Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Assuntos gerais que não se enquadrem nos fóruns oficiais serão discutidos aqui.
Violence
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por Violence » 01 Dez 2014 22:58

liverblow escreveu:
Perfeito msfazer! Por isso eu citei em posts anteriores que essa rapaziada ai esta querendo colocar no lixo a historia do Brasil. Dai eu recomendei que eles pegassem os livros do Bóris Fausto, Caio Prado Jr., Seymour Drescher e Florestan Fernandes e colocassem fogo. Mas eu estou tranquilo, enquanto eu cito referencias teóricas relevantes e confiáveis, esses caras se baseiam em achismos.

Eu trago também literatura especializada sobre o tema, com textos do João Feres Jr. e um organizado pelo Jocélio Teles dos Santos:

http://www.redeacaoafirmativa.ceao.ufba ... Santos.pdf" onclick="window.open(this.href);return false;

http://www.redeacaoafirmativa.ceao.ufba ... Junior.pdf" onclick="window.open(this.href);return false;
A herança maldita deixada pela escravidão aos negros é a pobreza. Mesma herança deixada pra muita gente branca.
Acreditar que um país tão miscigenado é racista, é forçar a barra demais. Se a gente pode dizer que o brasileiro tem uma identidade, essa é justamente fruto da miscigenação entre o negro, o índio e o europeu.


A questão do tratamento preconceituoso que muitos negros sofrem é pq a negritude ainda é imediatamente associada à pobreza. E o brasileiro não suporta pobre, seja da raça que for.

Um país que tem entre seus ídolos vários negros, não é um país racista.

Veja a diferença desse "Brasil racista" que tão tentando pintar, e uma África do Sul no regime Apartheid, ou até, fora de proporção, a Alemanha Nazista.

jiuhu
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por jiuhu » 02 Dez 2014 00:25

liverblow escreveu:
Perfeito msfazer! Por isso eu citei em posts anteriores que essa rapaziada ai esta querendo colocar no lixo a historia do Brasil. Dai eu recomendei que eles pegassem os livros do Bóris Fausto, Caio Prado Jr., Seymour Drescher e Florestan Fernandes e colocassem fogo. Mas eu estou tranquilo, enquanto eu cito referencias teóricas relevantes e confiáveis, esses caras se baseiam em achismos.

Eu trago também literatura especializada sobre o tema, com textos do João Feres Jr. e um organizado pelo Jocélio Teles dos Santos:

http://www.redeacaoafirmativa.ceao.ufba ... Santos.pdf" onclick="window.open(this.href);return false;

http://www.redeacaoafirmativa.ceao.ufba ... Junior.pdf" onclick="window.open(this.href);return false;
Então me explica, sem essa de apresentar livro, pesquisas, etc., com suas palavras, com o seu fundamento o pq dos negros precisarem de cotas?
[img]http://i.imgur.com/FSCuBRs.png[/img]

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msfazer
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por msfazer » 02 Dez 2014 08:36

Filipe escreveu:
Amigo n quota uma linha e tenta desconstruir o que eu disse n, no próprio post eu dei 2 exemplos de países com racismo e Antissemitismo muito mais recente e de maior escala que no Brasil e n tem cotas.

Vc acha que apenas negros eram escravos?
Vc acha que apenas brancos eram senhores de escravos no Brasil?
Sabe quem foi o Zé do alfaiate?
Vc acha que os Europeus entravam africa a dentro pra capturar escravos ao invés de comprar nos portos escravos capturados pelos próprios negros?
Vc sabia que quem começou a abolição da escravatura foram os BRANCOS britânicos?

Sério que vc n sabe a diferença entre um país racista e um país com casos de racismo?!

Abs!

Cara, pra continuar essa discussão, eu preciso saber se vc realmente acredita que houve escravidão no Brasil (e no mundo) e qual o raciocínio que os europeus criaram (com pseudo-ciência) pra justificar o comércio relacionado à escravidão.


