Tópico da história da luta livre brasileira
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História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
As sementes de Mitsuyo Maeda
A história de Mitsuyo Esai Maeda não começou (e certamente não terminou) com a família Gracie. O mestre de Judô da Kodakan de Kano que ensinou Carlos Gracie e Luiz França as bases do que hoje é o jiu jitsu, viveu um longo e próspero tempo em Belém do Pará. Eventualmente se nacionalizou brasileiro e mudou de nome para Otávio Maeda. Foi lá que Maeda ficou até a sua morte em 1941, deixando como legado uma das mais velhas e tradicionais academias de judô do Brasil, o Conde Koma Judô Clube.
O japonês Mitsuyo Maeda chegou no Pará quando esse estado estava se desenvolvendo, o que coincidiu com um período de grande imigração japonesa para a Amazônia, o que ajudou Maeda a decidir ficar na capital Belém.
The Maeda family
Apesar de ter se estabelecido no Pará em 1917, Maeda viajou com frequencia, e foi somente em 1921 que Conde Koma finalmente abriu sua própria academia, depois que os Gracie já tinham deixado a cidade. Inicialmente localizada na sede do Remo, no bairro de Cidade Velha, foi um dos primeiros dojos de judô do Brasil. Mitsuyo permaneceu como treinador por muitos anos, formando excelentes atletas. Conforme Maeda envelheceu, passou o controle do clube para os seus atletas Sebastião Oli e o japonês Nakasan. Em 27 de Novembro de 1941 a Kodokan promoveu Maeda para o 7 dan de judô, porém ele nunca conseguiu receber a honraria pessoalmente pois faleceu no dia seguinte em 28 de Novembro de 1921 no Brasil.
Os discípulos de Maeda continuaram com seu legado e formaram muitos lutadores de qualidade. Dois bem conhecidos sao so competidores Gabriel Hermes e Aldredo Coimbra, que depois acabou com o controle da academia em 1991, continuando com o bom trabalho de seus predecessores.
Alfredo Mendes Coimbra, terceiro grau na linhagem de Maeda, começou a ser o instrutor principal da academia nos anos 1990 e continuou por mais de 20 anos. Mestre Coimbra nasceu em 2 de Outubro de 1934. Ele começou a treinar no dojo de Maeda com 20 anos com os mestres Oli e Nakasam logo se tornando um dos seus melhores estudantes e um competidor renomado na região. Mestre Coimbra competiu durantes os anos 50 e 60 contra os melhores lutadores da época, incluindo o conhecido lutador de vale tudo Waldemar Santana, que Hélio Gracie. Foram 3 lutas com um empate e duas vitórias de Waldemar Santana.
Durante os 50 anos que a academia ficou sob controle de Oli e de Nakasan a sede mudou algumas vezes, porém sempre dentro do bairro Vila
Velha. Nos anos 1990, mestre Coimbra mudou a sede para o SESI, onde ficou por muitos anos.
Alessandro Barros e Mestre Coimbra
Segundo pesquisadores Coimbra ensinou judô para 80 a 90% de todos os faixas pretas do estado do Pará, assumindo a maioria das aulas até o ano de 2012, com 58 anos de Jiu Jitsu embaixo de seu 7 grau da faixa preta de Judo (Kodansha).
Conforme mestre Coimbra envelheceu as aulas foram sendo assumidas por um dos seus melhores estudantes, Alessandro Barros. A Conde Koma Judô Clube é uma academia de judô diferente, altamente focada no trabalho de solo (newaza) e tem uma programação bem distinta das outras academias de Judô.
Quando entrevistado para esse artigo, Alessandro Barros, expressou o orgulho da alta qualidade dos seus alunos no jogo de solo, sentindo que o dojo é referência para toda a comunidade judoca.
