Ateísmo

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Aquaman
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Re: Ateísmo

Mensagem por Aquaman » 27 Nov 2014 08:49

alexvozao escreveu: kkkk, tenho uma prima que casou com um americano, mora em Salt Lake City, eles são mormons, que viagem essa religião pqp!!!
episódio de South Park sobre eles é bom demais
ophoda escreveu: E pensar que muitas religiões surgem porque determinadas pessoas acreditaram em um mitomaníaco qualquer, e hoje se tornaram meganegócios. Aposto que se um mórmon desse fórum ler seu post vai ficar se remoendo de raiva.
Eu sou mórmon... :D
minha reação foi igual essa aqui..
alexvozao escreveu:ontem um conhecido escreveu em uma foto minha do face que tirei com uns amigos em um barzinho, assim: "bar é lugar para homens vazios", me segurei para não mandar ele pra pqp, exclui ele do face e fiquei na minha, foi melhor.
Abraços!
O melhor momento para plantar uma árvore foi há 20 anos, o segundo melhor é agora.

Moicano wants MONEY!

[img]http://i.imgur.com/l1mI9Se.png[/img]

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alexvozao
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Re: Ateísmo

Mensagem por alexvozao » 27 Nov 2014 08:58

Aquaman escreveu:


Eu sou mórmon... :D
minha reação foi igual essa aqui..


Abraços!
já que agora vc não aguentou e se manifestou, explica ai como funciona realmente essa religião?

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Arbiter
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Re: Ateísmo

Mensagem por Arbiter » 27 Nov 2014 09:20

alexvozao escreveu:uma das coisas mais ridículas que ouvi ontem foi uma pessoa dizer que as pessoas se dizem ateus para se passar por inteligente mas são as mais burras pois não irão para o Reino de Deus, kkkkkkkkkk
Eu já escutei que ateu é burro pq simplesmente os milagres e profecias são evidentes :dunno: portanto é idiotice não acreditar.
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Queixodevidro
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Re: Ateísmo

Mensagem por Queixodevidro » 27 Nov 2014 11:20

alexvozao escreveu:acho que vc está mais para ser um Deísta!!!

O deísmo é uma posição filosófica naturalista que aceita a existência e a natureza de Deus (Criador ou não) através da razão, do livre pensamento e da experiência pessoal, em vez dos elementos comuns das religiões teístas como a revelação direta, ou tradição. Deus é um Criador ou Organizador do Universo (comparável ao Demiurgo do filósofo grego Platão), é a primeira causa da filosofia deísta. Em palavras mais simples: um deísta é aquele que está inclinado a afirmar a existência de Deus, mas não pratica nenhuma religião, não negando a realidade de um mundo completamente regido pelas leis naturais e físicas. A interpretação de Deus pode variar para cada deísta.

Obrigado pela resposta alexvozão. Deve ser isso mesmo. De um tempo pra cá eu mantenho o resto dos livros que mantive bem fechados na prateleira e lá ficaram juntas todas as teorias com as quais me deparei. Resolvi seguir carreira solo. Mas creio que seja por aí mesmo.

A religião e a filosofia em seus primórdios pra mim, e só pra mim, se confundem e tem sua origem no medo da morte. A primeira é evidente pela forma como as pessoas precisam acreditar num salvador, numa salvação, num paraíso, etc, etc. Imagino um homem das cavernas vendo seu irmão devorado por um animal, ou esturricado por um raio. Já a outra, ao menos nos primórdios, foi o que esse mesmo homem das cavernas fez quando via tais tragédias, se perguntava porque e, para seu consolo, gerava as primeiras teorias filosóficas. Uma coisa é certa, isso deve ter sido impregnado em nosso DNA, pois crendo ou não num Deus e quando a morte parece iminente, num acidente de carro, num assalto, numa queda mortal, etc, ninguém manda um: "Ts, tudo bem! Eu ia morrer mesmo!"

