA e Japão, o grupo inclui Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã.
Para João Augusto de Castro Neves, diretor de América Latina da consultoria Eurasia baseado em Washington, o êxito da TPP acende "um sinal de alerta para a política comercial brasileira".
Ele diz que, para o Brasil, o acordo apresenta dois grandes riscos. O primeiro é reduzir o ímpeto das negociações por um acordo maior na Organização Mundial do Comércio (OMC), uma das grandes prioridades da diplomacia brasileira.
"Com o TPP, economias que respondem por metade do PIB mundial acordarão regras que vão além das negociadas na OMC, o que põe a organização em segundo plano", ele diz.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) coordenado pelos professores Lucas Ferraz e Vera Thorstensen diz que a TPP e o acordo comercial em negociação entre Estados Unidos e União Europeia "são iniciativas revolucionárias para o sistema de comércio".
Brasil só pode negociar parcerias comerciais em conjunto com outros países do Mercosul
Bom para uns, incerto para os demais
Os autores dizem que as parcerias beneficiarão seus integrantes, mas criarão um cenário incerto para todos os outros países: "Por causa de seu tamanho, (os acordos) estabelecerão um novo sistema de regras, provavelmente em conflito com a OMC porque diferenciarão membros dessas parcerias de não-membros".
Em dezembro de 2013, todos os 159 membros da OMC aprovaram um acordo com 10% das regras previstas da Rodada Doha, principal negociação multilateral para a liberalização do comércio global.
Ainda que considerada tímida por especialistas, a aprovação deu fôlego à aposta do Brasil por negociações multilaterais (entre vários países) para ampliar a participação de produtos brasileiros no exterior.
O atual diretor-geral da OMC é o brasileiro Roberto Azevêdo.
Outro limitador à participação do Brasil em acordos extrarregionais é o Mercosul, que só permite a seus países negociar acordos de livre comércio em conjunto. O bloco é integrado por Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela.
O estudo da FGV diz, porém, que as dificuldades de fazer a Rodada Doha avançar levaram várias nações a apostar em grandes negociações comerciais entre grupos de países, como a TPP e o acordo EUA-União Europeia.
As regras negociadas nesses acordos vão além das tratadas pela OMC, incluindo regulações sobre propriedade intelectual, serviços, meio ambiente, mudanças climáticas e legislação trabalhista.
Especialistas dizem que OMC, chefiada pelo brasileiro Roberto Azevêdo, pode ficar em 2º plano
A conclusão dos acordos, diz o estudo, deixará o Brasil para trás "nas negociações de regras comerciais internacionais, perdendo o seu papel atual de relevante definidor de regras globais, (e) assumindo um papel secundário de aceitador passivo das regras".
Para João Augusto de Castro Neves, o segundo risco da TPP para o Brasil é a perda de mercados na América Latina. México, Chile e Peru pertencem ao bloco, e é possível que a Colômbia passe a integrá-lo no futuro.
Com a TPP, diz Castro Neves, as rotas comerciais no Pacífico tendem a se fortalecer em detrimento das do Atlântico.
México, Peru, Chile e Colômbia já vêm incrementando suas trocas comerciais a partir da criação da Aliança do Pacífico, em 2012.
Ao favorecer o comércio no Pacífico, o analista da Eurasia diz que a TPP pode forçar o Mercosul a flexibilizar suas regras para permitir que membros aumentem os laços com vizinhos que não pertençam ao bloco.
Obstáculos à implementação
Para Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV em São Paulo, a TPP ainda enfrentará muitos desafios para sair do papel.
Para vigorar, o acordo terá de ser chancelado pelos Parlamentos de seus integrantes.
Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama enfrentará a oposição de parte da bancada do seu próprio partido (Democrata) para aprová-lo. Stuenkel diz que em outros países, como o Vietnã, a aprovação interna da parceria também é incerta.