A Conde Koma Judô Clube produz atletas de qualidade até os dias de hoje, como pode ser atestado pelo lutador do MMA Luis Sapo, que é aluno consagrado do dojo.
artigo original traduzido e adaptado por BJJForum:
http://bjjforum.com.br/as-sementes-de-mitsuyo-maeda/" onclick="window.open(this.href);return false;
http://www.bjjheroes.com/bjj-fighters/s ... suyo-maeda" onclick="window.open(this.href);return false;
A história de Mitsuyo Esai Maeda não começou (e certamente não terminou) com a família Gracie. O mestre de Judô da Kodakan de Kano que ensinou Carlos Gracie e Luiz França as bases do que hoje é o jiu jitsu, viveu um longo e próspero tempo em Belém do Pará. Eventualmente se nacionalizou brasileiro e mudou de nome para Otávio Maeda. Foi lá que Maeda ficou até a sua morte em 1941, deixando como legado uma das mais velhas e tradicionais academias de judô do Brasil, o Conde Koma Judô Clube.
O japonês Mitsuyo Maeda chegou no Pará quando esse estado estava se desenvolvendo, o que coincidiu com um período de grande imigração japonesa para a Amazônia, o que ajudou Maeda a decidir ficar na capital Belém.
The Maeda family
Apesar de ter se estabelecido no Pará em 1917, Maeda viajou com frequencia, e foi somente em 1921 que Conde Koma finalmente abriu sua própria academia, depois que os Gracie já tinham deixado a cidade. Inicialmente localizada na sede do Remo, no bairro de Cidade Velha, foi um dos primeiros dojos de judô do Brasil. Mitsuyo permaneceu como treinador por muitos anos, formando excelentes atletas. Conforme Maeda envelheceu, passou o controle do clube para os seus atletas Sebastião Oli e o japonês Nakasan. Em 27 de Novembro de 1941 a Kodokan promoveu Maeda para o 7 dan de judô, porém ele nunca conseguiu receber a honraria pessoalmente pois faleceu no dia seguinte em 28 de Novembro de 1921 no Brasil.
Os discípulos de Maeda continuaram com seu legado e formaram muitos lutadores de qualidade. Dois bem conhecidos sao so competidores Gabriel Hermes e Aldredo Coimbra, que depois acabou com o controle da academia em 1991, continuando com o bom trabalho de seus predecessores.
Alfredo Mendes Coimbra, terceiro grau na linhagem de Maeda, começou a ser o instrutor principal da academia nos anos 1990 e continuou por mais de 20 anos. Mestre Coimbra nasceu em 2 de Outubro de 1934. Ele começou a treinar no dojo de Maeda com 20 anos com os mestres Oli e Nakasam logo se tornando um dos seus melhores estudantes e um competidor renomado na região. Mestre Coimbra competiu durantes os anos 50 e 60 contra os melhores lutadores da época, incluindo o conhecido lutador de vale tudo Waldemar Santana, que Hélio Gracie. Foram 3 lutas com um empate e duas vitórias de Waldemar Santana.
Durante os 50 anos que a academia ficou sob controle de Oli e de Nakasan a sede mudou algumas vezes, porém sempre dentro do bairro Vila
Velha. Nos anos 1990, mestre Coimbra mudou a sede para o SESI, onde ficou por muitos anos.
Alessandro Barros e Mestre Coimbra
Segundo pesquisadores Coimbra ensinou judô para 80 a 90% de todos os faixas pretas do estado do Pará, assumindo a maioria das aulas até o ano de 2012, com 58 anos de Jiu Jitsu embaixo de seu 7 grau da faixa preta de Judo (Kodansha).
Conforme mestre Coimbra envelheceu as aulas foram sendo assumidas por um dos seus melhores estudantes, Alessandro Barros. A Conde Koma Judô Clube é uma academia de judô diferente, altamente focada no trabalho de solo (newaza) e tem uma programação bem distinta das outras academias de Judô.