E também gostaria de saber se vc é negro.


Abs!

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Sagramor
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por Sagramor » 02 Dez 2014 08:49

Filipe escreveu:
O próprio entrevistado diz que o ancora é de esquerda e ele confirma.
A tradução de "left-wing" não é a nossa denominação de esquerdista. É uma denominação que se dá à liberais sociais dentro da direita. Ou seja, você pode ser de direita mas ser contra uma sociedade com hierarquias sociais ou moralmente conservadora. A maioria dos left-wings americanos estão entre os Democratas, conquistas como a legalização da maconha para uso recreativo partem deles. Praticamente não existe representação puramente de esquerda nos EUA, os pensadores do socialismo e comunismo nunca tiveram muito espaço nas universidades de lá.

No Brasil temos esse desvirtuamento sobre o real significado de Direita. A única representação que temos dela são os conservadores autoritários. E é por isso que não se consegue combater a esquerda nesse país, não há oposição que se alinhe aos ideais liberais de uma boa parcela da população. Vivemos a dicotomia de conservadores de direita x liberais de esquerda e a população que é de direita e não quer vigiar a vida de ninguém fica sem saber onde se abrigar.

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KYO
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por KYO » 02 Dez 2014 09:52

liverblow escreveu:
A lei nº 12.711/2012 é federal e vale para todas as univ. federais. E o fato de duas loiras de pele alvíssima passarem por cotas prova que ninguem esta excluído das cotas como alguns foristas de forma desonesta estao dizendo aqui.
Estou me referindo a 98% de brancos na universidade.

Como que duas loiras passando por cotas se torna algo relevante? Qual a % de população branca no RS? E alguém que ficou de fora da Universidade, mesmo com pontuação superior, vai ficar feliz porque foi uma loira ocupou a sua vaga?

Ou o culpado são os país que trabalharam duro para poder colocar o seu filho em uma escola particular? Esses são os privilegiados na sociedade brasileira?

Me explica por favor, como os historiadores conseguem mensurar as adversidades e "privilégios" no nível individual Ainda mais em um país tão miscigenado quanto o Brasil.

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liverblow
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por liverblow » 02 Dez 2014 10:49

Violence escreveu:
A herança maldita deixada pela escravidão aos negros é a pobreza. Mesma herança deixada pra muita gente branca.
Acreditar que um país tão miscigenado é racista, é forçar a barra demais. Se a gente pode dizer que o brasileiro tem uma identidade, essa é justamente fruto da miscigenação entre o negro, o índio e o europeu.


A questão do tratamento preconceituoso que muitos negros sofrem é pq a negritude ainda é imediatamente associada à pobreza. E o brasileiro não suporta pobre, seja da raça que for.

Um país que tem entre seus ídolos vários negros, não é um país racista.

Veja a diferença desse "Brasil racista" que tão tentando pintar, e uma África do Sul no regime Apartheid, ou até, fora de proporção, a Alemanha Nazista.
E voce e os outros se enganam mais uma vez por falta de conhecimento sobre a literatura que diz respeito as relaçoes raciais no Brasil. Essa miscigenação harmoniosa que voce se refere é fruto do pensamento da década de 1930, onde os intelectuais procuravam uma identidade para o Brasil, tanto que dizem que o Gilberto Freyre deu uma carteira de identidade para o brasileiro. E devo dizer tambem que Casa Grande e Senzala, o manual da tal democracia racial, nao tem absolutamente nada de cientifico. E o Freyre era tão mau carater, que ja contribui para a expulsao do reitor da Univ. de Recife, atual federal de Pernambuco.

Eu tenho aqui em minhas mãos o livro "Preto no Branco: Raça e nacionalidade no pensamento brasileiro" do ilustre Thomas Skidmore. E ele identifica com dados da epoca pensadores racistas como o Pierre Denis e o Gustave Le Bon que previam com grande entusiasmo o gradual branqueamento da população brasileira e o desaparecimento do fenótipo negro. E esses lixos do darwinismo social tiveram grande aceitaçao e influencia entre os intelectuais lixos do BR.