Tenho uma filha de 16 anos que se diz ateia. Não forço nenhuma das minhas duas bebês a seguir nada. A de 20 é católica. Mas a outra tem personalidade forte e não seguiu totalmente a irmã. Só pedi a ela que aguarde a maioridade, quando vai ter acumulado um pouco mais de experiência para poder formular mais claramente sua "teoria de vida" Acho que foi o Nietzsche que disse que se sentia no direito de criar a teoria que melhor lhe aprouvesse, já que nenhuma teoria sobre a existência era absoluta. Lembro de ter concordado, mas não vou me detalhar porque ando preguiçoso com pesquisas e logo alguém me puxa a orelha aqui rsrsrs.
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JorgeMacaco
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Re: Ateísmo

Mensagem por JorgeMacaco » 27 Nov 2014 11:45

Eu aguardo ansiosamente (sério, sem ironia alguma) breves palavras do aquaman mórmon sobre sua religião, história, fundamentos, e como é que ele consegue compatibilizar a própria racionalidade com algumas das absurdas crenças compartilhadas pelos fiéis dessa religião.
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alexvozao
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Re: Ateísmo

Mensagem por alexvozao » 27 Nov 2014 13:07

(parece bastante interessante esse livro, alguém já leu?)

Trecho de Religião para Ateus, de Alain de Botton

Sabedoria sem doutrina

1.

A pergunta mais enfadonha e inútil que se pode fazer sobre qualquer religião é se ela é ou não verdadeira — no sentido de ter vindo dos céus ao som de trombetas e de ser governada sobrenaturalmente por profetas e seres celestiais.

Para poupar tempo, e sob o risco de uma dolorosa perda de leitores já no início, vamos afirmar de forma franca que obviamente nenhuma religião é verdadeira num sentido concedida-por-Deus. Este é um livro para pessoas incapazes de acreditar em milagres, espíritos ou histórias de sarça ardente, e que não têm qualquer interesse maior nos feitos de homens e mulheres incomuns, como a santa do século XIII Inês de Montepulciano, que diziam ser capaz de levitar meio metro enquanto rezava e de ressuscitar crianças — e que, no fim da vida (supostamente), ascendeu aos céus do sul da Toscana nas costas de um anjo.

2.

Tentar provar a não existência de Deus pode ser uma atividade divertida para ateus. Críticos pragmáticos da religião encontraram grande satisfação no desnudamento da idiotia de crentes com cruel minúcia, parando somente após sentirem ter revelado seus inimigos como absolutos tolos ou maníacos.

Embora esse exercício tenha suas recompensas, a real questão não é se Deus existe ou não, mas para onde levar a discussão ao se concluir que ele evidentemente não existe. A premissa deste livro é que deve ser possível manter-se como um ateu resoluto e, não obstante, esporadicamente considerar as religiões úteis, interessantes e reconfortantes — e ter uma curiosidade quanto às possibilidades de trazer algumas de suas ideias e práticas para o campo secular.

É possível não sentir atração pela doutrina da Santíssima Trindade cristã e pelo Nobre Caminho Óctuplo budista e, ainda assim, interessar- se pelas maneiras como as religiões fazem sermões, promovem a moralidade, engendram um espírito de comunidade, utilizam a arte e a arquitetura, inspiram viagens, exercitam as mentes e estimulam a gratidão pela beleza da primavera. Num mundo ameaçado por fundamentalistas religiosos ou seculares, deve ser possível equilibrar uma rejeição da fé e uma reverência seletiva por rituais e conceitos religiosos.

É quando paramos de acreditar que as religiões foram outorgadas do alto ou que são totalmente insanas que as coisas ficam mais interessantes. Podemos então reconhecer que inventamos as religiões para servirem a duas necessidades centrais, que existem até hoje e que a sociedade secular não foi capaz de resolver por meio de nenhuma habilidade especial: primeiro, a necessidade de viver juntos em comunidades e em harmonia apesar dos nossos impulsos egoístas e violentos profundamente enraizados. E, segundo, a necessidade de lidar com aterrorizantes graus de dor, que surgem da nossa vulnerabilidade ao fracasso profissional, a relacionamentos problemáticos, à morte de entes queridos e a nossa decadência e morte. Deus pode estar morto, mas as questões urgentes que nos impulsionaram a inventá-lo ainda nos sensibilizam e exigem resoluções que não desaparecem quando somos instados a perceber algumas imprecisões científicas na narrativa sobre o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes.

