8 Anos sem Ryan Gracie

[Celão]

Mestre Lawyer mandando a real. Sempre com "boas" histórias. Curto também as lembranças do Magrinho, Marcelo BJJ e de outros amigos...

Qualquer festinha/balada no RJ era tensa. Uma vez minha esposa (noiva na época) e uma amiga resolveram comemorar o aniversário em uma casa noturna na Barra (não lembro onde). Foi uma galera pra lá. Só pessoal da paz, da igreja e tal, embora eu ainda fosse porradeiro nessa época. Cara, é impressionante. Os malucos passavam esbarrando em você só pra arrumar confusão. Não precisava nem reclamar, era só olhar pra trás. Eu tive que acabar com a comemoração antes da hora porque se eu continuasse ali ia apanhar até morrer, porque, da minha galera, eu era o único que lutava alguma coisa. Eu seria tratorizado pelos caras que só andavam em bando.

Outra vez um colega me chamou pra ir num baile na Associação de Rocha Miranda, ZN do Rio. Como era época de funk, a porrada estancou geral entre os malucos do Fubá, Faz-quem-quer e Acari. A confusão foi pra rua (Av. dos Italianos) e neguinho pegando pau e pedra pra bater (não teve picareta, nem besta rsrs). Um colega meu, que nem curtia funk, mas que se amarrava numa confusão, subiu em um carro na rua e pulou em cima de um maluco já caído. Fiquei até traumatizado com a cena. Nunca pensei em ver um colega que cresceu comigo capa de uma parada dessas. Pouco tempo depois ele se envolveu em coisa errada e foi preso. Anos depois, após ser solto, foi assassinado tentando roubar um carro.

Anos 90 não era pra fracos. Década sem lei!

[The Trooper]

Mestre Lawyer mandando a real. Sempre com "boas" histórias. Curto também as lembranças do Magrinho, Marcelo BJJ e de outros amigos...

Qualquer festinha/balada no RJ era tensa. Uma vez minha esposa (noiva na época) e uma amiga resolveram comemorar o aniversário em uma casa noturna na Barra (não lembro onde). Foi uma galera pra lá. Só pessoal da paz, da igreja e tal, embora eu ainda fosse porradeiro nessa época. Cara, é impressionante. Os malucos passavam esbarrando em você só pra arrumar confusão. Não precisava nem reclamar, era só olhar pra trás. Eu tive que acabar com a comemoração antes da hora porque se eu continuasse ali ia apanhar até morrer, porque, da minha galera, eu era o único que lutava alguma coisa. Eu seria tratorizado pelos caras que só andavam em bando.

Outra vez um colega me chamou pra ir num baile na Associação de Rocha Miranda, ZN do Rio. Como era época de funk, a porrada estancou geral entre os malucos do Fubá, Faz-quem-quer e Acari. A confusão foi pra rua (Av. dos Italianos) e neguinho pegando pau e pedra pra bater (não teve picareta, nem besta rsrs). Um colega meu, que nem curtia funk, mas que se amarrava numa confusão, subiu em um carro na rua e pulou em cima de um maluco já caído. Fiquei até traumatizado com a cena. Nunca pensei em ver um colega que cresceu comigo capa de uma parada dessas. Pouco tempo depois ele se envolveu em coisa errada e foi preso. Anos depois, após ser solto, foi assassinado tentando roubar um carro.

Anos 90 não era pra fracos. Década sem lei!

Década de 90 ainda era "Celão Porrada"

[Celão]

Década de 90 ainda era "Celão Porrada"

Hahaha... meio por aí rsrs

E como o Lawyer falou, esse lance de servir o exército é tenso, porque também se aprende muita parada sinistra. Na minha bateria tinha um cara crescido na febem (hoje nego chama de fundação casa aqui em SP, mas não sei no RJ) e outro que trabalhava no Movimento (boca de fumo). Os caras se juntaram pra dar uma coça no sargento durante o período básico (primeiros meses no quartel). No quartel tive o primeiro contato com o Thai e com o JJ. Até então eu só tinha lutado judô. Tinha muito moleque porradeiro de baile infiltrado rsrss... Isso em 1992, início dos anos 90 rsrs

[Marcelo BJJ]

Mestre Lawyer mandando a real. Sempre com "boas" histórias. Curto também as lembranças do Magrinho, Marcelo BJJ e de outros amigos...

Qualquer festinha/balada no RJ era tensa. Uma vez minha esposa (noiva na época) e uma amiga resolveram comemorar o aniversário em uma casa noturna na Barra (não lembro onde). Foi uma galera pra lá. Só pessoal da paz, da igreja e tal, embora eu ainda fosse porradeiro nessa época. Cara, é impressionante. Os malucos passavam esbarrando em você só pra arrumar confusão. Não precisava nem reclamar, era só olhar pra trás. Eu tive que acabar com a comemoração antes da hora porque se eu continuasse ali ia apanhar até morrer, porque, da minha galera, eu era o único que lutava alguma coisa. Eu seria tratorizado pelos caras que só andavam em bando.

