O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
Aqui é pra comentar e discutir a série de livros ee demais obras do mestre Martin!
pra começar a brincadeira, alguem pode.copiar e colar minhas postagens no.outro forum sobre.os.reis Targaryen? faria.eu mesmo.mas.estou suspenso... pretendo terminar a dinastia dos reis dragoes de westeros. Acredito que parei em Aerys I
pra começar a brincadeira, alguem pode.copiar e colar minhas postagens no.outro forum sobre.os.reis Targaryen? faria.eu mesmo.mas.estou suspenso... pretendo terminar a dinastia dos reis dragoes de westeros. Acredito que parei em Aerys I
As Crônicas do Gelo e do Fogo - livros e série
Pessoal,
Tópico para discutirmos os livros e a série liberados os spoilers.
Game of thrones eh só o primeiro livro, por isso abri com o nome correto da saga.
Enjoy!!
Tópico para discutirmos os livros e a série liberados os spoilers.
Game of thrones eh só o primeiro livro, por isso abri com o nome correto da saga.
Enjoy!!
Re: As Crônicas do Gelo e do Fogo - livros e série
Hall, ja tinha feito um topico, cola meu post de la aqui pq tem um.pedido pra galera.
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
Tópico fundido!
Rá baguio ninja!!!
Vou copiar as msgs la mandão.
Te mando MP e vc cola aqui.
Abrax
Rá baguio ninja!!!
Vou copiar as msgs la mandão.
Te mando MP e vc cola aqui.
Abrax
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
mandao escreveu:
Tudo começou quando Daenys, filha de Aenar Targaryen teve sonhos proféticos envolvendo a destruição de Valyria, que viria a acontecer 12 anos após as visões da Sonhadora. Lord Aenar, o Exilado reuniu sua família e se dirigiu a ilha Pedra do Dragão com 5 dragões, onde casou sua filha Daenys com seu filho Gaemon,o Glorioso, dando a origem a linhagem da Casa Targaryen no continente de Westeros, estes que eram uma modesta família de lordes dragões na antiga Valyria.
Os Targaryen em Pedra do Dragão continuaram casando irmão com irmã durante aproximadamente um século até que Aerion Targaryen casou-se com Velena Velaryon, membro de outra família dissidente da Valyria, e juntos tiveram Aegon, e suas irmãs Visenya e Rhaenys, que viriam a conquistar os Sete Reinos de Westeros.
Aegon I, o Conquistador, governou Westeros pelo período de 1-37 AC (após a conquista), tendo como Mão aquele que acreditavam ser seu meio irmão bastardo, Orys Baratheon. Casada com ambas as irmãs, teve filhos com as duas que também sentaram-se no Trono de Ferro. Aegon I montava Balerion, o Terror Negro, Visenya e Rhaenys montavam Vhagar e Meraxes, respectivamente. Este último veio a morrer nas areis de Dorne com um dardo de ferro no olho quando Rhaenys tentou subjugar a região.
Visenya e Rhaenys
Aegon I foi sucedido pelo seu filho primogênito Aenys I, pela sua irmã-esposa mais nova, Rhaenys, que veio a governar o período 37-42.
Considerado um rei fraco, o reino era governado por seu meio irmão mais novo, Maegor, que veio a se sentar no Trono de Ferro após a morte de Aenys I apesar deste ter herdeiros que poderiam ter assumido o trono.
Maegor I, chamado de o Cruel, governou durante o período de 42-48. Durante seu reinado que a Fortaleza Vermelha foi concluída e o próprio monarca foi responsável pelas passagens secretas, que uma vez terminadas, Maegor I trancou seus engenheiros nas celas mais profundas da Fortaleza para que não revelassem seus segredos. Deu fim ao braço armado da fé dos Sete oferecendo moedas variadas por escalpos dos seus membros. Casou-se várias vezes mas não foi capaz de produzir filhos, tendo inclusive executado algumas de suas esposas por elas terem falhado. Foi o segundo a montar Balerion. Dizem que Maegor I foi morto no Trono de Ferro e pelo próprio trono. Foi sucedido por Jaehaerys, filho de seu irmão Aenys.
Jaehaerys I chamado de o Conciliador ou de Velho Rei, governou de 48-103. Foi responsável pelo resolução do conflito entre o Trono e a Fé, ganhando o apelido de Conciliador nessa ocasião. Casado com sua irmã Alysanne, visitaram o Norte com seus dragões e concederam mais Terras para a Patrulha da Noite. Como teve um reinado muito extenso, houveram problemas relacionados a sua sucessão. Seu filho primogênito havia morrido a algum tempo,tendo deixado uma filha, Rhaenys. Através de um Conselho foi decidido que o Trono passaria para seu segundo filho, Baelon e não a filha de seu primogênito, Rhaenys. Baelon morreu durante o reinado de seu pai, então, com a morte de Jaehaerys I, o trono foi passado para seu neto, filho de Baelon, Viserys. Jaehaerys I montava o formidável Vermithor.
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
mandao escreveu:
5º rei a se sentar no Trono de Ferro, Viserys I governou de 103-129. Considerado um bom monarca, casou-se com uma Lady de Arryn tendo dois filhos homens mortos jovens e Rhaenyra, que elegeu como sua sucessora. Casou-se depois com uma Lady de Hightower com quem teve 3 filhos, Aegon, Aemond e Daeron. Quando morreu, sua rainha, com a ajuda de seu Senhor Comandante da Guarda Real, Criston Cole, planejaram um golpe que daria o trono ao seu filho Aegon. Na ocasião Rhaenyra, a então sucessora se encontrava em Pedra do Dragão, prestes a dar a luz. Quando recebeu a notícia entrou em trabalho de parto devido a raiva e veio a perder a criança. Viserys I foi o terceiro e último cavaleiro a montar Balerion, que morreu durante o seu reinado e o rei não tomou outra montaria para si.