Quando entrevistado para esse artigo, Alessandro Barros, expressou o orgulho da alta qualidade dos seus alunos no jogo de solo, sentindo que o dojo é referência para toda a comunidade judoca.
A Conde Koma Judô Clube produz atletas de qualidade até os dias de hoje, como pode ser atestado pelo lutador do MMA Luis Sapo, que é aluno consagrado do dojo.
artigo original traduzido e adaptado por BJJForum:
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Re: História do grappling brasileiro
Saio daqui da Bahia, só pra ir tomar esse amasso!Marcel Firefighter escreveu:
Organizando com antecedência pra eu pedir penico pro comando, eu vou também!! Permissão, Sr. General!
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
Sobre Marcelo Behring e algumas histórias
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Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
Marcel Firefighter escreveu:Então, a Luta Livre Brasileira, na realidade tem duas vertentes: Essa do Mestre Leitão e outra, mais antiga, que começa com mestre Tatu Hatem, que foi o professor do Mestre Fausto Brunocilla. A grande maioria do pessoal mais conhecido da Luta Livre é de origem Brunocilla, tipo Hugo Duarte, Eugenio Tadeu, Marco Ruas, Cacareco, Pequeno, Cromado, sem me aprofundar pelas respectivas linhagens.
Esse artigo aqui é muito bom: http://oglobo.globo.com/blogs/mma/posts ... 549888.asp" onclick="window.open(this.href);return false;
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Gardenal_JJ
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Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
Muito bom esse topico!
Re: História do grappling brasileiro
Rapaz, o pai das quedas e do sambo como um todo é o Judo Kodokan. Vasili Ostepkov foi um dos primeiros, senão o primeiro preta estrangeiro do Kodokan. Morreu em um gulag de Stalin porque não negava a origem nipônica do sambo.
Twice The Pride, Double The Fall...
Dutch (2014).Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
Rapaz, essa de linhagem direta de Maeda é muito estranha. Acho que o Rildo não concorda com essa matéria do BJJHeroes.
Twice The Pride, Double The Fall...
Dutch (2014).Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
Pq?ska4fun escreveu:Rapaz, essa de linhagem direta de Maeda é muito estranha. Acho que o Rildo não concorda com essa matéria do BJJHeroes.
Não existe o Conde Koma Judô Clube?
Não foi fundado por Maeda em Belém e tocado pelos seus alunos até o dia de hoje?
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
Pior que não. Ninguém ali consegue mostrar que vem de algum aluno direto de Maeda, por sinal nem o Stanlei Virgílio no livro sobre Maeda embasa essa linhagem. Utilizam apenas o mesmo prédio que o Maeda usou quando no Pará.
Se eu alugar o prédio da Marquês de Abrantes (106) e encher de tatames, vou poder chamar de academia Gracie de Jiu-jitsu?
Se eu alugar o prédio da Marquês de Abrantes (106) e encher de tatames, vou poder chamar de academia Gracie de Jiu-jitsu?
Twice The Pride, Double The Fall...
Dutch (2014).Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
Mas e essa linhagem do BJJHeroes:ska4fun escreveu:Pior que não. Ninguém ali consegue mostrar que vem de algum aluno direto de Maeda, por sinal nem o Stanlei Virgílio no livro sobre Maeda embasa essa linhagem. Utilizam apenas o mesmo prédio que o Maeda usou quando no Pará.
Se eu alugar o prédio da Marquês de Abrantes (106) e encher de tatames, vou poder chamar de academia Gracie de Jiu-jitsu?
Maeda>Oli/Nakasan>Coimbra>Barros
Imagino que mestre Coimbra seja famosíssimo no Pará.
Não vejo o porquê dele inventar uma linhagem.
E o espaço mudou de lugar várias vezes como dito na reportagem.
Re: Rivalidades, histórias e causos do Jiu Jitsu e afins.