Outra vez um colega me chamou pra ir num baile na Associação de Rocha Miranda, ZN do Rio. Como era época de funk, a porrada estancou geral entre os malucos do Fubá, Faz-quem-quer e Acari. A confusão foi pra rua (Av. dos Italianos) e neguinho pegando pau e pedra pra bater (não teve picareta, nem besta rsrs). Um colega meu, que nem curtia funk, mas que se amarrava numa confusão, subiu em um carro na rua e pulou em cima de um maluco já caído. Fiquei até traumatizado com a cena. Nunca pensei em ver um colega que cresceu comigo capa de uma parada dessas. Pouco tempo depois ele se envolveu em coisa errada e foi preso. Anos depois, após ser solto, foi assassinado tentando roubar um carro.

Anos 90 não era pra fracos. Década sem lei!

A Barra sempre foi tensa, Bombar, Slavia, Studio 54, Nuth, etc. Clima pesado, muito galeroso junto, rivalidades, sempre dava merda.

O que falar das festas de formatura na Casa do Canal onde os penetras jogavam os formandos no canal pra dar uma refrescada.

Mas nada era igual ao Metropolitan, não existia noite sem porrada nesse local, criançada chegando sábado de manhã pra ver Xuxa e nego que assistiu o show do Prodigy na noite anterior ainda estatelado no chão do estacionamento. Vi cenas bizarras nesse local, tinha um maluco que era famoso na zona oeste que parecia o Conan, imenso e usava cabelo comprido, tava sempre puxando trenzinho dentro do Metropolitan, um dia pisou no pé de um magrinho que foi corajoso pra caralho e resolveu reclamar, não teve 10 segundos de dialogo e o Conan lançou um megaton na direção dele, o magrinho foi ninja e pendulou o soco mas a mina que tava vindo atrás não teve a mesma sorte, o megaton entrou em cheio, serio, a mina tirou os 2 pés do chão e caiu fedendo, o magrinho saiu correndo e sumiu, seguranças chegaram, olharam pro Conan e nem tentaram expulsar o maluco do local, peidaram logo, todo mundo indignado pedindo pros seguranças expulsarem o cara e os seguranças respondiam na maior naturalidade " expulsar porque? A mina da uma cabeçada na mão do rapaz, e ainda querem que expulsem ele, não tem como"

[LAWYER]

Cara... eu vejo essas historias. Nao acho graca nenhuma. Nao acho normal. Acho lamentavel. Deveriam ter sido presos. Uma pena que nao foram.

Eu também acho

E chega desse assunto.

[Marcelo BJJ]

Vou seguir o mesmo caminho e encerrar minha participação nesse tópico!

Abs

[GaloForte]

Caramba, o assunto já foi mais que batido. Quando o tópico começa a voltar a ficar bom, principalmente com a entrada do (penso eu) forista mais querido e admirado do fórum, o Lawyer, aparece alguém batendo na mesma tecla.... Foda, viu....

[Krlos Eduardo]

foda mesmo... pqp!

tava viajando aqui, curtindo os relatos do Lawyer e Marcelo...

que droga.

[Azagthoth]

Ele arrumou tudo isso de confusão e não tinha ninguém pra dar um tiro nele? Realmente o mundo mudou muito...

[Hall]

Hahaha chorei de rir com a história do cara passando com a privada em cima da cabeça no meio da festa chic e jogando na piscina

Com a contribuição do mestre Lawler, esse tópico tem potencial pra virar algo equivalente ao "Treino a portas fechadas" do finado, apesar de q o tópico ainda tem q comer muito feijão com arroz pra chegar àquele nível, mas tá no caminho certo.......

Eh pq tu não leu o outro de tribos a portas fechadas:

viewtopic.php?f=4&t=219

[Mr.Vicem]

Acho que o criador do Walking Dead vivia no Rio nos anos 90. Só pode ter vindo de lá tamanha inspiração:

[BFS]

já que o tópico foi desvirtuado , não seria melhor criar um outro relatando essas rivalidades de academias que rolavam no rio dos anos 90 como por exemplo jiu- jitsu vs luta livre o que vcs acham? sem essa de pitboy que bate em leigo na boate ou T.O, acho que ficaria bem melhor.

