Polícia investiga sumiço de R$ 450 mil do Banco do Brasil
Câmera de segurança flagrou gerente mexendo em cofres de agência no Centro
por Alessandro Lo-Bianco e Rafael Nascimento
23/10/2015 18:23 / Atualizado 24/10/2015 0:50
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RIO — A Polícia Civil investiga o sumiço de R$ 450 mil de um cofre de uma agência do Banco do Brasil da Rua Senador Dantas, no Centro. O dinheiro pertence a um casal de médicos, que registrou ocorrência na 5ª DP (Mem de Sá), conforme noticiado na quinta-feira pela coluna do jornalista Ancelmo Gois. De acordo com a polícia, os dois teriam depositado o dinheiro no compartimento entre os dias 22 de maio e 7 de agosto de 2013. Ao retornarem à agência no dia 15 de janeiro deste ano, eles viram que as notas haviam sumido.
No dia seguinte, o casal fez uma queixa à instituição, mas o banco disse que, após analisar as câmeras de segurança, encerrou o caso. Segundo a agência, os equipamentos só registram imagens por no máximo 30 dias. Além disso, não havia sinais de arrombamento no cofre. Indignados, eles procuraram a polícia no dia 12 de maio.
Com o início da investigação, a polícia descobriu, por meio de vídeos gravados por câmeras da agência, que um gerente de relacionamento manipulou, sozinho, por diversas vezes, cofres e gavetas do banco. O suspeito negou qualquer participação no sumiço do dinheiro. No dia 15 de julho, a 5ª DP pediu a prisão temporária do gerente até o término das investigações e autorização para busca e apreensões em três endereços ligados ao suspeito, além de uma inspeção no cofre do gerente, que fica na mesma agência. O Ministério Público Estadual indeferiu o pedido de prisão temporária, mas se posicionou favorável ao pedido de busca e apreensão.
De acordo com os autos de apreensão dos dias 20 e 24 de julho, foi constatado o valor de US$ 86.940 no interior do cofre do gerente, bem como o montante de R$ 22 mil nos outros endereços. Além disso, foi encontrada a chave de um cofre que estava vazio. Também chamou a atenção da polícia uma folha de papel com a relação manuscrita de números de cofres de aluguel com o nome de cada proprietário. A lista continha o número do cofre do casal de médicos.
Correntista do banco há mais de 30 anos, o casal também havia guardado no mesmo cofre quatro barras de ouro, de 250 gramas cada, mas apenas o dinheiro foi furtado. O objetivo deles era fazer reservas para eventuais emergências e garantir uma aposentadoria tranquila. As inavestigações sobre o sumiço do dinheiro ainda estão em andamento. Em nota, a diretoria do Banco do Brasil informou que está colaborando com os trabalhos de apuração da polícia e realiza procedimentos internos de auditoria. O funcionário suspeito de furto foi afastado de suas funções.
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Melhor lugar para guardar dinheiro sempre será debaixo do colchão.