Chaves de pé, por que ainda são mal vistas no jiu-jitsu?
Re: Chaves de pé, por que ainda são mal vistas no jiu-jitsu?
Eu fiz um seminário do Sebastian Lalli que mudou minha visão sobre chave de pé. É uma posição muito técnica, se for só grosseria você não pega ninguém no pé. O problema, como alguns levantaram, é que tem menos transições, é uma posição um pouco "isolada".
Re: Chaves de pé, por que ainda são mal vistas no jiu-jitsu?
Nos anos 90, ouvia muito que chave de perna era coisa de grosseiria, deve ser devido ao acontecimento relatado no texto abaixo:
Biografia sobre o Oswaldo Fadda, (fonte Wikepedia)
Desafiando a família Gracie[editar | editar código-fonte]
Com tantos trabalhos voluntários e tendo como público uma comunidade carente, não lhe restava muito capital para investir em publicidade. O máximo que ele conseguia para poder divulgar sua academia era um pequeno espaço na página de óbitos. Então a solução encontrada pelo mestre para chamar a atenção da mídia foi a de desafiar a poderosa família Gracie.
Primeiro desafio[editar | editar código-fonte]
Em 1954, o Mestre Fadda foi aos jornais O Globo e o Diário da Noite e declarou:
Cquote1.svg Desejamos enfrentar os Gracie, respeitamo-los como incomparáveis adversários, porém não os tememos. Disponho de cerca de vinte alunos para os encontros.[4] Cquote2.svg
Atendendo as expectativas, Hélio Gracie aceitou o desafio, dizendo-se impressionado pelo cavalheirismo do desafiante e garantiu que as lutas iriam ocorrer na própria sede da academia Gracie, na Avenida Rio Branco, centro da cidade do Rio de Janeiro. Fadda foi até a Academia Gracie, acompanhando de vários de seus alunos, para uma série de combates com o famoso clã do Jiu-Jitsu. As lutas ocorreram no segundo semestre do mesmo ano, mas dessa vez os fatos foram de encontro às expectativas: a academia Fadda superou a academia dos Gracie, surpreendendo a comunidade do Jiu-jitsu. Destaque para a finalização emplacada por José Guimarães, que deixou desacordado Leônidas, então lutador da Gracie.[4] Ao término do desafio, a Academia Fadda, ganhou expressão e notoriedade. Hélio, impressionado com a técnica dos lutadores suburbanos, declarou que o Jiu-jitsu não era exclusividade de uma família.
Os alunos de mestre Fadda surpreenderam os alunos da Gracie com a finalizações por chaves de perna (leglock's). E, durante longo tempo, esta forma de finalização sofreu preconceitos por ser considerada uma técnica de "lutador suburbano." [5]
O segundo desafio[editar | editar código-fonte]
No ano seguinte, nas lutas preliminares do confronto entre Waldemar Santana e Carlson Gracie, realizou-se um novo desafio entre as duas academias. Nesta ocasião, sempre que os alunos de Fadda atacavam as pernas e pés dos adversários, os alunos de Gracie gritavam "Sapateiro!", na tentativa de constrange-los. Porém, novamente os suburbanos levaram a melhor.[4]
Cquote1.svg É preciso existir um Fadda, para mostrar que o Jiu-Jitsu não é privilégio dos Gracie.[2] [4] Cquote2.svg
— Hélio Gracie, na Revista dos Esportes, publicada no Rio de Janeiro em 1955.
Biografia sobre o Oswaldo Fadda, (fonte Wikepedia)
Desafiando a família Gracie[editar | editar código-fonte]
Com tantos trabalhos voluntários e tendo como público uma comunidade carente, não lhe restava muito capital para investir em publicidade. O máximo que ele conseguia para poder divulgar sua academia era um pequeno espaço na página de óbitos. Então a solução encontrada pelo mestre para chamar a atenção da mídia foi a de desafiar a poderosa família Gracie.
Primeiro desafio[editar | editar código-fonte]
Em 1954, o Mestre Fadda foi aos jornais O Globo e o Diário da Noite e declarou:
Cquote1.svg Desejamos enfrentar os Gracie, respeitamo-los como incomparáveis adversários, porém não os tememos. Disponho de cerca de vinte alunos para os encontros.[4] Cquote2.svg
Atendendo as expectativas, Hélio Gracie aceitou o desafio, dizendo-se impressionado pelo cavalheirismo do desafiante e garantiu que as lutas iriam ocorrer na própria sede da academia Gracie, na Avenida Rio Branco, centro da cidade do Rio de Janeiro. Fadda foi até a Academia Gracie, acompanhando de vários de seus alunos, para uma série de combates com o famoso clã do Jiu-Jitsu. As lutas ocorreram no segundo semestre do mesmo ano, mas dessa vez os fatos foram de encontro às expectativas: a academia Fadda superou a academia dos Gracie, surpreendendo a comunidade do Jiu-jitsu. Destaque para a finalização emplacada por José Guimarães, que deixou desacordado Leônidas, então lutador da Gracie.[4] Ao término do desafio, a Academia Fadda, ganhou expressão e notoriedade. Hélio, impressionado com a técnica dos lutadores suburbanos, declarou que o Jiu-jitsu não era exclusividade de uma família.
