Potência turca, luta imaginária e soco controlado: curiosidades do Mundial de Karate
Potência turca, luta imaginária e soco controlado: curiosidades do Mundial de Karate
Potência turca, luta imaginária e soco controlado: curiosidades do Mundial
No primeiro Mundial após a entrada do caratê na Olimpíada, Turquia é favorita. Na regra, a força tem que ser controlada e,em uma das categorias, não existe a luta direta
O Mundial de caratê, que começa nesta terça-feira em Linz, na Áustria, é tratado como o evento mais importante da história da modalidade. Em julho, o Comitê Internacional (COI) anunciou a entrada da modalidade para os Jogos de 2020, em Tóquio e, por isso, a competição será a porta de entrada do caratê aos olhos dos fãs olímpicos. Serão mais de 600 atletas, e o Brasil está com uma equipe com ótimo currículo: Douglas Brose é atual campeão mundial na categoria até 60kg, Vinicius Teixeira foi bronze na última edição do evento, e Natalia Spigolon e Valeria Kumizaki, campeãs dos Jogos Pan-Americanos de 2015 (veja abaixo a delegação). São duas categorias no Mundial: o kumitê, que é a luta propriamente dita e a força não é essencial, e o katá, em que os atletas se apresentam para os juízes e recebem notas conforme suas performances.
- Com certeza, em função da efervescência da noticia, será o maior Mundial da história. A comunidade do caratê recebe a entrada em Tóquio de uma forma empolgante. Toda a preparação da federação é fazer o maior evento da história, com a maior determinação possível - disse o presidente da Confederação Brasileira de Karatê (CBK), Luis Carlos Cardoso.
POTÊNCIAS
Ao contrário do que muitos pensam, o Japão não é grande potência do caratê. Os principais nomes da modalidade são turcos, embora os nipônicos estejam entre os melhores. Enes Erkan, campeão mundial do peso pesado em 2012/14 e líder do ranking mundial, é a grande referência do esporte atualmente. O Japão até consegue alguns resultados no kumitê, mas ainda está atrás de França, Egito e até do Brasil. Os asiáticos são fortes mesmo no katá, em que costumam dominar no masculino e feminino
CADA UM POR SI
A Confederação Brasileira de Karatê (CBK) ainda não possui patrocínio, nem estatal nem privado, por isso alguns custos da viagem para o Mundial são pagos pelos próprios atletas, como explica o presidente da entidade Luis Carlos:
- A Confederação não tem patrocínio, infelizmente. O suporte não é total, a passagem aérea ainda é dos atletas. Os adultos tem hospedagem no Mundial, mas a passagem é por eles, que geralmente usam a bolsa que ganham do governo federal. Isso é um aporte que cresceu - disse o dirigente.
Natalia Spigolon, campeã dos Jogos Pan-Americanos, explica a situação:
- A Confederação nos dá apoio, não tem o que falar, mas infelizmente ainda é complicado eles puxarem tudo. Hoje a gente não precisa pagar hospedagem, nem inscrição. A gente está andando para frente, mas ainda precisamos pagar passagem - disse.
SOCO NÃO PODE SER FORTE
No kumitê, as lutas das mulheres demoram dois minutos, enquanto a dos homens são de três minutos. As pontuações têm o mesmo nome das do judô: Yuko (1 ponto), Waza-ari (dois) e Ippon (três). Ao contrário do judô, o Ippon não termina a luta, que só acaba antes do tempo regulamentar quando um atleta abre oito pontos de vantagem. Uma curiosidade é que o soco, se acertado em cheio no adversário, pode gerar punição para o próprio executor no golpe. Na modalidade, a força tem que ser controlada:
- O soco no rosto tem o controle, a pontuação vale pela técnica, não pela força. Não pode machucar o adversário - disse o presidente da CBK.
KATÁ - A LUTA IMAGINÁRIA
Além da luta propriamente dita, que é o kumitê, existe a categoria katá, que também entrará no programa dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Nela, os atletas se apresentam para os juízes, fazendo as performances para receber notas.
Nas apresentações, os caratecas precisam mostrar técnica, velocidade nos movimentos, controle dos golpes e até o uniforme tem que estar perfeito. Se a faixa, por exemplo, afrouxar, o atleta perde pontos.