Rhaenyra Targaryen foi casada com Laenor Velaryon, com quem teve 3 filhos, todos mortos durante a Dança dos Dragões. Casou-se com seu tio Daemon Targaryen, com quem teve dois filhos que viriam a se tornar reis, Aegon e Viserys. Rhaenyra chegou a se sentar no Trono de Ferro durante um curto período de tempo, em que foi apelidada como Maegor com Tetas, mas a populaçao de Porto Real se rebelou, forçando-a a se retirar para Pedra do Dragão, onde foi traída, capturada e morta por seu rival e meio irmão Aegon II, que a deu de comer ao se dragão em frente a Aegon, até então o filho vivo mais velho de Rhaenyra. Segundo as lendas, seus filhos do 1º casamento eram bastardos, gerados com um membro da Casa Strong de Harrenhall. Montava a dragão Syrax.
Aegon II, também chamado de o Usurpador, ascendeu ao poder devido um golpe contra sua meia irmã herdeira do trono. Governou durante 129-131 e lutou na Dança dos Dragões. Teve 3 filhos com sua irmã-esposa Helaena, sendo que o mais velho foi assassinado em frente a própria mãe por rataliação a morte de um dos filhos de Rhaenyra. Montava o dragão Sunfyre, considerado o mais belo que já existiu em Westeros. Seu brasão de armas pessoal era o dragão da Casa Targaryen dourado em fundo negro, em alusão a cor de seu dragão. Mesmo tendo saído vitorioso da guerra civil, governou por pouco tempo, tendo perecido devido aos ferimentos que sofreu em duas ocasiões durante o conflito e que o atormentaram enquanto viveu.
Próximo a se sentar no Trono de Ferro, Aegon III era filho da rebelde Rhaenyra e governou de 131-157. Com a morte de Aegon II, não havia ninguém melhor do que o filho de sua rival para assumir o trono, seu filho restante era muito novo e não sobreviveu muito tempo. Acredita-se que o Conselho de Aegon II tenha entrado em acordo para que Aegon III assumisse o trono sem que houvesse muitas represálias àqueles que apoiaram o antigo rei. Aegon III presenciou sua mãe ser morta e comida pelo dragão de seu tio e isso fez com que ele levasse essas marcas pelo resto da vida, andando sempre de preto como a demonstrar luto, com uma melancolia que lhe era natural e um grande pavor de dragões. Durante seu reino morreu o último dos dragões de Westeros, uma criatura fraca e mal formada, fazendo Aegon III receber o apelido de Dragonsbane. Em sua infância tinha o dragão Stormcloud, morto durante a Dança.
Filho do Rei Aegon III, Daeron I, o Jovem Dragão, ascendeu ao trono com 14 anos e reinou durante 157-161, boa parte desse tempo passada guerreando em Dorne. Conseguiu conquistar os dorneses mas a conquista foi breve e durou apenas uma quinzena. Durante seu reinado quem governava de fato era seu tio Viserys. Dizem que sua morte ocorreu nas areis de Passo do Príncipe. Apesar de casado morreu sem deixar herdeiros.
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
mandao escreveu:
9º rei a governar Westeros, Baelor, chamado o Abençoado foi um louco que se tornou um dos reis mais populares com a população em geral, seu reino foi de 161-171. Famoso por passar seus dias rezando e jejuando. Aprisionou sua irmã esposa Daena e suas outras irmãs em uma cela de luxo para que não fosse acometido pelo pecado da luxúria. Durante seu reinado construiu o Grande Septo de Baelor em Porto Real e foi responsável casamento de seu primo Daeron com uma mulher Casa Martell, conquistando Dorne através do matrimônio e não da guerra, como tentou seu irmão Daeron I. Quem governava de fato era seu tio Viserys, que também foi mão de seu irmão. Quando coroado ele rompeu seu casamento com Daena, que apesar da reclusão, escapava frequentemente e teve um caso com seu primo Aegon que resultou um filho, o qual ela chamou de Daemon. Baelor provavelmente morreu de fome durante um de seus longos jejuns, enquanto alguns culpam seu tio Viserys que assumiu o trono em seu lugar.
Daena Targaryen
Irmão mais novo de Aegon III e filho de Rhaenyra, Viserys II atuou como Mão do Rei por cerca de 15 anos, durante o reinado de seus sobrinhos Daeron I e Baelor I, ambos mortos sem herdeiros. Teve um curto reinado de 171-172.
Após a morte de Viserys II, seu filho Aegon IV assumiu o trono e governou pelo período de 172-184. Teve um início de reinado promissor, mas com o passar do tempo foi mostrando sua face corrupta, que o rendeu o apelido de o Indigno. Aegon IV era conhecido por suas inúmeras amantes e filhos bastardos que foram chamados de os Grandes Bastardos, dentre eles estão Daemon, gerado com uma Targaryen, esposa de seu tio, Brynden Rivers, o Corvo de Sangue, que chegou a Mão do Rei, e Comandante da Patrulha da Noite e empunhou a grande espada de aço valiriano Irmã Negra, era um bastardo de Blackwood, Aegor Rivers, um bastardo de Bracken. Ironicamente, em relação ao seu único filho natural, há boatos que não seja dele, mas de seu irmão Aemon, o Cavaleiro do Dragão que era da sua Guarda Real e foi apaixonado por Naerys, irmã de ambos e esposa de Aegon IV. Em seu leito de morte legitimou todos os filhos bastardos e sagrou cavaleiro seu filho Daemon, dando inclusive a espada ancestral da Casa Targaryen a ele, que batizou o nome de sua nova casa com nome da arma, Casa Blackfyre.
