Ex-UFC pretende estrear no novo torneio entre os pesos-meio-pesados e depois baixar de categoria. Veterano Jason Brilz pode ser seu oponente
Apesar de ainda não ter feito nenhuma luta de MMA em 2014, Wagner Caldeirão tem motivos para sorrir. O peso-meio-pesado (até 93kg) assinou contrato com o Titan FC nesta terça-feira e fará sua estreia em 2015 pela organização. Antes disso, ainda enfrenta Johnny Walker, pelo Team Nogueira Beach. A ideia do brasileiro é fazer sua primeira luta na organização americana na divisão até 93kg e depois descer para o peso-médio (até 84kg). O lutador ainda demonstrou preocupação por fazer uma luta no Brasil antes de estrear no Titan.
- Meu empresário mandou a proposta do Titan para eu fechar e ano que vem vou estrear no Titan. Me preocupo sim de fazer uma luta antes de estrear lá, mas estou voltando de lesão, então é bom fazer uma luta para pegar ritmo. Eu também já estava competindo boxe para pegar essa energia de competição, para estar sempre na adrenalina. Optei por fazer uma luta antes para poder ir para lá mais carimbado. Essa ideia de descer eu já tinha desde o UFC, mas acabei não continuando no evento e resolvi continuar de 93kg. Porém, voltando aos treinos, vi que todos estão baixando de categoria, acho que já não me encaixo legal nos meio-pesados. Vou fazer essa próxima e talvez a primeira no Titan, para depois tentar baixar. Vou ver como me sinto, fazer meu teste antes, mas vou tentar baixar de categoria sim - afirmou Caldeirão, que é líder do ranking paulista de boxe e foi campeão estadual recentemente, em entrevista ao Combate.com.
A organização do evento acenou com a possibilidade de Jason Brilz ser o adversário de Wagner Caldeirão na primeira. O americano vem de derrota para Vinny Magalhães no Titan e já enfrentou Rogério Minotouro no UFC. Na ocasião, Caldeirão ajudou o companheiro de Team Nogueira na preparação para o duelo. O brasileiro tem trabalhado bastante seu chão, que foi muito criticado nas suas duas derrotas no Ultimate, contra Phil Davis e Ildemar Marajó.
- A gente começa a trabalhar um pouco em cima das deficiências para poder evoluir. A palavra certa é evolução. Tenho que continuar agressivo em cima, mas dando menos brechas embaixo, menos possibilidades de o meu adversário ter êxito em cima de mim. Estou trabalhando bastante em cima do meu chão. Acho que uma grande maioria criticou, algumas pessoas fizeram críticas até pesadas, de maneira boba, mas o pessoal acha que aqui é brincadeira, que qualquer um vai chegar e me finalizar. Também não é assim. Peguei duas pedreiras, Phil Davis e Ildemar. Eu sempre sinto evolução, mas falo com base do pessoal que tem comentado comigo, como o (Vinicius) Spartan, Felipe Nilo, faixas-pretas de alto nível, que dizem que estou tendo evolução no chão e fico muito feliz. Minha cabeça é sempre de melhorar, de que nunca está bom. A gente tinha treinado bastante para essa luta contra o Rogério, ajudei no camp dele quando ia enfrentar o Brilz. Creio que não tenha mudado muito em relação a isso e a estratégia que foi feita para o Rogério, é a mesma para mim. Só retomar um pouco o foco da estratégia. Luta é luta, a dificuldade é igual para todo mundo. O Brasil também é um celeiro de grandes lutadores e a dificuldade é a mesma aqui e lá fora. A diferença é o confronto de estilos, já que lá tem mais wrestling. O Jason Brilz é assim também, do wrestling, mas a dificuldade é a mesma - analisou.
Apesar de dizer que já realizou o sonho de lutar no UFC, Caldeirão traça como meta ser campeão do Titan FC para voltar ao Ultimate mais preparado. Hoje, ele acredita ser mais maduro e reconheceu que a pressão de ltuar no maior evento de MMA do mundo lhe atrapalhou, especialmente contra Ildemar Marajó.
- O sonho já foi realizado, fui e estreei no UFC. Não foi da forma que eu esperava, mas o sonho foi realizado. Meu objetivo não é o UFC agora, é o Titan. Quero ser campeão do Titan primeiro, porque junto disso vou ter bastante experiência, vou lutar com outros americanos com boa base de chão, para poder me gabaritar e voltar ao UFC com uma boa bagagem para disputar cabeça a cabeça com eles. Analisando depois de tudo o que passei, acho que adquiri bastante maturidade. O físico estando 100% e a cabeça não cria um pouco de atrito. Na segunda derrota, contra o Ildemar, ele me ganhou mais na experiência do que em qualquer outra coisa. Foi um vacilo. A pressão de luta, pressão de derrota, de ser demitido. Lembro que no meio do primeiro round, a galera vaiou, quando a galera vaiou, chutei na cabeça, na pressão da torcida. Isso não pode acontecer. Hoje adquiri mais experiência para poder ser mais cerebral, mais tático. Quero colocar isso em prática - disse.
Contra Johnny Walker, Caldeirão diz que tem que "lutar com moderação"
Conhecido pelo seu jeito brincalhão, Wagner Caldeirão comentou também o duelo contra Johnny Walker, no Team Nogueira Beach, no próximo sábado, na Praia do Pepê, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Como o rival tem nome de uma marca conhecida de bebida alcóolica, o lutador aproveitou para fazer uma brincadeira, mas deixou claro que respeita o adversário, que está invicto em três lutas, sendo três nocautes.
- Claro que respeitando totalmente meu adversário, que vem de três nocautes, mas tenho que lutar com moderação, para que nada saia do contexto da estratégia, mas vamos lutar com moderação (risos) - concluiu.
Fonte: http://sportv.globo.com/site/combate/no ... edios.html" onclick="window.open(this.href);return false;