E pra reforçar o meu ponto, eu trago trechos do livro "Ordem e Progresso" do proprio Freyre, ediçao de 1974, que contradiz toda a teoria de democracia racial criada pelo mesmo. Em uma parte do livro ele tras as respostas de um questionario onde ele indaga diversas pessoas, incluindo Getulio Vargas, sobre hipotéticos casamentos de seus parentes próximos com "pessoas de cor". As respostas estao aqui:

."Sempre fui contrário à aproximação de negros e mulatos para com os brancos", informa José Rodrigues Monteiro, nascido em 1887 no Ceará. De modo que "receberia de mau grado" casamento de filho ou filha, irmão ou irmã, com pessoa de cor mais escura. (O. & P., tomo II, p. 353)

.Dona Isabel Henriqueta de Sousa e Oliveira, nascida na Bahia em 1853, mas educada na Capital do Império, confessa ter sido sempre "antipática ao abolicionismo". Considerando "o negro uma raça inferior", qualquer mistura "legal ou ilegal" que tenha havido de brancos com pretos no Brasil, lhe parecia, na época na época de sua resposta ao questionário que serve de lastro a parte deste ensaio, merecer censura. (O. & P., tomo II, p. 354)

.Para Durval Guimarães Espínola, baiano de origem rural nascido em 1883, a abolição dos escravos, no Brasil foi "boa": "boa" a ideia da Princesa Isabel "mas isto depois que ela indenizasse os Senhores que aliás naquela época tiveram muito prejuízo". Lamentável lhe parecia- seu depoimento escrito é datado de 1942- que a raça se mostrasse entre nós "degenerada", pois "eu muito aprecio a cor branca e não desejava que se casasse um preto com um branco, coisa muito comum entre nós, o que eu muito combato e eis a razão da nossa mistura de raça que eu muito condeno". (O. & P., tomo II, p. 356)

.João Batista de Lima Figueiredo, nascido em São Paulo em 1878, informa ter tido, quando menino e jovem, atitude de "certa pena" para com os negros. Quanto a casamento de parente próximo com pessoa de cor, "receberia com tristeza e revolta". (O. & P., tomo II, p. 358)
.Júlio de Mesquita, nascido em São Paulo em 1892, expande-se sobre o problema sociológico das relações de brancos com pretos e mulatos,

(...)"Outra prova do que afirmamos: os terríveis recalques que fazem da maioria dos mulatos indisfarçáveis seres desgraçados e, de quase todo preto, um marginal em choque permanente com o meio: Isto pelo menos em São Paulo e nos Estados do Sul, onde tendem a viver em grupo e em oposição aos brancos". E acrescenta: "Por todas essas razões, é óbvio que eu não aceitaria jamais, voluntariamente, o casamento de qualquer membro de minha família com gente indisfarçavelmente de cor. Além do mais, porque me recusaria sempre a que viessem ao mundo infelizes. E o preto e o mulato, devido às condições sociais, cada vez mais predominantes no Brasil, de toda evidência, são uns infelizes". (O. & P., tomo II, p. 358-359)


."Condeno totalmente o casamento de gente de cor com filhos ou filhas de branco", diz em seu depoimento o Padre Leopoldo Fernandes Pinheiro, nascido no Ceará em 1880" (O. & P., tomo II, p. 363)

Um número maior de pessoas, exibindo as facetas daquilo que ficaria conhecido como "racismo velado", procurou mesclar suas prevenções com declarações de tolerância e generosidade, recordando velhas inclinações abolicionistas ou aceitando a igualdade racial como princípio em tese justo, embora talvez repugnante.