O erro do moderno ateísmo tem sido negligenciar a quantidade de aspectos que permanecem relevantes após o descarte dos princípios centrais das fés. Assim que paramos de sentir que devemos nos prostrar diante delas ou denegri-las, estamos livres para descobrir as religiões como repositórios de uma miríade de conceitos engenhosos, com os quais podemos tentar mitigar alguns dos males mais persistentes e malcuidados da vida secular.

3.

Eu cresci num lar obstinadamente ateu, como filho de dois judeus seculares que colocavam a crença religiosa num nível similar ao da existência do Papai Noel. Lembro-me do meu pai levando minha irmã às lágrimas numa tentativa de fazê-la abandonar a noção modestamente sustentada de que um deus recluso poderia viver em alguma parte do universo. Ela tinha 8 anos na época. Se meus pais descobriam que algum membro do seu círculo social nutria sentimentos religiosos clandestinos, eles passavam a destinar-lhe o tipo de piedade normalmente reservada àqueles diagnosticados com uma doença degenerativa e nunca mais seriam persuadidos a considerar aquela pessoa seriamente.

Embora eu fosse bastante influenciado pelas atitudes dos meus pais, nos meus vinte e poucos anos passei por uma crise de falta de fé. Meus sentimentos de dúvida tiveram origem na audição das cantatas de Bach, desenvolveram-se na presença de certas madonas de Bellini e tornaram- -se avassaladores com uma introdução à arquitetura zen. Contudo, foi somente muito tempo após meu pai estar morto — e enterrado sob uma lápide com inscrições em hebraico, num cemitério judaico em Willesden, no noroeste de Londres, porque, de maneira intrigante, ele se abstivera de fazer preparativos mais seculares — que comecei a encarar toda a dimensão da minha ambivalência acerca dos princípios doutrinários em mim inculcados na infância.

Eu jamais hesitei na minha certeza de que Deus não existe. Eu simplesmente fui libertado pelo pensamento de que pode haver uma maneira de me relacionar com a religião sem precisar endossar seu conteúdo sobrenatural — uma maneira, para colocar de forma mais abstrata, de pensar em Pais sem perturbar minha respeitosa memória do meu próprio pai. Eu reconheci que minha resistência persistente às teorias sobre vida após a morte ou sobre habitantes do céu não podia justificar o abandono de música, edificações, orações, rituais, festividades, santuários, peregrinações, refeições comunais e manuscritos ilustrados das fés.

A sociedade secular tem sido injustamente empobrecida pela perda de uma série de práticas e de temas com os quais os ateus geralmente acham impossível conviver, por parecerem associados demais com, para empregar a frase útil de Nietzsche, “os maus odores da religião”. Desenvolvemos um medo em relação à palavra moralidade. Nós nos irritamos com a perspectiva de ouvir um sermão. Fugimos da ideia de que a arte deveria inspirar felicidade ou ter uma missão ética. Não fazemos peregrinações. Não podemos construir templos. Não temos mecanismos para expressar gratidão. A noção de ler um livro de autoajuda tornou-se absurda para o erudito. Resistimos a exercícios mentais. Estranhos raramente cantam juntos. Somos presenteados com a escolha desagradável entre abraçar conceitos peculiares sobre deidades imateriais ou abrir mão totalmente de um conjunto de rituais reconfortantes, sutis ou apenas encantadores para os quais temos dificuldades de encontrar equivalentes na sociedade secular.