EQUIPE BRASILEIRA
Kumitê individual
60kg: Douglas Brose
67kg: Vinicius Figueira
75kg: Milton Menezes
84kg: Alberto Azevedo
+84kg: Wellington Barbosa
50kg: Aline de Paula
55kg: Valéria Kumazaki
61kg: Maike de Oliveira
68kg: Natalia Spigolon
+68kg: Isabela Rodrigues
Katá individual
Williames Santos
Nicole Mota
Fonte: http://globoesporte.globo.com/olimpiada ... ndial.html
No primeiro Mundial após a entrada do caratê na Olimpíada, Turquia é favorita. Na regra, a força tem que ser controlada e,em uma das categorias, não existe a luta direta
O Mundial de caratê, que começa nesta terça-feira em Linz, na Áustria, é tratado como o evento mais importante da história da modalidade. Em julho, o Comitê Internacional (COI) anunciou a entrada da modalidade para os Jogos de 2020, em Tóquio e, por isso, a competição será a porta de entrada do caratê aos olhos dos fãs olímpicos. Serão mais de 600 atletas, e o Brasil está com uma equipe com ótimo currículo: Douglas Brose é atual campeão mundial na categoria até 60kg, Vinicius Teixeira foi bronze na última edição do evento, e Natalia Spigolon e Valeria Kumizaki, campeãs dos Jogos Pan-Americanos de 2015 (veja abaixo a delegação). São duas categorias no Mundial: o kumitê, que é a luta propriamente dita e a força não é essencial, e o katá, em que os atletas se apresentam para os juízes e recebem notas conforme suas performances.
- Com certeza, em função da efervescência da noticia, será o maior Mundial da história. A comunidade do caratê recebe a entrada em Tóquio de uma forma empolgante. Toda a preparação da federação é fazer o maior evento da história, com a maior determinação possível - disse o presidente da Confederação Brasileira de Karatê (CBK), Luis Carlos Cardoso.
POTÊNCIAS
Ao contrário do que muitos pensam, o Japão não é grande potência do caratê. Os principais nomes da modalidade são turcos, embora os nipônicos estejam entre os melhores. Enes Erkan, campeão mundial do peso pesado em 2012/14 e líder do ranking mundial, é a grande referência do esporte atualmente. O Japão até consegue alguns resultados no kumitê, mas ainda está atrás de França, Egito e até do Brasil. Os asiáticos são fortes mesmo no katá, em que costumam dominar no masculino e feminino
CADA UM POR SI
A Confederação Brasileira de Karatê (CBK) ainda não possui patrocínio, nem estatal nem privado, por isso alguns custos da viagem para o Mundial são pagos pelos próprios atletas, como explica o presidente da entidade Luis Carlos:
- A Confederação não tem patrocínio, infelizmente. O suporte não é total, a passagem aérea ainda é dos atletas. Os adultos tem hospedagem no Mundial, mas a passagem é por eles, que geralmente usam a bolsa que ganham do governo federal. Isso é um aporte que cresceu - disse o dirigente.
Natalia Spigolon, campeã dos Jogos Pan-Americanos, explica a situação:
- A Confederação nos dá apoio, não tem o que falar, mas infelizmente ainda é complicado eles puxarem tudo. Hoje a gente não precisa pagar hospedagem, nem inscrição. A gente está andando para frente, mas ainda precisamos pagar passagem - disse.
SOCO NÃO PODE SER FORTE
No kumitê, as lutas das mulheres demoram dois minutos, enquanto a dos homens são de três minutos. As pontuações têm o mesmo nome das do judô: Yuko (1 ponto), Waza-ari (dois) e Ippon (três). Ao contrário do judô, o Ippon não termina a luta, que só acaba antes do tempo regulamentar quando um atleta abre oito pontos de vantagem. Uma curiosidade é que o soco, se acertado em cheio no adversário, pode gerar punição para o próprio executor no golpe. Na modalidade, a força tem que ser controlada:
- O soco no rosto tem o controle, a pontuação vale pela técnica, não pela força. Não pode machucar o adversário - disse o presidente da CBK.
KATÁ - A LUTA IMAGINÁRIA
Além da luta propriamente dita, que é o kumitê, existe a categoria katá, que também entrará no programa dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Nela, os atletas se apresentam para os juízes, fazendo as performances para receber notas.
Nas apresentações, os caratecas precisam mostrar técnica, velocidade nos movimentos, controle dos golpes e até o uniforme tem que estar perfeito. Se a faixa, por exemplo, afrouxar, o atleta perde pontos.
EQUIPE BRASILEIRA
Kumitê individual
60kg: Douglas Brose
67kg: Vinicius Figueira
75kg: Milton Menezes
84kg: Alberto Azevedo
+84kg: Wellington Barbosa
50kg: Aline de Paula
55kg: Valéria Kumazaki
61kg: Maike de Oliveira
68kg: Natalia Spigolon
+68kg: Isabela Rodrigues
Katá individual
Williames Santos
Nicole Mota
Fonte: http://globoesporte.globo.com/olimpiada ... ndial.html
Re: Potência turca, luta imaginária e soco controlado: curiosidades do Mundial de Karate
Quando pratiquei Karatê era viciado em Acompanhar o Douglas Bross... Apesar da Ucrânia ser a maior potência o Brose é o mais conhecido no mundo
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Re: Potência turca, luta imaginária e soco controlado: curiosidades do Mundial de Karate
Que merda! Soco controlado é foda...