.Outro brasileiro do Rio Grande do Sul, Afonso Côrtes Taborda, nascido em Santo Ângelo em 1857, recorda ter sido "desde tenra idade [...] contra a escravidão". Seus pais tinham muitos escravos e Afonso conseguiu "com eles que lhes dessem liberdade a uns quantos..." Entretanto receberia mal o casamento de filho ou filha, irmão ou irmã, com pessoa de cor. (O. & P., tomo II, p. 354)

.Nunca pensou assim Dona Carlinda Custódia Nunes, nascida em 1874, em Botafogo, no Rio de Janeiro, que moça, teve "pena dos negros e mulatos" e "gostou muito da abolição", achando, porém, que "se deve apurar [no Brasil] a raça branca. Receberia mal o casamento de qualquer parente com pessoa de cor. (O. & P., tomo II, p. 355)

.Outro paulista, de origem aristocrática, Luís de Toledo Piza Sobrinho, nascido em 1888, assim se exprime sobre o assunto, em seu longo depoimento: "Jamais se aninhou em mim qualquer preconceito de raça. Cresci, e me fiz homem, amando os meus semelhantes, tratando com especial deferência e carinho os pretos e mulatos, os mais humildes. Pensava, assim, resgatar a injustiça da escravidão a que estiveram submetidos. Como já disse antes, minha família foi entusiasta da Abolição". E quanto ao aspecto concreto e pessoal da questão: "Poderá parecer que minha resposta a este item, contradiz a dada ao anterior. Mas não há tal: fui sincero, como serei ao responder ao último. Falo a um sociólogo, a um fino psicólogo e, estou certo, ele me compreenderá. Não veria com agrado, confesso, o casamento de um filho ou filha, irmão ou irmã, com pessoa de cor. Há em mim, forças ancestrais invencíveis, que justificam essa atitude. São elas, percebo, mais instintivas do que racionais, como, em geral, soem ser aquelas forças, sedimentadas, há séculos, no subconsciente de sucessivas gerações". (O. & P., tomo II, p. 359-360)


Aqui tem mais respostas e depoimentos, mas eu vou parando por aqui pois mesmo mostrando material empírico, provavelmente alguém vai me acusar de ser o comunista que come crianças: http://gustavoacmoreira.blogspot.com.br ... berto.html" onclick="window.open(this.href);return false;


phpBB [video]
“Eu e meu público nos entendemos perfeitamente. Eles não ouvem o que digo, e eu não digo o que eles desejam ouvir”. - Karl Kraus

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liverblow
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por liverblow » 02 Dez 2014 10:54

msfazer escreveu:

Cara, pra continuar essa discussão, eu preciso saber se vc realmente acredita que houve escravidão no Brasil (e no mundo) e qual o raciocínio que os europeus criaram (com pseudo-ciência) pra justificar o comércio relacionado à escravidão.


E também gostaria de saber se vc é negro.


Abs!
msfazer, voce ja provou ser um cidadão sensato, mas agora voce quer argumentar com uma cara (Felipe) que diz que deve ter cotas para brancos na NBA kkkkkkkkkkkkkkk

Não perca seu tempo!
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por Blagoi Ivanoff » 02 Dez 2014 11:06

Filipe escreveu:
Kkk outra vez tentando mudar os fatos. Eu estava quotando o msfazer amigo que disse que a escravidão era um simbolo do racismo brasileiro. Então mostrei que não os negros tb escravizavam sua própria raça. Nunca quis culpar ninguém, mas tb não engulo o choro de racismo.

Como eu disse judeus a na segunda guerra mundial (um fato bemmmmmmmm mais recente) tb foram escravos. Cadê a cota deles?

E não apenas os índios foram escravizados, mulatos e até BRANCOS foram escravos no Brasil. A escravidão era hereditária e a miscigenação acontecia demais. Portanto, muitos morenos claros que hj em dia são considerados brancos até pela nossa população foram sim escravos.

Os ingleses n estavam com peninha dos negros OBVIO, nunca vi bondade em nenhum ser humano na minha vida, tudo gira em volta do dinheiro. Só quis ilustrar que os brancos burgueses europeus malvados que está pintado na cabeça de todo esquerdista na verdade ACABOU com a escravidão.
Filipe, não sabia desse lance com os judeus durante a segunda guerra mundial aqui no Brasil, como foi isso?