Ao desistir disso tudo, permitimos que a religião reivindicasse como seu domínio exclusivo áreas da experiência que deveriam pertencer a toda a humanidade — as quais não deveríamos ter vergonha de restituir ao campo secular. O próprio cristianismo primevo era bastante adepto de se apoderar das boas ideias dos outros, apropriando-se agressivamente incontáveis práticas pagãs que os ateus modernos tendem a evitar na equivocada crença de que são indelevelmente cristãs. A nova fé incorporou as celebrações de inverno, do hemisfério norte, e as repaginou como o Natal. Absorveu o ideal epicurista de viver junto numa comunidade filosófica e o transformou no que hoje conhecemos como monasticismo. E, nas arruinadas cidades do antigo Império Romano, inseriu-se alegremente nos espaços vazios de templos outrora devotados a heróis e temas pagãos.

O desafio colocado diante dos ateus é como reverter o processo de colonização religiosa: como dissociar ideias e rituais das instituições religiosas que os reivindicaram, mas que não os detêm verdadeiramente. Por exemplo, boa parte do que existe de melhor no Natal é totalmente desvinculado da história do nascimento de Cristo. Gira em torno de temas de comunidade, festividade e renovação que antecedem o contexto em que foram colocados ao longo dos séculos pelo cristianismo. Nossas necessidades espirituais estão prontas para ser libertadas do matiz particular dado a elas pelas religiões — ainda que, paradoxalmente, seja o estudo das religiões que frequentemente tem a chave para sua redescoberta e rearticulação.

O que se segue é uma tentativa de ler as fés, principalmente o cristianismo e, em menor grau, o judaísmo e o budismo, na esperança de provocar insights que possam ser úteis na vida secular, em particular em relação aos desafios da comunidade e do sofrimento mental e corporal. A tese subjacente não é que o secularismo seja errado, mas que com muita frequência secularizamos de maneira inadequada — na medida em que, no processo de nos livrarmos de ideias inviáveis, desnecessariamente abdicamos de algumas das partes mais úteis e atraentes das fés.

4.

A estratégia delineada neste livro irá, naturalmente, irritar partidários de ambos os lados do debate. Os religiosos se ofenderão com uma reflexão aparentemente brusca, seletiva e não sistemática de seus credos. Religiões não são bufês, eles protestarão, em que elementos particulares podem ser escolhidos de forma aleatória. Todavia, a ruína de muitas fés tem sido sua insistência pouco razoável em que os adeptos precisam comer tudo o que está no prato. Por que não deveria ser possível apreciar a representação de modéstia nos afrescos de Giotto e, ao mesmo tempo, ignorar a doutrina da anunciação, ou admirar a ênfase budista na compaixão e evitar deliberadamente suas teorias de vida após a morte? Para alguém desprovido de crença religiosa, retirar algo de um grupo de fés não é muito diferente de um amante da literatura que escolhe um punhado de escritores favoritos em meio ao cânone. Se aqui se mencionam apenas três das 21 maiores religiões, isso não é sinal de favoritismo ou de impaciência, mas apenas uma consequência de este livro enfatizar a comparação da religião em geral com o campo secular, e não no cotejo de uma série de credos.

Ateus do tipo militante também podem se sentir ultrajados, nesse caso por um livro que trata a religião como digna de ser uma incessante pedra de toque para nossos desejos. Eles apontarão o dedo para a furiosa intolerância institucional de muitas religiões e para as provisões igualmente profusas, embora menos ilógicas e autoritárias, de consolo e discernimento disponíveis na arte e na ciência. Eles podem, ainda, perguntar por que alguém que se declara sem disposição para aceitar tantas facetas da religião — que se sente incapaz de falar em nome de, digamos, concepções imaculadas ou de concordar com as afirmações feitas com reverência nos contos Jataka sobre a identidade do Buda como um coelho reencarnado — ainda deseje se associar a um tema tão comprometido quanto a fé.