Adoro karatê, mas isso aí não assisto
Adoro karatê, mas isso aí não assisto
Re: Potência turca, luta imaginária e soco controlado: curiosidades do Mundial de Karate
isso existe no kickboxing tambem
Re: Potência turca, luta imaginária e soco controlado: curiosidades do Mundial de Karate
abimaelpirak escreveu:Que merda! Soco controlado é foda...
Adoro karatê, mas isso aí não assisto
Controle sempre foi parte do modo de ser do Karatê, man... A maioria dos estilos não é como o Kyokushin, e mesmo esse controla soco no rosto...
O objetivo no Karatê é conseguir encaixar um golpe incapacitante, então o treino visa fazer isso sem machucar o colega, não é como no Taekwondo que tem por objetivo o nocaute nas competições
Abraço
“I can defeat you physically with or without a reason. But I can only defeat your mind with a reason." —JIM LAU
Re: Potência turca, luta imaginária e soco controlado: curiosidades do Mundial de Karate
puts. prevejo uma futebolização no karate... o cara fingindo que o soco pegou mais do que deveria pra descontar ponto do adversário
Re: Potência turca, luta imaginária e soco controlado: curiosidades do Mundial de Karate
Até os meus 16 anos de idade treinei bastante Karatê Shotokan, mas apesar de todo o carinho que tenho pela arte, e, claro, com todo respeito do mundo, diria, no entanto, que não se permitiu ser levada mais a sério em termos de efetividade. E digo isto porque é uma arte marcial que tinha tudo para ser muito mais respeitada como algo realmente funcional "na vida real": quando se quer, rola kumite (luta) pra valer mesmo! Cada um coloca uma luvinha, protetor bucal e já era! Sem esse negócio de contar pontos. Só que isto há tempos se tornou algo muito raro nas academias, que só querem saber de katas, kihon e, quando muito, shiai kumite (só pontuação). Outra coisa até ingênua no Karatê, em todas os seus estilos, é graduar crianças as vezes até com a faixa preta. Tem pirralho e pirralha que não sabe se defender de um soco do coleguinha na escola mas no final da tarde tá de faixa preta na cintura (?!). Este tipo de coisa, convenhamos, desmoraliza a arte!
De uns tempos pra cá o estilo Kyokushin (background inicial de vários nomes do K1) e caras como o Lyoto Machida (Shotokan), Stephen Thompson (Kenpo) e até o Belfort, ao incluir o sensei Vinicio Antony (Shotokan) em seus camps, deram uma reerguida moral do Karatê como um todo, mas na prática e no geral a arte ainda insiste muito no lado, sem querer ofender, "teatral". O pessoal que usa o Karatê no MMA ou no K1, mesmo que tenha vindo desta arte marcial, hoje treina muito mais Boxe, Muay Thai/Kickboxing, Jiu Jitsu e Wrestling do que qualquer outra coisa. Tem sparring... Soco e chute pra pegar mesmo! Acho que isto faz muita falta em qualquer arte que deseje ser respeitada como algo verdadeiramente funcional. Após muitos anos de Shotokan, apesar da ótima noção de distância e tempo pra golpear que se aprende, se eu precisar "me virar na rua", vou recorrer ao pouco que sei de Boxe, Muay Thai e Jiu Jitsu/Judô, pois são artes que, sem querer desmerecer outras, inspiram muito mais confiança.
De uns tempos pra cá o estilo Kyokushin (background inicial de vários nomes do K1) e caras como o Lyoto Machida (Shotokan), Stephen Thompson (Kenpo) e até o Belfort, ao incluir o sensei Vinicio Antony (Shotokan) em seus camps, deram uma reerguida moral do Karatê como um todo, mas na prática e no geral a arte ainda insiste muito no lado, sem querer ofender, "teatral". O pessoal que usa o Karatê no MMA ou no K1, mesmo que tenha vindo desta arte marcial, hoje treina muito mais Boxe, Muay Thai/Kickboxing, Jiu Jitsu e Wrestling do que qualquer outra coisa. Tem sparring... Soco e chute pra pegar mesmo! Acho que isto faz muita falta em qualquer arte que deseje ser respeitada como algo verdadeiramente funcional. Após muitos anos de Shotokan, apesar da ótima noção de distância e tempo pra golpear que se aprende, se eu precisar "me virar na rua", vou recorrer ao pouco que sei de Boxe, Muay Thai e Jiu Jitsu/Judô, pois são artes que, sem querer desmerecer outras, inspiram muito mais confiança.
Eis que Deus é a minha salvação; nele confiarei, e não temerei, porque o SENHOR DEUS é a minha força e o meu cântico, e se tornou a minha salvação. Isaías 12:2
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