Leo Ipanema escreveu:O Ronco é a obstrução parcial das vias aéreas superiores, sendo que o seu som ocorre devido à passagem do ar com dificuldade, devido à parte posterior da língua (fundo) encostar no céu da boca (palato mole), dificultando a passagem do ar, o que provoca vibração e consequente ruído. Ele ocorre especialmente dormindo de costas.
Em toda busca que fiz,não diz nada sobre gênero...
É natural ver mulheres reclamando que seus maridos/namorados roncam pra caramba, mas o oposto não ocorre na mesma intensidade. Quase toda a matéria que fala de ronco, geralmente o homem é vilão. Essa busca aqui diz que o ronco é algo muito mais presente nos homens. O percentual masculina supera o feminino em 50%.
Além de alertar para problemas de saúde, o ronco ameaça mesmo os relacionamentos. "Pode atrapalhar as relações conjugais e pode diminuir o impulso sexual. Muitas vezes quem leva o homem a consulta é a mulher", explica Medeiros.
Mas o ronco não é problema exclusivo deles. Segundo a Associação Brasileira do Sono, 24% dos homens e 18% das mulheres de meia-idade roncam. Acima dos 60 anos, o índice para para 60% e 40%, respectivamente. Crianças também podem apresentar o problema, sendo a hipertrofia da adenoide e das amígdalas a causa mais freqüente.
Embora o ronco seja um distúrbio relativamente comum, apenas nas últimas décadas vem sendo investigado com maior profundidade por pesquisadores de diversas áreas da medicina. O ronco é um fenômeno que afeta aproximadamente 20 % dos adultos masculinos com idade superior a 40 anos. Em amostras populacionais não selecionadas foi observado que 19 % dos indivíduos podiam ser qualificados como roncadores habituais, ou seja, indivíduos que roncam toda a noite ou a maior parte dela, durante o sono, com maior freqüência de roncadores entre os homens (25 %) que mulheres (15 %) e menos freqüente nos mais jovens, aumentando progressivamente a partir dos 35 anos de idade e permanecendo estável após os 65 anos. Aproximadamente 60 % dos homens e 40 % da mulheres entre 41 e 65 anos são roncadores habituais. Duas principais abordagens são feitas sobre o ronco. A primeira considera o ronco como um marcador de fase pré-apnéia (apnéia são bloqueios momentâneos da respiração durante o sono), ou seja, o paciente que apresenta apenas ronco é considerado estar em fase que deve ou pode evoluir para a seguinte, qual seja, ronco com eventos respiratórios por apnéias obstrutivas. A segunda abordagem considera o ronco em si mesmo.
O ronco surge logo que o paciente inicia o sono (fase superficial), aumentando progressivamente enquanto o paciente avança para os estágios mais profundos do sono, atingindo a maior intensidade no estágio IV (observado na polissonografia: registro e análise do sono). Durante o estágio REM (estágio dos sonhos) o sono diminui sua intensidade em relação à observada nas outras fases.