Nova postura comercial não chegou ao Itamaraty do ministro Mauro Vieira, diz professor
Mesmo assim, o professor diz que o acordo é um grande sinal de que poderemos ter "uma liberalização mais ampla do comércio nos próximos anos" no mundo.
"Ele cria uma pressão política sobre a União Europeia e deve facilitar um consenso para que os europeus fechem o acordo com os Estados Unidos", afirma. "O Brasil em algum momento terá de se perguntar se vale a pena apostar em acordos multilaterais ou se começa a se envolver em negociações."
O professor diz que há sinais de que o governo considera flexibilizar sua postura comercial. A presidente Dilma Rousseff iniciou neste ano negociações para um acordo comercial com o México e tentou destravar as conversas para um acordo entre o Mercosul e a União Europeia, lançadas em 1999.
O professor afirma, no entanto, que os gestos parecem partir do Ministério da Fazenda, que considera a abertura econômica uma das ferramentas para lidar com a crise.
Segundo Stuenkel, outros órgãos do governo – entre os quais o Ministério das Relações Exteriores – ainda não estão alinhados com a estratégia.
"Esta será uma das decisões mais difíceis para a política externa brasileira nos próximos anos. Será complicado o Brasil não se mexer agora que outras grandes economias apostam em grandes acordos."
João Fellet - @joaofellet
Para especialistas, Brasil terá de rever política comercial após aprovação da TPP, que inclui 12 países
A aprovação da Parceria Trans-Pacífica (TPP, na sigla em inglês), histórico acordo comercial entre Estados Unidos, Japão e outros dez países no Pacífico, acende um alerta para o Brasil e pode deixar o país ainda mais isolado no comércio internacional, dizem analistas ouvidos pela BBC Brasil.
Assinada nesta segunda-feira em Atlanta (EUA) após cinco anos de negociações, a parceria reduzirá as barreiras comerciais entre 12 países responsáveis por 40% da economia mundial.
Além de EUA e Japão, o grupo inclui Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã.
Para João Augusto de Castro Neves, diretor de América Latina da consultoria Eurasia baseado em Washington, o êxito da TPP acende "um sinal de alerta para a política comercial brasileira".
Ele diz que, para o Brasil, o acordo apresenta dois grandes riscos. O primeiro é reduzir o ímpeto das negociações por um acordo maior na Organização Mundial do Comércio (OMC), uma das grandes prioridades da diplomacia brasileira.
"Com o TPP, economias que respondem por metade do PIB mundial acordarão regras que vão além das negociadas na OMC, o que põe a organização em segundo plano", ele diz.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) coordenado pelos professores Lucas Ferraz e Vera Thorstensen diz que a TPP e o acordo comercial em negociação entre Estados Unidos e União Europeia "são iniciativas revolucionárias para o sistema de comércio".
Brasil só pode negociar parcerias comerciais em conjunto com outros países do Mercosul
Bom para uns, incerto para os demais
Os autores dizem que as parcerias beneficiarão seus integrantes, mas criarão um cenário incerto para todos os outros países: "Por causa de seu tamanho, (os acordos) estabelecerão um novo sistema de regras, provavelmente em conflito com a OMC porque diferenciarão membros dessas parcerias de não-membros".
Em dezembro de 2013, todos os 159 membros da OMC aprovaram um acordo com 10% das regras previstas da Rodada Doha, principal negociação multilateral para a liberalização do comércio global.
Ainda que considerada tímida por especialistas, a aprovação deu fôlego à aposta do Brasil por negociações multilaterais (entre vários países) para ampliar a participação de produtos brasileiros no exterior.
O atual diretor-geral da OMC é o brasileiro Roberto Azevêdo.
Outro limitador à participação do Brasil em acordos extrarregionais é o Mercosul, que só permite a seus países negociar acordos de livre comércio em conjunto. O bloco é integrado por Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela.
O estudo da FGV diz, porém, que as dificuldades de fazer a Rodada Doha avançar levaram várias nações a apostar em grandes negociações comerciais entre grupos de países, como a TPP e o acordo EUA-União Europeia.