Rildo Heros, Stanlei Virgílio e Elton Silva não confirmam a veracidade dessa suposta linhagem, visto que os alunos verossímeis de Maeda foram todos diplomados. Segundo esse critério, só podem ser considerados alunos diretos o Luis França, Prof. Aluísio ''Loanzi'' e Carlos, Oswaldo e Gastão Gracie, Jacyntho Ferro e Donato Pires, os quais fizeram o curso de defesa pessoal.
De pai bonito, todo mundo quer ser filho.
De pai bonito, todo mundo quer ser filho.
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Dutch (2014).Dutch escreveu:Sobre arrogância e soberba, desculpe-me se não fico passando açúcar no que escrevo, não sabia que num fórum de homens isto seria necessário.
Re: História do grappling brasileiro
Takeo Yano, o mestre. Por: Manoel Procópio de Moura Júnior, procurador, escritor e sócio do IHGRN
O jogo esportivo de combate e defesa chamado Judô chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno período da imigração japonesa. O seu nome significa Caminho Suave, gerado da composição de (ju) suave, ceder + (do) caminho, via. Esta arte foi criada no Japão no ano de 1882, por Jigoro Kano. Neste esporte vence quem consegue o ippon (derrubar o adversário, imobilizando-o, com as costas ou ombros no chão durante 30 segundos). Não conseguindo, o judoca deve acumular pontos através dos seguintes desequilíbrios: wazaris (é um ippon incompleto, ou seja, o adversário cai sem ficar com os dois ombros no tatame, dois wazaris vale um ippon), yuko (quando o adversário é derrubado de lado, este golpe vale 1/3 do ponto) e, finalmente, o koka, (ocorre quando o adversário vai ao chão sentado, este golpe vale 1/4 de ponto). A soma de pontos definirá o vencedor.
Na década de 1950, funcionava em Natal uma academia de judô, no 3º andar do edifício nº 697, localizado na esquina da Av. Rio Branco com a Rua General Osório. Ainda menor de idade fui levado por Dona Lídia, minha genitora a esta academia. A intenção de minha querida mãe era de oferecer ao seu filho condições de defesa contra as agressões do mundo. Ao chegar à academia, fui apresentado ao professor cujo nome me pareceu estranho. Takeo Yano.
No primeiro contato tive a cristalina impressão de que se tratava de uma pessoa muito calma e seguro de si. Esta impressão se justifica por ser este o estado de espírito evidente nos praticantes do judô que tem como objetivo o desenvolvimento físico, mental e espiritual.
O mestre Takeo Yano, ensinava, além do judô, conhecimentos das técnicas do antigo jiu-jitsu (arte marcial japonesa) como defesa pessoal. Naquela academia tive várias lições de vida, entre elas aprendi a respeitar o adversário, mas nunca temê-lo; a ter confiança em mim mesmo e a controlar a agressividade; como também que o esporte podia transformar homens bons em homens melhores. Entreguei-me com afinco à prática do judô que passou a ser um complemento na minha educação e no meu desenvolvimento físico, intelectual e moral.
Quando ainda incipiente no meu aprendizado, foram meus contemporâneos no tatame do notável mestre japonês; o desembargador Wilson Dantas, o corretor de imóveis Francisco “Chico” Ribeiro e o empresário Waldemar Matoso, estes portadores da faixa preta, além de uma gama de jovens desejosos, como eu, de aprender aquela arte.
Freqüentei a academia de Takeo Yano, após a minha iniciação, todos os anos em que ele esteve na cidade do Natal. Dado a minha assiduidade, recebi várias graduações até ser considerado faixa preta. Tempos depois, em 1959, o melhor professor de judô que Natal já hospedou se transferiu para a cidade do Rio de Janeiro, e, depois de passar pela Bahia e São Paulo, fixou-se finalmente na cidade de Belo Horizonte, onde veio a se encantar no ano de 1988, deixando todos os seus alunos e admiradores órfãos de sua arte.