Ao ter recebido a arma ancestral da Casa Targaryen do seu pai, Daemon Blackfyre, bem como grandes lordes e jovens guerreiros de renome que se juntaram em volta de Daemon, acreditando que ele deveria ser o rei de direito, dentre esses estava Aegor Rivers, outro dos Grandes Bastardos. Durante o reinado de seu meio irmão Daeron II, que sucedeu seu pai, estourou a Primeira Rebelião Blackfyre que culminou na Batalha do Campo do Capim Vermelho, em que Daemon foi morto por seu meio irmão Brynden Rivers, juntamente com seus filhos gêmeos, Aegon e Aemon dando fim a Primeira Rebelião. Aegor Rivers fugiu de Westeros levando a espada Blackfyre e os filhos mais novos de Daemon, e durante seu exílio criou a Companhia Dourada, grupo de mercenários formado por exilados. As cores da Casa Blackfyre são as cores da Casa Targaryen invertidas, artefato amplamente usado por bastardos em seus brasões.
Daemon Blackfyre
Aegor "Açoamargo" Rivers
Brynden "Corvo de Sangue" Rivers
Sucessor de Aegon IV no Trono de Ferro, Daeron II, o Bom governou durante muito tempo e foi considerado um grande rei, seu reinado foi de 184-209. Daeron II nunca foi um homem de armas, fato que fez com que muitos considerassem Daemon Blackfyre como uma melhor opção como rei. No entanto Daeron II sobrepujou os Blackfyre contando com o comando de seus filhos Baelor e Maekar, chamados o martelo e a forja. Casou-se com uma Lady de Martell e casou sua irmã Daenerys com o Lord Martell, fazendo com que finalmente Dorne fizesse parte do governo de Westeros. Seu filho e herdeiro Baelor Quebralança morreu em um acidente confrontando o Príncipe Maekar, seu próprio irmão, tornando seus filhos Valarr e Matarys os próximos na linha de sucessão ao Trono de Ferro. Daeron II morreu no ano de 209 na Grande Praga da Primavera, que vitimou 1/4 da população de Porto Real, incluindo os filhos de Baelor e herdeiros de Daeron II, os gêmeos Valarr e Matarys. O trono foi passado ao filho seguinte de Daeron II, Aerys.
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
PARAGUAS escreveu: Falando em Meistres lá vai dois textos sobre legais sobre suas conspirações.
A grande conspiração dos Meistres da Cidadela. Parte I
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Diversas teorias com base em acontecimentos de todos os livros apontam para a existência uma grande conspiração orquestrada pela Ordem dos Meistres e que estes pretendem acabar com a magia do mundo. Dentre as ações tomadas pelos Meistres para conseguir exterminar a magia está a destruição de todos os dragões, feito que eles deveriam acreditar ter conseguido até que Daenerys deu vida a três dragões de uma só vez.
Nesta primeira parte da análise da teoria começaremos pela Rebelião de Robert Baratheon ou Guerra do Usurpador. Nesse texto iremos analisar o que realmente pode ter acontecido por trás da Rebelião e o que nos leva a crer que pode ter sido uma ação manipulada pela Ordem dos Meistres com a finalidade de acabar com o reinado dos Targaryen em Westeros e tomar de volta os Sete Reinos, pondo fim a linhagem de Aegon o Conquistador.
ATENÇÃO: esse texto contém spoilers dos livros até A Dança dos Dragões.
O QUE SABEMOS SOBRE A REBELIÃO DE ROBERT?
O conflito teve início depois que Rhaegar Targaryen sequestrou Lyanna Stark, que estava prometida a Robert Baratheon. Apesar dos apelos de Hoster Tully por paciência, Brandon Stark rumou a Porto Real. Lá, ele foi até a Fortaleza Vermelha e, aos gritos, desafiou o príncipe Rhaegar a sair e morrer. O Rei mandou prendê-lo junto com sua comitiva (seu escudeiro Ethan Glover, Jeffory Mallister, Kyle Royce, e o neto e herdeiro do Senhor do Vale Elbert Arryn) por conspirar a morte do príncipe herdeiro.
O Rei Aerys II Targaryen, cada vez mais insano desde o Desafio de Valdocaso, ordenou que os pais dos prisioneiros se apresentassem diante do Trono de Ferro para responder às acusações feitas contra seus filhos. Quando o fizeram, todos foram mortos sem julgamento. Ethan Glover foi o único sobrevivente. Lorde Rickard Stark exigiu um julgamento por combate e foi assado vivo em sua armadura, enquanto seu filho Brandon, preso pelo pescoço em um dispositivo, acabou estrangulando a si mesmo tentando salvar o pai. Logo depois, o Rei Louco exigiu as cabeças de Robert Baratheon, de Eddard Stark e de seu protetor, Jon Arryn. Porém, o Lorde Arryn reuniu seus vassalos e iniciou uma rebelião, protestando contra os injustos atos do Rei Louco.
POR QUE DUVIDAR?
Sempre fomos ensinados que a guerra de Tróia se iniciou após Paris sequestrar Helena, a esposa de Menelau, mas hoje sabe-se que a guerra teria sido motivada por interesses políticos e pela rivalidade comercial entre Tróia e o reino mercantilista micênico.
O assassinato do arquiduque Ferdinando é conhecido como o estopim para o início da Primeira Guerra Mundial, mas ao estudar um pouco mais sabemos também que o conflito foi um resultado das políticas das grandes potências imperialistas. Já havia sido criado o clima para o início da guerra, o assassinato do arquiduque foi apenas o gatilho para que a guerra se iniciasse.
Sabemos que o rei Aerys estava cada dia mais louco e paranoico em relação a uma possível tentativa de golpe, os nobres estavam cada dia mais descontentes com sua loucura afetando a política do reino. Mas por que estes não apoiaram a sucessão de Rhaegar ao Trono de Ferro já que este era o príncipe amado pelo reino e herdeiro de direito?
Como será que surgiu essa ideia de colocar Robert na linha de sucessão ao trono?
VAMOS AOS FATOS!