Violence
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por Violence » 02 Dez 2014 11:37

liverblow escreveu:


E voce e os outros se enganam mais uma vez por falta de conhecimento sobre a literatura que diz respeito as relaçoes raciais no Brasil. Essa miscigenação harmoniosa que voce se refere é fruto do pensamento da década de 1930, onde os intelectuais procuravam uma identidade para o Brasil, tanto que dizem que o Gilberto Freyre deu uma carteira de identidade para o brasileiro. E devo dizer tambem que Casa Grande e Senzala, o manual da tal democracia racial, nao tem absolutamente nada de cientifico. E o Freyre era tão mau carater, que ja contribui para a expulsao do reitor da Univ. de Recife, atual federal de Pernambuco.

Eu tenho aqui em minhas mãos o livro "Preto no Branco: Raça e nacionalidade no pensamento brasileiro" do ilustre Thomas Skidmore. E ele identifica com dados da epoca pensadores racistas como o Pierre Denis e o Gustave Le Bon que previam com grande entusiasmo o gradual branqueamento da população brasileira e o desaparecimento do fenótipo negro. E esses lixos do darwinismo social tiveram grande aceitaçao e influencia entre os intelectuais lixos do BR.

E pra reforçar o meu ponto, eu trago trechos do livro "Ordem e Progresso" do proprio Freyre, ediçao de 1974, que contradiz toda a teoria de democracia racial criada pelo mesmo. Em uma parte do livro ele tras as respostas de um questionario onde ele indaga diversas pessoas, incluindo Getulio Vargas, sobre hipotéticos casamentos de seus parentes próximos com "pessoas de cor". As respostas estao aqui:

."Sempre fui contrário à aproximação de negros e mulatos para com os brancos", informa José Rodrigues Monteiro, nascido em 1887 no Ceará. De modo que "receberia de mau grado" casamento de filho ou filha, irmão ou irmã, com pessoa de cor mais escura. (O. & P., tomo II, p. 353)

.Dona Isabel Henriqueta de Sousa e Oliveira, nascida na Bahia em 1853, mas educada na Capital do Império, confessa ter sido sempre "antipática ao abolicionismo". Considerando "o negro uma raça inferior", qualquer mistura "legal ou ilegal" que tenha havido de brancos com pretos no Brasil, lhe parecia, na época na época de sua resposta ao questionário que serve de lastro a parte deste ensaio, merecer censura. (O. & P., tomo II, p. 354)

.Para Durval Guimarães Espínola, baiano de origem rural nascido em 1883, a abolição dos escravos, no Brasil foi "boa": "boa" a ideia da Princesa Isabel "mas isto depois que ela indenizasse os Senhores que aliás naquela época tiveram muito prejuízo". Lamentável lhe parecia- seu depoimento escrito é datado de 1942- que a raça se mostrasse entre nós "degenerada", pois "eu muito aprecio a cor branca e não desejava que se casasse um preto com um branco, coisa muito comum entre nós, o que eu muito combato e eis a razão da nossa mistura de raça que eu muito condeno". (O. & P., tomo II, p. 356)

.João Batista de Lima Figueiredo, nascido em São Paulo em 1878, informa ter tido, quando menino e jovem, atitude de "certa pena" para com os negros. Quanto a casamento de parente próximo com pessoa de cor, "receberia com tristeza e revolta". (O. & P., tomo II, p. 358)
.Júlio de Mesquita, nascido em São Paulo em 1892, expande-se sobre o problema sociológico das relações de brancos com pretos e mulatos,