[Diogo_Cwb]

Quando eu leio esses relatos me coloco no lugar dos noivos/aniversariantes/formandos etc tendo suas festas invadidas por um bando de pau no cu e vendo uma data que deveria ser uma lembrança bonita simplesmente destruída e transformada em dor e humilhação para a diversão de uma corja de acéfalos, também não consigo achar graça.

[Baden]

Mas existem pelo menos 2 tipos de histórias.

Aquelas que envolvem covardias ou violência contra inocentes- então dá pra entender que causem revolta em muita gente.

Mas também aquelas que envolvem grupos igualmente interessados em confusão (como a do elevador gigante) ou que não tiveram grandes consequências (como a da privada na piscina e a da lambada com a mãe da noiva). Essa são boas e até engraçadas...

Não há razão pra colocar tudo no mesmo saco.

[Marcelo BJJ]

Dei uma lida meio superficial no tópico... Bom tópico, no fim das contas, tirando um ou outro cú dando bote... Magrinho, como sempre, deu a real do que foram os anos 90. Quem se envolveu em confusão e está vivo é por milagre. Oração de mãe ajoelhada, como fazia a minha quando eu saia. Houve um momento em que todos tiveram que sair do Rio. Os Gracie então, nem se fala. O ar estava irrespirável e até os Mestres pediram pra galera dar um tempo. Ia morrer mais gente.
Teve um show na apoteose em que morreu um cara da boxthai. Houve vingança. Em outro show, um garoto do JJ foi morto a chute na cabeça. Não me comprometo com detalhes, vsf by Jeff, mas houve consequências judiciais pra uma galera que passou a ser vigiada de perto.
Dos que sobreviveram, tenho amigos que estão com alguns danos "neurais". Não é todo mundo que vive bem, depois de ter a cabeça chutada, ou levar uma tacada de baiseballl em algum lugar do corpo. Picareta eu não lembro, mas em uma briga na praça do Lido, uns dois ou três foram alvejados por tiros de besta (isso mesmo, aquela arma medieval que atira flexas)...
O Rio parecia o Japão feudal, com desafios pra tudo quanto é esquina. Os Mestres eram culpados por isso. E os Mestres que ensinaram aos Mestres foram forjados com essa mentalidade. Arte Marcial é Arte de Guerra, diziam, e ensinavam seus pupilos a serem o mais escrotos quanto possível. Tinha atleta olímpico de Judo que brigava em baile, era normal... Quando servi o Exército, percebi que criar um assassino não é um problema. O treinamento adequado faz isso. O problema é segurar ele depois... Levados a uma realidade de treinos muito próximas a combates reais, a galera se espancava nas noites quentes do Rio. Havia leniência do governo, da polícia, do judiciário. Se meia dúzia (inclusive Mestres) tivesse ido pra cadeia, muita coisa teria sido evitada.
Carlos Robson tinha 12 filhos. Meu pai dizia que era mais, tinha uns não contabilizados. Fiquei amigo de Renzo e Ralph, se bem que não sei se é possível ser amigo de Ralph... Ryan era um molequinho chato pra caralho, claramente com tdah, criado por uma irmã e Carlinhos e Renzo (mais ou menos). Nenhuma reprimenda, liberdade total, praia e academia todo dia, posição social, transtornos psíquicos não diagnosticados, nem tratados... deu ruim!
Essas confusões, brigas do passado, decepções como atleta, me afetaram muito e já procurei até ajuda terapêutica, o que foi muito bom. Eu conheci minha esposa nesse ambiente de guerra e quase estraguei meu namoro por causa disso. Houve grande resistência da família dela com relação a mim e não foi fácil superar essa resistência...Ela me ajudou muito, me deu uma família que é tudo pra mim, encontrei meu porto, sobrevivi...
Descobri anos depois que procurar uma pessoa e pedir perdão faz um bem danado aos dois. Fiz alguns pedidos, outros aguardam na prateleira das oportunidades. Vamos vivendo...

Como minha ultima participação no tópico,
resolvi ilustrar o post do Lawyer na parte da flechada pro pessoal ver que o negócio era doido mesmo. Lembro que essa historia saiu até no linha direta.

Holandês é julgado por atirar flechas em crianças

16 de dezembro de 2005 • 10h58 • atualizado às 11h18

O julgamento do holandês acusado de atirar flechas contra um grupo de crianças e adolescentes em uma praça da Urca, na zona sul do Rio de Janeiro, foi suspenso na noite de ontem e recomeça hoje. O crime aconteceu em 1995.
De acordo com o Ministério Público, ele teria disparado as flechas do prédio onde morava para acabar com o barulho causado por uma briga na rua. Doze crianças que estavam perto do local foram atingidas e uma delas teve de passar por diversas cirurgias. Segundo a Globonews, o holandês nega as acusações.

Redação Terra

http://noticias.terra.com.br/brasil/not ... ancas.html