No capítulo 37 de A Dança dos Dragões, O príncipe de Winterfell, Lady Dustin conversa com Theon a respeito dos Meistres.
Quando o Meistre Medrick caiu sobre um joelho para murmurar ao ouvido de Bolton, a boca da Senhora Dustin torceu-se de desagrado.
— Se eu fosse rainha, a primeira coisa que faria seria matar todas aquelas ratazanas cinzentas. Correm por todo o lado, vivendo das sobras dos senhores, chiando umas com as outras, sussurrando aos ouvidos dos seus amos. Mas quem são
realmente os amos e os servos? Todos os grandes senhores têm o seu meistre, todos os senhores de menor gabarito aspiram a ter um. Se não se tem um meistre, isso é visto como querendo dizer que se é de pouca importância. As ratazanas cinzentas leem e escrevem as nossas cartas, mesmo para senhores que não sabem ler, e quem poderá dizer com certeza que não estão distorcendo as palavras para os seus próprios fins? De que servem eles?, pergunto-vos.
— Curam — disse Theon. Parecia ser o que se esperava dele.
— Curam, pois. Nunca disse que não eram subtis. Tratam de nós quando estamos doentes ou feridos, ou perturbados com a doença de um pai ou de um filho. Sempre que estamos mais fracos e mais vulneráveis, lá estão eles. Às vezes curam-nos, e ficamos devidamente agradecidos. Quando falham, consolam-nos na nossa dor, e também ficamos gratos por isso. Por gratidão, concedemos-lhes um lugar sob o nosso teto e deixamo-los ao corrente de todas as nossas vergonhas e segredos, fazemo-los participar em todos os conselhos. E não demora muito até que o governante passe a governado.
“Foi isso que aconteceu ao Lorde Rickard Stark. O nome da sua ratazana cinzenta era Meistre Walys. E não é inteligente o modo como os meistres respondem só pelo primeiro nome, mesmo aqueles que tinham dois quando chegaram à Cidadela? Assim, não podemos saber quem realmente são ou de onde vêm… mas se se for suficientemente decidido ainda se pode descobrir. Antes de forjar a sua corrente, o Meistre Walys era conhecido como Walys Flowers. Flowers, Hill, Rivers, Snow… damos esses nomes a crianças bastardas para as assinalar como o que são, mas elas são sempre rápidas a verem-se livres deles. Walys Flowers tinha uma garota de Torralta como mãe… e um arquimeistre da Cidadela como pai, segundo se dizia. As ratazanas cinzentas não são tão castas como nos gostariam de levar a crer. Os meistres de Vilavelha são os piores de todos. Depois de Walys forjar a corrente, o seu pai secreto e os amigos dele não perderam tempo a despachá-lo para Winterfell para encher os ouvidos do Lorde Rickard com palavras envenenadas doces como o mel. O casamento Tully foi ideia dele, não tenhais dúvidas, ele…
No capítulo 41 de A Dança dos Dragões, O vira casacas, Lady Dustin continua sua história a respeito de Lorde Rickard Stark.
Mas no dia em que soube que Brandon ia casar com Catelyn Tully… não houve nada de doce nessa dor. Ele nunca a quis, garanto-vos. Disse-me isso mesmo na última noite que passamos juntos… mas Rickard Stark também tinha grandes ambições. Ambições meridionais, que não seriam promovidas se o seu herdeiro se casasse com a filha de um dos seus vassalos. Depois disso, o meu pai nutriu alguma esperança de me casar com o irmão de Brandon, Eddard, mas Catelyn Tully também ficou com esse.
No primeiro trecho ficamos cientes de que Lorde Rickard estava sendo influenciado pelo seu conselheiro, o Meistre Walys. Depois disso, Lady Dustin complementa a história dizendo que Brandon foi prometido a Catelyn a fim de garantir uma aliança entre as duas casas, Tully e Stark, o que seria uma ambição do Lorde Stark ou possivelmente do Meistre Walys. Lady Dustin pode apenas odiar os Starks por ter perdido a oportunidade de se casar com o homem que amava, Brandon ou será que há algo mais profundo na história? A ambição de Lorde Rickard Stark mencionada por Lady Dustin parece indicar que há algo mais além da loucura de Aerys que o levou a suspeitar de uma conspiração para tirá-lo do trono. De modo que podemos suspeitar que não foi um simples sequestro que levou a eclosão da rebelião.
Mas onde isso nos leva? À possibilidade de que os Meistres estavam conspirando uma aliança entre as grandes Casas de Westeros. Lyanna foi prometida a Robert, unindo os Starks aos Baratheon, Catelyn prometida a Brandon, unindo os Starks aos Tully, seria uma parte do plano. A aliança entre os Stark, Baratheon e Arryn seria uma outra parte, quando Eddard e Robert foram enviados para viver no vale.
O “rapto de Lyanna” por Rhaegar pode inclusive ter sido premeditado, a fim de quebrar a aliança entre essas quatro grandes casas, já que Rhaegar estava cercado por um pai louco e súditos que estavam se aliando contra seu pai, além de acreditar na profecia e no fato de que precisava de um terceiro filho…
Voltando um pouco no tempo, anteriormente a Rebelião, sabemos que muitos dos senhores das grandes casas se encontraram no Torneio de Harrenhall. Jon Arryn , Steffon Baratheon, Rickard Stark, Hoster Tully e Tywin Lannister são todos velhos companheiros de guerra, pois lutaram juntos na Guerra dos Reis de Nove Moedas. A exceção de Tywin, todos parecem ter cultivado uma amizade além da guerra. O que explicaria por que eles criaram laços entre as suas casas: Eddard e Robert foram para o Ninho da Águia. Robert estava apaixonado de Lyanna e um noivado foi realizado. Lorde Hoster Tully queria casar suas filhas com os herdeiros de Winterfell e Rochedo Casterly, respectivamente.