Os alunos de mestre Fadda surpreenderam os alunos da Gracie com a finalizações por chaves de perna (leglock's). E, durante longo tempo, esta forma de finalização sofreu preconceitos por ser considerada uma técnica de "lutador suburbano." [5]
O segundo desafio[editar | editar código-fonte]
No ano seguinte, nas lutas preliminares do confronto entre Waldemar Santana e Carlson Gracie, realizou-se um novo desafio entre as duas academias. Nesta ocasião, sempre que os alunos de Fadda atacavam as pernas e pés dos adversários, os alunos de Gracie gritavam "Sapateiro!", na tentativa de constrange-los. Porém, novamente os suburbanos levaram a melhor.[4]
Cquote1.svg É preciso existir um Fadda, para mostrar que o Jiu-Jitsu não é privilégio dos Gracie.[2] [4] Cquote2.svg
— Hélio Gracie, na Revista dos Esportes, publicada no Rio de Janeiro em 1955.
Leco_BJJ
"O homem para ser completo tem que estudar, trabalhar e lutar - Socrates"
"O homem para ser completo tem que estudar, trabalhar e lutar - Socrates"
Re: Chaves de pé, por que ainda são mal vistas no jiu-jitsu?
Esse texto já foi divulgado aqui, depois disso os Gracies nunca mais desafiaram os lutadores do Fadda?
Octacampeão Brasileiro
Re: Chaves de pé, por que ainda são mal vistas no jiu-jitsu?
A questão não é desmerecer essas chavez de forma alguma, mas ter um cuidado especial com elas.
São chaves validas pelas regras da IBJJF e nenhum competidor no mundo iria deixar de aplica-las se isso valesse a chance de vencer uma luta. Já teve até mesmo final de mundial na faixa preta decidida por chave de pé.
Se as chaves são validas não tem porque não treinar. Mas... sei la, eu acho que a chave de tornozelo e a americana costumam machucar mais rapido do que as demais chaves no iu-jitsu e isso pode ser perigoso.
Eu direto paro lutas durante os treinos, em que eu vejo dois colegas menos graduados se embolando em uma situação dessa e um deles não quer bater ou vejo que existe perigo.
Tive ate uma discussão com um faixa azul competidor que tava treinando pro Trofeu ADCC, tomou uma chave de cervical de não queria bater. Eu pedi pros dois pararem e começarem de novo.
O azul me disse que tava treinando pro campeonato e eu respondi que ele tava treinando pra cadeira de rodas se não deixasse o ego de lado e se poupasse um pouco mais.
Enfim, as chaves são validas, variam de competição pra competição, categoria pra categoria, mas é preciso ter um cuidado especial pra evitar lesões.
E se pra muitos atletas uma lesão pode significar meses de cuidado e tempo fora dos tatames, pra um praticante comum, pode significar o desanimo necessario para faze-lo desistir de treinar e ir fazer outra coisa da vida.
São chaves validas pelas regras da IBJJF e nenhum competidor no mundo iria deixar de aplica-las se isso valesse a chance de vencer uma luta. Já teve até mesmo final de mundial na faixa preta decidida por chave de pé.
Se as chaves são validas não tem porque não treinar. Mas... sei la, eu acho que a chave de tornozelo e a americana costumam machucar mais rapido do que as demais chaves no iu-jitsu e isso pode ser perigoso.
Eu direto paro lutas durante os treinos, em que eu vejo dois colegas menos graduados se embolando em uma situação dessa e um deles não quer bater ou vejo que existe perigo.
Tive ate uma discussão com um faixa azul competidor que tava treinando pro Trofeu ADCC, tomou uma chave de cervical de não queria bater. Eu pedi pros dois pararem e começarem de novo.
O azul me disse que tava treinando pro campeonato e eu respondi que ele tava treinando pra cadeira de rodas se não deixasse o ego de lado e se poupasse um pouco mais.
Enfim, as chaves são validas, variam de competição pra competição, categoria pra categoria, mas é preciso ter um cuidado especial pra evitar lesões.
E se pra muitos atletas uma lesão pode significar meses de cuidado e tempo fora dos tatames, pra um praticante comum, pode significar o desanimo necessario para faze-lo desistir de treinar e ir fazer outra coisa da vida.
Seres pré-históricos, vivendo em instituições medievais, lidando com tecnologia avançada. Que resultado você espera disso?
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