(...)"Outra prova do que afirmamos: os terríveis recalques que fazem da maioria dos mulatos indisfarçáveis seres desgraçados e, de quase todo preto, um marginal em choque permanente com o meio: Isto pelo menos em São Paulo e nos Estados do Sul, onde tendem a viver em grupo e em oposição aos brancos". E acrescenta: "Por todas essas razões, é óbvio que eu não aceitaria jamais, voluntariamente, o casamento de qualquer membro de minha família com gente indisfarçavelmente de cor. Além do mais, porque me recusaria sempre a que viessem ao mundo infelizes. E o preto e o mulato, devido às condições sociais, cada vez mais predominantes no Brasil, de toda evidência, são uns infelizes". (O. & P., tomo II, p. 358-359)


."Condeno totalmente o casamento de gente de cor com filhos ou filhas de branco", diz em seu depoimento o Padre Leopoldo Fernandes Pinheiro, nascido no Ceará em 1880" (O. & P., tomo II, p. 363)

Um número maior de pessoas, exibindo as facetas daquilo que ficaria conhecido como "racismo velado", procurou mesclar suas prevenções com declarações de tolerância e generosidade, recordando velhas inclinações abolicionistas ou aceitando a igualdade racial como princípio em tese justo, embora talvez repugnante.

.Outro brasileiro do Rio Grande do Sul, Afonso Côrtes Taborda, nascido em Santo Ângelo em 1857, recorda ter sido "desde tenra idade [...] contra a escravidão". Seus pais tinham muitos escravos e Afonso conseguiu "com eles que lhes dessem liberdade a uns quantos..." Entretanto receberia mal o casamento de filho ou filha, irmão ou irmã, com pessoa de cor. (O. & P., tomo II, p. 354)

.Nunca pensou assim Dona Carlinda Custódia Nunes, nascida em 1874, em Botafogo, no Rio de Janeiro, que moça, teve "pena dos negros e mulatos" e "gostou muito da abolição", achando, porém, que "se deve apurar [no Brasil] a raça branca. Receberia mal o casamento de qualquer parente com pessoa de cor. (O. & P., tomo II, p. 355)

.Outro paulista, de origem aristocrática, Luís de Toledo Piza Sobrinho, nascido em 1888, assim se exprime sobre o assunto, em seu longo depoimento: "Jamais se aninhou em mim qualquer preconceito de raça. Cresci, e me fiz homem, amando os meus semelhantes, tratando com especial deferência e carinho os pretos e mulatos, os mais humildes. Pensava, assim, resgatar a injustiça da escravidão a que estiveram submetidos. Como já disse antes, minha família foi entusiasta da Abolição". E quanto ao aspecto concreto e pessoal da questão: "Poderá parecer que minha resposta a este item, contradiz a dada ao anterior. Mas não há tal: fui sincero, como serei ao responder ao último. Falo a um sociólogo, a um fino psicólogo e, estou certo, ele me compreenderá. Não veria com agrado, confesso, o casamento de um filho ou filha, irmão ou irmã, com pessoa de cor. Há em mim, forças ancestrais invencíveis, que justificam essa atitude. São elas, percebo, mais instintivas do que racionais, como, em geral, soem ser aquelas forças, sedimentadas, há séculos, no subconsciente de sucessivas gerações". (O. & P., tomo II, p. 359-360)


Aqui tem mais respostas e depoimentos, mas eu vou parando por aqui pois mesmo mostrando material empírico, provavelmente alguém vai me acusar de ser o comunista que come crianças: http://gustavoacmoreira.blogspot.com.br ... berto.html" onclick="window.open(this.href);return false;


phpBB [video]
Ok, vamos lá:

Primeiro, eu conheço algumas pessoas que são como vc parece ser. São cultas, lêem bastante, mas não tem senso crítico e absolutamente não são capazes de refletir sobre a literatura. Levam tudo o que lêem como verdade, e se por acaso lêem autores contraditórios, a cabeça entra em parafuso.

Sério que você quer usar como argumento para refutar a miscigenação como algo que DE FATO ocorreu e que nos formou a identidade nacional, depoimentos de racistas/higienistas nascidos no século 19?