Estas alianças, se observadas mais profundamente são bastante incomuns, uma vez que normalmente os herdeiros casam-se com seus próprios vassalos. Hoster Tully casou-se com Minisa Whent, Tywin Lannister com Joanna Lannister, sua prima. Steffon Baratheon com Cassana Estermont. A esposa de Rickard é desconhecida, mas sua mãe era do Clã Flint. Mace Tyrell casou-se com Alerie Hightower e Balon Greyjoy com Alannys Harlaw. Os casamentos entre os vassalos é de suma importância para todos os senhores do reino, pois garante a influência política e estabilidade em seu próprio domínio. Casar-se com um aliado de outro território seria importante apenas para selar a paz ou se para selar uma aliança. Caso contrário, isso não é interessante, porque ganhar ou reter a influência de seus próprios vassalos é muito mais importante, especialmente em um reino remoto como o Norte.
No entanto, o que vemos é que todos os senhores das grandes Casas estão indo na direção exatamente oposta, criando um grupo de alianças entre si. Observa-se que ficaram de fora apenas os Martell, pois eram aliados do rei, já que Ellia era a esposa de Rhaegar e futura rainha dos Sete Reinos, os Greyjoy e os Tyrell que não tinham herdeiros em idade suficiente para se casar. Até os Lannister estariam incluídos na aliança, caso Jaime se casasse com Lysa Tully. Ao que tudo indica, pelo menos cinco das grandes casas estariam envolvidas em um plano para acabar com o reinado de Aerys e possivelmente da dinastia Targaryen como um todo. A morte de Lorde Rickard Stark e de Brandon Stark pode não ter sido parte do plano, já que levou o reino inteiro a uma guerra. Porém, como resultado da guerra e da rebelião, os os Sete Reinos conseguiram se livrar do reinado dos Targaryen, colocando Robert Baratheon no Trono de Ferro, que mesmo sendo um descendente distante dos Targaryen é também descendente dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens.
Em O Festim dos Corvos, Jaime se lembra de quando Rhaegar partiu da Fortaleza Vermelha para o Tridente e afirmou que quando retornasse convocaria o conselho e que haveria mudanças. Podemos especular que Rhaegar tenha tomado conhecimento da insatisfação do reino com o governo de seu pai e da conspiração entre as grandes casas (Stark, Tully, Arryn, Baratheon) e tenha pensado em propor uma trégua e transição para um novo governo, onde ele seria o novo rei. Mas infelizmente, sabemos que os planos dele terminaram com a sua morte na Batalha do Tridente.
No fim, o objetivo principal dessa suposta conspiração dos Meistres foi por um fim ao reinado dos Targaryen em Westeros, acabando com qualquer possibilidade de que os dragões retornassem e com eles a magia estivesse de volta ao mundo. Mas como tudo não passa de teoria, é possível que a aliança entre as casas esteja além da conspiração dos Meistres e faça parte de um outro grande plano. O fato é que ainda não sabemos boa parte do que aconteceu antes de A Guerra dos Tronos, mas esperamos saber a verdade sobre todas essas teorias até o final da história.
O que vocês acham? De onde pode ter surgido esta conspiração? Será que os Meistres estão realmente por trás de tudo? Aguardem a próxima parte da teoria onde iremos um pouco mais além dos fatos, discutindo os acontecimentos que envolvem o Meistre Marwyn, o mago.
Leia mais: http://www.gameofthronesbr.com/2014/02/ ... z2xXohL44R
Under Creative Commons License: Attribution
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
PARAGUAS escreveu: A grande conspiração dos Meistres da Cidadela. Parte II
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ATENÇÃO! SPOILERS DE TODA A SAGA, ESPECIALMENTE DE O FESTIM DOS CORVOS
Na primeira parte dessa teoria que você viu aqui começamos a insinuar (é, nós somos assim mesmo) a possibilidade de haver uma grande conspiração dos Meistres da Cidadela para acabar com a magia no mundo. Continuando, vamos ver um personagem distinto que acredita e ajuda a apoiar essa teoria: Arquimeistre Marwyn.
Marwyn, também conhecido como Marwyn, O Mago é um arquimeistre da Cidadela, ele é citado pela primeira vez em As Crônicas de Gelo e Fogo, ainda no primeiro livro, em A Guerra dos Tronos quando Mirri Maz Duur (a maegi que “trata” o ferimento de Khal Drogo a pedido de Daenerys) menciona que ela foi educada sobre anatomia humana por um meistre chamado Marwyn. Depois em A Tormenta de Espadas, em uma conversa com Jaime Lannister, Qyburn explica como ele veio a acreditar na existência de fantasmas e menciona que, de todos os arquimeistres, apenas Marwyn faz alguma reflexão sobre o assunto. Finalmente, no prólogo de O Festim dos Corvos somos apresentados a Marwyn:
“…Marwyn se parecia mais com um cão de guarda do que com um meistre. É como se quisesse nos morder. O Mago não era como os outros meistres. Diziam que se fazia acompanhar de prostitutas e de feiticeiros andantes, que falava com ibbeneses peludos e ilhéus do Verão negros como breu na própria língua desses povos, e fazia sacrifícios a deuses estranhos nos pequenos templos dos marinheiros que se erguiam junto aos cais. Os homens falavam que o tinham visto na parte erma da cidade, em arenas de ratazanas e bordéis negros, na companhia de saltimbancos, cantores, mercenários e até pedintes. Alguns chegavam mesmo a sussurrar que certa vez ele matara um homem com os punhos. Quando Marwyn regressou a Vilavelha, depois de passar oito anos no leste mapeando terras distantes, em busca de livros perdidos e aprendendo com feiticeiros e umbromantes, Vinagre Vaellyn apelidara-o de “Marwyn, o Mago”. O nome espalhara-se rapidamente por toda Vilavelha, para grande aborrecimento de Vaellyn. – Deixe os feitiços e as preces para os sacerdotes e os septões, e direcione a inteligência para a aprendizagem de verdades em que um homem possa confiar”, aconselhara Arquimeistre Ryam certa vez a Pate, mas o anel, o bastão e a máscara de Ryam eram de ouro amarelo, e sua corrente de meistre não incluía um elo de aço valiriano.”