Quando a cidade do Natal sentiu a sua ausência, procurei dar continuidade aos estudos do judô, no entanto, minha busca foi inútil, já que nenhum dos judocas desta capital podiam ser comparados ao meu grande instrutor. Frustrado por não poder dar prosseguimento ao meu aprendizado, fui me acomodando até ficar rendido à impossibilidade de prosseguir na arte que me ensinou a lutar para me aperfeiçoar e não me aperfeiçoar para lutar.
Informa o Dr. Akira Yano, filho do inesquecível mestre, que a palavra em japonês para obrigado é arigatou e para muitíssimo obrigado é domo arigatou gozaimasu.
Guardo do judoísta Takeo Yano, nestes últimos cinqüenta anos, uma grata e imensurável admiração. Agradeço pelo fortalecimento que ele proporcionou ao meu físico, à minha mente e ao meu espírito, e principalmente, pelas lições de vida recebidas em sua academia. Portanto, neste tempo de agora, enfatizo. Obrigado respeitado e inesquecível mestre por ter me aceitado como seu discípulo. Arigatou mestre Takeo Yano, domo arigatou gozaimasu.
Fonte :http://www.jornaldehoje.com.br/portal/n ... p?id=18699
O jogo esportivo de combate e defesa chamado Judô chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno período da imigração japonesa. O seu nome significa Caminho Suave, gerado da composição de (ju) suave, ceder + (do) caminho, via. Esta arte foi criada no Japão no ano de 1882, por Jigoro Kano. Neste esporte vence quem consegue o ippon (derrubar o adversário, imobilizando-o, com as costas ou ombros no chão durante 30 segundos). Não conseguindo, o judoca deve acumular pontos através dos seguintes desequilíbrios: wazaris (é um ippon incompleto, ou seja, o adversário cai sem ficar com os dois ombros no tatame, dois wazaris vale um ippon), yuko (quando o adversário é derrubado de lado, este golpe vale 1/3 do ponto) e, finalmente, o koka, (ocorre quando o adversário vai ao chão sentado, este golpe vale 1/4 de ponto). A soma de pontos definirá o vencedor.
Na década de 1950, funcionava em Natal uma academia de judô, no 3º andar do edifício nº 697, localizado na esquina da Av. Rio Branco com a Rua General Osório. Ainda menor de idade fui levado por Dona Lídia, minha genitora a esta academia. A intenção de minha querida mãe era de oferecer ao seu filho condições de defesa contra as agressões do mundo. Ao chegar à academia, fui apresentado ao professor cujo nome me pareceu estranho. Takeo Yano.
No primeiro contato tive a cristalina impressão de que se tratava de uma pessoa muito calma e seguro de si. Esta impressão se justifica por ser este o estado de espírito evidente nos praticantes do judô que tem como objetivo o desenvolvimento físico, mental e espiritual.
O mestre Takeo Yano, ensinava, além do judô, conhecimentos das técnicas do antigo jiu-jitsu (arte marcial japonesa) como defesa pessoal. Naquela academia tive várias lições de vida, entre elas aprendi a respeitar o adversário, mas nunca temê-lo; a ter confiança em mim mesmo e a controlar a agressividade; como também que o esporte podia transformar homens bons em homens melhores. Entreguei-me com afinco à prática do judô que passou a ser um complemento na minha educação e no meu desenvolvimento físico, intelectual e moral.
Quando ainda incipiente no meu aprendizado, foram meus contemporâneos no tatame do notável mestre japonês; o desembargador Wilson Dantas, o corretor de imóveis Francisco “Chico” Ribeiro e o empresário Waldemar Matoso, estes portadores da faixa preta, além de uma gama de jovens desejosos, como eu, de aprender aquela arte.