A isso, a resposta é que as religiões merecem nossa atenção pela sua absoluta ambição conceitual, por mudarem o mundo de uma maneira que poucas instituições seculares fizeram. Elas conseguiram combinar teorias sobre ética e metafísica com um envolvimento prático em educação, moda, política, viagem, hospedaria, cerimônias de iniciação, edição de livros, arte e arquitetura — uma gama de interesses que eclipsa a extensão de conquistas até mesmo dos maiores e mais influentes movimentos e indivíduos seculares da história. Para aqueles interessados na disseminação e no impacto das ideias, é difícil não ficar fascinado por exemplos dos movimentos de maior sucesso educacional e intelectual que o planeta já testemunhou.

5.

Para concluir, este livro não tenta fazer justiça a religiões particulares; elas contam com seus próprios defensores. Em vez disso, ele tenta examinar aspectos da vida religiosa com conceitos que poderiam proveitosamente ser aplicados aos problemas da sociedade secular. Ele procura eliminar os aspectos mais dogmáticos das religiões a fim de extrair algumas facetas que poderiam se mostrar oportunas e reconfortantes a mentes céticas contemporâneas confrontadas com as crises e as amarguras da existência finita num planeta conturbado. Ele espera resgatar parte do que é maravilhoso, tocante e sábio em tudo o que não mais parece verdadeiro.

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Re: Ateísmo

Mensagem por DarkFallz » 27 Nov 2014 15:00

Queixodevidro escreveu: Tenho uma filha de 16 anos que se diz ateia. Não forço nenhuma das minhas duas bebês a seguir nada. A de 20 é católica. Mas a outra tem personalidade forte e não seguiu totalmente a irmã. Só pedi a ela que aguarde a maioridade, quando vai ter acumulado um pouco mais de experiência para poder formular mais claramente sua "teoria de vida" Acho que foi o Nietzsche que disse que se sentia no direito de criar a teoria que melhor lhe aprouvesse, já que nenhuma teoria sobre a existência era absoluta. Lembro de ter concordado, mas não vou me detalhar porque ando preguiçoso com pesquisas e logo alguém me puxa a orelha aqui rsrsrs.
Queixo só um detalhe.

Não é porque a pessoa é ateu, ou qualquer outra coisa, que ela tenha a obrigação de ter uma "teoria de vida". Eu mesmo sou ateu por não haver nenhuma prova da existência de divindades mas não é por isso que eu saio conjecturando teorias do por quê ou como surgiu a vida, universo etc. Eu simplesmente não sei e aceito isso.

Essa "obrigação" que as pessoas tem em ter respostas para tudo é um belo caminho para a falácia do argumento da ignorância. rs.

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Re: Ateísmo

Mensagem por NoFunAtAll » 27 Nov 2014 15:09

Não ter uma "teoria de vida" não vem a ser uma teoria de vida?

Um niilismo?
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Re: Ateísmo

Mensagem por Queixodevidro » 27 Nov 2014 19:54

Então Dark e NoFun...

Não sei se esse era o termo, "teoria de vida"... Deve ser o plantão de ontem rsrsrs

Me referi a ter um conceito sobre algum Deus, ou sobre não haver Deus, sobre o nosso paradeiro depois da morte, ou antes da vida.

Quando citei o Nietzsche, eu falava da teoria do "eterno retorno", descrita em assim Falou Zaratustra, no Gaia Ciência e em outras obras. (agora tive tempo de googar rsrs) É uma teoria inacabada na qual ele afirma, da forma poética dele, como seria se um demônio lhe chegasse um dia e lhe afirmasse que você, após sua morte, teria que reviver essa mesma vida, cada segundo, exatamente igual a que vive agora, e assim para sempre? Você aceitaria? Se mataria? Talvez ele tenha dado uma olhada de rabo de olho no budismo rsrs, talvez até no espiritismo, mas fez sua própria "teoria", nem budismo, nem espiritismo, nem volto gafanhoto, nem volto outra pessoa, volto eu mesmo, sempre. Pode ser que ele estivesse apenas zombando desse poder "divino" da reencarnação que, ao meu ver, necessitaria de uma divindade para que se admitisse plausível. Não vamos saber, porque ele não conclui.