O elo de aço valiriano a que Pate (um aprendiz da cidadela) se refere é dado aqueles meistres que adquirem conhecimento de magia e ocultismo e, apesar de apenas um a cada cem meistres serem dignos de carregar um desses elos em sua corrente, o estudo de magia é mal visto pela maioria dos Meistres.
Ou seja, Marwyn, é um arquimeistre de compartamento incomum, mas experiente e respeitado por seu conhecimento.
Em O Festim dos Corvos, o agora Lorde Comandante Jon Snow envia Samwell Tarlly e Meistre Aemon para Vilavelha. Sam seria instruído como meistre para substituir Aemon que para sua própria segurança passaria o resto de sua velhice em Vilavelha. Durante a viagem, Aemon fica sabendo pelos marinheiros sobre Daenerys e seus dragões. Ele então passa a acreditar que Daenerys é Azor Ahai e a beira da morte faz Sam prometer que contará tudo ao arquimeistres em Vilavelha e os fará enviar um meistre para ajuda-lá. Ao cheger em Vilavelha Sam pretende contar tudo ao senescal, mas é interceptado por um aprendiz de nome Alleras que já sabia de sua chegada, este o convence de que o arquimiestre Marwyn receberia melhor seu relato.
“– Meistre Aemon acreditava que Daenerys Targaryen era a realização de uma profecia… Ela, não Stannis nem Príncipe Rhaegar, nem o principezinho cuja cabeça foi atirada contra a parede.
– Nascida entre o sal e o fumo, sob uma estrela sangrenta. Conheço a profecia – Marwyn virou a cabeça e escarrou uma bola de muco vermelho para o chão. – Não que confie nela. Gorghan de Velha Ghis escreveu um dia que uma profecia é como uma mulher traiçoeira. Mete o seu membro na boca, você geme de prazer e pensa, “que maravilha, que agradável, que bom isto é”… E então seus dentes se fecham e seus gemidos se transformam em gritos. É essa a natureza da profecia, Gorghan disse. A profecia sempre arranca seu pau a dentada – mascou durante algum tempo. – Mesmo assim…
Alleras pôs-se ao lado de Sam.
– Aemon teria ido ter com ela se tivesse forças para isso. Queria que lhe mandássemos um meistre, para aconselhá-la, protegê-la e trazê-la para casa em segurança.
– Ah queria? – Arquimeistre Marwyn encolheu os ombros. – Talvez seja bom que tenha morrido antes de chegar a Vilavelha. Caso contrário, as ovelhas cinzentas talvez tivessem de matá-lo, e isso teria feito os queridos dos pobres velhos torcer as mãos encarquilhadas.
– Matá-lo? – Sam estava chocado. – Por quê?
– Se eu lhe disser, podem ter de matar você também – Marwyn abriu um horrendo sorriso com o sumo da folhamarga escorrendo, rubro, entre os dentes. – Quem você acha que matou todos os dragões da última vez? Galantes matadores de dragões armados de espadas? – cuspiu. – O mundo que a Cidadela está construindo não tem lugar para feitiçaria, profecias ou velas de vidro, e muito menos para dragões. Pergunte a si mesmo por que foi deixado que Aemon Targaryen desperdiçasse a vida na Muralha, quando, por direito próprio, devia ter sido promovido a arquimeistre. O motivo foi seu sangue. Não podiam confiar nele. Assim como não podem confiar em mim.
– O que fará? – Alleras, o Esfinge perguntou.
– Arranjarei um meio de chegar à Baía dos Escravos no lugar de Aemon. O navio cisne que trouxe o Matador deve responder bastante bem às minhas necessidades. As ovelhas cinzentas irão enviar seu homem numa galé, sem dúvida. Com bons ventos, deverei chegar antes – Marwyn voltou a olhar Sam de relance e franziu as sobrancelhas. – Você… você devia ficar e forjar a sua corrente. Se eu fosse você, faria isso depressa. Chegará um momento em que será necessário na Muralha – virou-se para o noviço de rosto macilento: – Arranje uma cela seca para o Matador. Dormirá aqui, e o ajudará a cuidar dos corvos.
– M-m-mas – Sam gaguejou –, os outros arquimeistres… o Senescal… o que lhes direi?
– Diga-lhes como são sábios e bons. Diga-lhes que Aemon ordenou que você se colocasse nas mãos deles. Diga-lhes que sempre sonhou em um dia ser autorizado a usar a corrente e servir o bem supremo, que o serviço é a maior das honras, e a obediência é sua maior virtude. Mas não diga nada sobre profecias ou dragões, a menos que goste de veneno no mingau de aveia…”
Ou seja, temos um arquimiestre da cidadela dizendo claramente que “o mundo que a Cidadela está construindo não tem lugar para feitiçaria, profecias ou velas de vidro, e muito menos para dragões”.
Há ainda um segundo argumento citado por Marwyn que corrobora a teoria de conspiração dos meistres para acabar com a magia no mundo: As velas de vidro de dragão (obsidiana).
No prólogo de O Festim dos Corvos vemos uma conversa entre alguns noviços e acólitos na cidadela:
– Arquimeistre Marwyn acredita em muitas coisas curiosas – disse [Armen]–, mas não tem mais provas dos dragões do que Mollander. Só tem mais histórias de marinheiro.
– Está enganado – Leo Preguiçoso respondeu. – Há uma vela de vidro ardendo nos aposentos do Mago.