As regras negociadas nesses acordos vão além das tratadas pela OMC, incluindo regulações sobre propriedade intelectual, serviços, meio ambiente, mudanças climáticas e legislação trabalhista.
Especialistas dizem que OMC, chefiada pelo brasileiro Roberto Azevêdo, pode ficar em 2º plano
A conclusão dos acordos, diz o estudo, deixará o Brasil para trás "nas negociações de regras comerciais internacionais, perdendo o seu papel atual de relevante definidor de regras globais, (e) assumindo um papel secundário de aceitador passivo das regras".
Para João Augusto de Castro Neves, o segundo risco da TPP para o Brasil é a perda de mercados na América Latina. México, Chile e Peru pertencem ao bloco, e é possível que a Colômbia passe a integrá-lo no futuro.
Com a TPP, diz Castro Neves, as rotas comerciais no Pacífico tendem a se fortalecer em detrimento das do Atlântico.
México, Peru, Chile e Colômbia já vêm incrementando suas trocas comerciais a partir da criação da Aliança do Pacífico, em 2012.
Ao favorecer o comércio no Pacífico, o analista da Eurasia diz que a TPP pode forçar o Mercosul a flexibilizar suas regras para permitir que membros aumentem os laços com vizinhos que não pertençam ao bloco.
Obstáculos à implementação
Para Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV em São Paulo, a TPP ainda enfrentará muitos desafios para sair do papel.
Para vigorar, o acordo terá de ser chancelado pelos Parlamentos de seus integrantes.
Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama enfrentará a oposição de parte da bancada do seu próprio partido (Democrata) para aprová-lo. Stuenkel diz que em outros países, como o Vietnã, a aprovação interna da parceria também é incerta.
Nova postura comercial não chegou ao Itamaraty do ministro Mauro Vieira, diz professor
Mesmo assim, o professor diz que o acordo é um grande sinal de que poderemos ter "uma liberalização mais ampla do comércio nos próximos anos" no mundo.
"Ele cria uma pressão política sobre a União Europeia e deve facilitar um consenso para que os europeus fechem o acordo com os Estados Unidos", afirma. "O Brasil em algum momento terá de se perguntar se vale a pena apostar em acordos multilaterais ou se começa a se envolver em negociações."
O professor diz que há sinais de que o governo considera flexibilizar sua postura comercial. A presidente Dilma Rousseff iniciou neste ano negociações para um acordo comercial com o México e tentou destravar as conversas para um acordo entre o Mercosul e a União Europeia, lançadas em 1999.
O professor afirma, no entanto, que os gestos parecem partir do Ministério da Fazenda, que considera a abertura econômica uma das ferramentas para lidar com a crise.
Segundo Stuenkel, outros órgãos do governo – entre os quais o Ministério das Relações Exteriores – ainda não estão alinhados com a estratégia.
"Esta será uma das decisões mais difíceis para a política externa brasileira nos próximos anos. Será complicado o Brasil não se mexer agora que outras grandes economias apostam em grandes acordos."
- Blue Ocean
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Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
BRInKS
Enviado do meu teclado Patati Patatalk
Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer.
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- Lee Jun-Fan
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Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
A gente vai se fuder bastante com essa.
Wallim, BAP, Tostes, Landin: verdadeiros alicerces da reconstrução rubro-negra! 

Zico: GOAT Eterno!
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- constantino
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Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
Brasil tem acordo de parceria com Cuba, obama pode enfiar no cu esse acordo deles, dá-lhe lula 2018! lol
brincadeira hein pessoal, antes que venham me apedrejar haha
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- Mark Twain
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Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
Brasil nao precisa desse tipo de acordo, temos riquezas demais...viveremos sempre dos nossos commodities


Re: EUA e 11 países chegam a acordo histórico de livre merca
Acordo de livre mercado é coisa de pessimistas que querem o mal do próprio país
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