Freqüentei a academia de Takeo Yano, após a minha iniciação, todos os anos em que ele esteve na cidade do Natal. Dado a minha assiduidade, recebi várias graduações até ser considerado faixa preta. Tempos depois, em 1959, o melhor professor de judô que Natal já hospedou se transferiu para a cidade do Rio de Janeiro, e, depois de passar pela Bahia e São Paulo, fixou-se finalmente na cidade de Belo Horizonte, onde veio a se encantar no ano de 1988, deixando todos os seus alunos e admiradores órfãos de sua arte.
Quando a cidade do Natal sentiu a sua ausência, procurei dar continuidade aos estudos do judô, no entanto, minha busca foi inútil, já que nenhum dos judocas desta capital podiam ser comparados ao meu grande instrutor. Frustrado por não poder dar prosseguimento ao meu aprendizado, fui me acomodando até ficar rendido à impossibilidade de prosseguir na arte que me ensinou a lutar para me aperfeiçoar e não me aperfeiçoar para lutar.
Informa o Dr. Akira Yano, filho do inesquecível mestre, que a palavra em japonês para obrigado é arigatou e para muitíssimo obrigado é domo arigatou gozaimasu.
Guardo do judoísta Takeo Yano, nestes últimos cinqüenta anos, uma grata e imensurável admiração. Agradeço pelo fortalecimento que ele proporcionou ao meu físico, à minha mente e ao meu espírito, e principalmente, pelas lições de vida recebidas em sua academia. Portanto, neste tempo de agora, enfatizo. Obrigado respeitado e inesquecível mestre por ter me aceitado como seu discípulo. Arigatou mestre Takeo Yano, domo arigatou gozaimasu.
Fonte :http://www.jornaldehoje.com.br/portal/n ... p?id=18699
Re: História do grappling brasileiro
Comentário do filho de Yano na matéria:
dou itashimashite!!kotira koso arigatou gozaimasu.Eu nasci em Natal ,dezembro de 1958 no hospital januario cicco!!Moro atualmente no japao,ja fazem mais de 20 anos,eu vim ao japao e o meu pai foi para o Brasil, engracado o destino!!Estava conversando com o irmao mais novo do meu pai Mutsuo Yano e ele me contou coisas da juventude do Takeo...Os pais nao queriam de forma alguma permitir a ida dele ao Brasil e como condicao...se vc me trouxer aquela pedra enorme do jardim permitiremos a sua partida,todos achavam impossivel,Takeo carregou a grande pedra do jardim e colocou diante deles.Fiquei muito emocionado pela forma carinhosa e com muito respeito que o sr fala do Yano Takeo,meu pai,saudades dele e arrependido de nao ter desfrutado mais da sua sabedoria!!Infelizmente e somente depois que perdemos que passamos a dar valor....Obrigado Sr Manoel. Yano kiyoshi
Fonte: http://judotradicionalgoshinjutsukan.bl ... o.html?m=1" onclick="window.open(this.href);return false;
dou itashimashite!!kotira koso arigatou gozaimasu.Eu nasci em Natal ,dezembro de 1958 no hospital januario cicco!!Moro atualmente no japao,ja fazem mais de 20 anos,eu vim ao japao e o meu pai foi para o Brasil, engracado o destino!!Estava conversando com o irmao mais novo do meu pai Mutsuo Yano e ele me contou coisas da juventude do Takeo...Os pais nao queriam de forma alguma permitir a ida dele ao Brasil e como condicao...se vc me trouxer aquela pedra enorme do jardim permitiremos a sua partida,todos achavam impossivel,Takeo carregou a grande pedra do jardim e colocou diante deles.Fiquei muito emocionado pela forma carinhosa e com muito respeito que o sr fala do Yano Takeo,meu pai,saudades dele e arrependido de nao ter desfrutado mais da sua sabedoria!!Infelizmente e somente depois que perdemos que passamos a dar valor....Obrigado Sr Manoel. Yano kiyoshi
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Re: História do grappling brasileiro
oq acham de fundirmos com o treinos a portas fechadas e deixar um tópico só? podemos colocar outro título
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