Um silêncio caiu sobre a varanda iluminada por archotes. Armen suspirou e balançou a cabeça. Mollander pôs-se a rir. Esfinge estudou Leo com seus grandes olhos negros. Roone pareceu não compreender.
Pate sabia das velas de vidro, embora nunca tivesse visto uma ardendo. Eram o segredo mais mal guardado da Cidadela. Dizia-se que tinham sido trazidas de Valíria para Vilavelha mil anos antes da Perdição. Ouvira dizer que havia quatro; uma verde e três negras, e todas altas e retorcidas.
– O que são essas velas de vidro? – Roone quis saber. Armen, o Acólito, pigarreou:
– Antes de um acólito proferir seus votos, deve passar a noite anterior de vigília na cripta. Não lhe é permitido archote, lâmpada, lanterna ou círio… só uma vela de obsidiana. Tem de passar a noite na escuridão, a menos que seja capaz de acendê-la. Alguns tentam. Os tolos e os teimosos, aqueles que estudaram os ditos mistérios superiores. É frequente cortarem os dedos, pois dizem que as arestas da vela são afiadas como navalhas. Então, com mãos ensanguentadas, têm de esperar a alvorada pensando sobre seu fracasso. Homens mais sensatos vão simplesmente dormir, ou passam a noite em oração, mas todos os anos há sempre alguns que precisam tentar.
– Sim – Pate ouvira as mesmas histórias. – Mas de que serve uma vela que não ilumina?
– É uma lição – Armen explicou, – a última lição que temos de aprender antes de colocar nossa corrente de meistre. A vela de vidro representa a verdade e a aprendizagem, coisas raras, belas e frágeis. Tem a forma de uma vela para nos lembrar que um meistre deve iluminar o lugar em que presta serviço, e é afiada para nos lembrar que o conhecimento pode ser perigoso. Os sábios podem se tornar arrogantes com sua sabedoria, mas um meistre deve permanecer sempre humilde. A vela de vidro também nos lembra disso. Mesmo depois de ter proferido os votos, colocado a corrente e partido para servir, um meistre recordará a escuridão de sua vigília e se lembrará de que nada do que tentou conseguiu fazer com que a vela acendesse… pois, mesmo com o conhecimento, algumas coisas não são possíveis.
Leo Preguiçoso desatou a rir:
– Não são possíveis para você, quer dizer. Vi a vela ardendo com meus próprios olhos.
– Você viu uma vela ardendo, não duvido – Armen rebateu. – Uma vela de cera negra, talvez.
– Sei o que vi. A luz era estranha e brilhante, muito mais brilhante do que a de qualquer vela de cera de abelha ou de sebo. Criava sombras estranhas e a chama nunca oscilava, nem mesmo quando uma brisa soprou pela porta aberta atrás de mim.
Armen cruzou os braços:
– A obsidiana não arde.
– Vidro de dragão – Pate completou. – O povo a chama de vidro de dragão – não sabia por que, mas aquilo lhe parecia importante.
– Pois que chame – meditou Alleras, o Esfinge –, e se houver de novo dragões no mundo…
– Dragões e coisas mais sombrias – Leo completou. – As ovelhas cinzentas fecharam os olhos, mas o cão de guarda vê a verdade. Velhos poderes acordam. Sombras se agitam. Uma era de maravilha e terror cairá em breve sobre nós, uma era para deuses e heróis – espreguiçou-se, exibindo seu sorriso indolente. – Isto vale uma rodada, creio eu.
Muitas páginas depois, no último capitulo de Sam, vemos a vela nos aposentos de Marwyn:
Além da fogueira, a única luz que havia ali provinha de uma grande vela negra no centro da sala.
A vela era desagradavelmente brilhante. Havia algo de estranho nela. A chama não tremeluzia, nem mesmo quando Arquimeistre Marwyn fechou a porta com tanta força que papéis voaram de uma mesa próxima. A luz também fazia qualquer coisa estranha às cores. Os brancos eram brilhantes como a neve recém-caída, o amarelo cintilava como ouro, os vermelhos transformavam-se em chamas, mas as sombras eram tão negras que pareciam buracos abertos no mundo. Sam deu por si fitando-a. A vela propriamente dita tinha quase um metro de altura e era esguia como uma espada, com arestas e retorcida, de um negro reluzente.
– Isso é…?
– … obsidiana – disse o outro homem que se encontrava presente no aposento, um indivíduo novo, pálido, carnudo e macilento, com ombros redondos, mãos delicadas, olhos juntos e manchas de comida nas vestes.
– Você chama isso de vidro de dragão – Arquimeistre Marwyn lançou um relance momentâneo à chama. – Arde mas não é consumido.
– O que alimenta a chama? – Sam quis saber. – O que alimenta o fogo de um dragão? – Marwyn sentou-se num banco. – Toda a feitiçaria valiriana tem raízes no sangue ou no fogo. Os feiticeiros da Cidade Livre podiam ver além das montanhas, dos mares e dos desertos com uma dessas velas de vidro. Podiam entrar nos sonhos de um homem e dar-lhe visões, e falar uns com os outros a meio mundo de distância, sentados diante de suas velas. Acha que isso podia ser útil, Matador?
– Não precisaríamos de corvos.
– Só depois das batalhas.
Tem-se a impressão de que as velas de obsidiana não “funcionavam” antes dos dragões voltarem a aparecer. Ou será que cidadela desencorajava o seu uso e escondia o segredo de como usá-las para manter seu monopólio de conhecimento?
O fato é que desde a volta dos dragões com Daenerys a magia no mundo tem voltado a acontecer e a ficar cada vez mais forte, lobos gigantes, Os Outros, e até mesmo a magia da Guilda dos Alquimistas. Ou você já esqueceu de quanto ardeu e brilhou o Fogo-vivo na batalha d’Água Negra?
