Celão escreveu:Particularmente, não consigo comparar as duas coisas. O que o pessoal tá contando aqui são coisas que aconteceram faz 20 anos, quando eram ADOLESCENTES praticamente. Hoje, adultos, ao que parece, ninguém se orgulha disso. No caso das torcidas, não é porradaria de adolescentes, mas de adultos. Boa parte dessas torcidas é formada por vagabundos financiados pela Diretoria do clube (conheço alguns).
Em ambos os casos, a violência é a mesma, ok, mas uma coisa são os erros que a gente comete quando é adolescente. Outra coisa é insistir no erro quando a gente já é burro velho.
Veja, essa é a forma como vejo as coisas, em termos de comparação, mas reitero que a violência é a mesma e violência NUNCA é algo bom.
Porra Celão, em 94 Ryan tava com 20 anos, Ralph com 24, Renzo com 27, não tinha nenhum adolescente nessa época não.
Eu partilho um pouco da visão do Diogo_Cwb, quando você se coloca no lugar das vítimas ou dos parentes que devem ter ido em hospitais buscar filho com a cabeça rachada, partes do corpo quebradas e tiveram ou tem ainda que lidar sequelas que quem causou jamais vai ter uma noção exata, as histórias perdem um pouco da magia.
Não me entendam mau, eu adoro ler essas histórias, parece um tempo tão distante, quase como ler relatos de batalha de um sobrevivente, mas é bom ter um certo filtro pra não glamorizar um tempo e um tipo de atitude que simplesmente não cabem mais (e se for parar pra pensar bem nunca couberam) na nossa sociedade.
Esses relatos, principalmente os do mestre Lawyer me lembram esse trecho da música "Quem é Você" do Black Alien:
"Nunca sofri a síndrome de esperto
Fechado com o certo
Não é em todo contexto, amigo
Que funciona o conceito de manter o inimigo mais perto
Quem não é visto não é lembrado
Me lembro de vários rostos no crowd, daqui ao alambrado
Vivo o presente
Mas tá no molho a chave da gaveta do meu passado
E se eu abrir meu irmão
É que nem chamar os cachorros de volta depois de abrir o portão"