
Um ano e meio após a Copa do Mundo, o “legado” do evento são 8 estádios abandonados. Grande parte das obras de mobilidade urbana ficaram no papel – algumas foram apagadas até mesmo do projeto. As “arenas multiuso” superfaturadas que revitalizariam regiões e trariam desenvolvimento ao entorno viraram enormes elefantes brancos.
A Gazeta do Povo foi ouvir especialistas em marketing esportivo para saber o que fazer com campos como os de Manaus, Brasília, Cuiabá e Natal, que não possuem time na primeira divisão nacional (algumas nem na segundona) e são geridos pelo poder público com custo de manutenção altíssimo. Um dos especialistas ouvidos foi enfático: a solução seria derrubar todos eles.
“Esses estádios foram construídos sem ter sido feito um planejamento operacional. Pensaram apenas em construir arenas multiuso. Mas como operar? O que fazer com esses espaços? Nunca foi pensado. É sem dúvida alguma a principal falha”
Não foi por falta de aviso.

Veja os números financeiros de 2015 dos três estádios mais problemáticos erguidos para a Copa do Mundo. No total, prejuízo de R$ 18,2 milhões:
1) Estádio Nacional, em Brasília
Custo da obra:
R$ 1,4 bilhão
Manutenção:
R$ 7,2 milhões
Arrecadação:
R$ 1,6 milhão
Prejuízo:
R$ 5,6 milhões
2) Arena Amazônia, em Manaus
Custo da obra:
R$ 650 milhões
Manutenção:
R$ 9,3 milhões
Arrecadação:
R$ 719 mil
Prejuízo:
R$, 8,6 milhões
3) Arena Pantanal, em Cuiabá
Custo da obra:
R$ 676 milhões
Manutenção:
R$ 7,2 milhões
Arrecadação:
R$ 3,2 milhões
Prejuízo:
R$ 4 milhões
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