Além dos dragões serem uma peça chave para qualquer um que os controle em caso de guerra, a própria magia que parece aumentar cada vez mais no mundo a medida que eles crescem, ameaça o poder da cidadela que é baseado em conhecimento e controle por meio de “aconselhamento” e do monopólio das comunicações. As velas de obsidiana são só mais um exemplo do que agora sabemos, mas o que mais pode estar por trás dessa conspiração dos meistres? Será que ainda veremos Marwyn em Game of Thrones (série)?
Leia mais: http://www.gameofthronesbr.com/2014/03/ ... z2xXpqLhtM
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Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
Feito e creditadomandao escreveu: pra começar a brincadeira, alguem pode.copiar e colar minhas postagens no.outro forum sobre.os.reis Targaryen?
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
Boa Hall, ainda colocou mais coisas interessantes que tinha no outro topico. Brevemente.continuarei a dinastia Targaryen
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
Diretor explica por que não tivemos Lady Stoneheart no fim da quarta temporada
16/06/2014 por Ana Carol
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A Entertainment Weekly Radio conversou com o diretor Alex Graves, responsável pelo season finale da quarta temporada de Game of Thrones. Ele, que já dirigiu diversos episódios da série, e está diretamente ligado a decisões criativas dos produtores, falou sobre David e Dan não escolherem o caminho do final do livro A Tormenta de Espadas para fechar o arco da quarta temporada da série:
Uma cena para a Senhora Coração de Pedra chegou a ser filmada para o finale?
Graves: Boa pergunta, porque me questionei muito sobre isso no ano passado, quando fiz o episódio com a Irmandade Sem Estandartes de Beric Dondarrion – que em última análise, é a pessoa que encontra Catelyn e transforma-a em Lady Stoneheart. Mas não, eles não fizeram a cena. Nunca esteve em pauta fazê-la nesta temporada. Os showrunners David Benioff e Dan Weiss têm um desafio grande em adaptar os livros para uma experiência de televisão que tenha foco. É muito difícil, é muito complicado, muito mais do que as pessoas imaginam, eu acho que eles fazem um trabalho brilhante. Mas, para trazer de volta Michelle Fairley, uma das maiores atrizes que existem, para ser um zumbi por pouco tempo e servir apenas para matar pessoas?
É meio que: “O que estamos fazendo aqui? Como colocamos isso na história de uma maneira que realmente vamos gostar?” Acabou simplesmente não fazendo parte do que a gente queria que acontecesse nesta temporada. E, caso não tenha percebido, muita coisa acontece nesta temporada… Acrescentar isso ficou fora de questão. Mas o que é engraçado, é que isso nunca esteve nos planos desta temporada, mas tomou a internet como se fosse estar. ”
Há alguma chance da personagem aparecer no futuro?
Graves: Sendo alguém que trabalha na série de forma intensa, e já implorado por respostas mais do que ninguém, posso dizer que não tenho a mínima ideia. Eles não me contam, são bons em guardar segredos.
O Cão voltará para a história?
Graves: Pelo que sei, da maneira que contei a história… ele partiu. Como ele sobreviveria aquilo? O ponto principal é que ela [Arya] o abandonou, não foi como se tivéssemos deixado algo em aberto.
Leia mais: http://www.gameofthronesbr.com/2014/06/ ... z34uAZPX8o
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16/06/2014 por Ana Carol
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A Entertainment Weekly Radio conversou com o diretor Alex Graves, responsável pelo season finale da quarta temporada de Game of Thrones. Ele, que já dirigiu diversos episódios da série, e está diretamente ligado a decisões criativas dos produtores, falou sobre David e Dan não escolherem o caminho do final do livro A Tormenta de Espadas para fechar o arco da quarta temporada da série:
Uma cena para a Senhora Coração de Pedra chegou a ser filmada para o finale?
Graves: Boa pergunta, porque me questionei muito sobre isso no ano passado, quando fiz o episódio com a Irmandade Sem Estandartes de Beric Dondarrion – que em última análise, é a pessoa que encontra Catelyn e transforma-a em Lady Stoneheart. Mas não, eles não fizeram a cena. Nunca esteve em pauta fazê-la nesta temporada. Os showrunners David Benioff e Dan Weiss têm um desafio grande em adaptar os livros para uma experiência de televisão que tenha foco. É muito difícil, é muito complicado, muito mais do que as pessoas imaginam, eu acho que eles fazem um trabalho brilhante. Mas, para trazer de volta Michelle Fairley, uma das maiores atrizes que existem, para ser um zumbi por pouco tempo e servir apenas para matar pessoas?
É meio que: “O que estamos fazendo aqui? Como colocamos isso na história de uma maneira que realmente vamos gostar?” Acabou simplesmente não fazendo parte do que a gente queria que acontecesse nesta temporada. E, caso não tenha percebido, muita coisa acontece nesta temporada… Acrescentar isso ficou fora de questão. Mas o que é engraçado, é que isso nunca esteve nos planos desta temporada, mas tomou a internet como se fosse estar. ”
Há alguma chance da personagem aparecer no futuro?
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O Cão voltará para a história?
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CLUBE ATLÉTICO MINEIRO, UMA VEZ ATÉ MORRER !!!
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
ÓTIMA OFERTA
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Alguém já leu o Cavaleiro dos Sete Reinos???
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Alguém já leu o Cavaleiro dos Sete Reinos???
Valar Morghulis
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
Cuidado! clique já sabendo que se trata de um Spoiler
Spoiler:
Spoiler:
Re: O tópico de gelo e fogo - spoiler liberado
já li.Kueka escreveu:ÓTIMA OFERTA
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Alguém já leu o Cavaleiro dos Sete Reinos???
muito bom.
bem.mais.leve q a série normal.
mostra a história de Dunk o alto e de Egg (Aegon targaryen) o bisavô da Danaerys.
muito legal ver como era o mundo "normal".
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