É bom lembrar ainda, que muitos senhores de escravos tinham entre suas negras concubinas. Gerando filhos bastardos mulatos.
O racismo não impediu a miscigenação. A aceitação social da época ou até de hoje, não impediu a miscigenação.

Se a maioria da população, excetuando-se aí apenas algumas colônias de descendentes europeus, tem como seus ascendentes pessoas negras, europeus e muitas vezes índios, como você pode dizer que a miscigenação não formou o rosto do brasileiro?

Cite Freyre e quem mais você quiser para embasar seus comentários, até enriquece a discussão. Mas antes faça um exercício de interpretação.

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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por Qui-Gon Jinn » 02 Dez 2014 12:48

O radialista e somente um escravo da casa grande
phpBB [video]
TEAM Sagraódio

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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por Qui-Gon Jinn » 02 Dez 2014 13:07

Violence escreveu:
Ok, vamos lá:

Primeiro, eu conheço algumas pessoas que são como vc parece ser. São cultas, lêem bastante, mas não tem senso crítico e absolutamente não são capazes de refletir sobre a literatura. Levam tudo o que lêem como verdade, e se por acaso lêem autores contraditórios, a cabeça entra em parafuso.

Sério que você quer usar como argumento para refutar a miscigenação como algo que DE FATO ocorreu e que nos formou a identidade nacional, depoimentos de racistas/higienistas nascidos no século 19?

É bom lembrar ainda, que muitos senhores de escravos tinham entre suas negras concubinas. Gerando filhos bastardos mulatos.
O racismo não impediu a miscigenação. A aceitação social da época ou até de hoje, não impediu a miscigenação
.


Se a maioria da população, excetuando-se aí apenas algumas colônias de descendentes europeus, tem como seus ascendentes pessoas negras, europeus e muitas vezes índios, como você pode dizer que a miscigenação não formou o rosto do brasileiro?

Cite Freyre e quem mais você quiser para embasar seus comentários, até enriquece a discussão. Mas antes faça um exercício de interpretação.

Vc deveria ler Casa grande e senzala, "negras concubinas" que piada meu caro, a mulher uma escrava era estrupada e simplesmente não podia fazer nada, isso e violência, isso e racismo.
Comer uma preta não te faz menos racista meu caro, afinal e de contas e difícil rejeita uma buceta.
TEAM Sagraódio

Violence
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por Violence » 02 Dez 2014 14:09

Qui-Gon Jinn escreveu:

Vc deveria ler Casa grande e senzala, "negras concubinas" que piada meu caro, a mulher uma escrava era estrupada e simplesmente não podia fazer nada, isso e violência, isso e racismo.
Comer uma preta não te faz menos racista meu caro, afinal e de contas e difícil rejeita uma buceta.
Já li!

Quando eu disse concubinas não quis dizer que era uma relação afetuosa, ou que fosse da vontade da escrava. É claro que era estupro! Mas é fato que muitos senhores brancos mantinhas negras como concubinas. Era realmente violência, era realmente racismo.
Onde eu disse que não era?

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KYO
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por KYO » 02 Dez 2014 14:59

Qui-Gon Jinn escreveu:O radialista e somente um escravo da casa grande
phpBB [video]
Acho que o seu comentário foi o mais "racista" de todo tópico

Esolf
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por Esolf » 02 Dez 2014 15:40

Uma dúvida..

Meu Pai => Filho de Negro com Branca
Minha Mãe => Filha de Italiano com India

Tenho direito a cota? Pq?

jiuhu
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Re: Âncora esquerdista da CNN x radialista negro de direita

Mensagem por jiuhu » 02 Dez 2014 15:50

Sou contra cotas, somente para pessoas de baixa renda e msm assim pq no Brasil não tem um ensino público bom.
Se td mundo for pedir cota daqui a pouco vai ter cota pra gay, pra servidor público, pra anão, pra pessoas q tem unha encravada, pra careca, pra pessoas q nasceram dia 29/02, etc.
[img]http://i.imgur.com/FSCuBRs.png[/img]

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