Só vou ter que fechar com o NoFun porque pra mim o ateísmo tem até o "ismo" das religiões rsrsrsrs e tem todo um conjunto de teorias e "dogmas" típicos. Eu sei, vocês não acreditam em nada, morreu acabou, vida (dos outros) que segue... Mas...

"Se nada é o contrário de tudo e contrapõe tudo, logo, nada existe" rsrsrsrsrs

Abraços. Depois leio o texto do Alex.
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Re: Ateísmo

Mensagem por ophoda » 27 Nov 2014 21:52

Queixodevidro escreveu:Então Dark e NoFun...

Não sei se esse era o termo, "teoria de vida"... Deve ser o plantão de ontem rsrsrs

Me referi a ter um conceito sobre algum Deus, ou sobre não haver Deus, sobre o nosso paradeiro depois da morte, ou antes da vida.

Quando citei o Nietzsche, eu falava da teoria do "eterno retorno", descrita em assim Falou Zaratustra, no Gaia Ciência e em outras obras. (agora tive tempo de googar rsrs) É uma teoria inacabada na qual ele afirma, da forma poética dele, como seria se um demônio lhe chegasse um dia e lhe afirmasse que você, após sua morte, teria que reviver essa mesma vida, cada segundo, exatamente igual a que vive agora, e assim para sempre? Você aceitaria? Se mataria? Talvez ele tenha dado uma olhada de rabo de olho no budismo rsrs, talvez até no espiritismo, mas fez sua própria "teoria", nem budismo, nem espiritismo, nem volto gafanhoto, nem volto outra pessoa, volto eu mesmo, sempre. Pode ser que ele estivesse apenas zombando desse poder "divino" da reencarnação que, ao meu ver, necessitaria de uma divindade para que se admitisse plausível. Não vamos saber, porque ele não conclui.

Só vou ter que fechar com o NoFun porque pra mim o ateísmo tem até o "ismo" das religiões rsrsrsrs e tem todo um conjunto de teorias e "dogmas" típicos. Eu sei, vocês não acreditam em nada, morreu acabou, vida (dos outros) que segue... Mas...

"Se nada é o contrário de tudo e contrapõe tudo, logo, nada existe" rsrsrsrsrs

Abraços. Depois leio o texto do Alex.
Eu já me peguei pensando nessa possibilidade quando era criança e adolescente, de morrer e voltar a ter a mesma vida que tive antes, e isso se seguindo indefinidamente, e olha que nunca li Nietzsche nem tinha ideia dessas coisas. Só depois, quando fui me tornando niilista que esse pensamento deixou de ser uma possibilidade pra mim e passou a mera viagem na maionese.

E não, ateísmo não tem nenhum dogma ou teoria típica. Embora algumas formas de pensar ou ideologias adotem ou levem ao ateísmo, partindo-se do ateísmo não se chega a lugar nenhum. Por exemplo o comunismo da ex-UR$$ adotou o estado ateu e baniu a religião do país, e por isso muitos lugares onde essa ideologia é defendida haja maior número de ateus, no entanto partindo-se do ateísmo não se chega ao comunismo, pois não parametriza nada, é tão somente descrença em deus.

E falando sobre os mórmons, eu já fiz sexo virtual com uma mórmon do RS, e sim, ela usava aquelas roupas íntimas típicas dos mórmons. Achei estranho rsrs.
Vai Corinthians!!!
Go Falcons!!!


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Re: Ateísmo

Mensagem por FROST » 28 Nov 2014 05:12

NoFunAtAll escreveu:Não ter uma "teoria de vida" não vem a ser uma teoria de vida?

Um niilismo?

Penso eu que "ter" uma teoria de vida implica em algum objetivo, diferentemente do niilismo que não busca justificar ou questionar qualquer acontecimento acerca da existência humana, portanto não ter uma teoria não significa que vc leve totalmente a vida com subjetividade. Fica meio complicado pra quem não é niilista compreender pois é algo totalmente subjetivo, mesmo falando isso eu ainda custo a entender pois penso que é algo que eu acho que nunca conseguirei ser, talvez por não querer aceitar que absolutamente tudo na vida é sem motivo algum, gosto do modo de pensar que tenho hoje.

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Re: Ateísmo

Mensagem por Arbiter » 01 Dez 2014 14:07

Queixodevidro escreveu:Vou citar aqui meu post no tópico da pesquisa do Australiano: posting.php?mode=quote&f=6&p=44416




Também não vejo como se saber se o Jesus "Deus" existe, infelizmente.

Tenho uma pergunta. Eu não sigo religião nenhuma, mas tenho um pensamento que deriva de alguns conceitos que me agradaram durante a vida, dentre eles, o de Espinoza. Assim, não acredito num Deus humano, o típico Deus dos cristãos em geral, nem num Krishna, nem num Deus animal, nem no sol, nem nas árvores... Por outro lado, eu creio num causador, numa força, ou essência, como diria Espinoza. Acredito que temos, além do corpo humano, parte dessa essência (os cristãos chamam alma) e quando o corpo morre essa fagulha, essa parte, volta a fazer parte da essência universal. Para que se entenda melhor, acredito que temos a parte humana, o corpo, e temos a parte de Deus. Quando morremos essa parte de Deus volta a ser Deus e deixa de ser humana, ou de ver a vida como o humano, passando a simplesmente fazer parte das "eternas" mutações do universo. Eu digo eternas e não infinitas, porque infinito é algo que teve um começo, foi causado e não terá um fim. Já a essência (ou Deus, se quiser chamar assim), o causador, nunca foi causado, portanto é eterno e não há como ter havido algo antes do que é eterno.

Dentro desse pensamento curto e grosseiro, vocês que são ateístas me classificariam como o que?

Abraços.

Amigo queixo, estive pensando nessa sua visão e tenho uma pergunta. Tendo em vista a vastidão do universo, ou melhor o tamanho do universo em relação a nós, você não acha que essa essência universal é tão grande (algo que tende ao infinito) que mesmo somando toda energia aqui depositada, continuamos a ser insignificantes para essa eventual essência universal? Obrigado
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Re: Ateísmo

Mensagem por armlock » 01 Dez 2014 14:36

Arbiter escreveu: Amigo queixo, estive pensando nessa sua visão e tenho uma pergunta. Tendo em vista a vastidão do universo, ou melhor o tamanho do universo em relação a nós, você não acha que essa essência universal é tão grande (algo que tende ao infinito) que mesmo somando toda energia aqui depositada, continuamos a ser insignificantes para essa eventual essência universal? Obrigado
Heh...Se for para pensar em energia nao precisa-se nem consider-se todo o universo.. para relembrarmos o quao insignificante somos, basta pensar so em 2 ou 3 estrelas.. e rever aquelas velhas imagens de escala:

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Nessa imagem a terra nao chega a ser sequer um pixel...
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E nessa o sol eh cerca de 1 pixel..
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Agora se sao estimadas existerem mais de 100 bilhoes de galaxias e soh a nossa via lactea possui cerca de 300 bilhoes de estrelas... o que somos nos em termos de energia/essencia universal? :hehe:
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Re: Ateísmo

Mensagem por NoFunAtAll » 01 Dez 2014 14:51

Esse gráfico do armlock me lembrou o primeiro episódio de Cosmos (a nova série, com o Neil DeGrase Tyson), onde ele define nosso "endereço cósmico".

É de cair o queixo o quanto nós somos irrelevantes...
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Re: Ateísmo

Mensagem por Fox Murder » 01 Dez 2014 14:54

armlock escreveu:
Heh...Se for para pensar em energia nao precisa-se nem consider-se todo o universo.. para relembrarmos o quao insignificante somos, basta pensar so em 2 ou 3 estrelas.. e rever aquelas velhas imagens de escala:

Agora se sao estimadas existerem mais de 100 bilhoes de galaxias e soh a nossa via lactea possui cerca de 300 bilhoes de estrelas... o que somos nos em termos de energia/essencia universal? :hehe:
O que somos? Esta é fácil: Somos prepotentes. :D

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